Tronos de fogo e gelo escrita por Sojobox


Capítulo 4
Voltando para casa


Notas iniciais do capítulo

Um personagem misterioso é adicionado nesse capítulo. Espero que gostem.



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Melia Hollard

 

O céu estava nublado, dando sinal de que estava prestes a chover, mas as nuvens eram diferentes, completamente azuis, e a temperatura era baixa, muito baixa. Ventava bastante também, e até os ossos pareciam que iam congelar.

 

Para aqueles que presenciaram ou ouviram falar, poderiam imaginar do que se tratava: o verão estava para acabar. Mas, na Era dos Heróis, ninguém sabia o que isso queria dizer. Uma época que, mesmo de dia, não se via o sol, que nuvens encobriam o céu por completo e as trevas reinavam mais do que qualquer rei jamais foi capaz de conseguir.

 

Para Melia, isso só poderia significar uma coisa: o fim do mundo.

 

— Mas... Como... Quando que eu...

 

Ela reconhecia o lugar, mas não o que era tudo aquilo. Estava em um monte ao lado de uma fortaleza enorme... Conseguiu reconhecer o brasão estampado no topo da torre mais alta, era o brasão dos Darklyn.

 

Então esse é o forte Pardo. Mas o que é essa areia branca, fofa e espessa, que cobre tudo no meu campo de visão e além? E por que estou aqui?

 

Normalmente, Melia conseguia sonhar com coisas que ainda não haviam acontecido, mas que acabam por se concretizar não muito mais tarde. Só que a jovem nunca havia ido para Valdocaso, por que sonharia com esse local naquele momento? Então veio em sua mente que iria se casar com um príncipe que morava lá.

 

A pergunta que ficava era: esta visão seria algo que realmente iria acontecer, ou foi apenas mais um sonho e nada mais?

 

Enquanto observava mais atentamente o local ao seu redor, ela viu um menino vindo em sua direção. Normalmente a jovem sequer daria atenção ao garoto, porém, esse era um caso especial, pois de longe se notava que seu corpo estava perfurado por diversas lanças de cobre, mesmo assim ele andava como se não se incomodasse. Quando ele chegou mais perto, ela percebeu seus olhos azuis que combinavam com o céu e a terra gelada. Olhos que traziam medo, terror e morte.

 

A menina não conseguia permanecer nem mais um segundo vendo aqueles olhos aterrorizantes. Por isso, virou de costas, e foi nesse momento que uma voz começou a preencher sua mente.

 

— Melia!? Melia!! — era Medneria, sua serva pessoal, que a chamava desesperadamente.

 

E então ela acordou.

 

— Senhorita Melia — dizia a aia, tentando tranquilizar sua princesa. — Está tudo bem agora, foi só um pesadelo.

 

A jovem estava tremendo, suas roupas estavam repletas de suor, sua respiração estava ofegante, não conseguia raciocinar direito, seu corpo claramente estava no quarto, mas sua mente ainda estava naquele sonho. Por mais que ela quisesse esquecer, não conseguia, foi real, real demais.

 

— Med, eu... eu vi...

 

— Você viu?

 

A princesa pensou bem o que iria dizer. Medneria podia ser alguém de confiança, e era, caso contrário, não teria se tornado sua serva pessoal, onde tantas outras falharam. Mesmo assim, se contasse que sonhou com areias brancas e geladas, mortos que andam e um dia frio e sem sol, sem dúvida ela iria pensar que estava ficando louca.

 

— Nada, foi só um sonho ruim, ou assim espero.

 

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Devan Darklyn

 

Depois de tudo o que ocorreu no dia anterior, e da discussão que o príncipe teve que ter com o irmão, pensava que tudo tinha se encerrado, mas estava enganado.

