Bastards and Queens escrita por kelly pimentel


Capítulo 7
O Fosso dos Dragões


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Este capítulo tem uma descrição de parte do episódio, porque adorei o modo como as coisas aconteceram, mas fui fazendo acréscimos que julguei necessários e preenchendo lacunas.. enfim, espero que gostem!



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A ideia de permanecer em Pedra do Dragão enquanto todos seguiram para Porto Real não agradou Daenerys, mas ela entendeu que precisava ficar, precisava estar junto dos filhos, precisava se afastar de qualquer coisa que pudesse atrapalhar sua objetividade. Precisava estar pronta, pois, logo mais estaria em Porto Real. Pensar nisso trazia lembranças ruins, lembranças de seu irmão Viserys, que fora todo o mundo de Daenerys por muitos anos, de momentos ruins como quando ela e o irmão tiveram que vender a coroa que pertencerá a mãe para continuarem vivos. Ainda assim, ela não estava ali por vingança, ela queria o que era dela, por direito, queria restaurar seu lugar, o nome de sua família, mas também queria que as pessoas de Westeros pudessem viver de uma forma mais justa. E, acima de tudo, queria voltar para casa. Essa sempre foi a sua maior questão: encontrar seu lar.

Ela voou com Drogon, Rhaegal estava ao lado deles o tempo todo, era a primeira vez que voavam desde a morte de Viserion, Dany sabia que seus filhos estavam sofrendo. Drogon principalmente, a ligação especial que o dragão compartilhava com Dany o fazia mais suscetível a dor da rainha. Quando começou a sobrevoar o fosso do dragão, ela não pode deixar de pensar em como aquele foi o local no qual sua família começou a ruir. Drogon pousou afastado e ela desceu caminhando lentamente até o local no qual todos a esperavam. Eles estavam de pé, seus aliados por respeito, para recepcioná-la, os inimigos por curiosidade, talvez. Apenas uma pessoa permanecia sentada: Cersei Lannister. Daenerys entendia o efeito que aquela entrada tinha. Ela sentou-se na cadeira vaga perto de Tyrion e então olhou para Cersei.

—Estamos aqui já faz algum tempo. - A mulher loira falou entredentes. Havia algo nela que deixava evidente que o leão não era o símbolo dos Lannister por mera coincidência.

—Eu peço desculpas. -Foi tudo que Dany disse. Então ela olhou para Tyrion, solicitando que ele prosseguisse, mas antes que Tyrion pudesse dizer uma sentença completa um homem se levantou, provocando Theon Greyjoy e causando problemas com o próprio Tyrion, ele só deixou de falar quando Cersei o comandou.

Tyrion explicou a complexidade das relações entre as pessoas ali presentes, enquanto Cersei foi incisiva em suas perguntas sobre os desejos do irmão com relação ao reino, mas foi Jon quem respondeu. O nortenho ficou de pé, caminhando com seus passos firmes e expressão carrancuda.

—A mesma coisa está vindo por todos nós. - Jon falou firmemente. - Um general que não negocia, um exército que não deixa cadáveres no campo de batalha. Tyrion me disse que há um milhão de pessoas nessa cidade, são mais um milhão de soldados para o exército dos mortos.

—Para alguns seria uma avanço - Cersei disse com sua expressão de desdém. Olhos de Daenerys fugiram da rainha Lannister para Jon, ela o observou dar alguns passos na direção de sua rival, sua expressão ainda mais tensa que antes.

—Isso é sério.Eu não estaria aqui se não fosse.

—Não acho que seja sério, acho que é outra piada sem graça. -Cersei respondeu. - Se Jaime estiver dizendo a verdade, vocês estão aqui por uma trégua.

—Isso. - Daenerys respondeu fazendo Cersei encará-la novamente.

—Quer que eu recue enquanto vocês caçam monstros? Ou enquanto se fortalecem e expandem o seu domínio? Fica difícil saber com meu exército recuado. Até que você volte e ataque Porto Real com quatro vezes mais homens.

—A capital estará segura até eliminarmos a ameaça do Norte. - Dany retrucou. Ela fez questão de deixar claro que aquela não era uma promessa vazia, ela voltaria por Porto Real, por toda Westeros. - Você tem a minha palavra.

—A palavra de uma Usurpadora! - A leoa disse outra vez. Daenerys sentiu seu sangue queimar, quem era Cersei Lannister para falar de usurpadores, seu marido Robert, era havia começado uma rebelião que tirou os Targaryens do poder, ele era o verdadeiro usurpador, mas ela se manteve sob controle, não iria dar a Cersei a satisfação de parecer qualquer outra coisa.

