Blind Sky escrita por Gusta Oliveira


Capítulo 2
No mundo bruxo


Notas iniciais do capítulo

Como Henry irá reagir ao mundo bruxo?
Boa leitura.



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Blind Sky

Capitulo 2: No Mundo Bruxo

 

  Henry teve uma sensação estranha de ser sugado por chamas verdes, parecia-lhe que estava dando descarga em si mesmo na privada. Girava muito rápido e havia um rugido que atormentava seus ouvidos. Não atrevia abrir os olhos para ver o que estava acontecendo pois parecia horrível a sensação de observar chamas verdes engolindo-o.

       Sentia diversas coisas acontecendo ao mesmo tempo, algo o prendeu e ele não conseguia se mexer e sentia mãos geladas batendo em sua cara. E de repente sentiu que a viagem já tinha terminado, abriu os olhos de esguelha e percebeu que estava em outra lareira, essa fora a pior sensação que Henry já teve na vida, pior até que dar dado um soco em seu ex futuro professor de matemática.

        Deu alguns passos em direção ao piso que estava demasiado sujo, e parou diante de uma grande mesa de madeira, olhou para traz e percebeu uma placa ao lado da lareira escrito:

Bem-vindo ao Caldeirão Furado

O Pub mais antigo de Londres

        Só agora foi perceber que estava em um bar, lotado de o que Henry tinha certeza, que eram bruxos, havia por todos os cantos do bar, adultos e crianças, que seguravam suas compras, que na maioria era livros e outros materiais escolares, e usavam as roupas mais estranhas que Henry já virá, mas não queria pensar nisso agora, pois tinha avistado Hermione e seus pais de costas para ele, era impossível Henry não reconhecer aquele cabelo cheio e emaranhado, Henry estudava com Hermione há 3 anos e sabia que apesar de ser muito chata e politicamente correta ela até que era legal com ele, mesmo Henry não merecendo.

   ─ Hey, Hermione! ─ Os Granger se viraram com um tom de alívio e surpresa para Henry

   ─ Finalmente Henry! Pensei que não fosse aparecer mais, meus pais já estavam desacreditando em mim quando disse que você era um bruxo também. E você não vai acreditar como é lá no Beco Diagonal, está lotado de lojas e pessoas, vamos logo, quero comprar livros ─ Henry só estava esperando Hermione tomar um pouco de folego para perceber que os pais dele não tinham chegado com ele. Hermione tomou folego ─ Hey! Cadê seus pais?!?!

   ─ Primeiro, bom dia Sr. e Sra. Granger ─ Cumprimentou os dois e se dirigiu a fala á Hermione ─ Bom...Hermione, eles infelizmente não puderam vir para me acompanhar hoje, então só vai ser a gente hoje. Vamos?

   ─ Vamos ─ Disse os pais da Hermione com animação enquanto Hermione me olhava com um olhar de censura.

        Foram em direção a uma das saídas do Caldeirão Furado para o Beco Diagonal, e Henry se impressionou com aquilo, era simplesmente uma rua estreita com diversas pessoas entrando e saindo de lojas, com dezenas de vendedores ambulantes, quem olhasse de cima iria com certeza dizer que parece um formigueiro.

  ─ Realmente estou impressionado, olha o tanto de gente! Parece que estou em alguma feira de São Paulo ─ Disse Henry sorrindo de boca aberta ─ Vamos em que primeiro???

  ─ Henry isso não é um parque. ─ retrucou Hermione

  ─ Calma Mione, Henry primeiro temos que converter o nosso dinheiro para a moeda dos bruxos ─ Disse o Sr. Granger ─ Em um banco chamado “Gringotes”. Era exatamente o que Henry queria ouvir.

      Como não sabiam aonde ficava o tal banco “Gringotes” o Sr. Granger resolveu perguntar a um vendedor que tinha uma barraca em frente a uma loja de animais mágicos. O homem era um careca baixinho e parecia desesperado para vender qualquer coisa que tivesse.

