Bastards and Queens escrita por kelly pimentel


Capítulo 8
Estrada do Rei


Notas iniciais do capítulo

Oi, voltei! Esse capítulo ainda move pouco a história, mas estamos à caminho de Winterfell. Fiz uma pequena mudança no modo como Bran descobre sobre o casamento de Rhaegar e Lyanna com relação a série, acho que a pessoa errada recebeu o crédito. Enfim... é isso. Obrigado a todos que estão acompanhando, comentando! Beijos e espero que gostem.



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O sol havia aparecido há algumas horas e Jon já estava acordado observando Daenerys dormir quando ele nasceu. Ele estava assustado, tinha que admitir. Jon Snow não tinha medo de cruzar a muralha e enfrentar um exército de caminhantes, mas não sabia como agir ali, naquela situação. Ele nunca sentiu aquilo antes, nem mesmo quando… não ousou pensar nela, não queria compará-las, não seria justo.

Quando Daenerys finalmente abriu os olhos Jon espantou seus pensamentos e voltou sua atenção para ela.

—Bom dia. - Ela disse passando a mão no peito de Jon. Ele se sentiu estranho, pensou em algo que não o havia ocorrido ainda e sabia que tal pensamento fora desencadeado pelo anterior, pelo momento em que pensou na selvagem beijada pelo fogo. -Você parece sério. Está arrependido? - Daenerys perguntou encarando-o, sua expressão era apreensiva, havia uma antecipada tristeza pela perspectiva de sua resposta.

—Não. Claro que não. - Ele fez questão de esclarecer.

—O que há de errado então? - Dany pergunta sentando-se na cama, ela puxou as peles para cobrir seu corpo. Um gesto que, para Jon, mostrava o desconforto da rainha naquele momento.

—Daenerys… - Jon começou a dizer, mas ele parou para se sentar, e passou a mão pelo ombro da rainha -Eu não estou, eu juro que não estou arrependido, e você sabe que sou fiel aos meus juramentos. - ela assentiu positivamente e ele continuou. -É só que… nós estamos indo para uma guerra e eu não quero que nada de ruim te aconteça, e eu não tenho o melhor histórico nisso. É fácil esquecer de tudo quando estou com você, mas eu sei que em breve teremos que lutar e eu não posso…

—Eu já te disse que posso me defender. - Ela fala ferozmente. -Se você soubesse metade do que eu passei para chegar aqui. Eu não sou uma donzela indefesa, eu não preciso ser salva.

—Eu sei disso. - Jon confessa. - Eu sei que nem mesmo teríamos chance nessa guerra sem você, mas eu não posso mudar o modo como me sinto, posso?

—Acho que não. E aprecio sua honestidade, mas sabe que eu não vou deixar que isso mude as coisas, certo? -Dany pergunta. Jon rapidamente concorda. Ele sabe quem Daenerys é, sabia que ela pode ser doce, e até mesmo ter certa ingenuidade, mas que é uma líder nata, que nasceu para governar, que nunca deixaria seus homens lutarem enquanto simplesmente se protegia -Agora venha aqui e me dê um beijo apropriado. - Ela afirma colocando suas mãos nos ombros de Jon. O nortenho a pega pela cintura, puxando-a para seu colo, tirando as peles do caminho, colocando seus corpos em contato. É ela quem inicia o beijo, mas rapidamente ambos estão envolvidos.

—Majestade… - a voz de Missandei diz abrindo a porta de uma vez. Os olhos de Jon encontram com os da mulher das Cidades Livres, que rapidamente se vira em direção a porta.. - Eu sinto muito, não sabia...

Daenerys levantou e Jon e ele rapidamente procurou se cobrir, eles se olharam e ela sorriu de forma provocadora.

—Você pode se virar Missandei. - A Rainha disse caminhando nua pelo quarto.

Missandei voltou a olhar para a rainha, passando rapidamente os olhos por Jon.

—Vim apenas acordá-la para comer algo. -A morena conta.

—Obrigada. - Daenerys diz. - Eu vou subir em breve. Você pode ir.

Assim que a mulher deixou a cabine Daenerys se voltou para Jon sorrindo. Embora ele achasse o sorriso dela uma das coisas mais linda de todo o reino, estava preocupado com que todos iriam achar daquilo, deles juntos.

