DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 8
Sigilo absoluto


Notas iniciais do capítulo

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Diana está sentada em uma cadeira junto a outros representantes de Atlântida e de Themyscira quando Arthur Curry se apresenta cheio de pose, com seu tridente na mão e vestindo uma roupa metálica verde musgo e laranja misturado a dourado. Ao lado de Diana está sua mãe, Hipólita, além de outra amazonas, algumas sentadas e outra de pé armadas com lanças e escudos.
— Gostaria de começar nossa reunião avisando às nossas convidadas amazonas de que nossos contatos políticos da superfície anunciaram que dentro de uma semana teremos um encontro com representantes de associações públicas e privadas, além de autoridades estatais para comemorar um mês desde a assinatura do decreto que oficializa o Superman como soldado do governo americano, além de ser um tipo de evento beneficiente que atenderá todos os tipos de necessidades - Os indivíduos sentados discutem a notícia enquanto Arthur aguarda para prosseguir - Esta será a oportunidade de conseguirmos a devida atenção que nossos reinos precisam, e por esta razão, nosso amigo Alexander Luthor pediu que Diana e eu fôssemos representar novamente nossas famílias e reinos no evento - Diana rica surpresa com a declaração, mas logo se levanta erguendo a espada da bainha.
— Minhas irmãs podem contar com a minha presença - Diana guarda a espada antes de prosseguir - Gostaria de acrescentar que foi muito bom ver que não precisamos usar força contra nossos novos aliados e que a cada dia nossas relações se estreitam um pouco mais. Espero que possamos continuar assim para sempre - Hipólita sorri cheia de orgulho antes de aplaudir a filha, seguida das demais Amazonas e dos Atlantes. Quando a reunião termina e Prince termina de trocar sua armadura por um vestido lilás e uma tiara branca, Arthur se aproxima da jovem também trocado, vestindo uma camisa branca e uma calça marrom.
— Se importa prima?
— Curry? Nunca imaginei você se vestindo de um jeito tão humano - Confessou a princesa abrindo um sorriso de diversão.
— Todos temos de mudar algum dia - Afirma o rei encarando seu tridente.
— Sem querer ser estraga prazeres mas as pessoas não estão acostumadas a ver um tridente, então acho melhor deixá-lo aqui.
— Não se preocupe - Arthur controla uma onda de água, que recebe o tridente e o leva para longe - Não sou o selvagem que pensa, Diana.
— Assim espero. Pelo bem de seu povo e da relação diplomática que estamos construindo com os humanos.
— Se importaria se eu a acompanhasse até algum lugar onde pudéssemos ficar a sós?
— Eu conheço um lugar - Não demora para os dois estarem sentados em um restaurante cheios de metaleiros com design à moda antiga, cheio de quadros de astros do rock e com banda tocando ao vivo.
— Espero que Mera não se importe com um mero encontro entre primos - Observou Diana dando uma breve olhada no cardápio.
— E amigos - Completa Arthur confuso com seu cardápio - Espero mudar de verdade seu jeito de me ver.
— Eu não penso nada errado sobre você, Arthur, apenas não consigo me acostumar com a cultura Atlante.
— E nem com a cultura Amazona.
— Também.
— No entanto em menos de cem anos se apegou à cultura humana de uma maneira incomparável - Comparou o rei de forma crítica.
— Acho que me afastei demais das minhas raízes, mas aos poucos estou recuperando meu lado Amazona - Esclareceu Diana chamando o garçom com um aceno de mão.
— Não está nem nunca conseguirá, minha cara. Esse mundo já se tornou parte de você.
— Isso é verdade, mas não exagere, eu ainda sou Amazona e filha da rainha Amazona - Afirmou Prince indignada com o comentário de seu primo.
— Se for então diga para mim, se as Amazonas resolvessem atacar os humanos por algo que eles fizeram contra elas, você deixaria de defender os humanos? - Diana não responde, apenas reflete em cima da questão até o garçom finalmente aparecer.
— O que vão querer?
— Eu quero um hambúrguer duplo com bastante cheddar e cebola e uma batida de abacaxi - Pede a princesa soltando seu cardápio sobre a mesa.
— Cheddar e batida - Ele se vira para Arthur, que ainda olhava o cardápio confuso - Se o senhor estiver em dúvida quanto ao que vai querer, posso sugerir o prato do dia. Tritão do Mar com algas - Diana engole em seco.
— Como é? - A princesa se levanta para conter o primo na cadeira e empurrar o garçom para longe.
— Me traga duas porções de batata frita e outro lanche igual ao meu pedido - O garçom se afasta perplexo enquanto Diana torna a se sentar depois que Curry se acalma - Não precisava disso, ele só falou o nome do prato.
