A outra Potter e a Viagem no tempo escrita por billie packwood


Capítulo 11
Uma conversa estranha




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/742751/chapter/11

A nossa chegada na mansão Potter foi em base de risos, Fleamont e Euphemia ficaram muito felizes por saberem que seu filho deu continuação ao nome da família com uma bela família, e que o seu neto também tinha formado uma maravilhosa família; a casa era enorme, mas eu sabia aonde ir, a mansão virou nossa casa de férias, mamãe nunca gostou de lugares grandes e ela sempre diz que preferia a nossa casa pequena, mas que era nossa. Havia muitos quartos ali, mas eu sabia exatamente qual era o meu quarto, e, assim que entrei fiz um movimento com a varinha e o quarto se decorou completamente, paredes roxas com estrelas prateadas nas paredes, a colcha de cama é trocada por uma azul clara com detalhes vermelhos, fecho a porta atrás de mim e suspiro aliviada, estou enfim em casa.

        Troco de roupa pensativa com oque dumbledore disse com " visitas ilustres"? Penso enquanto me olhava no espelho e por puro instinto minhas mãos vão para minha barriga, eu devo ter no máximo um mês e meio de gestação, mas eu consigo sentir ele, sinto o meu bebê dentro de mim, é incrível como a vida faz as suas reviravoltas, antes eu nem sabia se queria me casar e agora tenho essa missão de proteger a minha família e esse pequeno ser de um destino terrível, e, isso me dá muito medo, muito mesmo, porque não sei se estou pronta para fazer isso.

        Sinto uma mão se fechar ao redor do meu braço e quando levanto o rosto encontro um par de olhos castanho-esverdeados, sou um sorriso fraco e o abraço sentindo seu cheiro, uma mistura de menta com cabeça, sempre foi assim, meu pai sempre foi o meu ponto seguro, a minha boia salva vidas. Seus braços me abraçaram com gentileza, mas eu ainda conseguia senti que é um abraço de proteção e de segurança.

      - Como você está minha pequena? - Pergunta com o nariz no meu cabelo.

       - Aliviada de certo modo, conseguir salvar todos. - Suspiro fechando os olhos. - Eu não sei o que seria de mim se algo pior acontecesse com eles, todos são a minha responsabilidade papai.

        Fazia anos que eu não o chamava de papai, e devo admitir, eu sentia saudades de dizer aquela simples palavra.

        - Coloque uma coisa nessa cabecinha linda que você tem. - Fala tocando a minha testa com o dedo indicador. - Todos aqui sabem no que se meteram, eles não são crianças Lucy, sabem se defender e a única coisa que é a sua responsabilidade é proteger o meu neto. - com a mão direita ele toca minha barriga me fazendo rir. - Sei que estou certo, é estranho falar isso com apenas 16 anos, mas tenho certeza que esse seria o mesmo pensamento do meu eu no futuro, minha querida filha.

        - Eu sei pai, vamos nos encontrar com o resto do pessoal? -Pergunto olhando para a porta. - Ainda tenho algo a dizer que é importante.

        - Vamos, te espero lá fora. - Diz saindo do quarto.

        Espero a porta se fechar para suspirar aliviada, ele está certo, o dos aqui estão ciente da situação e sabem se defenderem, reflito sobre isso enquanto vestia uma blusa de moletom, pego a minha varinha á colocando no bolso e saio do quarto. Quando cheguei na sala todos já se encontravam lá, encarei cada um ali com o semblante sério, nunca se passou pela minha cabeça que teria que contar sobre essa história desse jeito, mas é o certo a fazer. Por mais que eu tentasse sempre me mostrar uma garota forte e independente, mas eu percebi naquela hora que eu não passava de uma menina de quinze anos que não sabia nada sobre a vida real e que estava aprendendo da forma mais rápida e difícil. Sento ao lado daquele que sempre me apoiou até nas piores situações, Harry passa o braço pelos meus ombros me fazendo relaxar.

       - Quando eu cheguei aqui nesse ano com todos vocês, eu só contei metade do que tenho que fazer. - Eles me olham confusos. - Aconteceu algo pior que aquilo, durante todo o sexto ano o professor Dumbledore ia dá aula particulares a Harry sobre Voldemort.

