Bastards and Queens escrita por kelly pimentel


Capítulo 12
Os últimos dragões


Notas iniciais do capítulo

Voltei.
Preparem seus corações para a decisão de Jon Snow sobre o relacionamento dele com Daenerys. ;)



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A notícia da queda da muralha acertou Jon mais ferozmente que qualquer golpe de espada, era o segundo choque em um pequeno intervalo de tempo. Ele olhou para Gendry sem compreender como os caminhantes poderiam ter derrubado a muralha, ela estava lá por milhares de anos, protegendo-os. Como eles conseguiram?

—Um soldado espera no castelo, ele tem notícias que ambos deveriam ouvir. - Gendry disse. O sulista ainda mantinha seus olhos no dragão, não era a primeira vez que ele os via, mas Jon entendia que aquela não era uma visão fácil de assimilar.

Eles voltaram para Winterfell o mais rápido que puderam. Assim que desmontaram, foram levados até o salão onde costumam se reunir para lidar com questões de guerra. Um jovem um pouco mais velho que Jon estava sentado, mas sua aparência era tão debilitada que ele parecia ter muito anos a mais. O homem tinha um copo de cerveja em uma de suas mãos, um pão na outra.

—O que aconteceu? - Daenerys perguntou se aproximando do homem que estava cercado por Tyrion, Davos, Sansa, Arya, Missandei, Bran, Gilly e Sam e Varys. Eles deram espaço e ela e Jon puderam se aproximar.

—Eles chegaram do nada e apenas ficaram parados olhando para muralha, os sinos tocaram e foi quando todos os homens começaram a subir, então ele apareceu, voando, cuspindo gelo. - O homem disse trêmulo. Jon entendeu de imediato e se maldisse por não ter pensado nisso antes, eles podiam trazer criaturas dos mortos. Ele pensou em Tormund e nos outros homens que estavam na muralha naquele momento e seu peito doeu.

—Quem? - Daenerys perguntou olhando para o homem.

—O dragão, eles têm um dragão que cospe gelo. - O homem respondeu. Jon encarou a expressão no rosto de Daenerys, sua pele branca estava quase transparente, ela parecia capaz de cair a qualquer momento, mas se manteve firme. Ele se conteve para não abraçá-la.

—Um dragão? Você tem certeza? - A voz dela perguntou. Jon podia sentir a dor nas palavras da rainha.

—Sim. Não é algo fácil de se esquecer, ou de causar enganos. Ele derrubou a muralha.

—Bran? - Daenerys perguntou encarando-o. - Me diga que é mentira. -Bran fechou os olhos e tudo ficou silencioso, não foi um processo demorado, mas pareceu uma eternidade.

—Sinto muito pelo seu dragão, ele serve ao Rei da Noite agora, e os mortos estão à caminho enquanto falamos. - A voz de Bran ecoou pelo salão.

—Não! - Daenerys deixou escapar um grito de dor. Todos os olhares do salão se voltam para ela, enquanto Sor Jorah a pega pelos braços, mantendo-a de pé. Ele fala algo do ouvido de Dany, mas ela o ignora, parece incapaz de tirar os olhos de Bran.

Jon sentiu seu peito apertar. Ver Daenerys sofrendo tinha um efeito terrível sobre ele, o desejo de ir até ela é tão forte que precisou cerrar seus punhos tentando lembrar-se de que não podia fazer aquilo. Daenerys então soltou-se dos braços de Jorah, deu às costas e deixou o salão.

Imediatamente, Jon se virou para segui-la, mas foi parado por Jorah. “Deixe-a sozinha” o homem disse “É melhor assim”, mas Jon não estava disposto a ouvi-lo, não importava o que podiam achar naquele momento, precisa estar perto dela, precisava ter certeza de que ela ficaria bem. O tempo que gastou com Jorah foi suficiente para que ele encontrasse Daenerys já montada em seu cavalo, prestes a sair de Winterfell, ele gritou para que os guardas a impedissem, mesmo que ela fosse o odiar por isso, mas não foi rápido o suficiente. Então, também pegou um cavalo e correu atrás dela.