— É automático.
— Que seja - Arthur ri se divertindo com a situação antes de fechar o folheto e deixá-lo em cima da mesa.
— Posso fazer uma pergunta que não tive a oportunidade de fazer antes?
— Se não tiver nada a ver com relacionamentos, fique à vontade.
— Apesar de estar tão ligada aos humanos, você não parou para salvar Metrópolis quando a nave alienígena apareceu, por quê? - Diana encara o primo por algum tempo, pensando nos detalhes de sua resposta.
— Eu estava longe da humanidade. Apesar de tudo, fiquei apenas olhando enquanto guerras eram travadas e inocentes morriam. Não queria interferir em tudo que fazem quanto menos influenciar suas decisões, afinal não parecia necessário. Quando a nave apareceu eu realmente me preparei para ajudar, mas desisti no momento que soube de um homem de capa e símbolo flamejante que ajudou os soldados americanos no ataque alienígena á uma cidadezinha do Texas. Achei que ele fosse nosso salvador, me isentando parcialmente dessa responsabilidade, então decidi ir trabalhar normalmente, até voltar pra casa naquele mesmo dia e descobrir que Metrópolis havia sido destruída pelos kriptonianos. Naquele dia tomei a decisão de que não apoiaria o alienígena e não permitiria que nada parecido acontecesse outra vez se eu pudesse impedir - Em Metrópolis, Clark mantém seus pensamentos continuamente no que tinha descoberto na noite anterior. Por mais que achasse aquilo sem importância, era impossível negar sua relevância. Ele viu quem é o Batman, agora uma porção de perguntas ganhavam respostas, inclusive o fato de Wayne ter defendido com unhas e dentes a posição do morcego durante a entrevista.
— Eu devia contar a alguém, mas ele deve ter seus motivos, da mesma maneira que eu tenho os meus e - Inconformado, Clark se levanta da cama e telefona para Lois, sendo que a ligação cai na caixa postal, então ele resolve ir à fazenda dos Kent, em Smallville. Ao chegar, sua mãe está preparando um delicioso jantar, cujo cheiro Clark vinha sentindo quando estava dá dois quilômetros dali.
— Mãe? - Pergunta Kent abrindo a porta devagar enquanto Martha se vira para abraçá-lo.
— Quanto tempo Clark, achei que tinha se esquecido que eu existia - Os dois se abraçam calorosamente antes do Superman observar a mesa.
— Quem vem jantar?
— Na verdade quem vem jantar virá só amanhã. Os vizinhos da fazenda McGoile. Nos aproximamos bastante desde sua última visita.
— Nunca imaginei que eu deixasse alguém intimidado - Afirmou Clark engolindo a saliva cheio de preocupação.
— Não necessariamente intimidado, mas encabulado. Você se importa tanto com todos, com todo seu empenho, até foi capaz de se registrar no governo para ajudar as pessoas - Uma lágrima corre pelo rosto de Martha - Eu e seu pai não poderíamos ter mais orgulho.
— Não sei mais o que fazer, mamãe - Clark se deita no colo de Martha, que o recebe cheia de carinho.
— Ah Clark, já pensou na possibilidade de não precisar fazer nada a respeito de algumas coisas? Não somos deuses para responder todas as perguntas e resolver todos os problemas, nem mesmo você. Faça apenas o que acredita que deva fazer nada além disso. Caso contrário não será sua vontade, será apenas um fantasma vivendo no seu lugar.
— O que a senhora faz com algo que preferiria nunca ter descoberto? - Questionou Kent tentando se livrar do peso na consciência.
— Eu guardaria para mim, sofreria se necessário com isso, até que passasse. O tempo cura qualquer ferida meu filho, e quando não suportamos fardos sozinhos é porque ou não temos confiança o bastante nos outros ou está em falta sobre nós mesmos - Os dois se entreolham por um longo instante, então Clark some da sala por um momento e retorna depois de se trocar, colocando algumas roupas suas ainda guardadas pela mãe - O que é isso?
— Vou jantar com a minha mãe - Os dois sorriem carinhosamente um para o outro enquanto a noite se aproxima. Na batcaverna, Bruce observa fotos e vídeos do Superman em ação ao passo que toma um gole de café.
— Devo supor que o senhor decidiu descansar essa noite visando se preparar para outras reuniões frustrantes com seus acionistas? - Perguntou Alfred sentando-se ao lado do bilionário tentando conter seu tédio.
— Na verdade não - Revelou Wayne tirando da tela as imagens que observa para mostrar dados em uma planilha - Dinheiro que máfias com esquemas internacionais lucraram em Gotham nos últimos doze meses e contas fantasmas criadas na Instituição Wayne e Luthor para causas sociais.
