Estrela da Alva escrita por Princesa Dia


Capítulo 4
Reação


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente. Antes de tudo, eu queria me desculpar pelo atraso do capítulo, eu tive um final de semana cheio e exaustivo e eu só tive algum tempo agora á noite. Eu realmente espero que isso não aconteça novamente, mas isso não é uma promessa.

Bem... é isso, aproveite o capítulo.♡.



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POV. Bella Swan

—Você é Isabella Swan, não é? -Apertei os lábios tentando me impedir de soltar um palavrão, o primeiro horário havia terminado e eu nem havia arrumado minhas coisas ainda quando um garoto se aproximou sorridente, ele era bem desajeitado, alto, com problemas de pele e cabelo preto como carvão e parecia ser do tipo muito prestativo, parte do clube de xadrez.

—Bella. -Todos aqueles que ficaram para ouvir a conversa se viraram para nos olhar, mas o garoto não parecia se importar com a atenção.

—Onde é sua próxima aula? -Franzi a testa tentando me recordar do horário.

—Hm, Educação Cívica, com o professor Jefferson, no prédio seis.

—Estou indo para o prédio quatro, posso te mostrar o caminho. -Definitivamente muito prestativo. -Sou Eric. -Adicionou, sorri discretamente.

—Obrigada.

Recolhi o resto das minhas coisas e o segui para fora. Eric era muito curioso, algo como repórter investigativo, um eufemismo para mexeriqueiro, mas respondi todas as perguntas que ele me fez sobre Londres e a minha antiga escola, nada que revelasse a minha vida pessoal.

—Então, aqui está. -Comentou enquanto eu alcançava a porta. -Talvez tenhamos outras aulas juntos. -Ele soava esperançoso e eu não duvidava de que isso realmente aconteceria, afinal essa escola era um ovo. Sorri para ele como uma despedida e entrei.

A manhã se passou rapidamente e o meu professor de trigonometria, Sr. Varner, foi o único a me fazer me apresentar para turma, sorri educadamente para todos e me apresentei como manda o protocolo, quando o professor finalmente se deu por satisfeito ele me liberou para que fosse me sentar e eu caminhei a passos apressados para minha cadeira.

Quando chegou a hora do almoço uma garota me convidou para me sentar com ela e seus amigos, ela era vários centímetros mais baixa do que eu, com os cabelos pretos e cacheados e falava mais do que qualquer outra pessoa pudesse acompanhar. O seu nome era Jessica Stanley (o que já me deixou com um pé atrás, eu já havia conhecido outra Stanley em minha última estadia em Forks e digamos que a experiência não fora das mais agradáveis), ela estava em duas das minhas aulas até agora.

Jessica me levou até a sua mesa, que por sinal estava mega cheia, não sei se era sempre assim ou se era a minha ilustre presença, e me apresentou a seus amigos, cumprimentei a todos educadamente. Conversamos animadamente, isso por parte de Jessica, percebi Eric do outro lado do refeitório, ele acenou e eu sorri de volta.

Meus olhos foram para a porta no momento em que ela se abriu e um casal entrou, eles eram a personificação da beleza; a mulher era alta, loira e esbelta, do estilo que se via na capa de revista e não no meio do refeitório da FHS; o homem por sua vez era musculoso, parecia um armário, cabelo escuro e encaracolado e um sorriso com covinhas que era arrebatador. Os dois passaram por nossa mesa sem nos dirigir o olhar e se sentaram mais afastados, sem tocar na comida, apenas se encarando; senti meus músculos tensos, eu sabia o que eles eram, mas eu estava tão determinada a fugir de todos que não havia percebido a presença deles. Eu ainda os observava quando o segundo casal entrou, meus olhos se arregalaram ao reconhecer na garota baixa, com cara de fada e cabelos repicados a minha melhor amiga e irmã, Alice Brandon. Um nó se formou em minha garganta e eu engoli em seco, aquilo era impossível, só podia ser ilusão, tinha certeza, mas o que ela fazia ali? Alice estava... morta... não estava?

