Second Chance escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 14
Teste


Notas iniciais do capítulo

Oieee espero que curtam o cap ta curtinho, mas é pq eu quero que o proximo cap seja especial por isso eu separei a melhor parte xD



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O sinal bateu e eu fui correndo para o teatro do Colégio. Quando eu cheguei, todos já estavam presentes e as apresentações já haviam começado. Como esse povo chegou aqui tão rápido? Devem ser um bando de fanático por teatro, só pode.

 

Eu dei uma olhada em volta e encontrei Edward sentado, em uma das poltronas vermelhas do teatro, afastado de todos os outros. O seu olhar encontrou o meu e ele ecenou para que eu me aproxima-se. Enquanto eu ia me aproximando o seu sorriso torto ia aumentando e meu coração começou a ficar descontrolado.

 

– Ansiosa para o teste?

– Não muito. Nervosa seria a palavra correta.

– Não precisa ficar nervosa, você vai se sair bem.

– Com essa voz de taquara rachada? Eu duvido. – Edward riu e depois ficou me encarando. – O que é?

– Você não canta mal.

– Hmm... até parece. Posso te perguntar uma coisa? – Edward levantou uma de suas sombracelhas e ficou me analisando.

– O que?

– Você disse que você e sua família não são humanos. O que vocês são afinal? Eu fiquei as minhas aulas inteiras tentando adivinhar, mas não consegui. – Edward apenas acenou com a cabeça e depois voltou a sua atenção para o palco.

– Agora não. Espere até depois da apresentação que a gente conversa.

– Ok.

– No que você está pensando? – Edward se virou rapidamente para mim e ficou me olhando intensamente.

– Como assim? – Ele riu e depois voltou a encarar o palco onde a tal de Katherine estava realizando a sua apresentação junto com um loiro aguado de olhos azuis. Eles estavam incrivelmente péssimos. Estavam dramatizando demais a cena, acabando com todo o romantismo. Edward pareceu também não gostar pois os seus lábios ficaram em uma linha reta e havia uma ruga de espressão entre seus olhos agora. Depois de ficar um tempo olhando-os, ele voltou a me encarar.

– Bem, como você já sabe eu posso ler a mente das outras pessoas menos a sua. E isso é bastante frustrante às vezes. No início eu não me importava tanto, mas a medida que a gente foi se aproximando eu fui ficando cada vez mais curioso sobre o que se passa em sua mente. Eu ainda não sei indentificar todas as suas expressões e às vezes eu erro nos meus palpites, eu acho que desaprendi a fazer isso. – Ele deu uma leve risada enquanto ficava perdidos em pensamentos. Eu presumi que fossem lembranças da sua esposa, já que ele não podia ler os pensamentos dela. Ele devia fazer isso com ela, esse jogo de adivinhações. Ele assumiu um olhar sério e depois voltou a me encarar. – E já que você sabe o que eu fasso, eu acho que não é mais tão estranho se eu perguntar sobre o que está pensando. – Eu analisei o que ele havia dito e decidi que falar o que eu estava pensando não é nada de mais. Eu tentei lembrar sobre algo interessante mas não encontrei nada relevante, então resolvi formular algo que fosse do meu interesse.

– Eu estava tentando imaginar por quê você está me contando tudo e por quê eu pareço tanto com a sua esposa que morreu. Por falar nisso, isso é meio bizarro. – Edward pareceu se divertir com o que eu falei por quê um sorriso enorme surgiu em seu rosto. Ok, qual é a piada?

– Eu estou te contando por quê eu acho que as coisas vão ser mais fáceis assim...

– Coisas? Que coisas? – Eu o cortei no meio da frase. Foi falta de educação, eu sei, mas a minha curiosidade falou mais alto.

– Ah, bem... – É impressão minha ou ele está sem jeito? – ... você, Alice, Rose, Nessie e Jacob estão se aproximando cada vez mais e se tornando amigos. Mais cedo ou mais tarde você iria começar a suspeitar e a perceber certas coisas...

– Tipo o fato de vocês não comerem, serem gelados, exceto Renesmee e Jacob, e terem olhos que mudam de cor? – Edward sorriu para mim e em seu olhar eu pude ver que eu havia percebido mais do que ele supora.

