Bastards and Queens escrita por kelly pimentel


Capítulo 13
A Filha do Rei Louco




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Daenerys estava pensando em como as coisas seriam se Jon tivesse sido criado como seu sobrinho, se Rhaegar não tivesse sido derrotado no Tridente. Talvez os filhos mais velhos do irmão ainda estivessem vivos. Tudo seria diferente. Jon seria outra pessoa, ela seria outra pessoa. Afinal de contas, foi o contexto no qual crescerem, e tudo que passaram, que fez com que eles sejam quem são. E ela ama o homem deitado ao seu lado, ama sua personalidade dura, sua voz rouca e sedutora, ama o modo racional e honesto com o qual ele lida com as coisas. Ela o ama, cada pedaço do seu corpo, cada cicatriz deixada pelas facadas, ama a bondade atrás de seus olhos. Ela adora o fato de que Jon é generoso e gosta até mesmo das linhas de preocupação que surgem quando ele age como se carregasse o peso do reino em suas costas.

Era nisso que ela estava pensando quando Tyrion bateu na porta e Jon levantou. Ele vestiu a túnica rapidamente enquanto ela observava seu corpo e um sorria. “Meu irmão, Jaime, ele acaba de chegar, e não traz boas notícias”. A frase faz com que ela mesma se levante de imediato, totalmente nua, e, sem se importar com o fato, Daenerys vai até a porta e Jon a encara parecendo querer dizer algo, mas não diz, em vez disso, ele se coloca protetivamente entre ela e a porta, o corpo dele é suficiente para esconder o dela da exposição. Se não estivesse preocupada com a perspectiva das notícias,ela teria feito um comentário sobre o “cuidado” de Jon, mas não podia negar que gostava da sensação. Tyrion tinha algo em seu olhar, algo que ela já viu antes, era desapontamento, mas ela não sabia bem se aquilo era devido à cena, ela e Jon em trajes íntimos - ela, especificamente sem traje nenhum- parados à sua frente, ou pelo fato de que Jaime Lannister não trazia boas notícias. O leão informou que o irmão esperava por eles no grande salão, e então Jon, que estava claramente tenso, fechou a porta encarando Daenerys.

—O que mais pode acontecer? - Ele questionou começando a se vestir. A preocupação tomava conta de sua expressão novamente. Ele era mais uma vez o Jon que parecia carregar os Sete Reinos nas costas.

—Seja lá o que for, podemos lidar com isso. - Daenerys afirmou começando a se arrumar também.

Depois de devidamente vestidos, eles seguiram para o salão, Jon abriu as portas e deu espaço para que Daenerys passasse. Dentro do salão, eles encontraram Jaime Lannister, de joelhos, enquanto Arya apontava sua espada para ele.

—Arya. - Jon chamou com sua voz rouca. -O que está acontecendo?

—Eu avisei sobre a idiotice de confiar em Lannisters. - Sansa respondeu, Arya, por sua vez. Manteve-se firme. A espada tão imóvel que aquilo nem parecia humano.

—Não precisamos repetir esse erro. -Arya falou pressionando a espada dada por Jon no Regicida. Pelo que Tyrion falava do irmão, Daenerys tinha certa vontade de ser mais compreensiva ao redor do homem. Ele amava Cersei, e ela entendia o efeito de amar, principalmente quando Jon está de pé ao seu lado, com sua expressão que, apesar de rígida, enche seu coração de calor. O amor nos faz fazer as coisas mais absurdas.

—Alguém pode dizer o que aconteceu? - Daenerys ordenou.

—Cersei Lannisters nos traiu majestade. -Sansa disse. A nortenha tinha a naturalidade de quem conta uma notícia irrelevante, de quem fala da decisão de matar um faisão para jantar, e não de um golpe que pode custar tudo, mas ela sabia que não era por ignorância, Sansa Stark estava longe de ser burra e Daenerys suspeitava que, talvez, fosse a mais esperta de todas. O tom de naturalidade vinha de outra coisa, vinha do prazer de estar certa.

—Eu me sentiria mais confortável contando sem um espada do meu pescoço. -Jaime disse.

—Você deveria tentar mesmo assim. - Jon retrucou. Há um forte tom de ameaça em sua voz.

—Isso não é necessário. -Brienne afirma. -Deveríamos considerar o fato de que Lorde Jaime se dispôs a vir até aqui para contar, ele abandonou Cersei Lannister.

—Termine de contar, o que ela está armando? - Daenerys pergunta ignorando o comentário. Tinha respeito por Brienne, mas estava mais interessada em saber o que tinha acontecido.

—Euron Greyjoy não navegou de volta para as Ilhas de Ferro. Ele está indo para Essos para contratar a Companhia Dourada para lutar por Cersei. -Jaime contou.

