Efeito Borboleta escrita por deboradb


Capítulo 15
Realidade Alternativa (Parte 1).


Notas iniciais do capítulo

Olha quem resolveu dar o ar da graça rsrsrs

Eu sei que eu tenho demorado bastante na atualização, mas a questão é que eu tenho escrito os capítulos com muita cautela e cuidado, estamos entrando em um momento muito delicado e cheio de emoções na história, então preciso de tempo para pensar e por minhas ideias em prática. Não quero me precipitar e cometer algum erro na história, então peço paciência a vocês... =D

Tenham uma boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/743262/chapter/15

O vento que soprava do horizonte bagunçava por completo tanto os meus cabelos como os de Katniss, que por sinal estavam mais curtos, um pouco acima dos ombros para ser mais exato. As gaivotas voavam livremente sobre nossas cabeças enquanto as ondas se chocavam contra os rochedos, trazendo consigo a brisa marítima que naquele momento era a responsável pela minha calmaria. Katniss e eu andávamos tranquilamente pela trilha de madeira sobre a areia, em completo silêncio, enquanto o sol deslizava pelo céu até o horizonte, pronto para se por. Vez ou outro eu a encarava, sentindo aquele aperto sufocante em meu peito ao vê-la sentada naquela cadeira de rodas elétrica.

O que eu fiz, meu Deus?

Tudo o que eu havia feito era pensando exclusivamente na família Everdeen, em como seus dias poderiam ser mais felizes por terem Thomas novamente em suas vidas. Mas as coisas haviam dado completamente errado. Katniss havia sido feliz sim, mas aquilo durou somente até os seus dezessete anos, que foi onde o grave acidente aconteceu e a mesma se viu dependente de uma cadeira de rodas, tendo sua vida mudada por completo. Eu só queria que as coisas fossem diferentes, com menos sofrimento e menos angústia, e em parte eu até havia conseguido, mas a outra ainda continha a sua dose um tanto quanto dolorosa. Geralmente diziam que, errava-se mais quem decidia cedo do que quem decidia tarde, e naquele exato momento eu sentia na pela o peso de uma decisão precipitada. Não que eu estivesse arrependido de ter alterado os acontecimentos, definitivamente não, pois a morena até parecia estar relativamente feliz por ter sua família reunida outras vez. Mas a que custo? A verdade era que o preço a ser pago pelas minhas ações estava se saindo caro demais.

— É estranho sair com você de novo. — comenta quebrando o silêncio.

— Eu sei... Mas estou feliz por sairmos. — sorrio minimamente, sentindo-me um pouco desconcertado.

— Foi legal você ter me enviado cartas. Isso é mais do que qualquer outro amigo já fez... — sua voz sai um pouco baixa — E você até escreveu naquele papel manteiga maneiro. Isso é tão Peeta. — completa, arrancando-me uma leve risada.

— Isso é tão pretensioso, mas eu adoro escrever nele, como um poeta inglês. — brinco, e então a encaro — Você merece a melhor carta.

— Provavelmente é mais fácil escrever do que me visitar. — solta e acabo desviando meu olhar, sentindo-me completamente culpado — Não estou falando como se estivesse reclamando. Não completamente. — se apreça em dizer — Você provavelmente queria evitar conversas incômodas como essa.

— Ahn... Bem... — levo uma de minhas mãos até a nuca, nervoso, e sem saber ao certo o que dizer — Basicamente... sim.

— Olha, a pior coisa que você pode fazer é me tratar como um bebê. — ela me encara e sorri de maneira um tanto quanto melancólica — Eu ainda quero rir e falar merda com o meu melhor amigo. — acabo sorrindo com suas palavras, e então paramos próximos a uma encosta, tendo uma visão mais ampla do oceano e das diversas baleias ali encalhadas — Essa é com certeza a melhor vista do pôr do sol. Como os fotógrafos chamam isso?

— A hora dourada. — respondo.

— Está vendo? Sem você aqui, eu não faria ideia. — solta de maneira divertida — Aposto que você poderia tirar algumas fotografias incríveis. — completa e o silêncio volta a reinar sobre nós, enquanto encaramos o horizonte e toda a mesclagem de cores proporcionadas pelo entardecer.