 

Um dia antes, ele havia tentado convencer Desmond de que não era certo roubar a noiva do irmão, mas, aparentemente, seu irmão não quis escutar e disse que iria se casar com a princesa de um jeito ou de outro. Pensando depois, Devan não gostou da maneira que ele falou, mas agora já era tarde demais para fazer qualquer coisa a respeito.

 

Naquele dia, o príncipe herdeiro acordara cedo para ter com Denys a segunda parte da conversa onde explicaria ao irmão que, por diversos motivos, o compromisso assumido entre os reinos, de seu futuro casamento, tinha sido revogado, e que ele estava livre de se casar com Melia, mas não foi tão simples assim. 

 

— Entendo, Devan, mas acontece que eu quero me casar com ela — disse o jovem, pensativo.

 

Por essa ele não esperava, o irmão jamais demonstrara interesse em algo por mais de um minuto, ainda mais em garotas, contudo ele era muito novo ainda para pensar nelas, quanto mais para se casar com uma.

 

Mas é claro que não ia ser fácil assim.

 

Devan poderia ter dito que era a decisão final dele, e pronto. Mas não podia. A lei não era tão clara assim quanto muitos pensavam. Um irmão mais velho, em teoria, tem preferência ao mais novo em tudo: desde escolher uma esposa, a um lugar no trono, ou até mesmo a ser servido primeiro durantes as refeições. Por esse aspecto, Desmond estava certo, mas o arranjo entre as famílias havia sido proposto pelos dois reis, Darklyn e Hollard, e tinha sido Denys o escolhido. Por esse ponto de vista, Denys estava certo, e uma vez ambos os reinos decididos, e em concordância, não deveria haver alterações; no entanto, a princesa havia manifestado o seu desejo de se casar com o mais velho, e pior, negligenciado o mais novo. É verdade que o peso do que ela achava, gostaria ou não, jamais seria levado em consideração, mas…

 

— Denys. — Devan olhava firmemente para ele, para ver sua reação. — Qual o motivo disso tudo?

 

— Não entendo o que você quer dizer com isso, irmão. Eu apenas quero o que me foi prometido.

 

— Até o momento da confusão, você nem sequer sabia que ela existia, muito menos dessa promessa.

 

— É verdade, mas como vou poder ser um lorde sem uma esposa como ela?

 

— Denys, existem centenas de mulheres...

 

— Nenhuma com uma posição tão importante politicamente.

 

OK... Essa foi um choque para ele. Denys falou politicamente? Quem é você e o que fez ao meu irmão?

 

— Não há nada que eu fale que irá mudar sua opinião?

 

— Não.

 

Tinha algo de muito errado acontecendo, o príncipe não sabia dizer exatamente o que era, mas… os irmãos estavam muito diferentes do habitual. Devan, como mais velho e herdeiro ao trono, nada poderia fazer, senão levar a situação ao pai. No caso de tantas lei e regras que se contradiziam, somente o rei poderia intervir, mesmo que ele fosse se tornar seu sucessor, não havia exceção. Além do mais, ele que começou isso tudo.

 

— Denys, arrume suas coisas, vamos para casa em duas horas. Só terei que resolver mais uma coisa.

 

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Desmond Darklyn

 

Enquanto andava pelos corredores do castelo, o jovem ouvia duas vozes vindas da sala ao lado: uma que podia jurar que conhecia de algum lugar, outra totalmente desconhecida.

 

Aquela que ele reconheceu, dizia algo sobre uma guerra eminente, reinos insatisfeitos e uma situação oportunista para ambos. Enquanto a outra mencionava como que “o garoto” seria a peça chave para isso.

 

Antes que ele pudesse pensar direito, sobre o que tudo isso significava, a porta se abriu.

 

— Príncipe Desmond, que honra seria se você participasse da conversa ao invés de só escutar — disse o homem, cuja voz ele havia identificado: era Ellenero, já o puxando para dentro da sala e em seguida a trancando, antes que pudesse escapar.

 

— É um prazer conhecê-lo enfim. Desmond, não é?