—Você acha isso engraçado? - Ele pergunta ficando de pé e procurando suas vestes.

—Acho Jon Snow. Além disso, aonde você pensa que vai? Achei que estávamos chegando a uma acordo quando fomos interrompidos.

—Estávamos? - Ele pergunta curioso. - Que tipo de acordo?

—Você estava quase concordando com a minha ideia de não pensar no futuro ainda, não enquanto estivermos neste navio, vamos lidar com o depois quando ele chegar. -Ela afirmou ficando de frente para Jon.

—Fica difícil argumentar com a minha rainha. -Jon afirma. - Principalmente assim.

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Em breve estariam chegando em Porto Branco, desembarcando para cavalgar junto com os Dothraki em direção a Winterfell. Daenerys caminhou pelo convés do navio, juntando-se a Tyrion Lannister que olhava para o mar de forma apreensiva. Drogon e Rhaegal sobrevoavam o navio majestosamente, dando círculos.

—Seus filhos parecem felizes. -Tyrion observa.

—Sim. Eles estão.

—Talvez estejam sentindo o que a mãe sente. - Ele pontua olhando para ela. Daenerys coloca seus olhos no de sua Mão, avalia a expressão no rosto do homem, mas não consegue entender o porquê de seu claro desagrado com relação a ela e Jon Snow.

—Não foi você mesmo quem me encorajou?  

—Sim, antes. Quando Jon não tinha sido idiota o suficiente para fazer de Cersei uma inimiga.

—Ela já me odiava o suficiente antes, isso não muda nada. Além disso, porque ela se importaria com quem se deita na minha cama?

—Não é só quem se deita na sua cama que importa majestade, é quem possui seu coração. Ambos se tornam vulneráveis. E ela o mataria só para te fazer sofrer, isso a daria ainda mais vontade de vencer. Ou te deixaria presa assistindo-o morrer de alguma forma horrível, sem poder fazer nada, antes de finalmente te matar. Ela é bastante engenhosa quando o objetivo é aplicar sofrimento.

—Sua irmã não me assusta Tyrion. - Ela respondeu olhando novamente para seus dragões. Estaria bem enquanto os tivesse, enquanto tivesse seu exército de Imaculados, seus irmãos de sangue dothraki.

—Deveria. Cersei é a mais Lannister de todos os Lannisters, ela sempre paga suas dívidas.

—Quantos Lannisters ainda existem? - Daenerys quis saber.

—Algumas dezenas.

—Eu sou a última Targaryen existente. E não vou deixar que meu nome se apague sem uma boa história, não vai ser a sua irmã que me impedirá de fazer isso.

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“O lobo sozinho morre, a matilha sobrevive”. Arya lembrou das palavras do pai enquanto entrava no salão principal, sendo acompanhada pelos guardas. Ela respirou fundo, estava esperando por aquele momento por meses, desde que havia notado que Mindinho não estava apenas tentando conquistar sua irmã, estava tentando partir sua família. “O lobo sozinho morre”. Ela tinha sobrevivido sozinha por muito tempo, mas para isso teve que deixar de ser um lobo, teve que vestir outra pele. Agora o inverno estava chegando, uma guerra maior estava sendo travada, e ela era um loba novamente. Era Arya Stark, e ser um Stark significava muito mais agora. O inverno estava chegando e ela não podia travar uma guerra contra sua irmã, elas precisavam ficar juntas.

Toda a ideia partiu de Sansa. Numa noite, quando Arya estava começando a ficar mais convencida com a ideia de que sua irmã estava envolvida na tentativa de assassinato de Daenerys, ela entrou em seu quarto e encontrou Sansa sentada. Passada a desconfiança inicial, ela ouviu a irmã, que contou sobre suas dúvidas com relação ao papel de Mindinho na morte de seu pai, assim como sobre tudo que ele fizeram com Tia Lisa e com a própria Sansa. Arya, por sua vez, confessou a irmã que achava, junto com Jon e Tyrion, que ele fora responsável pela tentativa de assassinato de Daenerys. “Não acho que tenha sido uma tentativa de assassinato. Ele a teria matado se quisesse, acho que ele queria que ela fosse embora, para poder ficar a sós aqui, comigo. Sem Jon, sem Davos”. Sansa explicou. Elas decidiram então que havia um jeito de ter certeza: Bran.