Eu estava me sentindo completamente perdido, desconcertado. O destino era algo realmente imprevisível e completamente irônico. Ele parecia gostar de ver como nos ferrávamos a cada passo dado pelo caminho da vida, ou talvez fossem somente as escolhas impensadas que fazíamos e que geravam consequências não muito boas.

 — Essas baleias encalhadas são tão tristes. Acho que sei como elas se sentem... — Katniss quebra o silêncio mais uma vez, despertando-me de meus pensamentos — Mas, pelo menos estou viva aqui, com você.

— Você é uma verdadeira sobrevivente, Katniss. Sei que tem que lidar com muita coisa...

— Peeta... — interrompe-me, atraindo meu olhar para si — Não quero mais ninguém sentindo pena de mim. Eu já faço isso constantemente... junto com os meus pais. — ela solta um longo suspiro — Meu pai ainda se sente culpado por ter comprado aquele carro para mim. — murmura.

Abro e fecho a boca algumas vezes, na intenção de falar algo, porém as palavras ficam presas em minha garganta, já que eu não sabia exatamente o que falar. Em minha mente só surgiam alguns flashes relacionado aos últimos cinco anos daquela linha temporal, que não eram muito claros por sinal, então só me restava descobrir em parte o que havia acontecido.

— Tem problema se... se falarmos sobre o acidente? — pergunto um pouco hesitante.

— Na verdade, nunca falamos sobre isso, não é? — ela sorri tristemente — Não tem muito o que dizer. Um idiota em um SUV me cortou e eu voei em um fosso.

— Você... se lembra de tudo?

— Eu vi tudo muito rápido. Eu senti a porrada por trás e... e foi a última coisa que senti em meu corpo. — busco por seus olhos e quando os encontro, vejo através deles todo o sofrimento que ela vivenciou e que ainda vivencia — Quando acordei no hospital, não conseguia mover literalmente nenhum músculo.

— Caramba! Eu... eu não sei o que dizer. — sinto todo o ar ser drenado de meus pulmões, impedindo-me de respirar.

Era surreal e até mesmo assustado o fato de que, enquanto em uma linha temporal Katniss estava viva e Thomas morto por conta de um grave acidente, nesta em especial, Thomas encontrava-se vivo enquanto Katniss era quem havia sofrido um grave acidente, perdendo por completo o movimento de seu corpo. Aquilo definitivamente fazia minha mente dar voltas e mais voltas em completa confusão. Eu havia criado um paradoxo temporal e não tinha a menor ideia de como revertê-lo.

— Não diga nada. Eu só estou feliz por vê-lo de novo. — me agacho ao seu lado e repouso minha mão sobre a sua, apertando-a levemente, mesmo sabendo que ela não pode sentir o meu toque, e então ficamos em silêncio novamente, apenas apreciando o pôr do sol que, realmente estava fantástico.

— O mundo mudou tanto desde quando éramos crianças, não é? — comento em um tom baixo, enquanto acaricio o dorso de sua mão.

— Depois da neve e do eclipse, parece que estamos mesmo é no fim do mundo. — ela solta um riso anasalado.

— Não diga isso. — peço.

— Não quero tentar desanimá-lo, Peeta... mas parece que Arcadia Bay está em uma crise.

— Eu sei que as coisas parecem fora do controle, mas... contanto que estejamos juntos, não terei medo. — digo, encarando-a com intensidade.

— Sair com você faz com que eu me sinta como uma criança novamente. Você não faz ideia... — murmura.

— Eu também sinto a mesma coisa... — suspiro e abaixo o olhar, passando a encarar minhas próprias mãos — Olha, Katniss, sinto muito não ter aparecido para vê-la antes. Isso foi errado. — falo com pesar — Você é a minha melhor amiga.

— Mas o que importa é que você está aqui agora. Então, obrigada por vir aqui me ver. — volto a encará-la e vejo que seus olhos tempestuosos adquiriram uma tonalidade mais escura por conta do cair da noite — Você... você está incrível. — ela sorri um pouco envergonhada.

— Eu não acho. — solto bem humorado e ela ri levemente.