—Arya, acho que nosso convidado já pode ficar sem essa espada por enquanto, mas se for preciso matá-lo, prometo que você terá o prazer. -Daenerys escolheu as palavras certas para convencer a mais nova das Starks, sabia de seu ódio pelos Lannisters. Arya olhou para ela erguendo as sobrancelhas e, mesmo contrariada, afastou-se.

—E por isso que eu odeio o Norte, a recepção por aqui é sempre problemática. -Jaime diz sorrindo e ficando de pé.

—Talvez você goste mais da ideia de sua cabeça num espeto em nossos muros. -Sansa disse. -Ou podemos mandá-la de volta para Cersei, aposto que ela irá gostar agora que você a abandonou.

—Minha irmã realmente aprecia ver a cabeça de traidores. - Jaime disse. O comentário fez com que Arya e Sansa se colocassem mais para frente, ambas furiosas, pareciam mesmo duas lobas. Daenerys olhou para Jon rapidamente, ele parecia ter menos fúria que suas irmãs. As mulheres Straks eram realmente ferozes.

—Porque está aqui? -Daenerys quis saber. -O que você ganha com isso?

—Eu ainda tenho a minha honra. - Ele diz. -Eu também dei minha palavra quando prometemos marchar até o Norte e lutar contra os mortos.

“Eu tenho minha honra?”, Daenerys quis perguntar onde essa honra estava quando ele matou seu pai pelas costas? Ou quando jogou Bran, com apenas oito anos, da torre?

—Seu pai era um homem terrível. - Jaime disse, como se pudesse ler os pensamentos de Daenerys. -Ela estuprava sua mãe e batia nela, repetidamente, e eu podia ouvir os gritos da rainha pelos corredores, enquanto tinha que ficar parado na porta do quarto, protegendo-os, mas eu não podia protegê-la, não de verdade, não contra ele. Aerys queimava as pessoas na sala do trono com a naturalidade de quem apaga uma vela, os homens gritavam no final, o cheiro impregnava o ambiente, mas ele achava que tudo era normal - Daenerys sentiu a mão de Jon na sua, mas não tirou os olhos de Jaime. -Ele ia matar todo mundo, ele desconfiava de todo mundo. O próprio Rhaegar não se aproximava do pai e seu irmão mais novo era escondido dele para não ser agredido. E quando eu o matei, pelas costas, eu me senti o mais nobre dos homens, porque ele estava fora de controle. Se eu for morrer aqui, hoje, tudo bem, mas não me julgue pela morte do seu pai, ele era um governante terrível, uma pessoa terrível e eu estava pensando na rainha quando fiz isso, eu pensei em seu raro sorriso doce e em como ela casou-se com ele forçada, e tenho certeza de que ela mesma teria enfiado o metal nas costas do seu pai se tivesse a chance.

Daenerys se sentiu enjoada, queria vomitar, mas não havia nada no seu estômago para isso. Lembrou de quando contou a Jon que se perguntava se os pais eram felizes juntos, agora tinha sua resposta.

—Tirem no daqui. -Jon disse. -Agora!

Brienne e Tyrion seguiram com os guardas que escoltaram Jaime Lannister para sua cela. E ficaram apenas Sansa, Arya, Davos, Dany e Jon no salão. Jon passou a mão nos ombros de Daenerys sem se importar com a presença dos outros.

—Dany… -Ele chamou. A rainha o encarou. -Eu posso matá-lo se você quiser.

—Ele estava dizendo a verdade? - Perguntou.

—É isso que contam sobre seu pai, sobre sua mãe. -Sansa responde.

—Você sabia? -Ela questionou olhando para Jon.

—Não o suficiente, nem tinha qualquer certeza. Não deveríamos confiar em histórias, minha.. Lyanna Stark não foi sequestrada no final de contas.

—Sor Davos? -Dany insiste, dessa vez tirando os olhos de Jon para encarar  

—Eu era apenas um contrabandista no reinado do seu pai, mas até mesmo em nosso círculo suas histórias causavam aversão. Sinto muito vossa graça, mas não deveria se deixar levar, os pecados do pais, não podem ser os pecados dos filhos.

Um silêncio se estabelece então os três deixam o local, permitindo que Jon e Daenerys fiquem sozinhos, mas não sem antes Jon confirmar a Davos que seguiriam com os planos para marchar até o Rio Último e interceptar os mortos.

—Nós deveríamos partir hoje. - Daenerys afirma encarando-o.

—Você não está em condições, não desse jeito. Acredite em mim, eu queria ir sozinho enfrentar o Rei da Noite quando sobre a verdade sobre os meus pais, mas isso não resolveria nada. Iremos assim que possível, vamos repensar nossa estratégia e você precisa sentar com seu conselho, se Cersei planeja tomar de volta metade do Reino, nós precisamos estar prontos para garantir seu trono.