     ─ Com licença senhor-

­   ─ Mundungo Fletcher senhor, ao seu dispor, deseja comprar algo senhor? ─ dizia o homem mostrando seus objetos mágicos ao senhor Granger ─ Só coisas de 1°mão.  

    ─ Não...não agora, quero dizer. Pode nos informar aonde fica o banco “Gringotes”? Por favor.

    ─ Ah, sim, claro. É ali, Gringotes... ─ Apontou para um edifício grande e branco que se erguia sobre algumas lojas.

    ─ Muito Obrigado ─ Disseram os Granger juntos.

       Então seguiram para Gringotes e já perto da entrada Henry e os Granger se depararam com um cara gigantesco na frente deles e atrás um garoto magricela que provavelmente estava fazendo as compras junto com o homem gigante.

  ─ Caramba olha o tamanho daquele cara ─ Cochichou Henry no ouvido de Hermione ─ Esse é um cara que não deve ser irritado.

      Ao entrarem em Gringotes eles se impressionaram, havia pelo menos mais de cem duendes sentado em banquinhos altos atrás de um grande balcão pesando moedas em balanças e examinando pedras preciosas e outros duendes acompanhavam as pessoas que queriam sacar de dinheiro do cofre e abrir contas no banco.

  O Sr. e a Sra. Granger se dirigiram a um dos balcões com um certo medo no olhar.

  ─ B-bom dia ─ Disse a Sra. Granger a um dos duendes desocupados ─ gostaria de abrir uma conta para minha filha, e.… para o amigo dela também.

  ─ Hm, Identificação?...

      Depois de ter dado as identidades ao duende, o mesmo perguntou “sabe que tem que ter 500 libras para 2 cofres particulares, não sabem”?

      O Sr. e a Sra. Granger deram uma leve corada ─ Bom não trouxemos tanto dinheiro assim ─ Disse a Sra. Granger.

   ─ Bem, que pena. Peço que se retirem por favor.

       Henry já estava ficando com raiva pelo preconceito claro do duende e disse ─ com licença pais da Hermione ─ e se dirigiu ao duende ─ Com licença bicho feio.

       Henry tirou a mochila, que parecia pesar mais do que ele, pois deu para perceber o suspiro de alivio do garoto, pediu para o Sr. Granger segura-la para que Henry pudesse abrir o zíper. O duende que os atendia se esgueirou no balcão de tanta curiosidade, Henry o olhou pensando “Hm. Safado, só pensa em dinheiro”.

       Então Henry abriu o primeiro zíper que era da parte maior da mochila, e de lá várias notas de 50 libras amarradas com elástico, saíram como estivessem eclodindo da mochila, o duende deu um sorriso ao ver o dinheiro trouxa e Henry o retribuiu abrindo os outros zíperes, onde no segundo saiu notas de 50 e 20 libras e no terceiro notas de 20 e 10 libras.

   ─ Quero metade desse dinheiro convertido! ─ Disse Henry

   ─ Claro, queiram me seguir, por favor! Disse o duende.

  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─

      ─ Garoto, como foi que conseguiu tanto dinheiro? ─ Perguntou a Sra. Granger ao saírem de Gringotes.

      ─ Bom, concursos essas coisas ─ Respondeu Henry mentindo na cara dura, enquanto os três o encaravam   ─ Ta, é mentira, ganhei trabalhando se vocês querem saber. Ah, e não contem do dinheiro para os meus pais, se não encerro a conta da Hermione.

         Hermione engoliu em seco ─ Okay. Você trabalha com o que, Henry? ─ Perguntou Hermione curiosa.

     Mas Henry só deu uma risada forçada e respondeu “qualé”.

         E seguiram rumo as compras, foram bem normais para Hermione, menos para Henry que além de comprar os livros do primeiro ano, quis também os do 2° e 3° anos, e outros livros que nem faziam parte das matérias de Hogwarts, e diferente de Hermione que comprou todo o material conforme necessário, Henry comprou praticamente todos de 1° mão. Pararam um pouco para comprar sorvete e logo voltaram para comprar o que faltava.

