Finn:

Após acordar de tal sonho, meu corpo estava estático e quente, simplesmente não conseguia mexê-lo não importa o quanto eu tentasse. Eu estava a suar frio, e meu corpo estava extremamente gelado e ate as minha mãos, não tenho aquele braço robótico já faz algum tempo... Jake me olhava com um ar de preocupação, e trouxe consigo uma pequena toalha molhada, que ele deixou em minha testa. Logo depois deu-me um copo de leite, e colocou-me deitado conduzindo minha cabeça para o travesseiro... ainda era noite, e eu cansado, e com tal insônia. Deste modo, apenas pude ouvir o som dos grilos, enquanto Jake continuara ao meu lado, e trocava a toalha quando esta esfriava, e assim a noite prolongou-se, até que meus olhos se fecharam, quase que involuntariamente, e eu consegui dormir.

Narrador Observador:

A longa noite finalmente acabara, e Finn acorda.

Ele curva-se lentamente, e senta-se na cama, deixando a toalha que estava em sua testa cair. Ele leva a mão até sua testa, e percebe ainda estar febril. Após respirar fundo, ele olha a sua volta, vê Jake dormindo, sentado em um banco e BMO no colo do mesmo.

BMO: “Olá Finn... dormiu bem?”.

Finn: “Oi BMO... sim, e você?”. – Mentia para acalmar seu amigo.

BMO: “Muito bem!”  – Disse com um grande sorriso em seu monitor. – “Vamos acordar o Jake eu estou com fome”.

Olhar o sorriso de seu amigo acalmou seu coração, e ele pôde esquecer-se parcialmente de seu pesadelo.

BMO: “Jake...Jake...acorda...Jake!!”.

Finn: “Ei, vai com calma BMO! Hahaha... vamos acordá-lo juntos, okay?”.

Finn não se contém, e acaba entrando na brincadeira, onde ambos acordam Jake aos empurrões e gritos.

Jake: “O QUE FOI....TEM ALGUEM AQUI EM CASA!!??”.

Jake levantou-se bruscamente, e acabou por lançar BMO de seu colo contra Finn, que caiu no chão quando foi acertado pelo pequeno vídeo game.

BMO: “Ahhh!!!!”.

Finn não demora em levantar-se para acalmar o cão.

Finn: “Jake!! Calma irmão!!”.

Jake parou de gritar por alguns segundos...e de repente ele cai sobre o chão.

BMO: “Ahh!! Jake...Jake?!”.

Finn: “.........?!”.

*ROROOOGHHH!!! (ronco)

Finn: “Ah! Ele não acordou...”.

De certa forma, eles se sentiram aliviados, mas seu estômago ainda roncava, e Finn foi acordar o cão, dessa vez calmamente.

Jake: “Bom dia Finn... dormiu bem?”.

Finn: “Sim, mas alguém não, não é irmão?

Jake: “hehehe...eu pirei de novo?”.

Finn: “Imagina... Hahaha!”.

Ambos sorriram.

Porém no fundo, Jake ainda estava preocupado com Finn.

BMO: “Arg... arg...”.

(BMO tentava subir na cama de Finn).

BMO: “Agora que estamos todos acordados...VAMOS COMER!!”.

Todos se silenciam, enquanto olham para BMO que está com um de seus braços na cintura, e outro para a escada.

BMO: “Estou com fome....vamos....agora pessoal!”.

Jake: “AH! Eu quase me esqueço do café da manhã”.

A bela e agradável manhã continuou por horas e horas, até que alguns minutos após o desjejum, Finn já estava arrumado pronto para sair de casa.

Jake: “Seu maldito! Eu aqui lavando a louça e você fugindo das tarefas! Vai pra onde?”.

Finn: “Humm...acho que vou ao Reino de F-F-Fo-Fogo.” – Responde Finn, totalmente corado, tentando disfarça seu rubor.

Jake: “Hehehehe... okay! Daqui e acho que vou visitar a Lady Íris, mas Finn...”.

Finn: “Fala irmão”.

Jake: “Tome cuidado, agora você tem dezesseis anos... lembre-se, não cometa os mesmos erros...agora você é quase um homem! E no demais, divirta-se!”.

Finn sorri para Jake e o abraça.

Jake: “Finn!”.

Finn: “O que foi?”.

Jake: “Porque a cada dia que passa eu sinto seu corpo mais quente?”.