— Hm... O meu nariz está ficando gelado. Acho melhor voltarmos para a minha casa. — assinto, depositando um leve beijo em sua testa quando me levanto, e então seguimos para sua casa.

[...]

— Mas que covil cheio de alta tecnologia. — comento ao analisar o quarto improvisado que Thomas e Clara haviam preparado para Katniss no andar de baixo, ao lado da sala.

— Parece mais uma cela de alta tecnologia isso sim. — ela ri sem humor — Mas tenho sorte de os meus pais se esforçarem para caramba para cuidarem de mim. Eu sei que é difícil para eles...

— Estão felizes por você estar aqui com eles. — fixo meus olhos nos seus.

— Certo. Especialmente quando não podem nem caminhar sozinhos. — ela suspira e acomodo-me melhor na poltrona ao lado de sua cama — Às vezes ajo como uma adolescente mal-educada apenas para eles terem uma desculpa para gritar comigo. — elevo uma sobrancelha e ela desvia o olhar — Patético, eu sei.

— Katniss, você e uma ótima filha, uma irmã maravilhosa. Fora que é gentil e sensível quando nem precisa ser. — digo, atraindo seu olhar novamente para mim.

— Acredite, eu ainda tenho acessos de raiva. Principalmente quando a minha enfermeira tem que me assistir enquanto cago para depois limpar a minha bunda. Ou quando os médicos me viram como se eu fosse uma boneca cientifica... — suas palavras saem um tanto quanto amargas.

Uma das vantagens que eu tinha de conhecer Katniss há tantos anos era o fato de que, seus olhos eram como um espelho de sua alma para mim. Bastava olhar para eles, que então eu descobria tudo o que ela estava sentindo. E naquele exato momento eu podia ver nitidamente que, assim como a Katniss da outra linha temporal, esta também tinha suas angústias, suas magoas, seus receios e, principalmente, seus temores.

— Não consigo nem imaginar... — passo as mãos por meus cabelos, sentindo-me desconcertado — Mas você ainda é incrível. Você sempre foi, desde quando éramos crianças. — aproximo-me dela e acaricio sua mão.

— Obrigada de novo por vir, Peeta. — ela sorri brevemente, mas então começa a tossir — Eu, ahn... preciso me hidratar. Pode me trazer um pouco de água? — assinto, levantando-me rapidamente para pegar a copo com água sobre o seu criado mudo. Retiro a embalagem do canudo e o ponho no copo, levando o mesmo até os seus lábios, onde ela suga com cuidado o liquido transparente — Agora faz sentido minha garganta estar tão seca. Acho que não falei tanto assim durante o ano inteiro.

— Nem mesmo com a Prim? — indago ao sentar-me novamente ao seu lado.

— Com ela... Bem... Só às vezes. — suspira — Prim até tenta puxar assunto, mas me sinto cansada e indisposta na maior parte do tempo, então ela só fica aqui ao meu lado, me fazendo companhia.

— Como ela ficou quando você sofreu o acidente? — pergunto em um tom baixo.

— Mal, muito mal. — Katniss fecha os olhos por alguns segundos antes de prosseguir — Ela não saiu do meu lado nem por um segundo, sempre se preocupando, sempre me ajudando. Minha patinha sofreu como todos nós, mas foi à única que permaneceu pensando positivo. — ela sorri.

— Prim sempre foi especial. — sorrio também — E onde ela está? Ainda não a vi.

— Está na casa de uma amiguinha... — responde, voltando seus olhos para os meus — Sabe? Você parece um adulto agora. — fala ao analisar-me por alguns segundos — Bem diferente de quando éramos crianças.

— O que você se lembra de nós como crianças? — pergunto curioso.

— Penso em nós como pequenos piratas, correndo e pulando por Arcadia Bay. — sua voz sai nostálgica.

— Eu também... — levo minha mão até seus cabelos para afastar uma mecha escura da frente de seus olhos — Mas nós ainda podemos ser piratas da nossa própria maneira.

— Ah, é. Olha só para mim, “Katniss do Caribe”. — solta em um tom zombeteiro — Até parece que vou entrar na merda de um barco agora. A não ser que você esteja comigo.

