Contradições do amor escrita por MissAmelie


Capítulo 5
Você está sempre em minha mente




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Bruce estava decidido: Essa era a última tentativa... E também a mais deprimente. Mas se ela não desistisse dele, ele iria desistir de afastá-la e daria uma chance a eles de serem felizes.

Ele a levou a um bar medíocre em Crime Alley, frequentado por bêbados, prostitutas, ladrões e drogados. Se eles não fossem quem fossem – capazes de se defender – ele jamais teria ido a um lugar assim. Por sorte, ele podia protegê-la e ela a si mesma. A única coisa capaz de feri-la seria a atitude estúpida dele e nada mais.

Ele olhou para ela assim que chegaram ao lugar. Diana não parecia magoada ou zangada por ele tê-la levado lá. Ao contrario das outras vezes, ela não estranhou seu comportamento e logo relaxou assim que lembrou que todas as outras vezes em que se questionou sobre as intenções de Bruce, as coisas a surpreenderam positivamente.

Bruce estranhou o fato dela ela não ter falado nada para questioná-lo sobre a escolha do bar ou lançado um olhar confuso sobre ele quando eles chegaram. Ao contrário, ela perguntou rapidamente se era esse o lugar e quando ele disse que sim, ela sorriu, pegou sua mão e tomou a dianteira rumo a entrada.

O lugar era uma pocilga e o próprio Bruce estava arrependido de tê-la levado. Mas agora era muito tarde para arrependimentos.

(...)

Ela parou em frente ao balcão do bar e perguntou em um claro divertimento o que eles iriam beber. O que despertou em Bruce um certo espanto, ao vê-la tão desenvolta em torno do bar.

— Eu não sabia que você bebia, princesa?! – Ele perguntou com uma pitada de sarcasmo, esperando obter uma resposta ingênua, que mostrasse que ela só está tentando parecer à vontade para agradá-lo.

— Não é que eu faça isso frequentemente, Bruce. Foram só algumas vezes – Ela revelou sorrindo, depois de olhar de soslaio para ele, que exibia uma expressão de incredulidade e surpresa quando ela pediu duas doses de tequila ao barman.

— E eu posso saber quando essas poucas vezes aconteceram, princesa? – Ele não conseguiu esconder dela sua necessidade de controle, seu instinto de proteção e sua paranoia quando olhou em seus olhos.

— Bom... uma vez foi no apartamento da Mari (Vixen), quando ela e o John terminaram. Ela deu uma festa e foi muito divertida... Você sabe, ela é modelo e conhece muitos modelos bonitos... Eu me diverti muito. – Ela sabia exatamente a reação que iria provocar com aquele comentário, mas era de certa forma engraçado ver Bruce se contorcer de ciúme.

— Você bebeu numa festa em que você não conhecia ninguém, Diana? Você não entende que alguém poderia ter se aproveitado de você? – O tom de voz de Bruce, apesar de baixo, se mostrava enfurecido.

 – Eu estava perfeitamente consciente a festa inteira, Bruce. Eu só queria me divertir um pouco – Ela sorriu maliciosamente para ele – Além do mais, as outras duas vezes foram bem mais interessantes, se você quer saber?!

— Estou esperando, Diana. Vá em frente... Diga! ­– ele rosnou, sem desviar os olhos dela.

‘Ele me chamou de Diana e não de princesa. Ele deve estar mesmo furioso’, ela pensou divertindo-se.

— Não foi nada demais... Eu só tomei algumas doses de tequila quando fui à boate com algumas amigas. Foi bem mais divertido! – Ela respondeu, escorando os cotovelos no balcão do bar, olhando fixamente pra ele, sem se intimidar.

— E o que você foi fazer numa boate, Diana? Com quem você estava? Você não acha que está se expondo de forma inadequada? – Ele já não conseguia esconder o ciúme.

— Ora essa, Bruce. O que se faz numa boate? Eu queria dançar! – Ela tomou a dose de tequila trazida pelo barman em um único gole – Além disso, Zatanna e Mari estavam comigo. Você não tem com que se preocupar – Ela sorriu e piscou pra ele, provocando-o – Apesar de que...

— O quê, Diana? Apesar do quê? – Ele usou toda força mental que tinha para manter-se sob controle.