 

A misteriosa voz pertencia a um homem igualmente cheio de mistérios. Vestia um manto que cobria todo seu corpo, a única parte que Desmond podia ver era seu rosto, isso se não usasse uma máscara que parecia com um corvo, que escondia tudo menos seus olhos, negros como a própria máscara.

 

— Sabe, Desmond, eu acho que você deveria fazer algo quanto ao seu irmão — disse Ellenero com um tom calmo.

 

— Com Devan? — o jovem pensou no irmão mais velho e se ele merecia algo por tudo que aconteceu e a forma que agiu perante a situação.

 

— Não, eu quis dizer Denys. Ele vai dificultar sua situação com a princesa…

 

— Grande coisa...

 

— Desmond, você tem noção do que está acontecendo por Westeros nesse exato momento?

 

— “A reunião dos sete reinos” assim chamada por Garth Greenhand, rei dos primeiros homens, ou qualquer um que esteja se passando por ele. O que isso tem a ver comigo?

 

— Tem muito a ver com você. Diga, o que acha que vai acontecer quando a reunião começar?

 

O príncipe olhou discretamente para o mascarado, o homem estava sentado em uma cadeira no canto da sala, atento, sem dizer nenhuma palavra desde que o príncipe entrara no recinto.

 

— O que vai acontecer?

 

Ele não entendia a pergunta, mas a resposta veio em seguida.

 

— Desmond, eles vão matar seu pai, é óbvio.

 

— Eles vão fazer o quê?! Isso é um absurdo!

 

— Com certeza é, mas é o objetivo desse encontro: matar o Rei das Coroas. Aparentemente a paz que seu pai criou aqui é uma ameaça para os outros reinos.

 

— Ele... Como você sabe...

 

— Sou um servo leal a casa Hollard, que é juramentada a sua casa, tenho que saber todas as possíveis ameaças.

 

— Mas porque estão me contando isso se...

 

— O rei não sai mais dos seus domínios, e o príncipe herdeiro não escutaria isso de bom gosto, provavelmente iria mesmo assim e, com isso, sua casa iria ruir.

 

— Espera aí. Se Devan morresse, simplesmente iríamos à guerra.

 

— Talvez, se você fosse o rei, mas o que Denys faria sobre isso?

 

— Meu pai me escutaria, sem Devan, eu seria o herdeiro e...

 

— E se seu pai escutasse mais seu irmão ao invés de você?

 

Ele pensou que não tinha ouvido aquilo.

 

— O pequeno Deny? A pretensão dele é menor que a minha! Meu pai me escutaria sem dúvida!

 

— A pretensão dele também é menor para quanto a jovem Melia, mesmo assim seu irmão tem dúvidas, e seu pai sequer pensou em você para casar com ela primeiro.

 

Ele não queria acreditar nisso, mas tinha que concordar, seu pai, por vezes, dava mais atenção ao caçula do que a ele.

 

— O que eu faço?

 

— Ora, meu jovem príncipe, não é óbvio? Deve matar seu irmão e pegar o que lhe é direito.

 

— Matar?! Como assim matar? — Desmond não conseguia acreditar no que ouvira.

 

— Ora, meu jovem, com sua idade, eu já havia matado mais pessoas do que você imagina — disse o homem por trás da máscara de corvo. — Não me diga que tem medo de algo? Eu sei que não gosta de nenhum dos dois, que considera ambos pesos mortos; por que não retirar as pedras do caminho?

 

— É tudo pelo bem maior, Desmond — Ellenero agitou o cabelo e continuou: — Não concorda comigo?

 

Desse momento em diante, Ellenero e o Mascarado mudaram a forma como eles costumavam agir. Talvez por impaciência, por seus planos estarem andando muito lentamente; talvez por desespero, já que estavam desconfiados de que alguém seguia seus passos e isso poderia servir como uma boa distração; ou talvez, por excesso de confiança, acreditando fielmente que ninguém fosse descobrir o que estavam tramando.

