Eu cheguei em casa, ignorei o questionário de Carol para saber o que houve e fui direto para o meu quarto. Mas ela, como sempre, me seguiu.

– Filha, o que houve? – Carol batia insistentimente na minha porta. Que saco! Que parte do “quero ficar sozinha” ela não sacou?

– Nada, to com dor de cabeça e com sono, só isso. – Eu disse um pouco mais alto do que necessário para ter certeza que ela iria escutar do outro lado da porta e me deixar logo em paz. Infelizmente, ela continuou insistindo.

– Não vai querer jantar? Você por acaso estava chorando?

– Não to com fome e não, eu não estava chorando. – Estava sim, mas agora eu consegui me controlar. O estranho era que eu não sabia se estava chorando de choque, confusão ou felicidade. Eu até agora estava tentando entender por quê a felicidade está no meio dessa frase.

– Você vai ficar sem comer nada o resto da noite então? Você vai passar mal. Filha, você está querendo ficar anoréxica? E aonde você estava por falar nisso?

– Não mãe, eu já comi e eu estava na casa de uma amiga minha ensaiando para uma peça da escola.

– Que amiga é essa? Eu conheço? E que peça é essa? – A Carol sabe ser chata quando quer.

– Conhece, sabe aquelas garotas que vieram aqui hoje de manhã?

– Sim, o que tem?

– Eu tava na casa delas. As duas são irmãs e eu fui escalada para fazer uma peça no colégio.

– Ah, sim. Podia ter avisado que você iria para lá e iria demorar a chegar eu estava preocupada.

– Você está sempre preocupada mãe.

– Hmm... e que peça é essa? É de teatro?

– Óbvio né mãe?

– É sobre o que? Que papel você pegou? Abre a porta pra gente conversar melhor!

– Moulin Rouge. Vou fazer o teste amanhã pra saber. Não abro por que eu to com dor de cabeça, tentando dormir e você NÃO ESTÁ DEIXANDO!

– Credo, sua grossa! Eu estava tentando ser uma mãe atenciosa e parcipativa! – Eu escutei os passos pesados dela descendo as escadas. Com certeza ela está chateada mas eu não me importo. Eu tinha que lidar com coisas mais urgentes agora.

Ou melhor, refletir sobre coisas mais urgentes. O que foi aquilo? Tipo, isso tudo era muito estranho. Se aquelas datas estiverem corretas, então como eles estão vivos até hoje? Ou melhor, como eles estão vivos e tão jovens até hoje? E Renesmee está casada com Jacob? Isso é tão estranho! Ela parece ser tão nova para ele. Argh! Isso é muito... estranho! E aquela foto do dia do casamento do Edward é a mais sinistra de todas. Como ele pode ser casado com uma garota que tem a minha cara? E isso foi a 80 anos atrás! 81 para ser mais exata. E onde está aquela garota? Espera um segundo... será que aquilo tudo não é uma espécie de montagem? Não, eu acho que não. Nem sei se ainda há fotos reveladas hoje em dia, e elas pareciam estar desgatadas pelo tempo. Mas que diabos está acontecendo aqui?

Foi tentando achar uma explicação para isso tudo que eu acabei adormecendo. Eu acordei com o som do meu desperatador. Levantei num pulo e fui correndo até o banheiro. Percebi que eu havia esquecido de colocar o meu pijama antes de dormir e,  piro de tudo, eu havia esquecido também de tomar um banho e escovar o dentes. Que nojo! Resolvi escovar os meus dentes primeiro e eu levei o dobro do tempo que eu costumo levar para ter certeza de que minha boca estava razoavelmente limpa. Tomei um banho demorado também, mais do que o pretendido. Eu fiquei embaixo do chuveiro por um tempo refletindo sobre vários acontecimentos e lutando para me lembrar do meu sonho. Eu me esforcei bastante para ver se conseguia lembrar dos detalhes e não consegui. Só lembro que o Edward estava conversando comigo, mas eu não lembro sobre o que. Merda! Odeio quando eu esqueço os meus sonhos. Fiquei tão distraída que acabei perdendo o horário.