Ela estava abraçada a um cara alto, de cabelos loiros escuros, mais magro que o primeiro, mas ainda sim musculoso; seus olhos encontraram os meus por um breve momento antes de seguir para a mesa onde estava os outros dois. Eu estava preparada para levantar e ir até ela, aperta-la em meus braços e lhe dizer o quanto sentira a sua falta, mas antes que eu pudesse fazer isso o quinto integrante do grupo entrou e o ar ao meu redor ficou denso, uma leve tontura me fez apertar a beirada da mesa ameaçando parti-la ao meio, tentei me controlar respirando fundo, minha mão foi inconscientemente para o cordão que nunca deixava o meu pescoço; ele era alto como os outros dois, menos musculoso que o primeiro e o segundo, mas ainda percebia-se que era forte, e seus cabelos cor de bronze, bagunçados de uma forma estranhamente familiar. Seus olhos me encararam confusos, senti os meus se encherem de lágrimas, mas as segurei a todo custo.

—Bella, o que foi? -Jessica me perguntou no momento em que ele passava por mim e seguia em direção a outra mesa.

—Nada. -Falei com a voz estrangulada, pigarreei tentando limpar a garganta. -Quem são eles? -Perguntei fingindo desinteresse, Jessica olhou para a mesa deles para ter certeza do quem eu estava falando.

—Aqueles são os Cullen e os Hale. São filhos adotivos do Dr. Cullen e a esposa. -Era incrível como os humanos podiam acreditar em qualquer besteira. -A loira escultural é Rosalie Hale e o loiro ali com cara de dor é o Jasper, irmão gêmeo dela, são os sobrinhos do Dr. Cullen, o grandão é Emmett Cullen e a baixinha é a Alice, -tentei manter o rosto indiferente ao ouvir o seu nome, mas era algo difícil diante de tanta emoção. -E eles estão todos juntos, quando digo juntos é junto mesmo, tipo Rosalie namora o Emmett e Alice namora o Jasper. -Ignorei o preconceito de Jessica, eu estava feliz por Allie, ela havia finalmente encontrado alguém que a fizesse feliz.

—Mas eles nem são irmãos Jess. -Ângela, a garota tímida, saiu em defesa deles.

—Mesmo assim eles moram na mesma casa, é estranho. -Ângela revirou os olhos adoravelmente. -O Dr. Cullen é tipo “um pai casamenteiro''.

—Ele podia me adotar. -Ângela brincou e eu ri.

—E ele? -Perguntei o indicando com o queixo, o momento de descontração havia passado, Jessica olhou para ele e fez uma careta.

—Aquele? É Edward Cullen. -Um arrepio percorreu a minha espinha ao ouvir seu nome. -Lindo, não é? Mas não perca seu tempo, é o único que não está namorando, mas ao que parece nenhuma garota na escola é suficientemente boa para ele. -Jessica reconheceu amarga, meus olhos se estreitaram ao imaginar quantas vezes ela dera em cima dele, ela definitivamente acabara de perder pontos comigo.

—Eu nem pensei nisso. -Falei desviando meus olhos para a mesa deles no momento seguinte, nossos olhos se encontraram e eu pude vê-lo franzir a testa, um hábito quando se sentia frustrado ou confuso. Desviei os olhos no minuto seguinte me concentrando na conversa em minha mesa, precisava falar com eles, mas essa conversa não aconteceria em um refeitório cheio de alunos curiosos.

O horário de almoço passou rápido e logo estava na hora de voltar às aulas. Ângela se ofereceu para me acompanhar já que ela também teria biologia, caminhamos em silêncio e quando chegamos na sala ela foi se sentar em seu lugar, ela já tinha uma parceira, na verdade todos já tinham, menos ele; meu coração perdeu uma batida e um sorriso quase escapava para os meus lábios, mas eu consegui contê-lo. O professor me chamou e eu caminhei até ele entregando a caderneta.

Ele assinou e indicou a cadeira ao lado de Edward, agradeci me dirigindo para o meu lugar, mas à medida que eu me aproximava percebi que o homem sentado ali não era mais aquele que eu conhecera um dia, senti um arrepio percorrer a minha espinha e não era um arrepio bom. Eu estava tão nervosa com a aproximação que de alguma forma, não sei como, tropecei em uma mochila no chão, me apoiei desajeitadamente na beirada da mesa, a sala toda riu e eu corei miseravelmente, meus olhos encontraram os de Edward e eu vi todo o ódio dele por mim; me endireitei automaticamente me sentando ao seu lado ereta. O professor iniciou a aula e eu juro que tentei prestar atenção na aula, mas o tendo tão perto era difícil e Edward não colaborava, passou o tempo todo o mais distante possível, rígido como uma pedra. Quando o sinal tocou, ele levantou tão rápido que eu me assustei, quando eu percebi, ele já estava do lado de fora.