Os cabelos prateados de Daenerys se misturavam ao cinza da névoa de inverno, e quando Jon a alcançou ela estava desmontando, aos pés de Drogon e Rhaegal. Os dragões soltaram um lamento ensurdecedor, forte o bastante para fazer com que Jon levasse a mão aos ouvidos, até mesmo o cavalo estava temeroso pela agitação das criaturas gigantes. Eles pareciam saber o que a mãe sentia, pareciam saber que o irmão era agora um soldado do Rei da Noite.

—Daenerys! - Jon gritou desmontando. Ele se aproximou, mesmo que o barulho dos dragões parecesse capaz de enlouquecer alguém. Daenerys estava prestes a montar em Drogon quando ele conseguiu pegar em seu braço. - Aonde você vai? -Perguntou firmemente.

—Preciso ver! Preciso ver por mim mesma Jon, preciso ter certeza. -Ela respondeu.

— Você não vai. -Disse. O tom era de ordem, mas era muito mais um pedido do qualquer outra coisa.

—Não pode me dizer o que fazer Jon. Ninguém pode.

—Eu posso. E eu vou te dizer o que fazer quando você estiver tentando fazer algo que vai colocar a sua vida em risco.

—É a minha vida. É o meu dragão. Se Viserion é um deles, a culpa é minha. Eu o deixei lá, deixei que fizessem isso com ele.

—Não é culpa sua. - Jon disse, ele podia sentir a dor de Daenerys.

—Eu vou ter que matá-lo. - Ela disse parecendo não ouvir as palavras de Jon.

—Venha aqui. - Jon pediu passando a mão na cintura de Dany e olhando-a nos olhos. -Me prometa que não vai fazer nenhuma besteira. O que precisamos agora é de um plano, um plano que não envolva você voando sozinha para encontrar com Viserion. Um plano que te mantenha viva.

—Eu não vou deixar que a morte de Viserion fique impune, eu vou matá-lo, o Rei da Noite. E vou ter que matar Viserion também. -Ela diz determinada.

—Eu sei disso, mas não vá agora. Não coloque seus filhos em risco. A noite chega mais cedo no inverno, você não vai conseguir ver nada direito. Por favor, Daenerys.

O pedido envolvendo os dragões parece surtir algum efeito. Daenerys se solta dos braços de Jon e caminha para longe dos dragões, sentando-se em uma pedra. Ele a segue, fazendo o mesmo.

—Eu nunca tive uma família de verdade antes dos meus dragões. Não conheci meus pais, Vyseris não era a melhor das pessoas do mundo e nós vivíamos saltando de casa em casa, fugindo, nos escondendo das sombras de homens pagos por Robert Baratheon para nos matar. Meu irmão me vendeu para Drogo, meu primeiro marido, e depois ameaçou matar a criança que eu carregava no ventre, e então Drogo o matou. Pouco tempo depois, meu marido foi ferido e nunca se recuperou. Ele já estava morto, mesmo que o seu coração continuasse batendo. Eu também perdi meu filho, Rhaego. - Jon pensou em como aquilo deve ter sido difícil, perder o irmão, o marido e o filho em intervalos tão pequenos. -Eu fiquei sozinha novamente, totalmente sozinha. E então meus filhos nasceram, os três. Drogon, Rhaegal e Viserion. E eu finalmente tinha uma família. Eramos a última Targaryen, e os últimos dragões. Eu já perdi Viserion uma vez, e agora vou ter que assistir um dos meus filhos matando o próprio irmão. Vou ter que perdê-lo novamente. E se eu perder mais um deles?

—Você não vai. - Jon disse colocando a mão na de Daenerys.

—Você não pode garantir isso, e você não entende o que é ficar sozinho no mundo, porque mesmo que você tenha recebido o tratamento de um bastardo, mesmo que o homem que você chamou de pai tenha mentido para você, você sempre teve irmãos, e um pai. Eu nunca tive ninguém que me amasse, que cuidasse de mim de verdade, como você teve. Eu não posso perdê-los.

—Você não vai perdê-los. -Jon disse apertando-a em seus braços. -Você entendeu? -Naquele momento ele percebeu que poderia morrer antes de deixá-la sofrer, que não poderia ser a causa de mais dor. 