– Droga! Já são sete horas! – Eu olhei no relógio do banheiro e fui logo pegando a toalha. Meu enxuguei rapidamente e sai apressada do banheiro. Levei o maior susto quando eu topei com Alice e Rosalie no meu quarto. – AAHH! QUE SUSTO!

– Credo Belle, o que foi? É só a gente. – Alice me deu um leve sorriso e veio “dançando” até mim. Chega a ser um absurdo o quão graciosamente ela anda. Ela parece que está fazendo um passo de balé.

– Eu sei Alice! É só que eu achava que estava sozinha. – Eu olhei no relógio do meu quarto e vi que já eram 7:10h. – Merda! Eu estou atrasada! – Eu peguei uma roupa qualquer no meu guarda-roupa e comecei a enxugar o meu cabelo feito uma louco com a toalha.

– Você vai é acabar com o seu cabelo desse jeito! Vem aqui. – Rose tirou a toalha da minha mão e me puxou até a cadeira de salão de beleza. Eu olhei em volta e vi que elas tinham trazido todo o “arsenal” novamente.

– Vocês vão me maquiar?

– Mas é claro! Você ainda tem uma marca arroxeada no seu rosto. Você não pode aparecer no Colégio assim. Muito menos no seu teste para a peça de hoje!

– Mas Alice, eu estou atrasa...

– Nada de mas! Fica quieta que nós vamos dar um jeito nesse seu cabelo e rosto.

– Ok. – Rose e Alice sorriram para mim eu correspondi. Era meio estranho, mas eu estava nutrindo um amor fraterno muito grande por elas. É até meio insano se você for parar para pensar. A gente nem é tão íntima assim e nos conhecemos a pouco tempo. Mas eu já podia sentir que eu poderia contar com elas sempre que precisar. Eu gosto disso, e muito.

– Pronto. – Eu ouvi a Rose dizer mas eu não podia acreditar. Não tinha nem dez minutos que elas haviam começado! Eu abri os meus olhos e quase cai para trás. Meu cabelos estavam cacheados, mas não com cachos grossos, eles se disfaziam o que dava um movimento perfeito nele. (n/a: http://www.myhairstylingtools.com/blog/wp-content/uploads/2008/04/bottom-curls.jpg) Eu estava parecendo uma modelo! Bom, pelo menos o meu cabelo parece o de uma modelo. O meu rosto estava perfeito, como sempre a Alice havia feito um bo trabalho.

 – Eu não sei como vocês conseguiram realizar esse milagre em tão pouco tempo, mas obrigada. – Eu me levantei e abracei as duas. Elas retribuíram e, como sempre, estavam incrivelmente geladas o que me fez ter um leve tremor.

– Bom, a gente vai levar as coisas para o carro agora. Te vejo no Colégio Belle.

– Até mais Rose. – Rose pegou três sacolas lotadas de material de beleza e saiu do quarto. Enquanto isso Alice estava começando a desmontar a cadeira. Aproveitei para tirar uma dúvida.

– Quer ajuda?

– Não, pode deixar.

– Alice... por quê você é tão gelada?

– Belle...

– Eu não quero dizer só você. Aparentemente todos da sua famíla são...

– Isso te encomoda? – Ela parou de desmontar a cadeira e me olhou com um olhar penetrante e cauteloso. Eu vi que ela estava séria, ou talvez preocupada, eu não consegui identificar.

– Não, é só curiosidade. – Ela suspirou aliviada e sorriu para mim.

– Tenho certeza que o Edward irá te explicar hoje.

– Ok. – Meu coração acelerou quando ela disse o nome dele. Eu não sei por que, mas ultimamente só o fato de eu pensar nele tem me deixado nervosa e com o coração descontrolado. O que será isso? Deve ser por causa do último acontecimento ou por que eu ando sonhando com ele, ou quem sabe por que temos uma atuação romântica hoje ou talvez por que eu estou anciosa para a nossa conversa de hoje. É, deve ser por isso.

