Second Chance escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 28
Vingança


Notas iniciais do capítulo

OII :) demorou mas chegou. obrigada a todas pelos reviews e ponto de popularidade. esse cap é o fim da primeira parte. beijos



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Em questão de minutos estávamos em frente a uma grande e adorável casa amarela.

– Elas estão no quarto. – Ele disse apontando para uma grande janela com cortinas roxas.

Subimos em uma árvore que ficava perto da janela e começamos a observar. Ok, a árvore não era tão próxima assim, mas a minha visão é excelente, e audição também, então eu não preciso estar necessariamente perto.

Katherine estava deitada em sua cama lendo um livro, enquanto uma garota, um pouco menor do que ela, estava arrumando o quarto.

– Eu me lembro dela. É uma das ajudantes da Srta.Wooberg. Essa é a tal Karina? – Edward apenas assentiu.

Eu espero que a estúpida da Srta.Wooberg saiba escolher dessa vez e me coloque no papel principal. O papel de Elizabeth seria perfeito para mim. Eu e ela temos muito em comum, sabe? – Katherine disse enquanto folheava o livro. Eu forcei um pouco as vistas e pude indentificar o livro que ela estava lendo. Era “Orgulho e Preconceito”. – Ambas somos lindas, audaciosas, apaixonadas e comprometidas com um cara rico e lindo. – Os olhos delas brilharam enquanto ela dizia isso.

Falando em cara rico e lindo, você e o Edward vão mesmo se casar? – Eu olhei para Edward e ele estava com a mão na testa e tentando segurar um riso.

– Eu disse que ela era louca. – Ele disse para mim com um meio sorriso.

– Tá tudo bem, na verdade isso é até bom.

– Mesmo? – Ele me disse confuso.

– Aham. Isso estimula ainda mais a minha sede por vingança, e quanto mais estimulada mais chance disso dar certo. – Ele riu e depois me deu um selinho.

– ....e acho que vou marcar a data para o dia 2 de fevereiro. – Droga, perdi parte da conversa. – Agora vá arrumar a cozinha. – Karina assentiu e saiu do quarto de cabeça baixa.

Deu pra ver claramente que Karina é extremamente submissa à Katherine. Aonde está os pais dessas garotas? Será que eles não vêem o que aquela cretina está fazendo com a irmã dela?

– Por que a Karina a obedece em tudo? – Eu perguntei à Edward meio confusa e indignada.

– Karina se juntou à família de Katherine aos cinco anos. Desde essa época Katherine faz uma espécie de lavagem cerebral nela fazendo-a crer todos os dias que se ela não obedecer Katherine ela voltará para o orfanato e nunca mais terá uma família. Karina aprendeu a nunca questionar, somente obedecer. Quando ela questiona, ela apanha. – Eu olhei incrédula para ele.

– Os pais delas sabem disso?

– Não, eles passam a maior parte do tempo fora.

– E a Karina não diz nada para eles? – Edward negou com a cabeça.

– Ela acha que isso é normal, que acontece que todos que são adotados.

– A lavagem da Katherine é tão forte assim? Como ela pode ter não senso das coisas?

– Você não faz idéia do que ela sofreu durante esses anos todos convivendo com Katherine. Ela me da nojo. – Edward disse fazendo uma careta.

É, eu realmente tinha dar um jeito na Katherine.

– Por acaso a policia está investigando quem me atropelou ainda?

– Estão. – Edward disse  me olhando desconfiado.

– Por acaso já vieram falar com ela?

– Com ela não, mas com a Karina. Acharam a digital dela no carro, mas como ela havia pegado o carro emprestado com o Philip para comprar linhas e consertar alguns figurinos que haviam estragado antes da peça, não puderam alegar nada.

– Ela usou o carro do Philip? – Edward assentiu.

– Katherine o nocauteou enquanto Karina pegava o carro.

– Como você sabe de tudo isso?

– Por que eu estou vendo isso na mente dela agora. – Edward disse apontando para Katherine que estava deitada em sua cama, olhando para o teto pensativa.

– Oh, bem, voltando ao assunto... os pais delas voltam quando?

– Amanhã de manhã. Estão em uma conferência em Seattle.

– Ótimo. – Eu olhei para ele e sorri maliciosamente.

– O que? – Ele perguntou meio assustado.

– Eu acho que você ficaria bem de farda.

Katherine p.d.v

Eram dez horas da noite quando a campainha tocou. Inferno, quem poderia ser? Será que esse infeliz não sabe que eu estou ocupada?

