A Pena da Cura escrita por ShiroiChou


Capítulo 29
Capítulo 29 - Pensando fora da caixa.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Lucy estava sentada no chão olhando as imagens do óculos com toda a atenção do mundo. O desafio parecia bem simples. Ela tinha que resolver problemas de lógica e dizer em voz alta a alternativa correta.

Estava tudo indo bem até a quinta questão. Depois os testes foram reformulados de uma forma que se tornava impossível saber o que estava escrito. As palavras embaralharam, frases inteiras substituídas por símbolos aleatórios e, para piorar, as alternativas ficavam se mexendo, cada uma para um lado diferente.

Sem muita alternativa, a loira fechou seus olhos e esvaziou a mente. Começou a imaginar coisas aleatórias, por exemplo cachorrinhos fofinhos, e só depois de um tempo abriu seus olhos.

O que viu não a surpreendeu, estava tudo completamente igual, mas dessa vez algo chamou sua atenção.

No canto da imagem estava escrito “ABCDF” e, assim que ela leu as letras em voz alta, tudo se apagou e a barreira sumiu.

— Teste dois concluído.

— Então tá, né... — se virou, encontrando certo loiro sentado e tacando uma bolinha na parede. — É... Laxus?

— Hum? — virou a cabeça. — Que foi? Pelo menos me distrai — deu de ombros.

— ... Vamos logo para a próxima sala, antes que eu fique maluca.

— Mais ainda? — riu zombateiro.

— Muito engraçado — o fuzilou com o olhar.

Seguiram pela nova abertura na parede, mas dessa vez ao invés de uma sala tinha uma escada descendo. Sem alternativa, os dois desceram lentamente, sempre analisando ao redor.

O lugar onde agora estavam era enorme. Tinha uma mesa de jantar gigantesca com muitas cadeiras, e só. A mesa e as cadeiras eram as únicas coisas que tinha lá.

— Será que devemos nos sentar? — Lucy perguntou para o nada.

— ...

— O que fazemos agor... — foi interrompida por um estrondo.

Do chão subiram vários patinhos de borracha, aparentemente inofensivos. De repente eles soltaram um grito estridente que fez os dois loiros tamparem os ouvidos.

Os patinhos se afastaram formando um círculo, por onde subiu um pato enorme, quase da altura da sala.

— Só pode ser pegadinha... Um pato? — Laxus olhava aquilo sem saber o que fazer.

— Pelo menos é fofinho — Lucy sorriu.

— Aquilo não me parece nada fofo — apontou.

O pato pareceu mudar de forma. Seus pelos ficaram vermelhos e dentes afiados apareceram em suas boca, além de agora ele ter um olhar maligno.

— Por que eu fui abrir a boca? — a loira lamentou.

— Bem, acho que vamos ter que derrotar ele — estralou os dedos, partindo para cima do pato.

Laxus desviava com maestria dos ataques enquanto lançava raios no pato, sem sucesso. Lucy pegou seu chicote e atacou os patinhos menores que começaram a pular de um lado para o outro, a deixando confusa.

Em certo momento, Laxus foi cercado pelos menores que pararam de pular, dando a chance do maior atacar, e foi isso que ele fez.

O pato bateu a asas e correu na direção da loira, que estava distraída, e a atacou com seu bico. O impacto foi tão grande que a loira bateu na parede, derrubando seu chicote no processo.

— LUCY — Laxus ficou possesso e envolveu seu corpo de raios.

Rapidamente se livrou daqueles pestinhas, os lançando para longe, e partiu para cima da criatura vermelha.

— Você vai se arrepende do que fez — o olhou com raiva. — Rugido do Dragão do Raio — atacou.

O ataque foi certeiro, mas ao invés de causar danos ele apenas deixou o pato nervoso. Ele se virou com a boca aberta e correu na direção do loiro, com a intenção de o morder.

— Punho Demolidor do Dragão do Raio — atacou novamente, depois de desviar da mordida.