– Vai tomar café. Eu já desço.

– Tudo bem. Você não vem?

– Não.

– Alice...

– Edward também vai te explicar isso. – Eu fiquei olhando para ela meio confusa. Eu nem terminei de perguntar, então como que ela já podia ter a resposta formulada?

– Como...

– Belle... – Ela veio até mim e segurou as minhas mãos. – Não se preocupe, as sua dúvidas serão tiradas hoje. Só tenha um pouco de paciência e espere, ok? – Alice deu um leve sorriso que eu não pude resistir e sorri de volta.

– Ok.

– Ótimo, agora vá tomar café. – Ela me deu um beijo na buxexa e se virou para continuar a desmontar a cadeira.

Desci as escadas e, como de costume, peguei o leite que estava na geladeira e coloquei em uma caneca junto com uma colher generosa de achocolatado. Enquanto isso, Rose e Alice desciam as escadas com pedaços da cadeira. Engraçado, eu nem vi a Rosalie subir.

– Nós já vamos, te vejo na escola.

– Ok, Alice. Obrigada por tudo garotas.

– Disponha. – As duas disseram juntas e sorriram para mim. É impressão minha ou elas estão com um olhar de expectativa?

Fexei a porta quando elas saíram, olhei no relógio e vi que já eram 7:30h, então eu tomei o meu leite o mais rápido que pude e subi as escadas para dar uma escovada rápida nos dentes. Peguei os meus materiais e entrei no meu velho, mas bem conservado, volvo.

20 minutos depois eu já estava entrando no Colégio e correndo para a minha aula de Trigonometria. Por sorte, o professor ainda não havia chegado.

As minhas primeiras aulas foram um tédio, como sempre. O sinal para o intervalo tocou e eu caminhei de maneira hesitante para o refeitório. Sim, eu estava tremendo nas bases. Eu estava com vergonha ou receosa, provavelmente com vergonha, de encontrar com Edward no refeitório. Eu acho que a minha despedida na noite passada não foi uma das melhores. Entrei no refeitório, peguei uma bandeja e fui para a fila. Quando eu finalmente peguei o meu lanche, eu fui em direção à mesa em que eu, Renesmee, Alice e Jacob nos sentávamos todo dia. Mas nenhum deles estavam no refeitório. Será que aconteceu alguma coisa?

– Hey, Belle! Aqui! – Eu olhei ao redor procurando quem havia me chamado e dei de cara com Jason acenando feito um louco. Fui até ele e me sentei na mesa.

– Sentando com a gente só por que os Cullen não vieram, não é Belle? – Alex disse para mim acidamente. Eu realmente não gosto dessa menina.

– Na verdade, é por que o Jason me chamou.

– Hum, sei. – Eu ignorei a careta que a Alex estava fazendo para mim e dei uma mordida no meu sanduíche. Enquanto eu mastigava, eu pude sentir alguém atrás de mim. Meu coração começou a acelerar um pouco, algo me diz que eu sei que está atrás de mim.

– Belle. – Eu sabia que era ele. Eu me virei lentamente e dei de cara com os seus olhos quase pretos. Podia jurar que ontem eles eram cor de topázio. Mesmo assim, meu coração foi a mil por hora. – A gente pode conversar? – Por estar com a boca cheia, eu apenas asenti com a cabeça. – Ótimo. Venha se sentar comigo. – Ele me deu aquele perfeito sorriso torto e eu pude jurar que teria um infarto. Okay, o que está acontecendo comigo?

Eu peguei a minha bandeja e me levantei. Dei uma olhada para a galera na mesa e pude ver a Alex se insunuando para Edward. Eu queria socar ela, mas ao ver a indiferença do Edward eu me acalmei. Ele me guiou até uma mesa que estava vazia e mais distante de todas as outras. Eu tinha uma ligeira impressão de que havia várias pessoas nos observando. Eu coloquei a minha bandeja em cima da mesa e me sentei de frente para o Edward.

 – E então? – Edward me olhou confuso e deu de ombros.