– Karina! Karina! Onde está essa imprestável quando se precisa dela? – Ouvi o som do chuveiro ao longe. Droga, vou ter que atender.

A campainha soou mais uma vez e eu larguei o esboço do meu vestido de noiva em cima da mesa e fui atender a porta.

– Pois não? – Eu disse para o policial.

Ele era alto, com o corpo definido, de ombros largos e ficava incrivelmente sexy com aquele uniforme. Eu tentei ver seu rosto, mas ele continuava com o olhar baixo e o quepe atrapalhava, mas eu podia dizer que eu o conhecia de algum lugar.

– Srta. Katherine Mallory?

– Sim? – Eu disse tentando ser sensual e chamar a atenção dele. Edward que me perdoe, mas esse policial é muito gostoso.

– O delegado Carl Stein está reguerindo a presença da senhorita na delegacia amanhã às oito horas. – Ele me entregou um envelope e eu peguei o pegueno embrulho branco que estava em suas mãos.

– Sobre o que se trata?

– A morte da Senhorita Isabelle Gray. Tenha uma boa noite senhorita. – O policial se virou e foi embora em uma viatura.

Eu fiquei parada com a porta aberta em choque por algum tempo. Eu não sabia o que fazer. Eu não sabia se pulava de alegria ou se ficava preocupada. Por que eles queriam falar comigo? Oh, bem, que se dane. A vaca morreu, é o que importa. Eu fechei a porta e fui saltitante até à mesa. Olhei para o esboço do meu vestido e me senti nas nuvens. Edward iria adorá-lo. Me lembrei de todas as declarações que ele já fez para mim. As mais bonitas foram enquanto fazia-mos a peça Moulin Rouge.

Edward era tão discreto e recatado. Às vezes eu não entendo o por que dele não querer que ninguém saiba do nosso relacionamento, mas eu aprendi a aceitar isso com o tempo. Mas ele não foi nada discreto na noite da peça. Eu estava de figurante, vestida como uma dançariana e ao lado da nojenta da Belle. A cada palavra eu via que ele falava e cantava para mim. Ele se declarou para mim na frente de todos! Eu fiquei muito emocionada e percebi que mais do que nunca eu precisava me livrar da Belle. Ela estava tentando impedir que nós ficássemos juntos. A vaca agora estava morta. Enfim poderiamos ficar juntos. Continuei desenhando e cantarolando alegremente e só parei quando Karina desceu.

– Sabe das boas novas?

– Não, quais são? – A idiota perguntou.

– Belle morreu. Você finalmente fez algo certo.

– Ah, que bom. – Ela deu um sorriso forçado.

– O que, você não está feliz por mim? Eu fiz tudo por você nessa vida, o mínimo que você pode fazer é tentar ficar feliz por mim. – Inutil.

– Claro, claro que estou feliz irmã. É o sono, deve ser isso.

– Tudo bem. Agora vá arrumar nossas camas, eu também estou com sono. – A anta deu um sorrisinho e já ia saindo quando ela viu o envelope em cima da mesa.

– O que é isso?

– Nada importante.

– Isso é da delegacia? Acho que você deveria abrir.

– Pra que?

– Poder ser sobre algo sério.

– Acho que não, mas se está tão preocupada assim, é só abrir. – Eu disse indiferente e comecei a desenhar o véu do meu vestido de noiva.

Karina pegou o envelope, foi até uma bancada, pegou uma faca e a utilizou para abri-lo.

– Esse papel é resistente. – Eu revirei os olhos para o comentário estúpido dela. – Consegui! – Ela disse depois de conseguir rasgar o papel. Ela é uma total loser mesmo. – Oh! Isso não é nada bom.

– O que? – Eu disse impaciente e atirando a caneta para longe. Será que ela não percebe que eu estou fazendo algo importante?

– Estão dizendo aqui que alguém tentou assasinar a Isabelle e que você é a principal suspeita.

– O que? – Eu disse pegando o papel que estava em suas mãos. – Isso é um total absurdo! – Eu rasguei o papel em vários pedacinhos e joguei na lixeira. – Pronto, tudo resolvido.

– Mas Kathe...

– Mas nada. Eu não tenho com o que me preocupar, afinal, foi você quem a matou e não eu. – Eu disse sorrindo, pegando o meu desenho e subindo as escadas para tomar o meu banho e deixando Karina com uma cara de tacho na cozinha.

