DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 9
No meio do fogo cruzado


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês! Espero que gostem!!!



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Batman observa um conjunto de suspeitos entrando em uma cúpula velha. A construção fora usada em outros tempos para eventos, como torneios de luta e shows, mas agora não passa de um prédio velho e aos pedaços onde muitas pessoas se encontram.
— Patrão Wayne, queria aquela informação? - Indagou Alfred apertando um botão em um compartimento da caverna.
— Quero sim, Alfred. Tem um sujeito próximo ao Danny chamado Doug, preciso saber se esse sujeito é quem estou pensando.
— Não há nenhum Doug na lista que o senhor deixou disponível, a menos que esteja no banco de dados dos - Alfred sorri impressionado - Doug é o apelido de um contrabandista tecnológico. Está envolvido em alguns atentados sérios dos últimos tempos. Costuma ser chamado de Homem-Brinquedo por conta de ser um gênio, não fosse sua mentalidade engenhosa e peculiar em criar absurdos, o que explica a natureza de seus atentados. Ele é fascinado por brinquedos.
— Isso explica porque ele entrou com uma maleta cheia de brinquedos, mas não explica o que ele faz nesse lugar - Conclui Batman deslizando por um telhado antes de fazer algumas manobras e alcançar o topo da cúpula, onde avista pessoas que o tiram do sério - Eles estão aqui.
— Quem?
— Os maiores criminosos de Gotham. Cobblepot, Máscara Negra, alguns chefes do tráfico de menor calibre e criminosos de fora. Tem gente aqui que eu nunca vi, embora reconheça um rosto.
— O que acha que estão fazendo, patrão?
— Eu segui esse bando até aqui porque sabia que seus esquemas envolviam a mesma sujeira que Luthor está envolvido, mas como esses caras estão aqui preciso ver mais de perto. Quero saber se sentiram saudades.
— Patrão Wayne, não acho que seja uma boa ideia. Tudo está muito fácil, não acha?
— É esse o problema, Alfred. Um problema que eu pretendo resolver - No interior da cúpula, os chefões gritam uns com os outros enquanto alguns homens corpulentos entram na sala e se juntam ao grupo.
— São esses caras que estão chamando de Mutantes? - Pergunta Máscara Negra olhando para os sujeitos de cima a baixo - Achei que fossem maiores.
— Pois pra mim estão de bom tamanho - Opinou o Pinguim acendendo um charuto.
— O que não está de bom tamanho para você, Cobblepot?
— Como é? - Máscara Negra pigarreia antes de mudar de assunto, vendo que o parceiro já havia segurado o guarda-chuva com mais ímpeto.
— O cara que organizou isso não tem muita consideração por nós, afinal ele teria ao menos chegado atrasado.
— Evidentemente é uma estratégia do jogo perigoso dele - Afirma Oswald dando um trago em seu charuto.
— E nós somos o que? Eu sou grato por esses grandões, mas se vou fazer negócios quero reuniões sérias e compromissadas.
— Bom saber disso - Afirma o Batman surgindo de uma sombra atrás do mafioso.
— Que merda. Vamos embora - Todos começam a correr quando os Mutantes, homens altos com músculos sarados, veias saltando do esqueleto e traços distorcidos nas faces tomam a frente do lugar para cobrir a fuga dos patrões, então Batman percebe que está cercado, não por dez ou vinte, mas sessenta desses homens. À medida que entravam, a raiva e receio do morcego aumentam, até que seu líder, aquele com o rosto mais distorcido e mais músculos que os demais, se aproxima do vigilante e ri em tom de deboche.
— Ainda está vivo, Batman? Achei que tivesse morrido da primeira vez que acabamos com você.
— Eu quero respostas - Afirma o morcego fechando os punhos - E eu terei.
— Você não está em posição de exigir nada, velhote. Você é só um cara fantasiado, seu tempo já passou. Somos jovens, temos habilidades e estamos em maior número e, embora eu queira que isso seja rápido, você já causou sofrimento demais à minha vida, então vou pedir aos meus irmãos que não se envolvam - Os dois se analisam, os punhos estralam, então um salta na direção do outro apenas para ter uma noção maior do local, então o combate se inicia, com Batman tendo em mente a captura ao menos do Homem-Brinquedo assim que acabasse com o jovem líder Mutante. Sem que esperasse, o monstro pula em sua direção com uma velocidade sobrehumana, deixando o homem-morcego quase indefeso perante seus ataques. Ele desvia de alguns e bloqueia outros antes de acertar golpes fatais no adversário, que se enfurece e joga seu peso em cima do vigilante, que se vê esmagado pouco antes de começar a ser espancado pelo Mutante, sentindo seus ossos doendo e músculos latejando conforme os golpes eram distribuídos por sua face. Em um último esforço, Batman empurra o Mutante e começa a chutar sua barriga impiedosamente até escutar os ossos se partindo. O monstro tenta não gritar, mas não resiste e berra de modo agonizante antes de seu oponente passar a se focar na luta, observando cada movimento antes de atacar. Batman rola no chão para trás do adversário quando repara que um olho é diferente do outro, mais precisamente, um olho era cego. Sendo assim, Batman pula nas costas do Mutante e perfura seu olho bom com um batarangue, o deixa cair desesperado no chão e encara os parceiros do monstro.