– Então o que?

– O que você queria conversar?

– Ah, sim. Bem... nada em especial na verdade. – Ele riu e depois tentou ficar sério. – Eu só queria saber se você ainda quer que eu explique tudo.

– É claro que eu quero.

– Tudo bem. Quando você prefere?

– Depois do nosso teste, pode ser?

– Claro. Você ainda quer que eu seja o seu par? – Ele me deu um olhar cauteloso e ficou me analisando enquanto eu ainda não respondia.

– Quero, por que eu não iria?

– Eu pensei que... depois do que você viu você iria querer meio que distância. – Edward deu um sorriso fraco, desanimado e desviou o seu olhar para a sua mão.

– Bem, aquilo me chocou um pouco, mas ainda não foi o bastante para eu sair correndo.

– Por quê não? – Edward voltou a me encarar e eu me senti corar por ele estar mantendo um contato visual tão intenso. Eu me forcei a voltar a pensar e a responder.

– Talvez eu tenha algum tipo de problema.

– Talvez. – Edward sorriu para e depois olhou para a minha bandeja. – Você tem que comer. – Eu olhei para a minha bandeja e percebi que havia perdido a fome.

– Não estou mais com fome. – Falei para ele com  descrença. Ele pareceu que ia dizer algo, mas antes que fizesse eu o cortei. – Por quê você e sua família nunca comem? – Ele pareceu ficar surpreso com a pergunta e depois sorriu nervosamente.

– Não é bem assim. Nessie e Jacob podem comer na verdade.

– Isso eu já percebi. – Ele deu mais um sorriso fraco e balançou a cabeça como se eu tivesse dito algo óbvio. – Eu quero saber por quê você e os outros não comem, tirando a Renesmee e o Jacob.

– Bem... Nós podemos comer, na verdade, mas, digamos que não iria cair muito bem. Pode-se dizer que nós temos uma dieta especial. – Ele riu de alguma piada interna e olhou para a minha bandeja novamente.

– Você precisa comer. – Eu ignorei o que ele disse e fiz outra pergunta.

– Cadê a sua família? – Ele olhou para mim e depois novamente para a minha bandeja.

– Vamos fazer um trato?

– Qual?

– Eu respondo a todas as suas perguntas, desde que você coma.

– Por quê você está tão preocupado com isso afinal?

– Come que eu respondo. – Eu peguei o meu sanduíche de carne e dei uma grande mordida. Ele pareceu estar satisfeito com isso, por quê um sorriso surgiu em seu lábios perfeitos. Eu fiz sinal com as mãos para que ele continuasse e foi o que ele fez depois de dar um longo suspiro.

– Minha família não está aqui no refeitório por que eu pedi a eles um pouco de privacidade. Vamos dizer que eles estavam exageradamente anciosos pela nossa conversa. – Eu engoli o pedaço do meu sanduíche bem rápido para poder perguntar mais a ele. Tive que segurar uma toce por isso.

– Por quê?

– Eles queriam ver a sua reação.

– Humm. – Edward olhou novamente para a minha bandeja e eu dei uma outra mordida no sanduíche.

– E eu estou preocupado com a sua alimentação por quê eu sei que você não comeu nada ontem à noite e que tomou apenas um copo de leite com achocolatado no café-da-manhã. Vocês humanos precisam se alimentar ou então ficam doentes e debilitados. – Eu tenho a ligeira impressão que ele disse isso para me assustar, mas eu não estava assustada. Ele só consiguiu me deixar mais curiosa. Eu terminei de engolir e voltei a falar.

– Então, vocês não são humanos?

– Não.

– Como você sabe que eu não me alimentei direito nas últimas doze horas?

– Por quê eu estava te observando. Não hoje de manhã, mas ontem à noite. Eu sei o que você fez de manhã por que eu vi na mente da Alice e da Rosalie.

– Como assim viu na mente da Alice e da Rosalie? Você é um paranormal ou coisa do tipo? – Edward riu, me encarou e depois mirou a bandeja. Eu tomei um gole do meu suco de uva dessa vez.

