De "Caraminholas" na cabeça, eu entendo bem! escrita por Camylla Almeida


Capítulo 1
1° - Ladeira.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Era algo muitíssimo simples a tarefa que eu tinha para cumprir àquele dia, estava Sol, um clima gostoso de verão. Perto das 16hrs, eu caminhava em direção à casa de minha tia que era perto da minha, subindo a ladeira e logo senti o peso de meu sedentarismo, doeu minhas articulações do joelho o “exercício” improvisado e minha respiração já se mostrava mais ofegante. Talvez fosse falta de cálcio nos ossos.

 

“Está tão magrinha que vai sumir qualquer dia desses!” Vovó dizia sempre que ia visitá-la, então começava suas tentativas heroicas de me empurrar comida goela abaixo. Bolos, tortas, feijão fresquinho, arroz branco, carne, salada... Acabava me sentindo prestes à explodir sempre que saía de lá, mas nada de engordar. Culpa do biótipo de meu corpo, algo assim que o médico disse... Minhas amigas mostravam seus corpões em roupas coladas de academia, atraindo os olhares de cobiça dos rapazes enquanto eu ainda fazia minhas compras na sessão infanto juvenil das lojas de departamento do shopping – aos dezessete anos e, pasmem, minha altura também nunca ajudou muito.

 

Voltando para a tarde de Sol, fiz uma nota mental sobre parar de cabular as aulas de educação física e talvez, numa medida extrema e desesperada, me matricular na academia em prol de um melhor condicionamento físico para subir a bendita ladeira. E o que eu faria em titia mesmo? Já havia me esquecido, apenas lembrava que era um favor para mamãe; me sentia pior que um pombo correio, estava mais para burro de carga ou camelo já que carregava uma bolsa pesada.

 

Bingo! As muambas que mamãe estava revendendo para ajudar uma amiga que eu estava indo mostrar à minha tia, consumista desenfreada. Foi quando, de repente, um passarinho passou por mim e eu virei na direção que ele tinha voado, já no meio da ladeira, vi um caminhão de mudanças virando a esquina para subir também e por algum motivo que eu desconheço e mesmo se conhecesse, não teria coragem de explicar, meu cérebro achou que seria legal apostar corrida com o caminhão e lá fui eu desembestar a correr pela calçada, subindo a ladeira com rapidez, como se minha vida dependesse disso e...

 

Não vi um buraco, meti o pé lá dentro e caí torcendo o mesmo. Meu berro de dor foi mais alto que as buzinadas que ouvia dos carros que passavam e a bolsa com as muambas se soltou de minha mão e rolou, espalhando roupas, maquiagens e bijuterias para todo lado.

 

Prazer, Laurinha; eu costumo fazer essas coisas.


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Notas finais do capítulo

Até.



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