— Apesar de que eu quase não conseguia me mexer... Haviam muitos rapazes ao meu redor. Eles estavam muito perto, tudo parecia tão apertado! – Ela lançou seu olhar mais inocente sobre ele, completamente segura de que isso o faria subir pelas paredes.

Diana estava aprendendo a jogar o jogo da sedução graças as suas amigas da Liga. Ela estava determinada a laçar o morcego e não o deixaria fugir de seus encantos uma vez que ele fosse capturado.

— E você dançou a noite toda rodeada por um monte de homens que você nem conhecia, Diana? – Fúria já não era suficiente para definir o nível de ciúme de Bruce. Ele queria surrar qualquer um que se aproximasse dela.

— Claro que não, Bruce – Ela disse, sorridente e ele suspirou levemente aliviado – No fim da noite, eu já conhecia todos eles... – Ela passou por debaixo de seu braço, que estavam limitando seu espaço, fugindo em direção à uma antiga vitrola que ficava no final do bar, dando-lhe um sorriso maroto por cima do ombro que o fez desmanchar brevemente a carranca enciumada.

Ela escolheu uma música e fez sinal para ele, chamando-o para dançar. Quando a música começou, ele a tinha envolvido em seus braços com possessividade, disposto a mantê-la consigo por toda vida.

E quando a música começou, Bruce esqueceu o ciúme e se viu embriagado de paixão, olhando em seus olhos.

Ele nem percebeu que estava cantando para ela, se apropriando das palavras da canção para expressar o que ele sentia.

‘Maybe I didn't treat you/ Quite as good as I should have

(Talvez eu não tenha te tratado/ Tão bem quanto eu deveria)

Maybe I didn't love you/ Quite as often as I could have’

(Talvez eu não tenha te amado/ Com tanta frequência quanto poderia)

Little things I should have said and done/ I just never took the time

(Pequenas coisas que eu deveria ter dito e feito/ Eu simplesmente nunca tive tempo)


You were always on my mind

You were always on my mind’

(Você sempre esteve em minha mente!)

 

Bruce estava cantando para ela tudo aquilo que ele precisava dizer através da voz aveludada de Elvis Presley. A mulher que ele tinha o privilégio de ter em seus braços era a mais maravilhosa criatura que ele já conhecera em toda sua vida. Ela era uma Maravilha de mulher; uma Maravilha de amiga; uma Maravilha de heroína.

 

‘Maybe I didn't hold you/ All those lonely, lonely times

(Talvez eu não tenha te abraçado/ Em todos aqueles solitários momentos)


And I guess I never told you/ I'm so happy that you're mine

(E eu acho que nunca te disse/ Estou tão feliz por você ser minha)


If I made you feel second best/ Girl, I'm so sorry I was blind

(Se eu fiz você se sentir em 2º lugar/ Garota, sinto muito, eu estava cego)

You were always on my mind/

You were always on my mind’

(Você sempre esteve em minha mente)

 

Nesse momento, tudo que ele conseguia pensar era em como ele a queria permanentemente em sua vida. Já não importavam suas justificativas estúpidas de que uma relação afetiva entre eles acabaria em desastre. Ele não queria tirá-la de sua vida. Ele não podia deixá-la ir embora.

Talvez ele estivesse sendo egoísta ao pensar em como ela o faria feliz. E se ele não conseguisse dar a ela a felicidade que ela merecia? Agora era tarde demais... Ele não poderia mais viver sem Diana.

 


‘Tell me, tell me that your sweet love hasn't died

(Diga-me, diga-me que seu doce amor não morreu)


Give me, give me one more chance to keep you satisfied, satisfied

(Me dê, me dê mais uma chance de satisfazê-la)

Little things I should have said and done

(Pequenas coisas que eu deveria ter dito e feito)

I just never took the time

(Eu simplesmente nunca tive tempo)


You were always on my mind’

(Você sempre esteve em minha mente)

 

— Princesa... – Quando a música acabou, ele a chamou suavemente, esperando ver seus olhos – Vamos pra casa?!

Diana encontrou algo inesperado no olhar de Bruce. Eles exibiam um brilho que ele nunca vira antes. Era como se Bruce estivesse dizendo-lhe através dos olhos que as portas de seu coração haviam finalmente se aberto para que ela entrasse. Ele estava permitindo que ela o amasse. Ele estava pronto para retribuir o seu amor.

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Notas finais do capítulo

Always On My Mind!!!.- Elvis Presley
https://youtu.be/_zU2C3f9rso



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