Tronos de fogo e gelo escrita por Sojobox


Capítulo 5
Denys e Desmond


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo temos o embate entre Denys e Desmond Darklyn.
Quem sairá vencedor?



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Devan Darklyn

 

A reunião começara como esperado. Denys e Desmond contaram suas versões perante o rei, ou tentaram pelo menos. Se Devan estivesse no local de honra do pai, sem dúvida, estaria calado, absorto, só observando o relato de todos os envolvidos antes de pronunciar-se, assim como o rei sempre fazia.

 

O rei Denys estava assentado em seu trono, feito inteiramente de cobre, o assento real era magnífico, de longe se via o reflexo das réplicas das coroas de todos os reis da região que cobriam o trono. Igualmente majestoso,o rei se portava soberano, suas vestes estavam repletas de detalhes de coroas, ao seu lado direito estava Willer, seu conselheiro; no lado esquerdo estava seu herdeiro, Devan, sentado em um trono um pouco menos digno de menção.E ao lado esquerdo do príncipe estava Ellenero que viajou para Valdocaso para acompanhar a princesa dos Hollards.

 

— E o que aconteceu foi o resultado disso — dizia o camponês convidado para depor, claramente incomodado por estar sendo observado por tantos senhores importantes.

 

— Entendo — Willer se pronunciou e fez um sinal para que o homem saísse.

 

Willer era o conselheiro do rei Denys desde que este usou o título para se referir a si mesmo, e já eram amigos desde crianças. Foi dele a ideia do casamento arranjado entre os reinos, embora não fosse segredo para ninguém que o garoto escolhido por ele para a ocasião era Desmond.

 

Mesmo que a maioria dos presentes estivesse ali apenas para ver se aconteceriam mais brigas, havia aqueles que se importavam com os jovens e até mesmo com a princesa.

 

Assim que todos contaram o que viram, o rei começou a discutir com seu conselheiro.

 

— Willer, o que achas que devo fazer com eles?

 

— Meu rei, acredito que os jovens deveriam saber quais são as consequências dos seus atos.

 

— E isso quer dizer o quê? Devo aplicar a lei Dark?

 

A lei Dark, ou Lei das Trevas, era uma das mais severas do reino, ela obrigava a todos aqueles que violassem os princípios de um casamento arranjado a lutar até a morte.

 

— Jamais senhor, eles são seus filhos e…

 

— Meu caro amigo — Ellenero foi se intrometer na conversa. — Eu diria que eles são muito jovens para serem punidos por uma lei tão severa, além disso, se não me engano, a lei diz que em caso de os infratores serem crianças, o combate deveria ser decidido por aqueles que encomendaram o casamento. A propósito, não teria sido você a planejar isso tudo, Willer?

 

— Você não pode estar insinuando que eu…

 

— Quietos!!! — O grito do rei foi ouvido por toda a sala, cada um dos presentes parou o que estava fazendo e ficou observando-o. — Eu não consigo pensar com vocês dois discutindo no meu ouvido!

 

Algumas risadas foram ouvidas no salão, mas rapidamente sumiram quando o rei virou com a expressão nervosa.

 

— O que você me diz sobre isso, filho? — Virou o corpo, ansioso pela resposta de seu herdeiro.

 

— Eu... acho que deveriam receber uma punição, mas eles não são quaisquer pessoas, são os príncipes Darklyn de Valdocaso.

 

O rei fechou os olhos e respirou fundo, pensativo e, então, sob os olhares atentos de todos, enfim, se pronunciou

 

— Denys, Desmond. — Ambos os filhos olharam ansiosos pela punição que receberiam, ou não. — Nenhum de vocês quer negar seus direitos, então, eu só tenho uma escolha.

 

Nesse exato momento, não apenas os acusados, mas toda Valdocaso ansiava pela decisão do rei. No entanto, Devan foi levado por uma estranha sensação, como se estivesse sendo observado. Olhou para todos os lados da sala até mesmo para o teto, mas não conseguiu achar nenhuma pessoa nesta condição de observador

 

— Entendo, pode deixar… — dizia Ellenero ao lado de Devan, mas quando este virou para ver com quem o homem falava, não havia ninguém. — Vossa Majestade… — Ellenero se inclinou e começou a cochichar no ouvido do rei.

 

Devan não conseguia ouvir o que ele dizia, mais sentiu que não iria gostar da resposta. Quando, por fim, ele se afastou, o rei proclamou:

 

— Vocês serão punidos com a lei Dark — Devan não conseguiu acreditar no que ouvia. — Ou seja, vão acontecer três confrontos e quem ganhar fica com a princesa, quem perder… Perderá muito mais do que apenas uma mulher.