– Tipo isso. Então, já que você também havia encontrado as fotos, eu e minha família concordamos em te contar a verdade. Você parece ser de confiança, então decidimos que não havia problema em te contar.

– Entendo. Eu sou sim de confiança. Eu não vou sair por ai contando sobre a vida dos outros. Não é nem pelo fato de que ninguém, provavelmente, iria acreditar em mim, mas pelo fato de que isso não se faz. Não é da minha indole.

– Eu sei. – Edward deu um leve sorriso para mim e depois voltou a mirar o palco. Agora quem apresentava era uma menina alta, de cabelos pretos e encaracolados, junto com um garoto bastante magro, alto e com cabelos castanhos. Eles até que estavam indo bem. Ele não havia me falado por quê eu parecia com a esposa morta dele e eu havia percebido.

– E então?

– Então... – Ele fez um cara de confuso e esperou eu terminar a frase.

– Por quê eu me pareço com ela?

– Eu... eu não sei. – Ele estava mergulhado em seus pensamentos agora e parecia estar bem confuso sobre algo. É, acho que ele realmente não sabe o por quê dessa coincidência.

– ISABELLE GRAY E EDWARD CULLEN NO PALCO, AGORA! – A Senhorita Judith Wooberg estava gritando em cima do palco chamando por nós. Credo, que mulher escandalosa!

– Meu Deus! Por quê ela está gritando? – Eu disse enquanto me levantava e seguia Edward que estava indo em direção ao palco.

– Ela nos chamou duas vezes, mas acho que estávamos tão distraídos que não percebemos.

– Ah, sim. – Subimos as escadas e ficamos de frente para ela. Edward foi quem começou a falar.

– Desculpe-nos Srta. Wooberg, estávamos...

– Não quero saber. Comecem a apresentação, por favor. Não temos todo o tempo do mundo! – A infeliz o cortou no meio da frase. Que mulher sem educação! Não que eu não faça isso... mas no meu caso é diferente.

 

Começamos a nossa apresentação. No início, eu achei que não iria conseguir por eu estar com vergonha, mas eu fui me soltando aos poucos e tudo acabou ocorrendo bem. Eu me surpreendi comigo mesma ao ver que eu me sentia tão avontade, mesmo com o Edward do meu lado. O mais sureendente era que eu senti como se cada palavra que foi dita fosse realmente verdade (n/a: a letra da música ta no final do cap pra quem tiver curiosidade e quiser ler). A Srta. Wooberg se levantou da poltrona aonde estava sentada e começou a nos aplaudir. Todos viraram a sua atenção para ela. Ela não havia aplaudido ninguém até agora. Isso só pode significar algo bom, não é?

 

– Eu não tenho palavras para descrever. Foi tudo tão intenso, tão real, tão verdadeiro. Eu senti como se existisse realmente uma paixão entre vocês. Como se cada palavra que vocês disseram e cantaram fosse a mais pura verdade, a tradução de seus sentimentos. Foi belíssimo. Eu não vou precisar nem mesmo perder o meu tempo avaliando a apresentação de cada casal em meu escritório. Eu já decidi. Você, Isabelle, será Satine, o diamante cintilante de Moulin Rouge que estará apaixonada por Edward, que irá interpretar o nosso querido escritor inglês Christian!

– O QUÊÊÊ???? – Katherine se levantou de seu assento e soltou um grito. O seu rosto branco agora estava vermelho de raiva. Enquanto isso eu estava parada, sem ação, tentando absrover tudo.

– O que foi Katherine?

– COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO? ELA NÃO TEM NADA A VER COM A SATINE! SE VOCÊ NÃO VIU AQUELE FILME VELHO, SATINE É RUIVA DOS OLHOS AZUIS, OU SEJA, EU SOU PERFEITA PARA O PAPEL!

– Por favor, não grite, tenha um pouco de modos. Ninguém é surdo aqui. Se você não sabe querida, o personagem não precisa ser necessariamente assim pois é uma criação do diretor e aquela aparência da Satine no filme era a que se adequava a atriz e as idéias do diretor no momento. Essa não é a primeira vez que alguém faz uma reprodução teatral de Moulin Rouge, querida. Já tivemos vários tipos de Satine, algumas delas eram até loiras.