— Seu desgraçado, você me deixou cego - Vociferou a criatura pegando um par de facas escondidas atrás de uma mesa antes de correr atrás do Batman. Os dois se jogam um no outro até caírem em cima do palco central da cúpula, onde o Mutante, gira as lâminas sem alvo específico em quantas direções pudesse, enquanto o Batman simplesmente se afasta o suficiente para ganhar impulso, lançar um gancho em um cano e se lançar no oponente, metendo um potente chute em sua cabeça, fazendo com que caísse inconsciente no chão.
— Próximo? - Desafia o Batman pisando no líder dos Mutantes, mas recua ao reparar que todos os Mutantes partem para o ataque ao invés de fugir. Ele tenta lançar seu gancho pela abertura que usara para entrar, mas um Mutante pula na frente e é atingido pela ponta da âncora. A seguir, três Mutantes se jogam no Batman e o derrubam, deixando o vigilante imobilizado antes de quatro se aproximarem para chutá-lo e pisoteá-lo sem clemência. Uma torrente de sangue escapa das narinas do bilionário, que se vê sem chances de escapatória, até ouvir um forte estrondo. Ele sente suas costelas esmagadas, então se desvencilha dos Mutantes distraídos, acertando cada um em um ponto letal antes de se rastejar para baixo do mesmo palco.
— O que está vindo? - O batmóvel entra sem jeito na cúpula e disparos são efetuados, a maioria acertando pilastras e objetos decorativos somado ao barulho ensurdecedor das metralhadoras, espantava todos os Mutantes de uma única vez, que sequer lembravam de ajudar o companheiro caído no chão. Alguns eram pisoteados no meio da fuga, gemendo e se contorcendo com o pânico generalizado. Batman se arrasta na tentativa de se levantar quando avista algo descendo do veículo. Ele vê cores que o espantam e o assombram há anos, além de um rosto deveras familiar, seguido por um turbilhão de emoções que o preenchem por completo. Bruce se levanta mesmo com todas as dores que sente e tenta em vão se livrar da tontura para ver mais claramente o rosto de seu salvador, mas não podia negar, era Jason se aproximando. Jason estava vivo e com seu uniforme, embora estivesse mais claro e claramente remendado, o que o faz sorrir debochando do garoto. Superman sobrevoa a cidade à procura dos criminosos fugitivos, então avista um homem fugindo com uma mala cheia de brinquedos. Ele ignora o homem e vai atrás de criaturas quase humanas que fugiam de uma cúpula no subúrbio. Ao ver que um veículo fugia do local, Superman usa sua visão para ver quem estava no carro. Não esperava menos, era o Batman, com uma garota que ele não conhecia. Ele inspira inconformado e voa em direção ao batmóvel quando uma dor atinge seu peito, passando por todos os seus ossos até chegar nos músculos. Clark cai no chão e se levanta atortoado, cercado por meia dúzia de Mutantes. Eles atacam em conjunto, acertando alguns golpes no herói, até que ele sente a dor passar e revida os movimentos, deixando todos conscientes em questão de segundos.
— O que está havendo? - Pergunta o Homem de aço a si mesmo antes de ir atrás dos demais Mutantes. O dia amanhece e Superman está na frente de dez representantes de estado e do prefeito de Gotham, que o encara apavorado antes de desviar sua atenção para seu livro.
— O que aconteceu hoje? - Perguntou um dos representantes indignado - Porque não vimos nenhum peixe grande preso? Porque não conteve a rebelião do Arkham? - Superman respira fundo e pensa cuidadosamente em sua resposta.
— Eu cuidei da rebelião, mas as coisas já estavam sob controle quando cheguei.
— Sob controle? - Revidou o prefeito de Gotham - Trinta presos fugiram do Arkham, como pode chamar isso de controle?
— Sinto muito senhor, se permitirem, posso patrulhar Gotham City até encontrar os fugitivos - Sugere o kriptoniano mantendo a calma.
— Até poderia - Observa um senador que se ausentou da bancada para observar a discussão - No entanto, temos coisas mais urgentes para cuidar. Há anos não há fuga alguma do Arkham, e justo agora quando foi comprovado o retorno do Batman ocorre uma coisa dessa escala. Sugiro aos meus colegas que enviem nosso amigo filantropo para Gotham, mas para por um fim às atividades do morcego - Os políticos presentes discutem a possibilidade enquanto Superman sorri aliviado. Sua intenção em momento algum era ir atrás dos criminosos da cúpula e sim confrontar o vigilante.