—Majestade. -A voz de Sor Jorah chamou. Então ele tirou seus olhos de Daenerys e virou-se para encontrar Lorde Tyrion, Sor Jorah e Verme Cinzento esperando pela rainha.

…………...x………….

Jon deu ordens para que os homens fossem preparados para um primeiro ataque aos mortos o mais rápido possível, eles precisavam usar as vantagens do terreno nortenho contra os inimigos, o plano era interceptá-los no Rio Último, o que daria uma vantagem aos arqueiros, as flechas estavam sendo substituídas por pontas com vidro de dragão, e se conseguissem derrubar parte do exército dos mortos dessa forma, conseguiriam estabelecer uma vantagem. Tyrion notou que a notícia da conversão de Viserion representava uma derrubada no ânimo de todos, a descrença numa vitória crescia, mas, fez questão de lembrar aos presentes que eles ainda podiam contar com as forças Lannisters que estavam para chegar.

As lideranças que estavam reunidas foram se dispersando com o fim da reunião, até que ficaram apenas Dany, Jon, Tyrion, Varys e Davos. Tyrion percebeu o abismo que havia se instaurado entre Daenerys e Jon.

—Jon, precisamos de você aqui fora. - Arya disse retornando para o salão. Jon olhou para Daenerys antes de sair, sendo educado como sempre. Davos seguiu com ele e então a rainha se sentou, finalmente relaxando. Tyrion observou que ela parecia incapaz de respirar quando ele estava por perto.

—Precisamos conversar sobre Jon Snow - Varys disse encarando-a. -Majestade, precisamos saber o que acontece agora, como essa descoberta muda as coisas.

Daenerys olhou de Varys para Tyrion, quando a rainha contou aos dois homens sobre a verdadeira história de Jon, ele não disse nada. Estava muito ocupado pensando em como tudo aquilo afetaria o resultado final, todas as engrenagens de seu cérebro ocupadas demais para formar sentenças.

—Jon não quer o trono. - Tyrion disse. -Ele já deixou isso claro, nem quer que essa notícia se espalhe. O que, por enquanto, é uma boa coisa.

—Não muda o fato de que é uma ameaça. Quando vossa graça ainda estava do outro lado do mar e Robert sentava no trono de ferro, ele mandou matá-la quando soube de sua gravidez, Ned Stark estava lá e se opôs ferozmente, mas a decisão da maioria foi a favor de sua execução, mesmo que fosse uma decisão difícil.

—Suponho qual tenha sido a sua decisão Varys. - Daenerys disse encarando o eunuco.

—Vou repetir as palavras do Grande Meistre Pycelle “serve-se ao reino, e não ao governante”, devemos tomar decisões difíceis pela manutenção da paz.

—Mas já estamos em guerra. - Daenerys afirma.

—Só estou dizendo que existem outras formas de lidar com Jon Snow. Formas definitivas.

—Sugira isso novamente eu ordenarei que Drogon o queime vivo. - Daenerys afirmou. -Saia, imediatamente! Me deixe a sós com Lorde Tyrion.

Assim que o homem saiu Tyrion a encarou.

—Apesar de sua defesa a Jon, posso sentir que está preocupada.

—Não me preocupo com Jon querendo o trono, mas com a ideia de que as pessoas mais facilmente o seguiriam. Além disso, eu achei que era o meu direito, a última Targaryen, mas agora não sei mais qual o meu propósito, não tenho mais certeza.

—Isso não pode ser verdade. É a quebradora de correntes, a não queimada, a mãe dos dragões, quais os méritos de Jon Snow? Não me entenda mal, eu gosto dele, mas não o suficiente para achar que sua cruzada deve perder o sentido por Jon Snow.

—Eu não posso ter herdeiros. Jon pode. - A rainha pontuou. Havia um pouco de tristeza, mas havia também muita consciência em suas palavras. Tyrion quis pontuar o fato de que Jon não poderia ter filhos se estivesse com ela. Talvez a união dos dois não fosse assim tão ruim, um governo que se acabaria pacificamente, pelo fim da linhagem dos governantes, sem usurpadores.