 

— Pai! O senhor não pode estar falando sério! Fazes ideia do que isso quer dizer?!

 

— Devan, acho que você não sabe o que ser um rei significa. É fazer o que é certo, independente de quem seja, pelo bem do reino, pelas leis que o sustentam, independente de quem as quebrou. Tenho certeza que te ensinei isso.

 

Repreendido, o príncipe voltou a sentar-se, fechou os olhos, respirou fundo e quando os abriu, mirando para porta no final do salão, viu uma pessoa de manto escuro e máscara de corvo. Seus olhos se encontraram com os dele e começou a sentir um arrepio na espinha, uma dor foi se propagando pelo seu pescoço, como se o estranho estivesse pressionando uma espada contra seu peito.

 

— Quem… — foi a única coisa que Devan conseguiu dizer.

 

— Jovem herdeiro — Ellenero colocou uma mão no ombro de Devan e chamava-o. — Está tudo bem com o senhor?

 

— Ellenero... — Ainda atordoado, tentou olhar de volta para o local onde viu o homem misterioso, mas ele não estava mais lá. — Estou bem sim, me preocupo com os meus irmãos agora.

 

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Denys Darklyn

 

Na noite anterior ao confronto, o jovem príncipe andava sem rumo pelo castelo em que viveu toda sua vida, sua curta vida; com todos dormindo, estava um silêncio absurdo, apenas ouvia-se o barulho do vento que passava pelos corredores, e dos passos do jovem, caminhando sem pensar em algo especifico, mas em várias coisas ao mesmo tempo; “o que acontecerá se eu perder?” “Melia vai me odiar se eu vencer?” “Meu pai realmente faz tudo isso com algo mais em mente?” Tudo isso passava pela sua mente quando ele ouviu sua mãe, Rainha Messaea de Valdocaso, conversando com Ellenero.

 

— Eu sei, mas é meu filho, não posso deixar que morra, deve sobreviver, nem que para isso o bastardo tenha que morrer.

 

Bastardo, Denys sabia o que essa palavra significava, Desmond sempre afirmou que Devan era bastardo e por isso não o respeitava como deveria, por ser seu irmão mais velho. Mas e se ele estivesse enganado; e se o bastardo fosse Denys, faria todo o sentido. Desmond era o favorito da rainha, sempre fazia questão de dizer isso, Devan era o herdeiro do trono, enquanto isso, ela quase não dava atenção para ele. Mas isso também significava que ela queria matá-lo! O jovem não podia acreditar mesmo que fosse verdade. E mesmo se ele fosse um bastardo, um Waters, a rainha não seria capaz de tirar sua vida. Seria?

 

— E depois ele poderá assumir o trono quando seu irmão se for, na reunião, e seu marido sofrer um triste acidente, caindo da fortaleza.

 

Não, estão tramando um massacre, mas porque iriam querer Desmond no trono?

 

— Meu amor, como você é mal... — ela riu, debruçou-se sobre El, dando leves beijos em seu rosto, seguido por um longo beijo na boca.

 

Denys sentiu uma vontade enorme de vomitar, porém conseguiu segurar-se, pois sabia que não podia ser descoberto ali, tinha de sair dali agora. E foi o que fez.


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Melia Hollard

 

Quando Medneria veio falar com a jovem essa manhã, a princesa não acreditara no que saía da boca de sua criada.

 

— Como assim um confronto?

 

— Isso mesmo, princesa — a serva dizia apressadamente tudo o que sabia —, foi o que ouvi, e sua presença é requisitada no jardim perto das docas, onde será realizado o embate.

 

Agora, presente no lugar de honra ao lado da rainha, e perto do assento de onde o rei deveria estar, ela já estava mais calma, ou assim pensava, até que começou o primeiro combate.

 

— Atenção, senhores e senhoras, o primeiro embate foi escolhido pelo jovem príncipe Desmond. — Willer assumiu a trombeta e a função de orador, visto o fato que aquele que devia fazer isso, por algum motivo bizarro, foi encontrado morto perto da baía. — Corrida de cavalos.

 

Suspirou aliviada, felizmente não seria nada letal, uma simples corrida, com certeza, Desmond venceria, afinal, o caçula mal conseguia montar no cavalo e teve de ser ajudado pelo senhor que trouxe o animal. Mas agora, pensou: será mesmo que gostaria que Desmond vencesse? Era mais bonito que o caçula, sem dúvida, arrancava suspiros de várias donzelas pela corte, tanto as da casa Hollard como da casa Darklyn. Naquele dia na floresta, Desmond disse que iria querer algo em troca. Ele a queria. Por isso, como forma de agradecimento, e já sabendo que teria de casar com um deles, escolheu seu salvador; mas, agora, conhecendo Desmond melhor, percebeu como ele era manipulador e com tendências violentas, como ontem, quando uma serva trouxe a comida para o seu quarto, já que estava de castigo assim como seu irmão e não puderam comer a mesa com os demais, ele simplesmente pegou uma bandeja com água fria e jogou na criada, em seguida a atacou com a bandeja, golpeando-a na cabeça da jovem, deixando-a inconsciente; encontraram-na quando uma outra serva foi ao quarto verificar o porquê do sumiço da primeira.