Tomei um longo e relaxante banho na banheira com direito a rosas e óleos aromáticos. É, eu estava meio romântica, e eu tinha todos os motivos do mundo para isso. A vaca que estava no meu caminho está morta, o amor da minha vida havia se declarado para mim e eu estava prestes a ter o casamento do século. Eu só preciso avisar o Edward sobre essa última parte.

Depois de meia hora, eu sai do banho. Vesti o meu pijama lá mesmo e fui para o meu quarto cantarolando. Karina já estava dormindo quando eu cheguei. Hum, preguiçosa. Pelo menos ela deixou a minha cama arrumada. Me enfiei debaixo das cobertas, e não demorou muito para eu adormercer.

****

Eu acordei sentindo calafrios. Olhei no relógio e eram três horas da manhã. Inferno, odeio acordar a essa hora. Eu vou acabar com olheras, o que o Edward vai pensar de mim? Ele vai achar que eu não me cuido quando ver. Comecei a me sentir encomodada, como se alguém estivesse me observando. Os calafrios aumentaram, uma sensação de perigo me invadiu. Eu estava com medo.

Olhei ao meu redor tentando achar a fonte de todo esse medo e não encontrei nada. Fechei os olhos e tentei dormir. Uma risada invadiu o quarto e eu me levantei assustada. Procurei a fonte da risada e não achei nada. Eu devo estar com muito sono e imaginando coisas, é isso. Voltei para debaixo da coberta e tentei voltar a dormir, mas eu comecei a soar frio e senti meus batimentos acelerarem. O meu medo estava aumentando.

Eu ouvi a risada mais uma vez. Ela estava mais alta e deboxada dessa vez. Sentei na cama assustada e, mais uma vez, procurei a fonte dessa risada. Não encontrei nada, mas o canto esquerdo e mais escuro do meu quarto me chamou a atenção. Tinha alguma coisa ali, eu podia sentir. Minha respiração acelerou e eu podia sentir o meu corpo começar a tremer de medo.

– Quem está aí? – Não sei como, mas eu criei coragem e consegui perguntar.

A risada encheu o quarto de novo e no meio da escuridão eu vi surgir uma figura estremamente branca. Ela possuia olhos brilhantes e vermelhos, sua boca estava roxa e ela estava com uma camisola de hospital toda manchada de sangue. Eu não podia acreditar.

– C-como? Você está m-morta!

– Tecnicamente sim.

– O que você quer?!? – Eu gritei e escutei um barulho ao meu lado.

Karina se revirou na cama mais uma vez e depois se esticou para ligar o abajur.

– O que foi Katherine?

– Como asssim o que foi? Você não... – Eu parei com o meu surto. Belle não estava mais no quarto.

– O que Katherine? – Karina disse sonolenta.

– Nada, foi só um pesadelo. Volte a dormir. – Ela desligou o abajur e deitou. Eu fiz o mesmo.

Quando eu estava finalmente adormecendo eu escutei a risada de novo. Quando eu me levantei a risada aumentou e começou a vir de todos os cantos do quarto.

– Sabe o que é mais triste? – Eu me virei duma vez e quase cai com o susto. Ela estava sentanda na beirada da minha cama manchando-a com sangue que escorria de sua roupa. – É saber que ninguém vai sentir a sua falta. Acho que nem mesmo os seus pais. Sabia que eles não ligam para você? Eles só se importam com a Karina.

– Isso não é verdade, eles gostam de mim!

– É mesmo? Então por que arranjaram outra filha? Você não era o bastante?

– E-eu... eu...

– Foi o que eu pensei. – A criatura disse com um sorriso nos lábios roxos. Criatura sim, porque aquilo não podia estar vivo. Aquilo não era humano. Eu estremeci, ela exalava perigo.

– Eles podem não gostar de mim, mas o Edward me ama! E isso é tudo o que importa! – Uma risada saiu de seus lábios e eu me arrepiei.

– Claro, aposto que sim. – Ela disse com ironia.

Os seus olhos vermelhos brilharam e ela se virou vindo em minha direção. Percebi assustada que ela não respirava. Ela deu um leve sorriso e depois ele aumentou e ela me mostrou os seus dentes. Eu comecei a tremer como se estivesse com convulsão. Eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida.

Eu corri em direção à cama da inútil da Karina. Por que ela não havia acordado? Quando eu cheguei até ela, eu levei à mão até a minha boca com o susto. Karina não estava em sua cama e os seus lençois estavam sujos de sangue.

– O que você fez com ela?