Finn: “Não deve ser nada, eu ainda estou meio febril apenas...”.

Jake não se contentou com a resposta, porém ignorou.

Jake: “Okay! Não demore muito, o BMO vai ficar sozinho...”.

Finn: “Entendido!”.

Proximidades do Reino de Fogo

Finn corria por entre as árvores que formavam uma pequena floresta nos arredores do reino, até chegar na divisa extremamente visível entre o reino, e o resto de Ooo. Crateras, e um extremo calor jaziam ali. Sem vegetações, ou vida que não de seres de fogo. O forte cheiro de enxofre, já não incomodava o herói. O jovem garoto andou por alguns metros, e avistou Flame sentada em uma rocha, brincando com dois filhotes de lobo de fogo. Tais filhotes corriam de um lado para o outro, enquanto a mãe estava deitada por perto a observar. Assim que Finn se aproxima, a mãe deles se levanta e ergue suas chamas, no intuito de afugentar o forasteiro.

Flame percebe a reação da mãe loba, e a acalma. Logo, a mãe e os filhotes vão embora, e Flame pode ir falar com o herói.

Flame: “Finn!”.

Finn: “Ah! Olá princesa...” – Disse um pouco ofegante após tanto ter andado.

Finn: “Como você está Princesa?”.

Flame: “Estou ótima... e você?”.

Finn: “Estou ótimo também! Apesar de meu corpo estar ficando quente além da conta as vezes, sem contar que faíscas tendem a sair de minhas mãos quando luto, é matemático! Flame, por favor, vamos continuar?” – Disse Finn animado.

Flame: “Bem, acho que vai depender de como seu corpo reagir...”.

A princesa manteve sua boca e seu receio em silêncio, pensativa, foi “despertada” por Finn.

Finn: “Flame?”.

Flame: “Ah! Me desculpe... o que foi Finn?”.

Finn: “Flame... se nós podemos continuar...” – Disse com o tom de dúvida em sua voz.

Flame: “Então... vamos... temos pouco tempo mesmo não é? Aposto que ele já deve estar nos esperando afinal...”.

Finn: “Sim!”.

O ar do local muda, assim como o humor da princesa que antes jazia preocupada, logo, após alguns minutos ela começa a andar e Finn a segue de perto.

Não demora para que ambos possam ser vistos andando em uma floresta extremamente longe de qualquer sinal de civilização. Após andarem bastante, passando por pouquíssimos animais  eles chegam em uma cabana feita de material rústico, como madeira e palha. Logo após chegar na porta da mesma, Finn bate na porta três vezes. Uma batida específica, como um código. Alguns poucos segundos e passos são escutados no interior da casa, que se aproximam cada vez mais, logo a porta se abre (eu iria colocar a imagem do personagem,mas colocarei um link para caso você queria ver) , um jovem de rosto escamoso pele quase branca de tão clara, cabelos lisos prateados, olhos em duas cores (azul e verde) e com uma grande cauda aparece em frente aos jovens.

Jovem: “Olá Princesa, você e Finn chegaram cedo hoje”.

Flame: “Olá, Aminos”.

Finn: “Eai cara!”.

Aminos: “Já iremos continuar princesa?”.

Flame: “Sim, temos que concluir isso o mais rápido possível.”.

Aminos: “Muito bem, me sigam... agora eu já sei como iremos terminar esse processo”.

Finn/Flame: “Sim!”.

Flash Back.

(Alguns minutos antes).

Finn e Flame estavam andando pela floresta, em direção a cabana que Aminos o aguardava.

Finn: “Flame... por que você está assim?”.

Flame: “..............”.

Finn: “Phoebe!?”.

Flame: “Humm?”.

Finn: “Por que você está assim?”.

Flame: “Nada, só estou preocupada”.

Finn: “Flame... o que pode acontecer comigo se continuarmos?”.

Flame: “Talvez, no pior dos casos, seu corpo pode acabar sendo incinerado. Pois as reações podem acabar não sendo bem aceitas pelo seu corpo, por você ser humano”.

Finn: “.............”.

Flame: “Finn... eu não quero te perder! Eu prefiro ficar sem te tocar do que passar o resto da minha vida sem você!” – Dizia Flame com lágrimas (análogas) descendendo de seu rosto.

(Nota: Lágrimas de fogo, vocês já viram isso no desenho ;-;).