       " Harry saberia mais sobre o seu rival, e oque ele fez para chegar na imortalidade. Enquanto ele, Voldemort, pesquisou sobre uma forma de ser imortal e quando estava no seu sexto ano descobriu, a forma que ele tanto procurou foram as Horcruxes." Falo de um fôlego só.

      A menção daquela palavra deixou os irmãos Potter's radiantes, mas preocupados, eu entendo a reação porque eu sei que eles sabem oque aconteceu na história da nossa família.

     - Para se fazer uma Horcrux é preciso realizar um ato de pura maldade, a pessoa precisa matar uma pessoa. - Todos ficaram assustados com aquela inesperada notícia. - Ao total ele fez sete Horcrux...

       - E isso é loucura é... - Hermione diz assustada.

       - É monstruoso demais. - Victorie completa a frase dela.

       - Seria se ele fosse humano, mas ele é lorde Voldemort. - Digo quase furiosa. - Ele não pensa nas outras pessoas porque oque importa é só o bem estar dele e não dos outros. Mas a questão não é essa na verdade, eu sei quais são todas as Horcruxes e onde estão, mas não posso caçar elas sozinha.

       - Sabe mini- lily..

       - Não tem coisa melhor...

       - Do que matar uma cobra aos poucos. - Meu pai completa com um sorriso no rosto. - Estamos dentro!

       Naquele momento eu percebi que apenas juntos é que conseguiremos acabar com isso tudo, mas tem algo ou alguém melhor dizendo que me preocupa muito...

        - Kendra?

        Ela levantou os olhos cinzas na minha direção e eu pude ver tudo nele, medo, preocupação, coragem, inteligência e um... Pouco de mim mesma.

         - Eu preciso falar com os meus pais primeiro. - Suspira. - Isso é, se não for incomodar é claro.

         - Claro que não querida, mas como vai falar com eles? - Minha mãe pergunta de forma carinhosa.

        Por um segundo ela pareceu se perder em seus pensamentos, mas logo tira um aparelho do bolso e começa a mexer nele, ficamos todos confusos quando ela sorri colocando o aparelho na mesa e uma voz sair dele.

         - Oi filha!

 

         - Oi mãe tudo bem? - Ela pergunta para o aparelho e eu logo entendo oque é aquilo.

         - Sim querida, mas vamos direto ao assunto de verdade. - A mulher falar num tom sério. - Oque vocês fizeram dessa vez?

         - Nossa, eu não posso ligar para saber da minha família? - se faz de ofendida. - Aonde a senhora está? Eu liguei para mansão e ninguém atendeu.

          - Estamos todos na mansão Potter...

          - Todos?

          - Sim, eu, seu pai, seus tios e seus avós, ah e esta para todos ouvirem. - Kendra arregala os olhos assustada. - Kendra? Kendra Malfoy?

          - Desculpa mãe, mas preciso contar algo e peço que escute até o fim, tudo bem? - Pergunta um pouco nervosa.

         - Claro filha, eu prometo.

         - Para começo de conversa eu não estou em Hogwarts.

         - Como assim não está em Hogwarts? - Pergunta um homem que pela voz parecia ser a de Draco. - Com quem você está Kendra?

          - Ok, sim eu não estou em Hogwarts e estou acompanhada do pessoal. - Ela diz tentando parecer calma. - Mas não surtem agora, eu estou na mansão Potter de 1976, com você, papai, tio Harry, tia Gina, tio Rony, tia Hermione, Tonks, Remo, Sirius, vovô Tiago, vovó Lily, Marlene, Alice, Frank... Ah e o tio Gui e a tia Fleur" Ela faz uma pausa para se acalmar, mas eu sei que ela está nervosa.

        Por um momento o aparelho fico em completo silêncio, mas eu conheço muito bem a minha família, e, quando o choque passar vão fazer a mesma coisa que todas as Potter's fazem, vai gritar:

         - Kendra Narcisa Malfoy! Oque exatamente isso significa?! - Escuto a doce voz da minha mãe gritar.

          - Vovó calma, eu quero explicar a situação, mas vocês precisam está calmos. - Sua voz é calma e por incrível que pareça eu consigo senti ela transmitir uma paz incrível. - Tudo aconteceu quando eu entrei no salão comunal da grifinoria com a Roxy atrás das garotas, um clarão nos iluminou e quando abrimos os olhos estava na sala precisa com vocês adolescentes.