– Com o seu capacho? A matei, é claro. – Ela disse com um sorriso e dando uma risada diabólica depois. – E você é a próxima.

– Katherine, o que foi? – A voz da Karina veio do corredor e logo depois ela estava dentro do quarto acendendo a luz. – Você está bem? Está suando... está branca... tá passando mal?

Eu olhei ao redor e vi que ela não estava mais no quarto. Os lençois estavam limpos. Não havia nenhum rastro dela. Me segurei para não surtar. O que estava acontecendo comigo?

– Nada, só um pesadelo. Foi isso, só um pesadelo. – Ela deu de ombros e desligou a luz. – Não! – Eu disse e corri para acendê-la.

– O que foi? – Karina disse assustada.

– Deixa acesa.

– Mas eu não consigo dor...

– Deixa acesa!

– Ta bom.

Deitamos na cama com a luz acesa. Comecei a relaxar e a me sentir mais segura. Um erro meu, eu não estava segura. Um grito invadiu o quarto e, quando procurei por sua fonte, percebi que a cama da Karina estava vazia.

– Karina? – Eu chamei. – Karina! – Eu chamei novamente, dessa vez gritando.

Um grito veio do andar de baixo e eu me encolhi em minha cama. O que estava acontecendo? Por que eu estou passando por isso? É crime tentar ser feliz agora? Um outro grito soou no andar de baixo e dessa vez gritava por ajuda. Me levantei exitante, peguei um taco de baseball e desci as escadas lentamente. Eu ia mostrar para aquela vadia que o lugar dela é na cova.

Não havia nada na sala e nem na copa, mas um gemido veio da cozinha. Fui até lá e tive que me segurar para não vomitar. Havia fluidos corporais por todos os lados e a cozinha estava coberta por sangue.

Havia um corpo aberto em cima da mesa de jantar. Eu não conseguia olhar direito para a cena de tão grotesca. Eu só consegui indentificar que havia um corpo oco em cima da mesa com cabelos ruivos na cara e Belle lambendo os dedos sujos de sangue.

– O-o que é você? Um...u-um... z-zumbi? – Eu só consegui dizer isso. Ela riu e se levantou e eu dei vários passos para trás.

– É isso, eu sou um zumbi. E se você não se importa, eu vou comer o seu cérebro agora. – Eu soltei um grito e subi as escadas correndo.

Olhei para trás e vi que ela estava logo atrás de mim rindo. Eu gritei mais alto. Corri para o meu quarto, peguei o meu celular e me tranguei no banheiro. Me agarrei bem forte no bastão quando ouvi um baque na porta.

– Abra a porta Katherine! Eu quero comer os seus miolos!

Edward p.d.v

Coloquei Karina desmaiada, por causa do éter, no sofá e subi as escadas. Eu devo dizer que não tinha gostado muito da idéia no inicio. Parecia tudo um exagero e muito grotesco. Mas agora eu havia mudado completamente de idéia.

– Katherine, abra! Miolos... eu quero os seus miolos! – Eu estava me dobrando e chacoalhando tentando não rir.

Um grito veio de dentro do banheiro e os pensamentos confusos e desesperados da Katherine fez a minha vontadade de rir dobrar. Bella me mandou ficar quieto. Katherine estava fazendo uma ligação.

Alô? Por favor mande uma viatura rápido até a minha casa... sim, sim sou eu Candice, como vai? O problema? Eu estou trancada no banheiro e o zumbi da Belle está na minha porta! Por favor... eu não estou mentindo, ela está aqui! Ela matou a Karina e tá querendo me matar... como eu vou saber? Vai ver ela quer isso por que eu sou mais bonita do que ela... não ria!  – Outro grito soou quando Belle deu outro murro na porta. – Você ouviu? Você ouviu... ok, vou estar esperando. Rápido Candice, ela disse que quer os meus miolos! – A tal Candice parecia que não havia acreditado muito na história. Nem imagino o porque.

– Vai Edward! Comece a arrumar as coisas. – Eu assenti e desci as escadas.

Tentei não rir enquanto limpava toda a cozinha e me livrava dos panos sujos de sangue falso e da boneca ensanguentada. Se eu começasse, eu não pararia tão cedo. Em dois minutos estava tudo limpo e arrumado e Karina estava devolta à sua cama. 

– Kaaaaaatheriiiine! Abra a porta Katheeeeriiineee! Eu quero os seus mioooolos Katherineee. – Bella disse com uma voz fantasmagórica misturada com rugidos.