—Primeiro Viserion é uma arma do Rei da Noite, agora perdemos as forças dos Lannisters. Eu deveria voar agora mesmo para Porto Real e queimar tudo, me tornar de vez a filha do “Rei do Louco”.

—Mas você não é “a filha do Rei Louco. É Daenerys Targaryen, a mãe dos dragões, a quebradora de correntes, uma Khaleesi, você é justa, bondosa, e forte, a pessoa mais forte que eu conheço. -Jon respondeu trazendo a rainha para perto de si.

—Eu te amo. -Ela disse. Sentiu medo de como Jon reagiria, pois, mesmo depois da noite anterior, sabia que aquilo não era fácil para ele. A ideia de estar apaixonado por sua tia, de deitar-se com ela. -Você me diria se não me amasse certo? Não ficaria comigo por...

—Não deixe o que o Lannister contou te afetar, meu pai dizia que ele serviu ao seu pai enquanto foi conveniente, e ele pode falar de honra agora, de ter feito justiça, mas não se importou com isso antes ficar claro que Robert iria vencer. -Ele respondeu beijando-a. -Eu te amo e acho que está na hora de começar a deixar isso mais claro.

…………...x………..

—É claro que eles estão fodendo. -Jaime disse dando voltas pela cela. - Cersei adoraria isso. Ela diria que a “puta estrangeira e o bastardo idiota” tinham mesmo que estar fodendo, só assim para ele enfrentá-la daquela forma.

Tyrion balançou a cabeça negativamente, o irmão claramente não conhecia Jon Snow. O garoto que, recém chegado na muralha, enfrentou um superior para ajudar os outros. Além disso, ele claramente não sabia que Jon não era um “bastardo idiota” e sim um príncipe herdeiro.

—O que ela te fez? -Tyrion perguntou. Era isso que importava no momento. Ele estava curioso, genuinamente curioso, sobre o que poderia ter feito Jaime Lannister abandonar sua alma gêmea.

—Você vai me contar o que disse para fazer com que ela mudasse de ideia? - Ele perguntou passando as mãos na grade da cela.

—Bem, nada que tenha de fato adiantado, afinal de contas, ela não mudou de ideia. Apenas fingiu. -Tyrion pensou em como esteve preocupado em conseguir manter seu lado da promessa, e em como aquilo fazia dele um grande idiota. Ele realmente tinha acreditado na irmã, talvez sua culpa por Myrcella e Tommen fosse a responsável por nebular seu julgamento.

—Ela disse que eu era estúpido e se negou a mandar os exércitos, me contou que nunca fez parte do seu plano e que Euron já sabia de tudo. Ela mentiu para mim por dias depois da partida de vocês, enquanto eu preparava o exército para a batalha no Norte, ela mandava buscar soldados em Essos para tomar o reino de volta.

—Ela está jogando para ganhar, como sempre. - Tyrion pontuou.

—Agora vai me contar o que prometeu a ela?

—Quer mesmo saber? Pode perder sua cabeça junto comigo por isso.

—Eles já querem minha cabeça de qualquer forma, e podem ter, eu não acho que me importe.

—Eu prometi a Cersei que o filho de vocês seria o sucessor de Daenerys, mas ela claramente apenas fingiu concordar. Achei que ela estivesse encurralada, que tivesse mesmo aceitando, mas Cersei  nunca fica encurralada, fica? Ela faz o impossível, sempre.

—Ela perdeu o juízo. -Jaime afirma. - Mas me conte, como pretendia fazer com que meu filho com Cersei sentasse no trono da Targaryen e não seus próprios filhos com o bastardo? Com o jeito que eles se olham devem começar a soltar crianças metade lobo metade dragão por todo reino em pouco tempo.

—Ela não pode ter filhos. -Tyrion confessa. -Contei isso a Cersei.

—Que bela Mão você é!

—Tão bom quanto você como guarda real. - Tyrion diz sorrindo. Ele realmente acreditava em Daenerys, na ideia de que ela poderia estabelecer um reinado justo, mas oferecer a um descendente Lannister o espaço no trono era uma forma de garantir que ele não era  monstro traidor que todos pensavam, era uma forma de se redimir com a casa Lannister. - Isso não é exatamente um segredo, ela mesma diz a todos.

—Imagino que ela ficaria muito feliz em ordenar que um dos dragões nos queimem se souber do seu acordo.

—Você não vai morrer aqui, seu idiota. Eu não vou deixar. -Tyrion disse. O irmão mais velho o salvou tantas vezes que ele tinha que fazer isso, tinha que salvá-lo.

……...x……..