—Nenhuma conversa será capaz de apagar os últimos 50 anos. - Tyrion disse encarando-a. - Temos algo para mostrar.

Sandor Clegane, o homem que alguns chamam de “O cão”, subiu da parte subterrânea do fosso com a caixa na qual o convidado especial estava preso, assim que a criatura saiu da caixa, correu diretamente para Cersei, conseguindo exatamente o efeito esperado. Depois de mutilada pelo homem que o libertou, a criatura continuou dando voltas Um meistre ficou de pé e se apressou para avaliar a criatura, Jon e Davos também se levantaram, mas com outros propósitos.

Enquanto Jon explicou como a criatura poderia ser destruída, Daenerys manteve seus olhos em Cersei Lannister, ela parecia assustada, genuinamente assustada. Quando Jon finalmente matou-o, ele caminhou novamente para perto de Cersei e disse a ela que havia apenas uma guerra que importava, “A grande guerra”, sua voz rouca era a única coisa que podia ser ouvida, todos estavam incrivelmente calados.

—Eu não acreditei até que o vi. - Dany disse reforçando o argumento de Jon. Vi todos eles.

—Quantos? -Jaime Lannister questionou olhando-a. Ele 

—Cem mil pelo menos.

O homem que mais cedo havia feito piadas a respeito de Tyrion se aproximou do cadáver fazendo perguntas, em seguida anunciou que iria embora, afirmando que aquela era a única coisa que ja havia o assustado no mundo.

—Vou voltar para as minhas ilhas, você deveria voltar para a sua. - Ele disse a Dany. Mesmo que ele não estivesse tão perto, havia algo nele que  deixava claro que ele não era o tipo de homem que Daenerys queria por perto. - Quando o inverno terminar, seremos os únicos vivos. - Ele disse indo embora.

—Ele está certo em temer, e um covarde por fugir. Se essas coisas nos atacarem, não sobrará nada para comandar. Tudo que sofremos será em vão, tudo que perdemos será em vão. A cora aceita a sua trégua. - Cersei disse encarnado Daenerys. -Até os mortos serem derrotados, eles são o inimigo.

Dany não acreditava que Cersei cederia, mesmo com a evidência, algo no modo como as pessoas falavam da rainha fez com que ela tivesse esse pensamento,  mas aquele era o plano de Jon e Tyrion, eles esperavam pelo melhor. O silêncio tomou conta novamente do ambiente, a única coisa que podia ser ouvida era a respiração de Jon Snow, que parecia ofegante, mas então Daenerys notou algo na expressão de Cersei quando ela moveu seu olhar para Jon, e ela soube que aquilo não era todo.

—Em troca, o Rei do Norte estenderá a trégua. Ficará no Norte que é o lugar dele. Não lutará contra os Lannisters, não tomará partido.

—Apenas o Rei do Norte? Eu não? - Dany perguntou encarando Cersei.

—Eu nunca pediria isso a você, você não aceitaria. E se aceitasse, eu confiaria ainda menos em você. - Ela olhou para Jon novamente. - Peço apenas ao filho de Ned Stark, sei que o filho de Ned Stark cumprirá com sua palavra. - Daenerys sabia pouco sobre o pai de Jon, sabia que foi um homem honrado e que morreu por sua honra, enquanto servia como mão. Arya havia lhe dito que Cersei era a responsável, e agora ela estava usando o nome do pai, contra Jon. Daenerys o conhecia o suficiente para saber que aquilo o colocava numa situação difícil. Jon olhou para Daenerys, olhou ao redor, e depois novamente para Cersei.

—Eu cumpro minha palavra, ou tento cumprir. E é por isso que não lhe dar o que está pedindo, não posso servir duas rainhas. E eu já me aliei à Rainha Daenerys da Casa Targaryen. - Enquanto ouvia essas palavras Dany não pode deixar de sentir seu coração se aquecer. Ela pensou em como aquela atitude estúpida fazia de Jon uma pessoa admirável, mais admirável do que antes, se isso fosse mesmo possível.

—Então não há mais o que discutir. Os mortos chegarão ao Norte primeiro. Divirta-se com eles. -Cersei afirmou ficando de pé. -Enfrentaremos o que sobrar de vocês. - Ela disse dando as costas, seguida por seus guardas.

Daenerys permaneceu sentada até que Cersei sumisse do alcance dos seus olhos e ouviu enquanto Tyrion reclamou sobre a atitude de Jon, só então ela caminhou na direção do nortenho. Ver cersei partindo fez com que ela lembrasse porque estavam ali.