– Amor, acho que já deu. Se você não parar, eu vou rolar de tanto rir. – Eu disse tentando controlar a violenta risada que estava ameaçando vir. Belle também estava tendo problemas para controlar o riso.

– Como está a mente dela?

– Mais pertubada do que nunca. Vai piorar quando perceber que não há nada do que ela viu quando ela sair. – Começamos a ouvir sirenes ao longe. – Vamos embora.

– Não, temos que ficar até o último segundo para que ela continue achando que é real.

Belle continuou a atormenta-la  e eu não tava conseguindo segurar mais e comecei a soltar peguenas risadas. Ouvimos passos subindo as escadas. Fugimos pela janela e corremos até a floresta mais próxima e nos escondemos entre as árvores.

Vimos Katherine ser arrastada pelos policiais aos berros e Karina ficar olhando espantada para a cena.

– Era um zumbi! Eu juro! Era um zumbi!

– Você ficou maluca menina? Isabelle Gray está bem. Ela só está em coma e nós não mandamos aviso nenhum. – um dos policiais, amigo de Carlisle, disse.

– Como assim?

– É isso mesmo que você ouviu.

– Mas eu a vi... tinha sangue...

– Não havia sangue casa, você viu. E sua irmã está bem.

– Mas... eu vi... foi real... – Ela berrava desesperada. Acho que vou ter que levá-la para um exame médico. Será que ela andou usando drogas? O policial pensou frustrado.

Eles a colocaram em uma viatura e a levaram para um hospital. Eu e Bella encaramos um ao outro e caimos na gargalhada. Ficamos um bom tempo deitados no chão e rolando de tanto rir.

– Ok, ok, eu admito. Aquilo foi bastante engraçado. Você correndo atrás dela e falando “eu vou comer os seus miolos” foi a melhor parte.

– Ela mereceu, não é?

– É verdade. – Bella se sentou no chão e começou a remover o batom roxo de sua boca.

– Eu estou um nojo.

– Nem tanto. – Ela soltou uma risada.

– Edward.

– Sim?

– Você ainda tem o uniforme?

– Eu o joguei em algum lugar na mata. Os botões da camiseta estavam arruinados, não fazia sentido devolvê-la para o policial. Por quê?

– Pegue-a. Acho que vamos precisar. – Ela levantou uma sombrancelha e sorriu maliciosamente.

– Sim senhora. – Eu disse fazendo continencia e indo procurar o uniforme. – Aqui. – Eu disse voltando com ele segundos depois.

– Guarde-o. Nunca se sabe quando quando podemos usá-lo novamente, não é mesmo?

Nós dois demos uma risada e depois voltamos para a casa.

****

Bella p.d.v

– Tenho que concordar com Edward, foi grotesco no inicio mas depois ficou engraçado. E a cara dela de medo era a melhor. Ela bem que mereceu. – Alice disse toda sorridente.

– Você viu tudo? – Eu disse enquanto penteava os meus cabelos molhados. Levou uma meia hora só para tirar o sangue falso do cabelo.

– Ah, sim. Tudinho. Inclusive a história do uniforme. – Alice disse me dando uma olhada de canto.

– Uniforme? Que uniforme? – Emmett perguntou curioso.

– Então, Carlisle, você vai falar com a Karina? – Eu disse disfarçando.

– Sim, vou falar para os pais dela que seria bom que ela fizesse um tratamento com um psicologo para saber se ela não é... não é...

– Louca? – Eu disse.

– É... que nem a irmã. Mas claro, a finalidade será outra. – Eu sorri para Carlisle. Ele iria tentar ajudar a Karina a se livrar da lavagem cerebral.

– Que uniforme?

– Devo dizer que fiquei surpreso com o que Edward me relatou. Você realmente não teve problemas com o cheiro das humanas? – Carlisle me perguntou se sentando à minha frente e me lançando um olhar curioso.

– Que uniforme?

– Um pouco, mas nada que eu não conseguisse lidar.

– Gente, eu to fazendo uma pergunta aqui.

– Estou impressionado. A maioria dos recém-nascidos se descontrolam e atacam os humanos na primeira oportunidade. Acho que com um pouco de treinamento você poderá voltar logo para a casa.

– Gente...

– Ótimo, estou louca para ver a minha mãe.

– Não se preocupe amor, tenho certeza que você se sairá bem. – Edward disse cheio de orgulho.

– Ô gente...

– Não sei amor, eu fico meio receosa quanto...