 

Já Denys era desajeitado demais, mas tinha coração bom, seria um grande lorde quando crescesse. E até que era bonitinho…

 

— Hihihi — a risada saiu sem que ela percebesse.

 

— Minha querida, está rindo de Denys tentando montar no cavalo?

 

De todos que poderiam ter ouvido, tinha que ter sido a rainha?

 

— Claro que não, minha rainha.

 

— Pode me chamar de Messaea, querida. — Demonstrou uma face tão serena, tão tranquila, nem parecia que seus filhos estavam se enfrentando ali perto. — Sabe, Melia, meu marido, quando tinha a idade dos dois ali embaixo, sequer era bonito, forte e muito menos sábio como hoje.

 

Melia não achava o rei Denys bonito, mas achou melhor não comentar sobre isso.

 

— Ele também era bastante desajeitado e não levava jeito para nada referente a construção, por exemplo, mas... o tempo passou e ele construiu esse magnífico castelo e mais tarde o forte, derrotou alguns reis pela lança e outros por negociações, e, por fim, se sagrou rei das Terras das Coroas.

 

— Isso quer dizer… que devo me casar com Denys?

 

— Minha jovem, jamais iria te dizer para escolheres entre qualquer um dos meus filhos em detrimento de outro. Quero dizer-te apenas que nem sempre o que um homem é quando jovem, é o que ele será quando adulto. Sei que tem dúvidas sobre eles, mas entregue a Deus, e ele vai iluminar seu caminho.

 

Ela disse “Deus”? Os boatos eram verdadeiros, enfim, a rainha Messaea não orava pelos deuses dos filhos da floresta, e sim por uma religião estranha de Essos. A própria rainha vinha de lá, Melia não saberia dizer de onde.

 

Seja como for, enquanto ficou distraída conversando com ela a primeira prova terminou e, como esperado, Desmond foi o vencedor.

 

Logo iriam começar a segunda. Segundo a lei Dark, os três combates seriam feitos em sequência, sem tempo para que os combatentes descansassem. Como foi Desmond que escolheu o primeiro, seria a vez de Denys escolher, se perdesse nem teria a oportunidade de um terceiro embate.

 

— Minha rainha, está tudo pronto, as suas ordens.

 

Ellenero se aproximou da rainha, Melia não o via desde sua chegada a Valdocaso, gostaria de saber se ele e a rainha eram amigos, pareciam bem próximos pelo menos.

 

A princesa sabia que todos os reinos da região eram “servos” dos Darklyns, porém, ele era o conselheiro do rei, do rei Hollard. Melia olhava aquela “mulher de fora”, alguém que conseguiu ganhar uma importância tão grande quanto possível; era uma rainha Darklyn, e carregava tudo de bom e de ruim que essa responsabilidade trazia.

 

Messaea tinha que estar na maioria dos eventos que acontecia em Valdocaso, quer ela gostasse ou não, sempre deslumbrante, naquele dia em especial, a rainha estava com um vestido vermelho de um material que Melia desconhecia, mas achava muito bonito, realçava completamente seu corpo e era lindo, todo coberto de pedras brilhantes; usava também brincos de argola quase que transparentes; a jovem também reparou que Messaea possuía um colar preso no pescoço, uma pedra preciosa, cor vermelho-sangue que as vezes parecia brilhar levemente. Sua percepção foi interrompida por um anúncio.

 

— O segundo embate, o escolhido pelo príncipe Denys, vai começar! Tiro ao alvo!

 

— Ótimo, talvez nem precisemos usar sua ajuda, Elly. Denys escolheu algo que não pode vencer.

 

Ela o chamou de Elly? Só eu posso chamar ele assim! Espera... Como assim? Ela está torcendo para Desmond? E o que ela quis dizer com “ajuda dele”? Ah, Elly, em que você está se metendo?

 

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Desmond Darklyn

 

Ele já sabia que iria vencer a corrida, era o melhor montando no cavalo, o melhor de todo o reino, até mesmo do que Devan, mas algo que certamente ele não esperava, era que o irmão fosse desistir com tanta facilidade assim. Tiro ao alvo? Ele era muito bom com o arco e flecha, e quanto ao irmão, bom…

 

— Boa sorte, irmãozinho, vai precisar.