—E você tinha razão quando disse que isso não importa agora, poderá escolher alguém no futuro. Podemos montar um modelo de reinado que seja diferente, mais participativo, no qual sangue não seja o único determinante do poder. - Tyrion lembrou da conversa que teve com Cersei quando conseguiu convencê-la a lutar na Grande Guerra, havia sempre outras opções. Sangue não deveria significar tanto, mas é difícil convencer um Targaryen disso “Sangue e Fogo” é o lema da casa afinal de contas. E agora havia dois Targaryens. Cersei já odiava Jon o suficiente apenas vendo-o como o bastardo de Ned Stark, se soubesse que Jon é um Targaryen ela teria ainda mais razões para odiá-lo.

—O que devo fazer então? -Ela pergunta. Parece realmente disposta a ouví-lo. Era algo que Tyrion admirava em Daenerys, ela entendia suas limitações temperamentais, entendia que, em alguns momentos, precisava que alguém apontasse seus possíveis rompantes. Se ao menos Cersei fosse assim...

—Volte para Pedra do Dragão e fique segura. Deixe que Jon lide com essa guerra. - Ele sugeriu, mesmo sabendo qual seria a resposta. Desde a morte de Viserion aquela guerra passou a ser tanto de Daenerys quanto é de Jon.

—Não posso fazer isso. - Daenerys confessa.

—Por que o ama? - Tyrion questiona parecendo preocupado.

—Porque eu fiz uma promessa.

—Parece que já passou tempo demais no Norte, a moral nortenha está afetando-a minha rainha.

—Em breve marcharemos em direção à muralha. Se dermos sorte, poderemos fazer a sua vontade, e sair daqui mais cedo.

—É algo que deseja majestade? Talvez haja muitas razões para ficar. - Tyrion disse encarando-a. Precisava ter uma conversa com Missandei, mas suspeitava que a informação que desejava não seria fácil de adquirir.

……………………………..x……………………

Quando a noite caiu Jon não conseguiu dormir, estava inquieto, mas não porque eles marchariam em direção aos mortos em breve, e sim por sentir-se culpado pelo modo como as coisas ficaram entre ele e Daenerys. Ele tomou uma grande taça de vinho e encontrou-se novamente em frente a porta da rainha, ainda mais nervoso do que a primeira vez que esteve nessa situação, no barco a caminho de Winterfell, na primeira noite em que se amaram. Assim que bateu na porta ela veio recebê-lo, estava usando um vestido branco de tecido fino, os cabelos soltos, sem as tranças, e mesmo que sua expressão de tristeza partisse o coração de Jon, ele não podia deixar de apreciar a beleza de Daenerys.

—Podemos conversar? - Perguntou. Daenerys assentiu, deixando que ele passasse. Jon entrou no quarto e ela fechou a porta atrás deles. - Daenerys… - Jon começou a dizer. O tom de sua voz era cheio de súplica.

—Jon, eu vou manter minha promessa, não se preocupe. -Jon não pode ignorar o fato de que ela não usou seu nome de nascimento. -Sua família, Winterfell, seu povo, eu vou lutar por eles, e por Viserion, você não precisa me dar explicações, eu entendo que você não queria mais ficar...

—Não. Você não entende. Eu não vim aqui para isso. Eu vim para pedir desculpas. - Ele diz se aproximando dela. Jon coloca uma de suas mãos no rosto de Daenerys, trazendo seu olhar ao encontro do dele. - Eu sinto muito por ter te deixado sozinha enquanto lidava com a minha confusão, eu nunca quis te fazer sofrer. Eu deveria ter pensado em como tudo isso te afetaria.

—Eu não posso fingir que entendo o que você estava passando. De qualquer forma, eu tomei uma decisão, eu quero que você seja nomeado como meu herdeiro, então você e seu filho, depois de mim, irão governar.

—Meu filho? - Ele perguntou encarando-a. -Você acha que eu quero estar com qualquer outra mulher além de você?

—É a única forma de garantir que os Targaryens continuem no poder.

—Que o nome acabe conosco então! - Jon disse irritado. -Daenerys, até te conhecer, eu sempre coloquei o dever à frente de tudo, mas eu não quero mais fazer isso, eu não posso mais fazer isso. E eu vou fazer o que for preciso para me redimir, você nunca mais terá que se questionar sobre mim, ou sobre o meu amor.