Colocado em julgamento de frente a todos, Mindinho tentou negar as acusações, mas Sansa foi firme e lembrou que ele não podia fazer com os Starks remanescentes o que fez com Catelyn e Lisa. “O lobo sozinho morre, a matilha sobrevive”

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Quando Jon acorda já é madrugada, ele abre os olhos com dificuldade, sorrindo com as lembranças de horas antes, ele estava genuinamente feliz por ter encontrado Daenerys, pelos deuses antigos terem os colocado no caminho um do outro. Tanto, que ele realmente queria ser um covarde como Euron Greyjoy havia sido e fugir para uma ilha qualquer com Daenerys, mas sabia que aquilo não era possível e que, logo, estariam lutando contra os caminhantes e o Rei da Noite. Quando ele percebe que Dany não está ao seu lado na cama o sorriso some do seu rosto imediatamente, Jon se senta e olha ao redor, constatando que está sozinho na cabine, ele joga as cobertas para o lado e pega suas calças que estão jogadas no chão, vestindo-as, termina de se vestir o mais rápido que pode, ignorando as luvas, seu manto também não está por perto. Ele deixa a cabine de Daenerys tentando não fazer barulho, e segue pelas escadas íngremes até o convés do navio, assim que vê Daenerys finalmente respira aliviado.

Ela está em pé, encarando o sol laranja que tenta nascer, mas parece incapaz de vencer a neblina do inverno que ganha força. Jon nota que ela está usando seu manto e seu coração pula uma batida, sua rainha, sua forte e independente rainha parece pequena usando seu grande manto, e ele nunca a achou mais bonita, nem quando está montando seus dragões, nem quando comanda seu exército, nem mesmo quando está completamente nua em sua frente.

Ele caminha em direção a ela, que se vira, notando a aproximação. Ela sorri quando o vê. Jon então se coloca atrás dela, passando seus braços ao redor do corpo da rainha, Daenerys inclina sua cabeça para trás, deixando-a cair no peito de Jon. Ele sabia que não deveriam fazer isso, sabia que a tripulação podia vê-los, mas não se importava, não naquele momento. Jon beijou os cabelos de Daenerys, e mesmo sem poder ver o seu rosto, ele sabia que ela estava sorrindo.

—O que está fazendo aqui fora?. - Ele pergunta no ouvido de Daenerys. -  Eu senti sua falta na cama.

—Deveria se acostumar. Não vamos poder dormir juntos por dias. - Ela fala passando a mão pelo braço de Jon carinhosamente.

—Eu não quero me acostumar. - Ele responde. Jon está tão apaixonado por Daenerys que não sabe como vai fazer para se manter longe dela por dias, nem como poderá se controlar para não beijá-la na frente de todos, em todos os lugares.

…………………….x…………………..

Bran estava na biblioteca de Winterfell quando alguém abriu  pesada porta, era uma jovem de cabelos claros, a mesma que havia chegado junto com Sam Tarly. Ele já a havia visto pelo castelo em outras ocasiões, mas nunca trocaram nenhuma palavra além de cordialidades.

—Lorde Stark. - Ela diz fazendo uma cortesia.. -Eu sou Gilly, esposa de Sam, amiga de Jon Snow.

—Claro. - Bran diz.

—Espero não incomodar, apenas quero continuar minha leitura. - Ela fala sentando-se numa cadeira vaga.

—Sem problemas. Eu já estava de saída.

—Soube que Jon está vindo para cá com a rainha dos dragões. - Gilly afirma. -Estou curiosa para ver os dragões.

—Sim, acabaram de me passar essa notícia. Espero que ele chegue logo, Jon precisa saber a verdade.

—A verdade? - Gilly pergunta.

—Sim. A verdade sobre sua origem. - Bran responde. Ele não sabe se deveria prosseguir, mas algo em seu instinto lhe diz que sim. - Jon não é filho de Ned Stark, ele é na verdade filho da minha tia Lyanna e de Rhaegar Targaryen, seu nome é Jon Sand. É um bastardo de Rhaegar.