– CARAAAALHOOOOOOOO! – Todos paramos e ficamos encarando Emmett meio pasmos. O grito que ele deu faltou fazer tremer as paredes. – Dá para me responder agora? – Ele disse olhando para mim.

– O que? – Eu perguntei cautelosa.

– Que uniforme é esse que a Alice tava falando? – Ele perguntou impaciente.

– Nada que seja da sua conta.

– O que?!? Ah, fala sério! Fala logo Bella.

– Não.

– Fala cacete!

– Não quero! Isso não é da sua conta.

– Edward, eu vou dar uns tapas nessa sua mulher! – Emmett disse apontando para mim e fazendo uma cara séria. Edward rosnou para ele. – Nem vem todo nervosinho pro meu lado não. A culpa é dela que não quer me contar. Você sabe o tanto que eu sou curioso.

– Problema é seu. – Eu disse debochada.

– Ok, agora foi a gota d’água. Irmãzinha se levante, nós vamos acertar as contas agora. – Eu olhei para ele sem entender e Edward segurou uma risada. Emmett se levantou e saiu da sala.

– Aonde ele foi? Do que ele está falando? – Eu perguntei para Edward.

– Ele foi lá fora fazer uma mesa improvisada.

– Pra que? – Eu perguntei sem entender.

– Para acertar as contas com você na queda-de-braço. – Jasper falou.

– Ah! Pelo amor de Deus. – Eu disse revirando os olhos.

– Se você fosse homem vocês lutariam, mas como é mulher ele resolve isso na queda-de-braço. Todas nós já passamos por isso. – Alice disse e eu olhei para Esme incrédula. – Exceto Esme, é claro. – Alice apressou em dizer.

– BELLINHA, VEM LOGO! – Emmett gritou do lado de fora.

– Ok, se ele insiste. – Eu disse dando de ombros indiferente a tudo.

– Aposto mil dólares que a Bella ganha. – Jasper disse para Rosalie.

– Aposto dois mil que ela perde. – Rose respondeu. Eu tive que revirar os olhos. Que coisa mais inútil de se fazer.

Quando cheguei do lado de fora, Emmett tinha feito uma grande mesa mármore com bancos de pedra. Eu me sentei em um deles e logo depois ele se sentou na minha frente. Ele estendeu o braço sobre a mesa e fez sinal para eu fazer o mesmo.

– Pode dar tudo de si irmãzinha. Prometo que não vou ser tão bruto com você. Afinal, é a sua primeira vez. Pelo menos na queda-de-braço vampírica. – Ele deu um sorrisinho que me irritou.

– Ok, vamos fazer uma aposta? – Os olhos dele brilharam e ele deu um grande sorriso.

– É claro!

– Se eu ganhar, você nunca mais vai se meter na minha vida sexual ou tocar no assunto, por mais sutil que o comentário seja.

– Certo, e se eu ganhar?

– Você pode fazer a piadinha que quiser.

– Perfeito. Aposta aceita. – Ele deu um sorriso triunfante e depois enrrigeceu o braço.

Percebi que ele estava fazendo força e apertando a minha mão para ganhar mais apoio e empurrar a minha mão para baixo, mas eu não sentia nada, apenas uma leve pressão. O olhar de Emmett ficou sério. Sério até demais. Antes tudo não passava de uma brincadeira, agora eu podia perceber que era para valer. Ele continuou fazendo força e eu apenas sustentava o seu braço, mas já estava na hora de acabar com isso.

– Lembre-se, nenhum comentário. – Emmett olhou para mim e bufou. Eu sorri e baixei o braço com força.

Os nosso punhos bateram no mesmo instante na pedra e uma nuvem de pó se levantou. A pedra estava destruída. Emmett se levantou nervoso chingando e batendo o pé com raiva e depois saiu bufando para longe dali.

– Passa a grana. – Jasper disse estendendo a mão para a Rosalie,que entregou de mal grado dois rolos de dinheiro e depois saiu atrás de Emmett.

Enquanto eu ria da situação, e fazia alguns pedeços de mármore esfarelar em minhas mãos por diversão, Alice apareceu no jardim e encarou Ewdard.

– Você tem certeza? – Ele perguntou para ela que acentiu e apertou os lábios em sinal de descontentamento. – Isso vai ser chato.

– O que foi? Qual é o problema? – Eu perguntei enquanto ia em direção à eles. Edward me olhou com cautela antes de responder.

– Tanya está vindo nos visitar.


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Notas finais do capítulo

então, reviews? indicações? pontinhos? *o* obrigada mais uma vez, vcs todas tem sido uns amores *--*