—Jon…

—Me deixe terminar, por favor. -Ele pediu. Jon não era bom com as palavras, sempre foi o tipo de pessoa que demonstra o que sente com ações, mas sabia que precisava dizer tudo aquilo naquele momento, precisa que ela entendesse como se sentia, que entendesse o quanto a amava. -Se for tarde demais, se você não puder me perdoar, eu vou entender e vou fazer de tudo para que você tenha tudo que merece, eu vou ser fiel ao meu juramento e te servir até o dia da minha morte.

Jon examinou a expressão de Daenerys esperando que ela dissesse algo, mas a rainha permaneceu calada, parecia processar. Mesmo em meio à tudo isso, sua expressão era de de bravura e Jon simplesmente amava o quão forte ela é.

—Você entende o que significa se ficarmos juntos? Somos os últimos Targaryens, você deveria estar com alguém com quem possa dar continuidade ao nome. -Ela pontuou.  

—Significa que eu estou com a mulher que eu amo. -Ele respondeu aproximando seus lábios do dela. -Você ainda me quer? Você pode me perdoar? -Pediu, a súplica evidente.

—Você ainda me quer? Da mesma forma? - Daenerys questionou.

—Eu queria dizer que não, seria mais fácil, mas eu não posso negar o que sinto toda vez que você chega perto de mim.

Daenerys não disse mais nada, em vez disso, ela colou seus lábios nos de Jon e eles não pararam nisso. Jon passou suas mãos pelos laços do vestido dela, ajudando-a a despir-se, cheia de urgência, ela também ajudou a tirar as vestes dele do caminho. Ele a jogou na cama e avançou em sua direção, as mãos correram pelas coxas de Daenerys enquanto suas bocas não pareciam dispostas a serem separadas. Jon sentiu falta dela, sentiu falta de cada centímetro do seu corpo, do cheiro, do modo como Daenerys ama. Ele beijou seus seios, descendo pela barriga até beijar o meio de suas pernas, fazendo-a gemer. Jon moveu sua língua dentro dela, do jeito que sabia que Daenerys gostava. Fazendo chamar seu nome enquanto seus dedos firmemente acariciavam os cachos dele.

—Jon… - Daenerys suplicou. Ele sabia o que ela queria, ele também ansiava por estar dentro dela, então subiu ajustando-se, encarando os olhos violetas da amada. Ele gostava de fazer isso encarando-a, vendo o prazer preencher sua expressão, à medida em que ele a preenchia, vendo o fogo em seus olhos. A primeira investida foi firme, sem prenúncio, e fez com que Daenerys soltasse um forte gemido. Ele continuou se movimentando, gemendo com ela, sentindo cada parte do seu corpo responder ao dela. Ele a girou rapidamente, invertendo suas posições, permitindo que Daenerys cavalgasse, as mãos no quadril da rainha reforçaram o contato, permitiam que ele fosse mais fundo.

Tempos depois, quando estavam ambos deitados, abraçados na cama. Daenerys levantou sua cabeça para encarar os olhos de Jon.

—Nunca mais faça isso comigo. Nunca mais me deixe sozinha. -Jon entendeu que não era um pedido, era uma ordem. E uma ordem que ele não teria dificuldade alguma em seguir, não pretendia deixá-la, não voluntariamente.

—Eu não vou, prometo. - Jon respondeu colocando um beijo nos lábios dela. Ele sabia que as coisas não seriam fáceis dali em diante, sabia que a luta estava mais próxima do que o esperado e que além dos mortos, eles também teriam que lidar com os vivos, mas não queria pensar naquilo no momento.

Fortes batidas na porta de Daenerys fizeram com que Jon se colocasse de pé, ele vestiu sua túnica e caminhou até a porta, sem mesmo se preocupar com quem poderia ser ou com a impressão causada, o pequeno círculo de conselheiros de ambos já estava mais do que ciente sobre sua relação, mesmo que as palavras não fossem ditas. Quando abriu a porta, encontrou Tyrion Lannister parecendo desgostoso da cena.

—O que houve? - Jon perguntou ignorando a expressão da Mão de sua rainha.

—Meu irmão, Jaime, ele acaba de chegar, e não traz boas notícias.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Beijos!
Lá para sexta tem mais.



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