— Eu estarei, poder ter certeza disso. Não deixarei você, Katniss, jamais. — falo com sinceridade.

— É bom ouvir isso, por que... Bem, você não me visitou muito. — ela passa a língua pelos lábios para lubrificá-los — Quero dizer, eu amei os cartões e as fotos, mas... — deixa a frase morrer no ar.

— Eu sei que não estive muito por perto. Sem desculpas, sou um idiota... Mas estou tentando fazer a coisa certa desta vez. — segura sua mão por entre as minhas.

— Eu sei disso, Peeta... e não estou tentando fazer com que você se sinta culpado, até porque, é para isso que os meus pais estão aqui...

— Não fale assim, Katniss, por favor. — peço de modo repreensor e ela apenas revira os olhos — Eles estão bem? Quero dizer, eles ainda estão felizes juntos e tudo mais?

— Acho que estão bem sim, considerando que eles têm que lidar comigo. — ela solta um riso fraco — Eles riem juntos, dão as mãos e... Bem, espero que ainda façam algo a mais. — não consigo segurar o riso.

— Fico feliz que eles ainda estejam um ao lado do outro, eles sempre foram incríveis. — sorrio ao recordar-me de todas as trocas de afeto que presenciei entre Thomas e Clara.

— Peeta, o acidente foi muito difícil para eles. Nosso seguro é uma droga e as contas médicas são altas para caralho. — revela e meu sorriso prontamente se desmancha.

— Eles conseguem pagar todas as contas? — pergunto preocupado.

— De jeito nenhum. Eles mantêm os números longe de mim, mas não é difícil fazer uma pesquisa e descobrir que custo quase um milhão de dólares por ano para meus pais. — responde com certa angústia.

— Katniss, a sua vida não tem preço. — quando tomo consciência do que disse, faço uma leve careta — Ahn, sem trocadilhos... — ela ri.

— Você é tão nerd... e é por isso que eu te amo. — meu coração dá um solavanco dentro do peito ao ouvir suas palavras — E é claro que, reconheço um nerd a quilômetros de distancia, já que sou uma. — ela sorri minimamente — Está vendo, sou um sistema de entretenimento humano.

— Só você mesmo, Everdeen. — balanço a cabeça negativamente enquanto rio.

— O que você acha de relaxarmos e vermos um filme? — propõe — Igual a quando você dormia aqui antigamente.

— E qual filme você quer assistir?

— Ahn... Acho que estou com vontade de ver Blade Runner. Sempre choro no final. — ela solta um riso anasalado — Além disso, você sabe que eu queria ter franjas coloridas como a Pris.

— É. Eu sei sim. — sorrio enquanto me levando — E é melhor você não adormecer, como sempre fazia quando assistíamos a filmes.

— Eu lembro, Peeta... e juro que não vou dormir. — seus olhos encontram os meus — Não enquanto você estiver aqui. Ainda não.

Ficamos nos encarando por alguns segundos, ambos tentando ler tudo o que o outro estava sentindo através daquele olhar, aquele simples, porém tão significativo olhar. Mas então quebro o nosso contato visual ao me dirigir até sua estante para procurar o filme. Havia uma coleção gigantesca de romance, comedia, drama, terror e ficção. Talvez aquele fosse o modo que Katniss havia encontrado de passar o tempo. Enfim consigo encontrar Blade Runner em meio a sua coleção e não perdendo tempo, logo ponho o disco no aparelho de DVD, onde as primeiras cenas do filme começam a rodar. Volto para o lado de Katniss e acomodo-me novamente na poltrona, enquanto permanecemos em silêncio apenas apreciando o decorrer das cenas marcantes daquele filme. Vez ou outra trocando um olhar nostálgico ao relembrávamos a quantidade de vezes que havíamos feito aquilo na infância.

[...]