 

Seja qual tenha sido o motivo, eles precisavam agir rápido, pois o inverno estava chegando.

 

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Devan Darklyn

 

Uma reunião urgente foi armada entre Davos e Devan.

 

O rei Hollard queria saber o motivo de ter sido chamado com tanta urgência no salão real pelo seu convidado de honra. Na verdade, o maior problema era o horário do encontro, normalmente ele gostava muito de dormir até umas duas horas da tarde sem se preocupar com as coisas do reino, deixando Ellenero cuidando do que houvesse necessidade. Mas naquele momento ele não podia simplesmente continuar dormindo, afinal “seu príncipe” o chamava.

 

Ao chegar ao local, o príncipe herdeiro não quis perder tempo e disse logo o que queria.

 

— Preciso que sua filha nos acompanhe para Valdocaso.

 

— Como!?

 

— Estou pedindo como seu amigo e não como seu senhor. Não quero ter que usar minha posição para separar um pai de uma filha; mas, caso seja necessário, eu usarei.

 

Devan olhou para cima, observando no teto onde se alinhavam as flâmulas dos dois reinos, respirou fundo e continuou, com uma declaração surpreendente:

 

— Sua filha está em perigo aqui. Você deve saber bem disso, há uma ameaça que se aproxima; há boatos que essa Reunião dos Sete Reinos seja usada apenas para disfarçar uma invasão que promete varrer Westeros.

 

— Sim, eu ouvi também.

 

— A princesa estaria mais segura conosco. Independente disso, ela tem que estar presente no julgamento. — Devan o encarou com firmeza, sem desviar os olhos. — Disso eu não vou abrir mão.

 

Davos não queria aceitar o que lhe foi pedido, mas Devan ponderou a ponto de conseguir convencer o rei a tempo e partirem, com a condição que Melia fosse acompanhada por Ellenero e depois do fim do julgamento, o conselheiro voltaria, e a princesa ficaria por, no máximo, mais dois meses, enquanto a reunião terminasse e os boatos fossem desmentidos.

 

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Denys Darklyn

 

As duas horas que Devan havia anunciado tinham se passado, e eles voltaram para casa. Denys, Desmond e Devan ao lado de Ellenero, Melia e sua serva Medneria.

 

Houve uma pequena discussão antes de saírem, sobre em qual cavalo a princesa iria, já que eles tinham trazido apenas quatro cavalos, o suficiente para a viagem, pois eles sabiam que o rei Davos não iria, pois temia esses animais desde que um caiu em cima do seu braço durante as “Guerras de Unificação”.

 

Denys dizia que, como sua prometida, ela deveria ir com ele. Já Desmond insistia que Melia preferia a ele e não ao caçula, além do fato que o irmão sequer conseguia domar o cavalo sozinho, quanto mais com alguém junto dele. Já Devan, encerrou a briga dizendo que ela viajaria no cavalo com Ellenero e que os dois deviam se preocupar com o que o pai iria dizer dessas confusões que estavam arrumando. Quanto a Medneria, foi junto com Devan. Talvez tímida demais na presença de uma pessoa que seria rei um dia, a serva ficara quieta durante toda a viagem. Mesmo o príncipe dizendo que ela deveria se segurar forte nele para não correr o risco de cair, ela parecia hesitante e, por três oportunidades, quase caiu por conta disso, até que tinha perdido a vergonha e o agarrou firmemente.

 

Quando chegaram à Valdocaso, Desmond saltou da montaria e se dirigiu a Melia, que acabara de descer do cavalo com a ajuda de Ellenero.

 

— Querida Melia, eu posso mostrar o castelo para você agora mesmo se quiser.

 

— Não vai. — Denys se aproximou correndo, após desmontar com dificuldades do cavalo. — Eu é que vou mostrar pra ela.

 

— Claro, depois que você aprender a andar dois metros sem cair do cavalo — zombou Desmond.