—Rhaegar Targaryen? - Gilly questiona. - O filho do rei que todos diziam que ficou louco?

—Sim. - Bran afirma.

—Então Jon não se chama Sand.

—Se chama, é assim que os filhos bastardos nascidos em Dorne são chamados. Snows são os bastardos do Norte.

—Eu não sei sobre os nomes e lugares das terras de vocês, mas quando eu estava ajudando Sam na Cidadela, transcrevendo parte das anotações do grande meistre, li que Rhaegar Targaryen anulou seu casamento e casou-se com outra mulher numa cerimônia secreta.

Bran imediatamente navegou pelas suas memórias, acessando aquele momento. Ele viu o jovem casal sorridente, fazendo seus votos, viu quando eles se beijaram, quando Rhaegar disse amar Lyanna Stark. Ele nunca tinha visto duas pessoas tão felizes por estarem se casando.

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A medida que o exército de Daenerys avança pela estrada do Rei, menos visibilidade eles encontram. O dia inteiro é sempre um constante cinza, mal se pode notar a passagem de tempo. Nas noites, a escuridão é ainda maior. Está frio, mesmo para os Nortenhos e os Dothraki, acostumados com o calor, sofrem mais, bem como os sulistas. Tyrion passa a maior parte do tempo na carruagem, assim como Missandei, mas Daenerys insiste em cavalgar ao lado de Jon, com seus irmão de sangue ou com Sor Jorah.

—Quem diria, estamos cavalgando junto com o filho do Lorde Comandante Mormont. - Sam observa. Jon olha para Jorah que está mais na frente ao lado de Daenerys, ele simplesmente não se sente confortável com a proximidade dos dois, ele pode ver o modo como Jorah olha para Daenerys.  - Jon…

—Sim? - Ele pergunta.

—Achei que não estava me ouvindo. - Sam pontua encarando o amigo.

—Ouvi. Sim, somos sortudos em tê-lo. Sor Jorah é um grande homem. -Ele estava sendo honesto. Apesar do modo como se sentia quando Jorah estava perto de Dany, Jon o admirava pela sua determinação, e por ter ido para Estwatch com ele. -Soube que estaria morto sem você.

—Fico feliz em ter sido útil. - O amigo diz sendo modesto.

Um pouco a frente de Sor Jorah e Daenerys, estavam Brienne, Podrick e o Cão, atrás Davos cavalgava ao lado de Gendry. Jon olhou para o grupo e pensou em como a guerra fazia estranhos parceiros. Apenas Tormund havia os deixado antes da partida para Porto Real, e voltado para a vigília na muralha. Jon sabia que o selvagem gostaria de estar ali agora, aproveitando a oportunidade para ser incrivelmente indescrito com seus olhares em direção a Brienne.

—Estamos perto do Castelo Cerwyn Lord Snow. - Tyrion diz colocando sua cabeça para fora pela janela da carruagem, talvez seja sábio não prosseguir, está ficando muito escuro.

—Só mais meio dia de viagem, se continuarmos podemos chegar em Winterfell nas primeiras horas da manhã.

—Sim, mas também podemos chegar no começo da tarde, descansados e sem colocar nossa rainha em nenhum perigo. - Tyrion pontua.

—Tudo bem, se é isso que você deseja. - Jon afirma. Ele adianta seu cavalo e se aproxima de Daenerys. - Minha rainha… - ele chama. Daenerys, que está sorrindo com algo dito por Jorah, olha para Jon.

—Pode falar milorde.

—Vamos pernoitar no Castelo Cerwyn, os cavalos podem descansar um pouco e podemos ter uma boa noite de sono. Voltamos a seguir viagem na primeira luz do dia.

—Claro. - Dany diz. Ela retrocede um pouco e avisa ao exército. Enquanto ela fala em Dothraki, embora não entenda palavra alguma, Jon não consegue deixar de admirá-la.

………………………..x…………….

Quando chegam ao castelo está tudo escuro. Daenerys desmonta de seu cavalo que é levado para os estábulos junto com os outros, os Dothraki e Imaculados se alojam como bem entendem pelo campo aberto, enquanto uma pequena parte do grupo é recebida por uma mulher de cabelos negros que se apresenta como Jonelle Cerwyn. A mulher embora aparente ter mais de trinta anos, é muito bonita e é bastante atenciosa com Jon Snow.