—Idiota. -Resmunguei recolhendo as minhas coisas com raiva. Um garoto bonitinho, com cara de bebê, cabelo loiro claro perfeitamente moldado com gel e sorriso amigável se aproximou para me cumprimentar.

—Você não é Isabella Swan? -Respirei fundo tentando me lembrar de que esse garoto não tinha nada a ver com o que acontecera agora pouco.

—Bella. -O corrigi com um sorriso educado.

—Eu sou Mike.

—Oi Mike.

—Precisa de ajuda para encontrar a próxima aula?

—Na verdade, estou indo para o ginásio. Acho que consigo encontrá-lo. -Tentei dispensar.

—Essa é a minha próxima aula também. -Droga, que falta de sorte. Mike me seguiu para fora tagarelando bastante, eu apenas ouvia fingindo interesse. -E então, você fincou o lápis em Edward Cullen ou o quê? Nunca o vi agir assim... -Mike divagou interessado, decidi me fazer de estúpida.

—É o garoto sentado ao meu lado em biologia?

—Sim. Parecia estar com dor ou com raiva não sei definir bem. -É claro que eu sabia que o problema dele era comigo, eu o havia magoado antes.

—Não sei. Nunca o vi na vida. -Menti descaradamente, Mike deu de ombros.

—Aquele cara é estranho. -Preferi sorrir e dar de ombros à comenta o que ele disse. Segui até o vestiário feminino e o professor de educação física, treinador Clapp, me deu um uniforme, mas não me fez vesti-lo para a aula de hoje. Assisti a aula sobre vôlei, embora eu não estivesse realmente prestando atenção. Quando o sinal tocou corri para a secretaria, precisava entregar aquele negócio e dá o fora daquele inferno logo. Assim que entrei tive que reprimir o impulso de virar as costas e sair dali correndo, Edward estava lá e parecia bem nervoso, tentava convencer a Sra. Cope de alguma coisa, me encostei na parede para esperar.

—Tem que me ajudar, qualquer outra turma, menos biologia. -Falou um pouco desesperado, fuzilei as suas costas irritada, tudo bem que estávamos em termos bastante ruins, mas será que não podíamos conviver em um mesmo ambiente civilizadamente?

—Eu sinto muito Edward, mas todas as outras turmas estão lotadas. -A porta se abriu de repente e uma garota entrou trazendo uma rajada de vento consigo, Edward enrijeceu imediatamente, provavelmente sentido o meu cheiro, ele se virou me encarando e eu pude ver em seus olhos todas as possibilidades, ele ia tentar me matar ali mesmo e eu provavelmente não lutaria contra isso. A garota deixou um papel em um dos cestos e saiu, Edward lentamente se virou para a Sra. Cope.

—Então deixa para lá, vejo que não pode me ajudar mesmo, obrigado. -Devolveu ríspido, mas a mulher não pareceu perceber. Edward saiu da sala, me deixando para trás mais lívida que um morto.

—E então querida, como foi seu primeiro dia de aula? -Perguntou animada, tentei me lembrar como se fazia para andar e me aproximei do balcão lentamente.

—Bem. - “Mal” completei mentalmente, ela sorriu.

—Que bom que se deu bem com todos. - “Quem te contou essa mentira?”, quase lhe questionei, mas segurei a língua.

—Obrigada. -Sai de lá às pressas, ainda bem que o estacionamento já estava quase vazio então não tive que disfarçar a angústia que eu sentia. Entrei no meu carro e dirigi em direção a minha casa, sabe a história do recomeço? Bem, eu já estava começando a reconsiderar isso.

Eu não esperava encontrar Edward vivo e muito menos essa reação dele. Tony estava certo mais uma vez, eu não devia ter saído de Londres, eu preferia ter ficado na ignorância, assim a ferida não estaria sangrando novamente. Senti ás lágrimas umedecerem meu rosto, eu deveria escutar Tony dessa vez? Talvez fosse o melhor... talvez deixar Forks e voltar para Londres seja a melhor opção... Talvez assim Edward fosse feliz novamente, e eu não podia pedir nada mais além disso.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo gente, Bye.♡.



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