—Sou grata pela sua lealdade. - Ela disse encarando Jon, ele ainda parecia estar preso olhando para o local onde antes Cersei estivera.- mas meu dragão morreu para que nós pudéssemos estar aqui. Se isso tudo foi por nada, então ele morreu por nada.

—Eu sei! - Jon respondeu parecendo irritado, mas Dany sabia que aquela raiva não era direcionada a ela, mas a si mesmo.

—Você já considerou aprender a mentir? - Tyrion perguntou irritado. -Só um pouco.

—Eu não vou fazer um juramento que não posso manter. - Jon disse virando-se para encarnar Tyrion - Fale do meu pai se você quiser, diga que ele morreu por agir dessa mesma maneira, mas quando um nortenho faz falsas promessas, as palavras param de ter significado, e então não há mais respostas, apenas mentiras melhores.E mentiras não vão nos ajudar nessa briga. - Jon afirmou. Daenerys não conseguia tirar seus olhos dele, estava dividida entre pontuar sua estupidez e notar o quanto seu apreço por ele crescia.

—Isso é mesmo um problema. -Tyrion disse. Dany não tinha certeza se ele estava sendo sincero nesse momento. -mas um problema mais imediato é que estamos fodidos.

—Alguma ideia de como mudar isso? - Sor Davos perguntou.

—Apenas uma. Permaneçam aqui. - Tyrion disse. -VOu falar com a minha irmã. - Nesse momento qualquer pensamento sobre Jon foi varrido. Tyrion estava com ela pelos últimos anos, era sua Mão, seu conselheiro, alguém que sabia ser honesto com ela e que podia trazê-la para o nível do real quando necessário, já havia perdido pessoas demais em toda essa jornada, não queria perdê-lo.

—Não vim até aqui para que a minha Mão fosse assassinada.

—Nem eu. Se quisesse isso, teria ficado em minha cela.

—Eu vou. Fui em quem causei isso. - Jon afirmou.

—Ela definitivamente te matará. Comigo ainda há uma chance. Eu vou ver a minha irmã sozinha, ou todos vamos para casa e voltamos para a estaca zero.

Tyrion deu as costas e Dany observou enquanto ele caminhava na mesma direção na qual a irmã desapareceu. Daenerys ficou parada por um tempo, estava frustrada e se Tyrion morresse ela teria que fazer algo, talvez voltar ao seu plano inicial de tomar o trono, mas isso não ajudaria na guerra contra os mortos. Quando ela finalmente saiu de seus pensamentos, procurou por Jon, ele estava caminhando pelos ossos de dragões espalhados próximo as parede do Fosso, ela se aproximou devagar, não sabia o que dizer, queria que ele soubesse que ela não o odiava por sua atitude, longe disse.

—Ninguém está mais insatisfeito com isso do que eu. - Jon disse olhando-a.

—Eu sei. Eu respeito o que você fez, eu queria que não tivesse feito, mas eu realmente respeito. - Ela se aproximou mais e pegou o osso de dragão das mãos de Jon. -Esse lugar foi o começo do fim para a minha família. Um dragão não é um escravo. -Dany andou chegando mais perto das extremidades do fosso, de uma das entradas, e Jon caminhou com ela. - Eles eram criaturas aterrorizantes, extraordinárias, eles enchiam as pessoas com admiração e espanto e nós os prendemos aqui. Eles definharam, encolheram. E nós também encolhemos. Nós não éramos extraordinários sem eles, éramos apenas com os outros.

—Você não é com os outros. -Jon disse encarando-a. Dany podia sentir a intensidade dos olhos de Jon sobre ela, podia sentir como a  sua voz - E a sua família não acabou. - Havia um tom de promessa na sua voz. - Você ainda está aqui,

—Eu não posso ter filhos. - Dany disse se encostando na parede de pedra.

—Quem te disse isso? - O nortenho questionou. Dany

—A bruxa que matou o meu marido.

—Já ocorreu a você que ela pode não ser a fonte mais confiável? Quer dizer, ela é a bruxa que matou o seu marido. - Jon afirmou. Aquilo fez Dany sorrir. Ela gostava de como Jon era sempre sensato.

—Eu não posso ter filhos Jon, mas você tinha razão. E se eu tivesse confiado em você desde o começo, tudo teria sido diferente. Viserion estaria vivo.

—Não. Isso foi culpa minha. -Jon afirmou. - mas acho que a única pergunta que importa é: o que fazemos agora?.