– Mais a ver do que com essa sem graça aí. Ela nem mesmo tem olhos azuis! Como ele vai poder falar sobre os olhos dela na música Your Song se ela nem mesmo tem olhos azuis?

– Querida, isso é simples de resolver. Se você pensar um pouco vai perceber que basta colocar lentes e ficará tudo bem.

– E o cabelo? Vocês vão pintar é? – Eu arregalei os meus olhos quando ela disse isso. Ninguém vai pintar o meu cabelo aqui! Não vou estragá-lo só por causa de uma peça de teatro.

– O cabelo não é problema.

– Como não é problema? É lógico que é um problema! – A Srta. Wooberg soltou um profundo suspiro e se voltou para Katherine mais uma vez.

– Você não quer que eu explique tudo de novo, não é mesmo? Além do mais, eu não procuro apenas aparência para essa peça, eu procuro talentos também. Algo que você não demonstrou muito hoje.

– O que? Como ousa dizer isso? Eu sou a melhor!

– Não é mais.

– Eu sempre fui a protagonista!

– Como eu disse, não é mais. E se você não parar de reclamar, você vai acabar pegando o pior papel possível. – Katherine, finalmente, calou a boca e se sentou em uma poltrona, que estava ao lado de seu par, com a cara emburrada. Eu podia jurar que ela iria começar a chorar. – Podem se retirar todos. Voltem aqui amanhã no mesmo horário para que o restante de vocês saibam o que irão interpretar na peça e também para pegarem o roteiro. Vejo vocês amanhã.

 

 

Edward p.d.v

 

 

– Belle? – Eu a chamei e fiquei esperando um tempo até que ela respondesse.

– Ah, sim?

– Tudo bem?

– Está. É só que eu ainda estou absorvendo toda a informação. Eu não esperava por isso, entende? – Ela realmente achava que não era boa? Ela realmente não se encherga. Ela é ótima. Ela possui uma voz linda e interpreta bem. Era mais do que lógico que ela iria pegar um dos papéis principais.

– Entendo. Vamos então?

– Vamos. – Famos até as poltronas que estávamos sentados anteriormente e pegamos nossos materiais. Enquanto andávamos em direção ao estacionamento, eu me lembrava da nossa apresentação.

 

A Srta. Wooberg disse que parecia que realmente estávamos apaixonados. Eu sei que eu estou apaixonado, mas e ela? Jasper disse que ela está, mas que provavelmente não percebeu isso por quê os seus sentimentos estão confusos. Mas e se ele estiver enganado? Ao mesmo tempo que eu acho que ela não está, eu acho que ela está apaixonada. Por que outro motivo ela falaria o meu nome toda noite durante o seu sono? Eu só posso estar mechendo com ela, certo? De uma coisa eu tenho certeza, a partir do momento em que eu a ouvi dizer o meu nome eu percebi que eu não poderia mais negá-la e que eu estava disposto a estar perdo dela, mesmo que saja como amigo.

 

Eu coloquei os meus materiais no meu carro e quando eu a vi indo em direção ao seu carro, eu a parei puxando-a pelo seu casaco. Eu tive que tomar cuidado para não rasgá-lo.

 

– O que você está fazendo?

– Você vem comigo.

– Mas, e o meu carro?

–  Coloque as chaves no banco. Eu vou pedir para a Alice vir buscá-lo e deixá-lo em sua casa.

– Mas...

– Belle?

– Sim? – Ela levantou uma sombrancelha e me olhou cautelosamente. Ela fica linda quando está suspeitando de algo.

– Quer, por favor, não ser teimosa e fazer o que eu estou pedindo? – Eu sorri torto para ela e fiquei olhando-a intesamente. O seu coração acelerou e ela corou, como de costume. Nos últimos dias eu tenho notado que toda a vez que eu faço isso ela cora,  seus batimentos cardíacos ficam frenéticos e às vezes ela tem dificuldade para respirar. Eu gosto de poder causar isso nela. Eu só espero que seja algo bom e não ruim. Espero que ela esteja tendo essas reações por estar começando a se apaixonar por mim, e não por estar com e medo e vontade de sair correndo.