 

— Já chega! — o grito de Devan chamou a atenção de todos. — Vocês estão se comportando como duas crianças mimadas durante toda a viagem, não perceberam sequer o fato da princesa estar demasiadamente exaurida para dar um passeio por aí com vocês.

 

Todos olham para a jovem, que negou estar cansada e assegurou que poderia dar uma volta para conhecer mais de seu futuro lar, mas Ellenero a convenceu, dizendo que não seria nenhuma desfeita dizer que estava exausta.

 

A jovem ameaçou discutir mais um pouco, porém, por fim, sentiu o cansaço bater e decidiu se retirar.

 

Ela se despediu educadamente dos anfitriões e foi conduzida por um servo local para o quarto de hóspedes, acompanhada por Medneria.

 

— A culpa é sua! Se você não tivesse ido atrás dela naquele dia — Denys acusou o irmão, apontando com ênfase para Desmond.

 

— Ora essa, mas você se esqueceu, maninho? — Um sorriso maldoso se formou no canto do rosto de Desmond. — Você tinha que me encontrar para ganhar, como não conseguiu, eu fiquei com o presente.

 

Neste momento, o caçula avançou para cima do irmão. Tentou acertar um soco, porém, o irmão desviou facilmente e o derrubou com uma rasteira; em seguida, colocou-se por cima do mais novo e começou a socar a cara dele. Denys tentava proteger seu rosto com os braços e funcionava, mais ou menos, até que Desmond o forçou a tirar, mas o jovem usou suas pernas para tentar reverter a posição e ambos ficaram rolando o chão, repletos de terra, trocando socos, chutes e pontapés. Até que, enfim, foram separados.

 

— Devan, me solta!

 

O jovem Denys esperneava com afinco, porém, não podia com o irmão mais velho, o mesmo valia para Desmond contra Ellenero.

 

— Você não pode fazer isso comigo! — Desmond começou a berrar de forma infantil. — Eu sou um príncipe de Valdocaso! E você não é um Darklyn de verdade.

 

O olhar que Devan demonstrou naquele momento foi diferente de tudo o que irmão já vira. Talvez tenha sido o sangue do pai. Segundo o que muitos diziam, o rei tinha um comportamento sereno na maior parte do tempo, mas quando “o sangue de fogo”, como chamavam, despertava, não havia quem parasse sua fúria. Esse foi o olhar que Devan demonstrou naquele momento.

 

— Devan? — o caçula perguntou assustado, ao olhar para o rosto do irmão e ver sua expressão.

 

Não foi uma boa hora para falar com ele, o príncipe herdeiro deu um tapa tão violento no garoto que o fez cair no chão, depois andou devagar em direção ao outro irmão.

 

— Eu sou seu irmão mais velho e seu futuro rei, da próxima vez que pensar em me destratar, ou colocar o nome de nossa família em desonra — seu olhar firme era talvez mais terrível do que suas palavras frias —, eu te mato!

 

Em seguida, deu um soco na cara dele, com tamanha força, que o jovem caiu desacordado imediatamente.

 

Um silêncio se fez presente, enquanto todos olhavam, tentando entender o que estava acontecendo.

 

— Devan, o que significa isso?

 

Uma voz rompeu o silêncio e teve a atenção do príncipe.

 

— Pai, o senhor veio nos recepcionar?— Devan disse isso tentando voltar com a postura normal.

 

— É o que parece, apesar de querer muito mais saber o porquê de dois dos meus filhos estarem no chão.

 

— Senhor, devo dizer que seus filhos herdaram mais do pai, do que só o sobrenome.

 

— Ellenero, meu amigo, quantos anos não nos víamos?

 

— Alguns, mas temo que não poderemos simplesmente esquecer nossos problemas com bebidas desta vez.


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Notas finais do capítulo

A trama começa a movimentar-se.
Para onde vai? Continue acompanhando para saber. Até a próxima.



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