 

— Você pode precisar mais do que eu.

 

Desmond pensou que Denys tinha se tornado abusado, mas não importava, ele iria sair vitorioso desta vez também.

 

O duelo começou com Desmond atirando o alvo no terceiro círculo. O que garantia trinta pontos.

 

Enquanto o irmão se preparava para atirar a primeira flecha, ou melhor, tentava colocar a flecha no arco, Desmond não se conteve e foi para o lado dos camponeses pedir torcida e, após isso, se virou para o camarote onde estavam a rainha e a princesa Hollard, e mandou um beijo para a sua prometida. Foi quando a plateia começou a vibrar, mas ao contrário do que o jovem pensava, não pelo seu cortejo, e sim pelo feito de seu adversário, que acertara a flecha no círculo interno, o que lhe garantia cinquenta pontos.

 

— Como você... — Desmond não conseguia acreditar que o pequeno desajeitado tinha feito aquilo.

 

— Eu disse que você iria precisar de mais sorte do que eu.


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Máscara de Corvo

 

O mascarado estava observando tudo de cima, de um morro próximo, quando percebeu que alguém se aproximava.

 

— Quando se pensava que o dia não poderia ficar mais surpreendente, o príncipe herdeiro veio até mim.

 

— Você, quem é você? — Devan questionou o homem misterioso.

 

Devan conseguiu achar o misterioso homem que vira dentro do salão durante o julgamento. Mas não sabia o que podia acontecer em seguida, deveria ter trazido pelo menos um guarda costas, caso viesse a precisar se defender, não sabia se conseguiria vencer esse homem em combate.

 

 — Eu? Sou apenas um corvo observando os dois grãos abaixo.

 

— Nenhum dos dois são grãos, e sim príncipes. — Ele encarou o mascarado, pousando a mão na espada que estava presa na cintura. — E meus irmãos.

 

— Se não me engano, vocês não são bem irmãos, não é mesmo?

 

Devan não conseguia entender como ele sabia disso.

 

— O que mais você sabe?

 

Abaixo se ouvia o público delirar, Desmond acertara a flecha no quarto círculo e somava mais quarenta pontos.

 

— Eu sei tudo o que preciso saber. Quanto a você em específico, príncipe herdeiro, hahahah, diria que este, não é o nosso primeiro encontro e nem será o último. — Ele se afastou um pouco, deslizando levemente o pé esquerdo para trás, quando percebeu não ter mais contato da sola do pé com o chão, sentiu que estava sem saída.

 

— Está querendo morrer só para fugir de mim? — O garoto além de príncipe é um bobo, imagina só, eu fugindo de um garoto cru como esse.

 

— Eu pensei já ter dito, esta não será a última vez que nos veremos. Até lá você pode treinar suas habilidades de segurar a espada presa e talvez até consiga aprender a tirar ela da bainha.

 

— Ora seu! — Devan retirou a espada e se colocou em posição de ataque.

 

— Você está com tanta pressa para morrer, garoto? Eu já estava indo embora, mas se você quer se despedir do mundo dos vivos tão cedo... — O Mascarado começou a mexer no manto, procurando algo.

 

Devan avançou para cima dele, tentando furar seu oponente, mas, no último instante, o mascarado desviou para o lado. O jovem estava para cair do monte, quando o corvo usou sua mão para puxá-lo de volta. Levantou-o por cima de seus ombros com apenas uma mão, enforcando-o ao mesmo tempo.

 

— Todos são grãos perante o corvo. O fato de serem príncipes não altera nada. O que pensou que podia fazer contra alguém como eu? Você não passa de um filho do verão, não sabe nada sobre a crueldade do inverno. O que tem a dizer sobre isso?

 

O príncipe estava sufocando, não aguentaria muitos segundos a mais. Então, Máscara de Corvo jogou o garoto para o chão, onde ele estava antes de tentar lhe atacar de maneira desajeitada.

 

— Aprenda isto, garoto, se um dia voltar atentar me atacar, vai ser a última coisa que você vai fazer… em vida.

 

O jovem olhava meio tonto, ainda recuperando o fôlego, no chão, não conseguia ver direito e podia jurar que viu o mascarado pular do monte.

 

Esforçou-se e conseguiu levantar, mas quando olhou para baixo, não o achou em nenhum lugar, mas viu um corvo de verdade, parado em cima de uma árvore, olhando tudo de cima. E lembrou do que o homem disse antes: “Todos são grãos perante o corvo.”

 


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Notas finais do capítulo

E ai, para quem vai a sua torcida?



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