—Eu não posso esquecer o que eu vi ao norte da muralha. E eu não posso fingir que Cersei não vai simplesmente toma de volta metade do território assim que eu seguir para o Norte, mas isso não significa que eu vou desistir Jon.

—Parece que Tyrion estava certo em sua avaliação: nós estamos mesmo fodidos. - Ele afirma. Dany sorri, e, pela primeira vez, Jon também faz isso, mesmo que de uma forma discreta. - Ele está de volta. - Jon afirma olhando para fora do arco de pedra. Daenerys olha na mesma direção e vê Tyrion, atrás dele está Cersei e sua Guarda Real. Assim que a rainha se aproxima ela conta que lutaria com eles, contra o exército dos mortos. Daenerys olhou para Tyrion impressionada, mas não deixou de pensar no que ele poderia ter feito para conseguir que sua irmã mudasse de ideia.

……………………..x………………

Daenerys retornou para Pedra do Dragão com seus dragões, enquanto o resto do grupo navegou. Durante a viagem, Jon não conseguia deixar de pensar nela, nem em como o corvo que havia enviado para Winterfell contando sobre sua decisão de servir a Daenerys seria recebido por Sansa e Arya, ele queria ter contado pessoalmente, mas a guerra não podia esperar.

—Deveria ter me contado sobre os seus planos de se ajoelhar. - Tyrion disse aproximando-se dele no convés do navio.

—Achei que soubesse, que Daenerys tivesse contado.

—Ela comentou que era isso que você pretendia, não que tinha de fato feito.

—Acabou tudo bem no final das contas, graças a você. - Jon afirma encarando Tyrion. –Como conseguiu convencê-la?

—Lembrando a ela do que mais importa: família.

—Você? - Jon pergunta.

—Não. Claro que não. Ela mesma e Jaime, claro.

—Acha que ela ainda será um problema para Daenerys, digo, depois da Grande Guerra?

—Se importando com o futuro Jon? - Tyrion pergunta. Há algo de curiosidade e algo de sarcasmo em sua pergunta.

— Eu quero que ela tenha tudo que sempre quis. - Jon comenta. - Ele veio até aqui por Westeros, e eu a arrastei para essa outra luta, só espero que ela possa ter o que deseja.

—É uma preocupação nobre, mas sim, se sairmos vivos da batalha contra os mortos, ela não deve ter dificuldades em ser Rainha de toda Westeros.

—Bom. - Ele afirma dando as coisas e voltando para sua cabine.

(...)

A chegada em Pedra do Dragão foi cheia de afazeres, eles tinha que se reunir para discutir o plano de ação, carregar os navios com as armas para Winterfell, tudo precisava ser feito o mais rápido possível, reunidos ao redor da torre

—Então Winterfell será nosso ponto de apoio. Avançaremos para muralha assim que tivermos as forças Lannisters conosco. - Davos pontua.

—E como faremos para levar nosso exército? - Dany pergunta.

—Se os Dothraki forem pela estrada do Rei, chegarão em Winterfell em catorze noites. - Jon afirma

—E os Imaculados? - Dany pergunta.

—Nós podemos navegar com eles até Porto Branco e encontramos com os Dothraki aqui - ele afirma apontado no mapa - na estrada do Rei e cavalgamos junto com eles até Winterfell.

—Talvez devesse voar até Winterfell majestade. Já correu riscos da última vez, mas agora estamos falando da estrada do Rei, isso é muito pior. - Sor Jorah afirma. -Você tem muitos inimigos no Norte. Milhares morreram lutando contra o seu pai, basta apenas um homem furioso armado, ele vai ver o seu cabelo prateado e saber que pode virar um herói.“O homem que matou a conquistadora”.

Jon quis dizer que jamais deixaria que nada acontecesse a Dany, mas conteve seus instintos, tinha consciência de que não deveria fazer tais promessas, bem como do fato de que dizer aquilo seria incrivelmente inapropriado. Em vez disso, ele disse o que acreditou que realmente deveria dizer:

—A decisão é sua, majestade, mas se vamos ser aliados nesta guerra, é importante que os nortenhos nos vejam dessa forma. Se velejamos juntos até Porto Branco, vamos passar uma melhor impressão. - Jon estava sendo honesto, mas também sabia que havia uma outra razão além da impressão passada aos nortenhos: ele queria que Daenerys estivesse por perto.

Todos os presentes ficaram em silêncio, Varys, Tyrion, Sam, Jorah, e todos os outros.