– Eu não estou te assustando nem um pouco, não é verdade?

– Não. Por quê? Deveria?

– Essa seria uma reação nomal. Mas...

– Eu não sou normal.

– Não, você não é. – Edward sorriu para mim e eu corei um pouco. Espera um pouco, ele viu na mente delas? Isso quer dizer que ele pode ler meus pensamentos ou algo do tipo? Que vergonha!

– Você poder ver coisas na minha mente também? – Eu falei rápido de mais e soei como se estivesse desesperada. Edward riu da minha reação.

– Não, eu não posso. Eu posso ler a mente de todo mundo, menos a sua.– Eu suspirei aliviada, mas ao mesmo tempo fiquei preocupada.

– Por quê não? Tem algo errado comigo ou o quê? – Edward deu um sorriso bem largo. O que eu disse de mais?

– Eu digo que posso ler mentes e você acha que tem algo errado com você?

– Ah, bem, não custava perguntar. – Edward sorriu mais ainda para mim e eu desviei a minha atenção para o meu copo de suco antes que eu corasse ou algo do tipo. – Isso já aconteceu antes?

– O quê?

– Você não conseguir ler a mente de alguém. – Um olhar triste tomou conta de seu rosto e eu me chutei por tê-lo deixado assim. Eu disse algo de errado?

– Sim, a minha esposa. Eu também não conseguia ler a mente dela. – Então ele realmente é casado. Mas aonde está a esposa dele e por quê ele não usa aliança?

– Ah, a garota da foto que é sinistramente parecida comigo. Onde ela está? Eu nunca a vi.

– É por que ela está morta. Ela morreu em 2009 durante o parto da Nessie.

– Ah, sinto muito. Espera aí! No parto da Renesmee? Então a Renesmee é...

– Minha filha.

– Me desculpa o linguajar agora mas... Puta merda! Como isso é possível? Você tem quase a mesma idade dela... você está é de brincadeira comigo. – Agora eu havia percebido a burrada que eu havia feito. Como eu posso acreditar nele assim? Sem mais nem menos? Nada do que ele falou faz sentido. Esse tipo de coisa não existe! – Você está é curtindo com a minha cara não é? Eu devia...

– Belle, olha nos meu olhos e me diz se você acha que eu estou mentindo. – Eu olhei e eu pude ver através deles que ele estava falando a verdade. Estranhamente, eu confiava plenamente nele. No fundo, eu sabia que ele não estava mentindo. Apesar da minha razão estar gritando para não acreditar nele, eu deixei o meu coração dominar e resolvi confiar nele plenamente.

– Não, você não está. Agora me diga, como é possível você ser o pai da Renesmee se você tem a mesma idade que ela?

– Belle, você chegou a ver a foto do aniversário da Nessie? – Eu me lembrei de uma das fotos que eu havia pego. Uma delas era do aniversário de um ano da Renesmee.

– Sim, a de um ano dela.

– Você viu a data?

– 2010.

– Naquela época, eu tinha 109 anos. Nós não temos a mesma idade.

– Isso... isso é impossível. Ninguém vive tanto tempo. Você teria agora, o quê? 200 anos?

– 189, na verdade. – Eu fiquei encarando ele por um tempo sem poder acreditar. Fique esperando ele  dizer algo do tipo: Hey, eu estou brincando, mas ele não fez isso.

– Caramba... acho que você estava falando sério quando disse que não é humano.

– É, eu estava. – Edward sorriu fracamente para mim. O sinal tocou eu soltei um leve gemido em protesto. Eu queria fazer mais perguntas, saber mais, mas estava na hora de ir para a aula.

– Te vejo no teatro, depois da aula?

– Vou estar te esperando.

– A gente termina a nossa conversa depois?

– Prometo que vou te contar tudo quando chegar a hora.

– Ok. Até mais tarde. – Eu me levantei, peguei a minha bandeja e a coloquei na lixeira. Quando eu olhei para trás, Edward já não estava mais lá.