         "Sei que parece loucura vó, eu mesma pensei que era, mas quando conversei com você vi que tudo fazia sentido. Mamãe, papai, sei que vocês estão zangados comigo..."

          - Não estamos Kendra, - A voz do pai dela soou cansada. - Não sei como dizer isso, mas... Eu e sua mãe já sabíamos oque ia acontecer de certa forma, existe uma profecia sobre sua mãe e seu tio Harry, e, o professor Dumbledore nos contou quando seus irmãos nasceram.

         - Que profecia? - Pergunto curiosa.

         - Essa profecia:

A cada meio século

Das trevas ele surgirá

Manchando os céus com a sua marca

Uma criatura tão vil

Quanto os piores demônios

O sangue de muitos vai derramar

Desse sangue, seu poder vai aumentar

Mas a desgraça ele vai encontrar com a chegada deles

Quando o poder e o amor se juntar

O mal muitas vezes vai tentar

Com a ligação deles acabar

Mas tudo que vai lhe restar

Vai ser o exílio que irá o atormentar

O poder e o amor sua chama vai apagar

Mas com o tempo ele regressará

Para o mal nunca mais voltar

          — Eu não entendo, oque significa essa profecia? - Pergno completamente confusa.

          - Não sabemos, já que aqui não acontece nada de errado. - Fala a voz de Harry pelo aparelho. - Pensei que vocês pudessem mudar ou decifrar essa profecia.

           - Acho que podemos tentar. - Diz Teddy ao meu lado.

           Por um momento tudo ficou em silêncio até que eu tomo uma decisão, suspiro prendendo o cabelo em um coque.

           - Posso conversar com a ... Bem comigo em particular?

           - Claro que sim, Kendra tire do alto falante anjo. - Em um segundo Kendra faz oque ela mandou e me entrega o aparelho.

           - Pronto.

           - Queria falar comigo? - Pergunta ela pelo telefone.

           Isso só pode ser loucura, estou falando, literalmente, comigo mesma, suspiro me afastando dos outros para ter um pouco de privacidade.

           - Preciso perguntar sobre algo que está me incomodando e que eu sei que você sabe. - Falo de forma curta e grossa. - Antes de sairmos de Hogwarts, Dumbledore deu a entender que eu receberia algumas visitas ilustres?

          Por um momento ela ficou em silêncio como se estivessem pensando em uma resposta boa o suficiente para me dizer, mas ela não pode me enganar, sei quando está mentindo, ela sou eu.

          - Eu sei quem são, voce está certa. - Aquela afirmação me fez sorrir se orgulho. - mas por enquanto só posso dizer os nomes deles, O.K?

          - Claro.

          - Os nomes são: Theodore, mas chame ele apenas de Theo, Helen, Finn e Erika, por favor não conte nada a ninguém ainda tudo bem?

          - Tudo bem eu prometo, bem, vou desligar.

          - Espera, cuide dos meus filhos, por favor. - Pede com a preocupação visível na sua voz.

          - Sim eu cuido, afinal de conta eles são meus filhos também.

          Aquela com toda certeza foi a conversa mais estranha de toda a minha vida, conversar comigo mesma foi esquisito, mas me deu uma pontada de orgulho, aquela era a prova que eu precisava para não vacilar na minha jornada, a prova de que eu poderia ter um futuro bom, ao lado da minha família, do homem que amo ( mesmo que eu nunca tenha conseguido falar à ele ) e de filhos maravilhosos, aquilo me dava força de vontade, uma certeza incrível de vou ganhar, ganhar do mal.

         Sinto uma mão se fechar ao redor do meu braço e vejo os cabelos loiros que tanto amo e os olhos cinzas que me encantam, sorrio de forma sincera para Scorpius que tinha um olhar tímido.

         - Oi...

         - Então se tudo terminar bem... Você será minha mãe...?

         - Acho que sim... - Fico de frente a ele, passo a mão em seus cabelos e o vejo fechar os olhos devagar. - Meu filho...

          - Preciso ir... Com licença... - Ele se afasta envergonhado. - Mãe.