Desperto lentamente ao sentir os raios solares baterem contra meu rosto, o que faz com que eu me amaldiçoe mentalmente por ter esquecido de fechar a janela. Com muito custo abro minhas pálpebras e levo cerca de alguns segundos até me acostumar com a claridade. Primeiramente franzo o cenho ao ver que o ambiente onde estou não se trata de meu quarto, mas então, como se uma lâmpada houvesse se acendido em minha mente, recordo-me dos recentes acontecimentos. De modo apressado e até mesmo desajeitado ergo meu corpo, dando de cara com as orbes intensas e tempestuosas de Katniss encarando-me serenamente, e em seus lábios os vestígios de um pequeno sorriso.

— Bom dia, dorminhoco. — salda de modo bem humorado.

— Bom dia. — devolvo ao espreguiçar-me, minha voz saindo mais rouca do que o esperado — E a dorminhoca dessa história aqui é você. Não acredito que dormiu tão rápido... Como ousa? — ponho a mão sobre o peito de modo teatral e ela ri.

— Nem vem Mellark, desta vez quem capotou primeiro foi você e não eu. — acusa, enquanto passo as mãos por meus olhos, sentindo-me sonolento — Mas o Blade Runner é um ótimo filme para se assistir à noite... Você acha que o Deckard é um replicante? — pergunta e semisserro meus olhos em sua direção, me sentindo um pouco perdido e confuso — Desculpe, dá para ver que você não está tão acordado quanto eu. — ela ri de modo zombeteiro.

— Sinto muito por ter capotado. — falo em meio a um bocejo. Eu estava realmente cansado, a viagem temporal havia acabado comigo e ter dormido naquela poltrona não havia ajudado muito, pois agora, além do cansaço eu também estava com uma tremenda dor nas costas — Você... ficou bem? — pergunto após beber um pouco d’água.

— Claro que sim. Eu tenho uma mãe e um pai quando você não está aqui adormecido, Mellark. — retruca com um sorriso debochado.

— Você é bem chata quando acorda, sabia? — resmungo de modo divertido ao cruzar os braços.

— É a companhia que tenho... — rimos — Ontem foi bem maneiro.

— Muito, além de que... foi ótimo vê-la. — sorrio ao passar a mão por meus cabelos, tentando de algum modo organizá-los.

— Eu sei que as coisas eram diferentes quando éramos só crianças idiotas, mas estar com você faz com que eu me sinta como quando éramos pequenos piratas, pulando e correndo pelas florestas de novo. — ela sorri de modo emocionado — Significou muito para mim relaxar com você e essas merdas.

— Significou muito para mim também, Katniss... Acredite. — falo com sinceridade ao lançar-lhe um sorriso genuíno, mas que prontamente some quando ela geme baixinho ao fechar os olhos com certa força — Está tudo bem? Katniss? — rapidamente me ponho de pé ao seu lado, sentindo o coração disparar ao ver sua careta de dor.

— Eu... Ahn... Estou começando a ficar com minha dor de cabeça frequente... — responde com a voz entrecortada — Hm... Você pode, por favor, subir e pegar o meu... meu injetor de morfina no banheiro? — pede com certa dificuldade.

— Injetor de morfina? — indago assustado.

— É... Ahn... É uma parada Star Trek. Nem dá para ver a agulha. Sério, eu preciso disso... — ela abre os olhos e respira fundo algumas vezes, é quando noto que suas pupilas estão dilatadas — Meus pais guardam lá em cima porque acham que eu não consigo pegar... mas você consegue, Peeta. Como um pirata, lembra? — ela tenta sorrir, mas seu sorriso se transforma em uma careta.

— Pode contar comigo, marrentinha. — beijo sua testa antes de sair em passos rápidos do quarto, sentindo minha pulsação acelerar.

Eu sentia como se uma mão invisível estivesse em torno de meu coração, apertando-o com tanta forço ao ponto de fazer o mesmo parar. Era uma angústia, um medo, uma sensação sufocante que impedia o ar de adentrar os meus pulmões. Eu precisava ajudá-la. Precisava encontrar uma foto o mais rápido possível e tentar, de algum modo, reverter à bagunça na linha do tempo que eu havia criado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam do capítulo? Espero ter respondido todas as perguntas de vocês e se não, é só falarem nos comentários que eu tiro qualquer que seja a duvida :)

Então é isso, nos vemos no próximo e já vou logo avisando, vei ser bem intenso rsrs Beijão ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Efeito Borboleta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.