– Tá! Tudo bem. – Eu sorri vitorioso e a vi indo até o carro, deixar os seus materiais e a chave no banco do motorista. Ela veia em minha direção e eu abri a porta do carona para ela. Quando ela entrou, eu fechei a porta e liguei para Alice.

– Alice....

Eu já sei. Estou aí em alguns minutos. Não se preocupe, eu vou deixar o carro na casa dela em segurança.

– Obrigado.

De nada. Ah! Eu te disse que isso iria acontecer. – Eu quase podia ver os lábios da Alice se curvarem para formar um sorriso.

– Tanto faz Alice!

Tanto faz? Sei. Vai logo seu chato, conquista a Belle de vez. – Eu ri com a urgência que Alice estava para que eu e Belle nos aproximássemos logo.

– Pode deixar. Até mais. – Eu desliguei o celular e entrei no carro. Toda a conversa durou questões de segundos.

– Desculpa a curiosidade, mas você estava no celular?

– Sim, com a Alice.

– Mas eu vi você apenas colocar o celular no ouvido e depois desligar. Não deu tempo de ter uma conversa. – Ela é bastante curiosa e perceptiva. Isso até que me diverte.

– Nós falamos bem rápido. A nossa conversa na velocidade humana teria levado um minuto, mas com a velocidade que falamos, isso vira segundos. – Belle fez uma cara demonstrando que não estava entendendo nada. Eu sorri para ela e depois liguei o carro.

– Aonde vamos? Para a sua casa?

– Não. Eu quero te levar a um outro lugar para podermos conversar.

– Que lugar?

– Um lugar especial que eu não vou há algum tempo. – Eu não sei por quê eu a estava levando até lá, mas era o que meu coração queria fazer agora e eu resolvi obedecê-lo. Ultimamente, ele tem feito as melhores escolhas. 

 

 

_______________________________________

Música do Teste: Come What May- Moulin Rouge (Christian e Satine)

 

Haja o que houver

 

Nunca imaginei que poderia me sentir assim 
Como se nunca tivesse visto o céu antes
Quero desaparecer dentro do seu beijo
A cada dia eu te amo mais e mais
Ouça meu coração, você pode ouvir ele cantar?
Me dizendo para te dar tudo
Estações podem mudar, inverno para primavera
Mas eu te amo, até o último momento

Haja o que houver

Haja o que houver

Eu te amarei, até o dia da minha morte.



[Satine]
De repente o mundo parece um lugar perfeito
De repente ele se move como uma graça perfeita
De repente minha vida não parece ter sido um desperdício
Tudo gira em torno de você

[Satine and Christian]
E não há montanha alta demais
Não há rio tão profundo
Cante essa música e eu estarei ao seu lado
Tempestades podem se formar
E estrelas podem colidir
Mas eu te amo até meu último momento

 

Haja o que houver

Haja o que houver

Eu te amarei, até o dia da minha morte.

 

Oh, Haja o que houver

Haja o que houver

Eu te amarei, até o dia da minha morte.

 

Essa é a cena do filme (ignorem as legendas e as falas em francês, foi o video com o melhor audio que eu achei xD): http://www.youtube.com/watch?v=dRomC2ZQWis&feature=related


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Notas finais do capítulo

1-Quem for parar pra ver o video vai ver que a cena acontece em varios lugares ao mesmo tempo, e claro que pro teatro isso é adaptado. No cinema a noção de espaço, tempo pode ser explorada melhor ao contrário do teatro. Eu nem sei se vou retratar as cenas da peça em detalhes. Só uma parte ou outra provavelmente.

2-Então, que lugar vcs acham q o ed ta levando a Belle? Ta meio obvio ne xD.
Esse cap foi mais enrrolação e especulação, eu ia colocar a conversa e talz, mas eu decidi separar essa parte pq eu quero faze-la mais especial. Vou realizar a vontade de algumas leitoras nele xD

3-Pra quem acompanha a vale das lamentações, até esse fds eu posto, por agora eu to meio sem ideia, mas eu vou postar no maximo ate domingo e quem sabe amanha ja na tem mais um cap da second chance? agora eu estou cheia de ideias pra ela, antes eu nao tinha nada KKKK

beijo fofas, obrigada a todas pelos reviews. Adoro cada um :*