—Não vim para conquistar o Norte. Vou salvar o Note. Então sim, vamos navegar juntos. - Ela respondeu. Jon sentiu o olhar decisivo de Daenerys junto com aquela afirmação, ela seria a melhor governante que aquele reino já teve, disso ele tinha certeza. - Preparem os navios, partimos o mais depressa possível.

Ainda naquela noite, eles já estavam velejando até Porto Branco, no meio da noite, mas Jon não conseguia dormir, e sabia muito bem que sua insônia tinha um nome, cabelos prateados e uma força que qualquer pessoa em sã consciência reconheceria. Ele tinha que ir, tinha que ser honesto quanto a seus sentimentos, assim como tinha sido honesto antes, ao falar sobre sua submissão a Daenerys. Ele caminhou até a cabine da rainha e respirou fundo antes de bater na porta, o tempo entre isso a resposta, o abrir da porta, pareceu interminável. Quando ele finalmente encontrou com os olhos verde de Daenerys ele não disse nada, nem ela. Eles simplesmente sabiam, não podiam mais negar.

Jon nunca se sentiu daquela forma, nunca quis tanto alguém. Dany lhe deu passagem sem tirar seus olhos dele, e então ele fechou a porta.

………………..x……...

Daenerys sentiu seu corpo tremer. Jon estava parado na sua frente, seus olhos no dela. Nenhum deles parecia capaz de se mexer, ela podia ver a respiração ofegante de Jon movimentar o couro de suas vestes. Foi ele o primeiro a agir, retirou suas luvas e jogou-as em algum canto, Dany não prestou atenção nisso, estava mais ocupada sentindo o efeito do gelo em seu rosto. Ele colocou sua boca na dela, pedindo passagem, a urgência evidente em cada movimento.

Daenerys se afastou um pouco, o suficiente para que Jon pudesse assistir enquanto ela se despia, a Rainha retirou todas as peças de suas vestes e ficou parada. Jon, diferente do que ela esperava, não avançou, ele também se despiu, deixou que ela o olhasse. Dany passou seus dedos pelas cicatrizes no peito de Jon, apreciando-as, depois tocou no grande arranhão em seu rosto. O nortenho alcançou a mão de Daenerys em seu rosto e puxou a rainha pela cintura, colando seus corpos nus, voltando a beijá-la de forma intensa.

Eles rapidamente se moveram em direção a cama, Daenerys podia sentir cada uma de suas terminações nervosas em combustão pelo contato com a pele de Jon Snow, era como se ela se alimentasse daquilo, como se o calor continuasse crescendo à medida que avançavam. Ela parecia incapaz de tirar seus olhos dos dele, assim como Jon.

A mão de Jon apertou um de seus seios, os dedos brincando com o mamilo, fazendo-a gemer, enquanto ela passeava suas mãos pelos músculos tensos dos braços do nortenho. Sem aviso, Jon inverteu as posições, ficando por cima, ele estava pronto há muito tempo, assim como ela. Ambos queriam aquilo.

Quando ele finalmente a penetrou, ela sentiu que aquela parecia a coisa mais certa do mundo, embora seus instintos anteriormente dissessem o contrário. Daenerys respirou fundo encarando Jon, que também estava ofegante. Ele segurou a coxa de Dany criando mais apoio e passou a se mover, nada nem ninguém nunca a fez se sentir daquela forma, ela nunca quis tanto um homem quanto desejava a Jon Snow. Ela passou suas mãos pelos cabelos de Jon, puxando-os, e ergueu o quadril permitindo que ele fosse mais fundo, fazendo-o soltar um grunhido de prazer. Eles continuaram se movendo até que ela pode sentir o calor da semente de Jon escorrendo dentro dela, misturando-se com seu próprio prazer.

Permaneceram grudados, ela não queria que ele saísse de dentro dela. Queria permanecer ali, na segurança daquela cabine, adiando o que estava por vir, não só pelo modo como sentia por Jon, mas também porque sabia que algo de muito ruim estava para acontecer.

Eles transaram novamente, e mais outras vezes na mesma noite. Nenhum deles parecia satisfeito, mas quando finalmente estavam cansados, Daenerys se deitou no peito de Jon Snow, encarando seus olhos negros com um sorriso. Estavam pobremente cobertos com as peles da cama, suas pernas entrelaçadas.

—O que? – Jon pergunta encarando-a.  

—Está sorrindo Jon Snow. – Ela afirma passando os dedos pela barba dele. - Achei que nunca sorria.

—A culpa é sua. – Ele responde puxando-a novamente para um beijo.


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