     ─ O que falta agora, Hermione? Perguntou Henry carregando suas coisas em uma cesta.

     ─ Deixa eu ver ─ Disse a garota procurando sua lista na cesta de compras, que seu pai segurava ─ Aqui, achei, falta uma...varinha mágica.

     ─ Em que loja a gente acha isso?

     ─ Provavelmente ali ─ Disse Hermione apontando para uma loja meio acabada e feia, com letras de ouro um pouco descascadas sobre a porta diziam.

Olivaras Artesãos de Varinhas de Qualidade

Desde de 382 A.C.

       Os dois entraram na loja e deixaram o Sr. e a Sra.  Granger no Caldeirão Furado para tomarem cerveja amanteigada. Henry ficou sentado em um sofá ao lado da porta enquanto Hermione era atendida por um homem velho de olhos claros chamado Garrick Olivaras. Não demorou muito tempo, e Hermione já tinha conseguido uma varinha, e pediu para Henry o encontrar no Caldeirão Furado quando terminasse de ser atendido.

     ─ Próximo! ─ disse o velhinho.

        Henry deixou sua cesta no banco e foi com uma certa pressa até o velhinho, que carregava uma fita métrica com números prateados ─ Braço da varinha? ─ Perguntou o Sr. Olivaras.

    ─ Canhoto ─ Respondeu Henry rapidamente.

    ─ O primeiro canhoto dessa semana ─ Disse o Sr. Olivaras enquanto media o braço de Henry.

    ─ Então Sr. Olivaras, qual é dessas varinhas mágicas, elas servem para que? ─ Perguntou Henry tentando puxar assunto.

    ─ As varinhas Sr....– Qual o seu nome mesmo, filho?

    ─ Henry, Henry Thawne.

    ─ Elas são as ferramentas mais importantes para um bruxo. É o que usamos para encantamentos para o nosso dia-a-dia, feitiços e pragas para combates e duelos ─ Disse o Sr. Olivaras enquanto escolhia algumas caixinhas compridas das prateleiras ─ Aqui Sr. Thawne, experimente-as e saberemos se alguma delas escolherá o senhor.  

     ─ Interessante, achei que esse negócio de bruxaria seria tipo, um The Hobbit, e ao invés de usarmos varinhas, teríamos cajados ─ pegou uma das varinhas, esperou as coordenadas da varinha pelo o Sr. Olivaras, a sacudiu, e fez com que as demais caixas caíssem da prateleira e espalhassem as varinhas no chão ─ É, acho que essa varinha não gostou muito de mim. Próxima.

     ─ Veio de uma família de no-majs Sr. Thawne? ─ Disse o Sr. Olivaras enquanto sacudia sua varinha, fazendo todas varinhas no chão voltarem para suas caixas na prateleira.

    ─ “No-majs” gostei dessa palavra, vários vendedores aqui do Beco Diagonal chamaram os pais da Hermione de “trouxas” já estavam ficando ofendidos. Mas sim, eu sou de pais não mágicos, mas tenho muitos parentes bruxos, porém só conheci um, não lembro quase nada dele, até esqueci o nome.

    ─ Sugiro que pesquise sua linhagem, Sr. Thawne... ─ Disse o Sr. Olivaras com um tom sério, fazendo com que seus olhos claros ficassem assustadores.

      Quinze minutos se passaram, Henry já estava começando a gostar de ficar ali conversando sobre varinhas e feitiços com o Sr. Olivaras, não achou que o assunto seria tão interessante, mesmo sendo rejeitado por quase metade de uma prateleira. Então o Sr. Olivaras apresentou mais uma varinha a Henry ─ Uma varinha interessante Sr. Thawne, azevinho e pena de fênix, 28 centímetros, boa e maleável. Experimente.