— Parece que o senhor encontrou a bola da vez e Alexander Luthor está envolvido nessa.
— Na verdade é outra rota furada. Nada do que encontrei na mansão de Lex ou em minhas investigações pelas agências criminosas de Gotham revelou algo que o comprometa. A única coisa que me incomoda nessa história é o fato dele estar estudando essa engenharia alienígena há tanto tempo. De qualquer maneira, vou atrás de um sujeito chamado Morrison, ele parece saber de algo sobre essas ligações criminosas.
— Ele não é o contador de uma subsidiária da Wayne Enterprises? - Indagou Pennyworth espantado com a possibilidade.
— O próprio. Por isso quero cuidar desse caso de um jeito mais suave - Esclareceu Bruce vestindo seu capuz antes de dirigir-se ao batmóvel.
— E como pretende fazê-lo, patrão?
— Não vou ameaçá-lo - Bruce prende seu cinto de utilidades e finalmente entra no carro quando Alfred toma a frente do computador - Não muito - Morrison Brent olha para o céu chuvoso daquele noite ofegante, suas roupas preenchidas com suor e seus batimentos tão acelerados que ele mal podia respirar. Ele respira fundo diversas vezes para aliviar a tensão, o que não funciona muito, até que decide ligar para seu contato especial.
— Ele veio aqui - O jovem se senta quando tem um sobressalto devido a um raio que lampeja do lado de fora, mas logo se recompõe e escuta o que a pessoa tem a dizer.
— Como quem? O Batman, é óbvio. Olha, eu não sou o primeiro nem o último que esse cretino está indo atrás. São todas pessoas envolvidas no esquema, ele está muito afim de saber quem somos e a razão de estarmos fora da folha de pagamentos. Tem mais, ele disse que quem o enviou e descobriu tudo foi Bruce Wayne. Me escutou? Espero que faça algo a respeito - O contador vai até o banheiro e toma alguns calmantes antes de retornar à sala e observar a chuva.
— Se isso tirá-lo do nosso caminho, principalmente do meu...covarde? Vai se ferrar, por favor - Exclamou Morrison antes de desligar a chamada após perder a pouca paciência que lhe resta. A chuva segue firme do lado de fora por mais alguns minutos, até não restar nada além do clima frio e úmido típico de fim de tarde, o calor do asfalto sentido ao caminhar pelas ruas e as pessoas ressurgindo para sair aqui e ali, embora já tivesse anoitecido há bastante tempo. No primeiro distrito do Departamento de polícia de Gotham, James Gordon está sonolento enquanto observa o retrato de sua ex-mulher e filhos, um que fora embora com a mãe ainda pequeno e a outra, que havia se ausentado por conta da faculdade. Ele dá uma olhada sem muito interesse na papelada jogada sobre sua mesa, então se levanta, toma seu copo de café e sai de sua sala, se dirigindo com o mesmo até o centro da força-tarefa, onde um policial brinca com os cartuchos de sua pistola.
— Se eu fosse você, garoto, evitaria fazer isso. Esse tipo de arma costuma brincar com você na hora "H". Não abuse - No mesmo instante, o policial soltou sua pistola e guardou os cartuchos no cinto.
— Comissário, veio buscar alguma coisa? - Perguntou um oficial intrigado.
— Na verdade, apenas um pouco de café. Infelizmente, o meu já esfriou - Explicou-se Gordon fingindo simpatia na conversa de forma que evidenciasse que não queria continuar ali.
— Tem algo acontecendo no subúrbio - Avisou o oficial ajustando seu chapéu - Dizem que o Batman foi visto por ali há alguns minutos. Quero metade do esquadrão averiguando essa informação.
— O senhor presume nesse caso que metade de nós vai parar aquele cara? - Questionou Jim segurando o riso antes de se dirigir novamente para sua sala quando um telefone toca. O oficial corre para atender o telefonema e, logo após ouvir a chamada e desligá-la, se vira para os companheiros pasmo. Ele procura por algo que não está mais no recinto, então vai até a sala de Gordon, batendo de leve antes de abrir a porta cheio de desespero.
— Jim, preciso de você.
— Como assim? Sou só um velho míope que você nunca botou fé - O oficial engole em seco e se aproxima cauteloso do colega.
— Olha, sei que temos nossas diferenças, mas você sabe lidar com isso melhor que qualquer um. Faz tempo que isso não acontece.
— Quem era no telefone?
— Era do Asilo Arkham. Uma rebelião acabou de começar.


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Notas finais do capítulo

Jim sentiu em seu trabalho a ausência do Homem-Morcego, e seu retorno pode significar uma retomada para o comissário, o que virá a seguir?



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