Davos entrou no grande salão interrompendo um beijo entre Daenerys e Jon Snow. Ele não recriminava o relacionamento, na verdade era um grande incentivador de qualquer coisa que fizesse Jon Snow desmanchar sua cara amarrada. Além disso, ambos pareciam  felizes, ao menos em seus modos particularmente miseráveis de serem felizes, mas Davos sabia que eles precisavam ser mais cuidadosos, os lordes nortenhos ainda estavam aprendendo a gostar de Daenerys, eles estavam andando numa corda fina, com Sansa Stark pronta mostrar que sempre foi um loba, e tudo só pioraria se eles soubesse do caso dos dois, ou se soubessem da verdade sobre Jon.

O casal foi interrompido pelo pigarreio do Cavaleiro das Cebolas. Daenerys estava com as mãos repousadas no peito de Jon Snow. A rainha é consideravelmente menor que o “ex-bastardo”, e ainda assim eles parecem muito bem juntos.

—Desculpe interromper. - Ele fala sem muita culpa, quase nenhuma. O casal não se afasta de forma reativa, eles apenas se descolam sem muita preocupação, mas Jon assume sua inconfundível feição de dureza. Davos ocasionalmente se perguntava se ele já nasceu assim, um bebê sentinela, esperando pelo combate. -Precisamos saber o que fazer com os exércitos, os lordes precisam ser notificados e Lorde Varys está a sua procura majestade.  -A parte final ele afirma olhando para Daenerys. A rainha está usando um traje preto que faz com que ela se pareça menos perdida no Norte, diferente do vestidos que usava em Pedra do Dragão, as vestes antigas deixavam partes do seu belo corpo amostra. Davos não era o tipo de homem que mantinha seu olhar numa mulher por tempo o suficiente para deixá-la desconfortável, nem mesmo o tipo que deseja o que não pode ter, mas não podia negar a beleza da mãe dos dragões. Os cabelos prateados de Daenerys criavam um ar de melancolia que dosava suas feições juvenis, os olhos violetas poderiam enganar qualquer pessoa, mas ela andava firme, falava firme e tinha uma voz que, mesmo doce, sempre impunha respeito e poder.

—Ele pode esperar, tenho certeza. Chame ambos os conselhos, Jon e eu iremos nos pronunciar em instantes.

Minutos depois as pessoas mais próximas do Protetor do Norte e da Rainha Targaryen estavam todas na sala.

—Nós partimos amanhã para o Rio Último, como combinado. Irei com os dragões e iremos tentar uma primeira investida.

—Majestade, tem certeza que deseja levar ambos os dragões? - Tyrion pergunta. Davos olha para o anão que ainda parece atordoado com o baque da traição da irmã.

—Sim. Não teremos chance caso eles usem Viserion. E não deixarei que os homens se arrisquem sem que eu mesma corra riscos. -Ela afirmou.

—E Cersei? -Sansa pergunta. -Pretende deixá-la avançar?

—Não, mas lidaremos com ela depois. -Jon responde.

—Além disso, em breve Jon será apontado como meu sucessor. Isso fará com que os lordes nortenhos vejam melhor nossa aliança.

Jon olha para Daenerys como se ela tivesse dito que ele estaria sendo enviado para a forca. Davos move seus olhos de Jon para analisar as expressões dos presentes no salão. Tyrion parece desapontado, os outros tão surpresos quanto Jon. Já Sansa Stark parece finalmente satisfeita com algo.

—Sor Davos, pode me levar ao encarregado pelas construções? -Ela pergunta como se tivesse acabado de contar algo sem importância. - Quero supervisionar a lança e o equipamento que idealizamos.

Davos concorda positivamente e ela começa a caminhar, Varys e Tyrion tentam falar com a rainha, mas ela diz que eles podem esperar, é Jon quem consegue fazê-la parar, já no corredor.

—Não foi isso que combinamos. - Ele diz com uma óbvia intimidade.

—Não foi, mas eu sou sua rainha Jon Snow. Não deveria contestar o que digo. Pode vir comigo ou conversamos mais tarde, mas agora eu preciso organizar algumas coisas. - Ela afirmou antes de seguir firmemente, deixando o lobo para atrás. Davos sabia que reinar tinha muito em comum com a pirataria, era preciso saber o quanto levar de acordo com o temperamento do mar, e ele encaroy Jon pedindo paciência, algo que o nortenho pareceu ter entendido já que o deixou seguir com a rainha. Ele sabia que Varys e Tyrion tinham outros planos, embora não soubesse quais eram, sabia que Sansa também tinha seus ideais com relação ao futuro do Norte, e até mesmo de todos os sete reinos, Daenerys e Jon eram bons candidatos, mas eram a fraqueza um do outro e em tempos de guerra, fraquezas podem ser fatais. 


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