      Henry pegou a varinha e a levantou-a até acima da cabeça e fez um delicado movimento, que fez um forte estrondo derrubando uma prateleira em cima da outra, e derrubando todas as varinhas no chão “Acho que não é essa” Disseram juntos e riram.

   ─ Ah! Quase que me esqueço, tenho a varinha certa para você. Espere aqui Sr. Thawne ─ O Sr. Olivaras subiu as escadas até o andar de cima, e voltou uns 2 minutos depois segurando uma caixinha branca, com uma bandeira estampada do lado que Henry conhecia bem, uma bandeira do Brasil ─ Essa Sr. Thawne, eu tive de ir até o Brasil para conseguir fabrica-la. Fiz apenas mais duas como essa.

      Então o Sr. Olivaras abriu a caixa e tirou a varinha mais interessante que Henry já virá desde que entrou na loja, tinha uma madeira muito escura, mas da ponta até o meio haviam linhas vermelhas que ziguezagueavam e brilhavam ─ Madeira Pau-Brasil, núcleo de pelo de unicórnio, 30 centímetros, boa e muito flexível. Experimente! ─ Disse com ânimo voltando a brilhar os seus olhos.

      Henry então segurou a varinha e sentiu um calor em seus dedos, e balançou a varinha em direção as prateleiras que ainda estavam no chão, e um jorro de luz vermelha que tomou conta de toda a loja saiu formando uma esfera de luz em direção as prateleiras, mal dava para olhar diretamente para a luz, então poucos segundos depois a esfera de luz se desfez.

   ─ Minha intuição me diz que achamos uma varinha que lhe escolheu, Sr. Thawne ─ Disse o Sr. Olivaras suspirando.

  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─  ─

  ─ Henry! Porque você demorou tanto?! ─ Disse Hermione estressada, ao ver Henry atravessar aporta do Caldeirão Furado.

  ─ Ah, é.... esqueci que vocês estavam me esperando, é que demorou 15 minutos para encontrar uma varinha para mim.

  ─ 15 minutos? Estamos a meia hora te esperando!

  ─ Verdade ─ Disse Henry confuso ─ Fiquei lá mais 10 minutos conversando com o Sr. Olivaras e depois fui comprar umas coisas do Mundungo. Mas porque está tão nervosa?

  ─ Tentaram invadir seu cofre, Sr. Thawne ─ Disse um duende aparecendo de traz da Hermione, o mesmo duende que o atendeu em Gringotes.

  ─ Como é que é?! ─ Perguntou Henry aparentemente perplexo ─ Eu saio por 2 horas e já sofro uma tentativa de assalto! Sabe o quanto aquele dinheiro é importante para mim?! Quem foi que fez isso?

  ─ Peço calma, por favor, o ladrão não estava atrás de sua fortuna, Sr. Thawne. Era alguém envolvido com a arte das trevas. Estavam atrás de algo que tinha sido levado momentos antes.

 ─ Conseguiram captura-lo? ─ Perguntou Henry com um rosto insano.

 ─ Não ─ Agitando a cabeça negativamente.

 ─ E o que tinha no cofre antes do meu dinheiro?

 ─ Não posso lhe dizer, Sr. Thawne ─ Disse o duende, que fez com que Henry só ficasse mais irritado.

 ─ Olha, se eu ouvir mais uma “não” ─ Disse Henry se aproximando do duende ─ eu irie afoga-lo em um barril de uísque ─ Ameaçou cochichando no ouvido do duende ─ Agora sai da minha frente.

 ─ Moleque malcriado ─ Resmungou ─ O duende foi embora, com um olhar de censura para Henry.

     Henry se levantou e viu que todos no bar estavam olhando para ele, até mesmo o homem gigante e o garoto de óculos que virá antes saindo de Gringotes.

 ─ Bem, vamos para casa então, Sr. e Sra. Granger ─ Disse Henry, bufando de cansaço.  


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Notas finais do capítulo

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