Os raios formaram um punho, acertando em cheio nas costas da criatura, fazendo com que caísse de barriga para o chão. Logo tentou se levantar, mas foi impedido pelo chão que se abriu em um buraco, onde foi soterrado pela terra (ava) que caiu em cima de si.

— Teste três concluído. Simulação de batalha cancelado. Porta liberada.

— Bom trabalho, Virgo — Lucy sorriu, se sentando.

— Punição, Hime?

— Não, Virgo. Pode ir agora, obrigada pela ajuda — agradeceu, vendo o espírito sumir.

— Gnoma — Laxus correu até ela. — Você está bem? Como se sente?

— Dolorida, mas vou sobreviver — sorriu. — Será que ele vai sair dali?

— Não sei... E também não estou muito a fim de descobrir isso agora — a pegou no colo.

— LAXUS — ficou vermelha. — Eu ainda consigo andar.

— Problema seu — riu. — Eu vou te carregar e nada vai me impedir.

— ... Ei... E a parte do cajado?

— Bem... Eu acho que aqui não tem nada, exatamente como diz dentro da caixa que a Dona Tamandra nos deu...

— Então... Se dentro da caixa não tem nada... O que tem por fora?

— Gnoma... ISSO! Temos que pensar fora da caixa, literalmente.

— ... Faz sentido — sorriu. — Anda logo, vamos lá pra fora antes que esse troço ative de novo.

— Certo, certo... — acelerou os passos.

Laxus saiu, carregando a loira, até o lado de fora, onde a colocou no chão. Ambos ficaram felizes por verem a luz do sol novamente.

Lucy pegou a caixinha de novo e voltou a analisar suas laterais, e percebeu que se colocasse o lado direito dela contra o sol, aparecia escrito “Behind You” (atrás de você).

— Laxus, olha! — apontou feliz para a caixa.

— Deve estar escondido na parede da cratera, tipo... Ali — apontou para uma parte que estava meio deslocada.

— Só pode ser ali!

Os dois se aproximaram e viram que tinha realmente uma pedra deslocada. O loiro logo puxou para o lado, revelando o que tanto queriam: a sexta parte do cajado, enrolada em um pano.

Dessa vez a parte era diferente das outras. O que viram ao abrir o pano foi metade de um círculo de ouro, com dez centímetros, e do outro lado tinha uma pedra esverdeada, uma esmeralda.

— Conseguimos, só falta uma! — Lucy pulou feliz, abraçando o loiro.

— Sim... Só mais uma — sorriu para a loira, retribuindo o abraço. — Vamos voltar para a pousada.

Os dois voltaram a subir as escadas, mas assim que chegaram lá no topo, caíram de joelhos.

— O que... — Laxus não entendia o que estava acontecendo.

— Bem, isso é normal para uma pessoa que passa três dias sem dormir ou comer — Tamandra apareceu.

— Três dias? Estamos aqui faz alguma horas — tentou se levantar.

— Esse lugar é rodeado por magia de ilusão e sustentação. Ilude a pessoa para que perca a noção de tempo através de desafios, e a sustenta com magia, assim ela não sente fome, sede ou cansaço... Bom, pelos menos não até a pessoa sair da cratera.

— Faz sentido... Mas o que esse desafio teve a ver com coragem? — Lucy perguntou quase sem forças.

— Vocês foram corajosos de entrar na cratera, ninguém da região tem coragem de chegar a menor de dez metros daqui. Eu só não esperava que fossem entrar na caixa...

— Demoramos para entender a dica — Laxus admitiu.

— Eu sei, essa era a intenção. Agora descansem meus jovens, eu cuido do resto — se aproximou dos dois que agora estavam dormindo.

Tamandra colocou suas mãos juntas e ativou sua magia, levando os dois de volta para pousada. Assim, permitindo que eles finalmente descansassem.


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Notas finais do capítulo

Até o/



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