          Com um aceno de cabeça concordo vendo ele se afastar, suspiro voltando a cortar alguns legumes para comer, mas naquele momento o meu estômago embrulhou com o cheiro de torta que vinha do forno, saio correndo para o banheiro ouvindo as meninas por mim, está grávida é bom, mas quando você coloca todo seu almoço para fora sente uma vontade enorme de matar seu namorado; me levanto do chão limpando a boca e me olho no espelho.

         - Eu sou Lucy Potter, filha de Tiago e Lilian Potter. - Repito me olhando. - Eu vou conseguir, eu posso.

         - Claro que Vai, voce é uma Potter e é a minha irmã. - Viro encontrando os olhos verdes de Harry que sorria para mim. - Se sente melhor?

         - Se o seu melhor que dizer ficar com o estômago vazio, sim estou. - Digo irônica. - Mas oque faz aqui?

         - Vim te chamar para o jantar. - Ele abraça meus ombros. - E dizer que sempre vou está do seu lado, não importa oque aconteça.

         - Por que isso agora?

         - Porque você é a minha irmã e eu amo você. - Ela dá um beijo na minha testa saindo do banheiro. - Vem jantar, está na hora.

         Saímos do banheiro abraçados, eu sei que ele falou a verdade quando disse que ia ficar ao meu lado, mas é disso que tenho medo, medo de perder aqueles que amo, e se isso acontecer eu nunca vou me perdoar. O jantar foi servido no Jardim onde se encontrava várias mesas de três lugares, era bom ver a família, rio mentalmente com aquele pensamento, olho para todos os rostos sorridentes ali, é uma pena imaginar que logo esses sorrisos iriam sumir por causa dessa maldita guerra.

        Coloco um pedaço de bife na boca e sinto uma sensação de paz, eu sentia saudade dessa comida, sorrio com aquilo recebendo olhares de Draco e meu pai, engulo o pedaço de bife, bebo um pouco de suco de abóbora fazendo eles rirem.

        - Qual o motivo da graça? - Pergunto olhando eles.

        - O fato de você está nervosa. - Draco diz de forma ironica. - Oque está perturbando Você?

        - Não seria o fato de que vamos entrar em uma guerra comigo grávida?! - Falo fazendo um copo explodir na mão dele. - E ainda tem a vida de vários adolescentes dentre eles, os meus sobrinhos e os nossos filhos?

         - Filha calma...

         - Não me peça para ficar calma Tiago Charles Potter. - Grito chamando a atenção de todos. - Eu sei, vocês sabem que se algo dê errado a culpa será minha, totalmente minha.

         Sinto meu corpo tremer, mas não de raiva, e sim de medo, minhas mãos formigam, mas eu não me importo e só paro quando uma mão segura meu braço, levanto o rosto e encaro os olhos cinzas de Draco, sinto todo o meu corpo tremer violentamente e caio no choro, ele me abraça acariciando minhas costas enquanto soluço chorando.

        - Tira isso da sua cabeça mon amour. - Ele sussurra. - Tudo vai dá certo eu te prometo.

         - Como pode dá certo Draco? - Pergunto fungando. - Eu tenho certeza que as nossas cabeças está a prêmio agora.

          - Me diz, oque isso importa? - Sirius pergunta na minha frente. - Você é uma Potter e os Potter's nunca tem medo pequena Lily.

          Sorrio de leve encarando Sirius que dava um sorriso de lado, ele está certo, eu sou uma Potter ( para todos os efeitos ) e não sou uma covarde.

          - Você tem toda razão Sirius, a família Potter é a mais corajosa do mundo e eu não serei uma verdade. - Suspiro encarando eles. - Desculpa o meu comportamento.

          - Não se desculpe querida. - Minha avó sorrir para mim. - Vem, vamos tomar um copo de leite quente.

          Concordo e entro na casa com ela, nunca pensei que um copo de leite fosse me fazer tão bem, mas eu tenho certeza que foi o melhor leite que já tomei na vida. Passei um bom tempo dentro da casa observando eles pela janela, queria tanto que o tempo parasse nesse exato momento para que nada de ruim acontecesse a eles, mas não é assim que as coisas funcionam, temos que lutar pra podemos viver em paz com nossas famílias.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A outra Potter e a Viagem no tempo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.