—Obrigada Lady Jonella. - Jon diz ao receber um copo de cerveja. A mulher oferece a bebida para Daenerys que aceita apenas por achar que seria rude fazer o contrário, principalmente quando está fazendo campanha por seu reinado. - Essa é Daenerys Targaryen. -Ele diz apresentando-as. A mulherece olha Daenerys por um tempo, mas não parece impressionada.

—Vossa graça, posso perguntar o que ela faz no Norte?

—Ajudará com a nossa luta. Peço que venha para Winterfell conosco Lady Cerwyn, reuniremos todos os chefes das casas nortenhas em alguns dias, pretendo explicar nossa aliança com a rainha Targaryen.

—Claro, como quiser majestade. - A mulher diz sorrindo para Jon. - Vou conferir se os quartos estão prontos.

Mas algo acontece antes que ela possa sair: Tyrion entra no salão acompanhando de Davos, o cavaleiro das cebolas cumprimenta a senhora nortenha e apresenta Tyrion, o que acaba não sendo uma boa coisa. Lorde Medger Cerwyn marchou com Robb contra os Lannisters e foi capturado e mantido em Harrenhal por meses, Tyrion tentou uma negociação de troca de reféns, mas não obteve sucesso e o homem acabou morrendo.

—Não recebo Lannisters na minha casa. - Jonella afirma. - Minha fidelidade está com os Starks como sempre esteve o nome de minha casa, está com o Rei do Norte, e eu posso a estender à Targaryen, mas nunca a um Lannisters.

Daenerys tenta argumentar, mas o próprio Tyrion diz que é melhor ficar com o exército e respeitar os desejos da anfitriã.

Horas depois, Daenerys bate porta do quarto de Jon. E o encontra tirando a armadura, ela senta-se na grande cama de madeira enquanto ele continua sua tarefa.

—Seu quarto é bem melhor que o meu. - Ela pontua analisando o local. -Acho que não causei uma impressão tão boa quanto a do Rei do Norte.

—Não foi um começo ruim. -Jon afirma olhando-a. Ele acaba de sair de sua armadura e está sem camisa, colocando garra longa num canto.

—O fato de que a líder da casa Cerwyn não me odeia, não significa dizer que ela gosta de mim.

—Tenha paciência, assim que eles te conhecerem, vão gostar. -Jon pontua andando até Daenerys e parando na sua frente, ele passa uma das mão no rosto dela, que deixa a sensação gelada se espalhar, matando a saudade do toque dele.

—Vou tentar não levar para o lado pessoal, Jonelle Cerwyn claramente gostaria de se candidatar à vaga de rainha do Norte.

—Ela não pode. - Jon afirma. Daenerys percebe que ele estava tentando conter um tímido sorriso.

—Acha graça? -Ela questiona.

—Que você esteja incomodada? Um pouco, mas isso não vai me distrair da questão que realmente importa: Não deveria estar aqui Daenerys. Os nortenhos precisam te querer como líder. Eles precisam te conhecer sem o pré-julgamento que isso aqui causaria. Eles falariam mal de você e desconfiariam da minha capacidade de julgamento. Mesmo com seu exército, mesmo com as forças Lannisters, nós precisamos das forças do Norte. Os homens do Norte são melhores lutadores que as forças do Sul, principalmente quando o campo de luta é o Norte.

Daenerys sabia que Jon tinha razão, mas não pretendia se adequar às regras nortenhas ou sulistas. Era um dragão, e agiria como um dragão. Quando os dragões são confinados eles definham.

—Você está certo Jon, mas eu queria estar aqui agora. Qual o ponto de ser uma rainha se eu não puder… - Dany parou de falar de imediato. Ela quase disse algo que temia dizer, algo que nunca tinha dito antes. Em vez de continuar, ela ficou de pé e inclinou-se em direção a Jon, beijando-o. O nortenho rapidamente correspondeu ao beijo, segurando Daenerys pela cintura.

—Achei que queria que eu fosse embora. - Daenerys provoca afastando seus lábios dos de Jon.

—Eu nunca disse isso. - O nortenho responde beijando o pescoço da rainha.


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