Flame fica parada, sem conseguir segurar sua tristeza. Finn por outro lado fica silenciado e cabisbaixo por alguns motivos... até que ele se aproxima de Flame, beija sua testa e diz:

Finn: “Vê Princesa, eu já consigo te tocar sem sentir tanta dor...Você não vai me perder, por você eu sou capaz de ate superar a morte””.

Fim do Flash Back

Finn e Flame seguiram o jovem homem. O local estava parcialmente iluminado apenas, e eles mal puderam perceber quando chegaram a uma porta, que estava trancada. Aminos puxa de seu bolso uma chave dourada e destranca a mesma. Ao abri-la, pode-se ouvir o ranger das dobradiças.

Pode-se ver então, vários lances de escadas entre um corredor com paredes feitas de pedra, que cercavam tais escadas. E assim, eles desceram e encontraram uma mesa com muitos papeis, uma pena e tinta. Em volta da sala estavam várias estantes cheias de livros com dez metros de altura. Há um espaço logo abaixo, após uma escada em espiral. Ao chegar lá, pôde ser avistado o desenho de uma estrela cavado ao lado de uma espécie de máquina incorporada em uma cadeira feita de material desconhecido.

Aminos: “Princesa...”.

Flame: “Sim?”.

Aminos: “Apenas queria avisar que utilizarei alquimia para terminar a transferência... espero que ele já esteja totalmente decidido sobre isso...”.

Eles então descem a escada em espiral e ficam perto dos utensílios para o devido procedimento.

Aminos: “Bom, comecemos... Finn tire sua camisa e fique no centro da estrela e Flame você me acompanha”.

Finn toma sua devida posição, e Aminos a guia até a cadeira, onde ela se senta e Aminos conecta três fios de tal maquina ao corpo de Flame.

Flame: “Qual o propósito dos fios?”.

Aminos: “Humm. Eles servem para absorver o comportamento de suas chamas interiores e assim transmite as informações para a máquina e nela irá ter-se a devida transformação para que seja compatível ao corpo de Finn”.

Finn: “E se não for compatível?”.

Flame: “Finn?”.

Aminos: “Bom... na pior das hipóteses, você vai queimar até sobrar  seus ossos”.

Finn arregala os olhos, mesmo que com medo, ele já havia decidido correr os riscos.

Aminos liga a máquina, Flame começa a sentir pontadas em sua cabeça. Seu cabelo começa a perder a estabilidade e cai até seus ombros, como sempre acontece ao perder força em suas chamas. Após alguns poucos segundos a máquina brilha em verde, Aminos rapidamente aperta um botão de mesma cor, o aparelho começa a vibrar e um liquido espesso avermelhado sai da mesma, sendo conduzido até o pentagrama onde Finn estava de pé. O líquido cobre as partes cavadas, fazendo com que a estrela no chão brilhe em um vermelho lindo, Finn olha a sua volta e baixa a cabeça. Aminos levanta-se finalmente e chega próximo ao desenho, ergue suas mãos próxima a ele e agacha-se para colocar suas mãos sobre tais linhas. Aminos gira suas mãos e o líquido sai de tais linhas condutoras e seguem sua direção até Finn, e quando tocam seu corpo, acabam por adentrar sua pele.

Finn: “Aaaaaaaaaaaahghghhhhhhhhhh!!!” – Urrava de dor.

Aminos: “Força Finn!”.

Finn gritava bastante e fechou os olhos, sentia seu corpo queimar. Urros provenientes de uma dor agonizante, até que ele volta a abrir seus olhos, e todos podem vê-los completamente brancos, seus longos e loiros cabelos começam a “flutuar”, como se uma forte rajada de vento viesse de baixo. Linhas vermelhas se formavam em seu corpo, advindos do fluído que acabara de adentrar o mesmo. Flame preocupada solta-se dos fios e levanta-se da cadeira para socorre-lo.

Aminos: “Não Princesa!!!”.

                                                                   (...)

A máquina começa a apitar e esfumaçar bastante. Aminos correu até a princesa e empurrou-a para baixo da escada. Dentro de alguns segundos o aparelho explode jogando Aminos para a tal mesa que estava no andar de cima. Chamas e fumaça cobriram o local, tudo destruído. Flame saíra de baixo da escada para procurar por Finn entre as chamas, tentou avista-lo, mas nada que pudesse ao menos lembrar o herói.

Flame:

Finn... não... onde você está?! Finn por favor não me deixe aqui....

— FIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINNNNNNNNNN!!