— O Batman vem ajudando mais do que atrapalhando - Afirma o prefeito de Gotham indignado com a discussão - Temos problemas mais sérios em Gotham, como esses índices de criminalidade. Não há porque nos preocuparmos com ele, pelo menos nesse momento.
— Com todo o respeito - Interpõe Superman se aproximando da bancada - Se querem que a lei tenha algum valor, ela não deve ser aplicada a todos, sem qualquer tipo de restrição? Não foi por isso que me subjuguei a vocês? - Uma nova discussão tem início, enquanto alguns dos presentes simplesmente ficam boquiabertos com a postura do alienígena perante a situação.
— Acho que não precisamos nos prolongar - Afirma uma representante de estado tomando a frente do palanque - Podemos tomar nossa decisão de uma vez e esperar que o mais justo saia daqui - Superman se concentra em uma alcateia, então desvia sua atenção para uma manada de elefantes, um hospital onde uma mãe dá a luz um primogênito e, por fim, o espaço. O vácuo infinito e repleto de coisas que o ser humano desconhece, mas que há algum tempo atiça a curiosidade do kriptoniano. Tudo isso ele faz para não escutar a conversa ao seu redor, até que escuta um martelo batendo na mesa.
— Este conselho tomou uma decisão - Na batcaverna, Bruce grita em meio a uma sutura realizada em suas costas, até que desperta em um mundo pós-apocalíptico. Vagando pela noite escura, onde a lua brilha vermelho e corpos substituíam as montanhas de terra e rocha, Wayne observa uma cripta com seu nome, antes de avistar Jason Todd, que corre assustado para longe do morcego.
— Assassino - Gritam os corpos - Você trouxe a guerra até nós - Os corpos tentam puxar Bruce para dentro da montanha, rasgando suas vestes, mas ele resiste e se segura em uma pedra que está a seu alcance. Os corpos e ossos continuam puxando seu corpo, até ele sentir sua pele sendo rasgada e separada do corpo, revelando seu traje de morcego revestindo o esqueleto e musculatura. Ele sente que os corpos o soltam, então ele cai derrotado no chão antes de um estampido semelhante de aproximação, seguido de passos rápidos e decididos em sua direção. Bruce tenta se levantar, mas a dor devido ao rasgo de sua pele o deixa imóvel, até ele avistar um símbolo vermelho e cinza se aproximar. Aos poucos a pessoa toma forma, pisa em seus dedos, quebrando-os sem misericórdia, antes dos olhos brilhantes e vermelhos tomarem forma e queimarem o que restou de seu corpo sem compaixão. Bruce escuta uma risada próxima, o que o perturba ainda mais, antes de finalmente despertar na caverna.
— Bom dia - Cumprimenta o velho mordomo secando as mãos enrugadas.
— O que aconteceu? Eu...podia jurar que Jason me salvou.
— Eu sei, o senhor disse isso umas vinte vezes entre seus desmaios e delírios aleatórios - Bruce se levanta quando percebe que há uma garota sentada no fundo do andar.
— Quem é aquela?
— Ela é o Jason, mas vestido de mulher - Bruce se mantém sério, o que deixa Alfred sem jeito - Só queria aliviar a tensão. O senhor ficou em péssimo estado durante duas noites.
— Não foi normal. Isso nunca aconteceu desse jeito.
— É o que acontece quando se joga em uma armadilha - Observa Pennyworth colocando uma tigela de flocos e granola com suco para Wayne, que come uma colherada antes de se levantar da cama sem titubear - Acho que o senhor devia tomar cuidado, ainda não se recuperou.
— Eu estou bem, só preciso ter certeza.
— Certeza de que, patrão? - Bruce olha para uma série de raios-x jogados sobre uma mesa.
— Eu não quebrei nenhum dedo.
— Eu saberia se tivesse quebrado, embora o senhor tenha me empurrado e socado algumas vezes.
— Então o que é isso? - Alfred olha para a mão de Bruce, que está quente e com os dedos tortos.
— O que diabos foi isso? - Pergunta Pennyworth colocando os óculos para enxergar direito as feridas, mas Bruce se desvencilha do amigo para ir de encontro à jovem sentada em sua caverna.
— Eu sei quem é você, garota - Ela se vira envergonhada, embora esteja usando óculos de nadador e roupas maltrapilhas e remendadas à mão, em uma péssima imitação vermelha, verde e amarela.
— E eu sei quem você é - Retruca a jovem receosa, que decide se corrigir ao ver a expressão fechada de Wayne - Embora eu não tenha a intenção de contar isso a ninguém.
— Porque se veste assim? - A jovem se contém por alguns instantes.
— Eu era fã do Robin e, não aguentava mais ver a situação que ele deixou a cidade.
— Você atua há três meses. Deu entrada no hospital geral e no Centro de atendimento Emergencial por conta de um ferimento à faca e outros por contusões leves na coluna, o que leva alguém a se perguntar porque é tão desatenta.
— Me desculpe, mas alguém tinha de fazer algo e você deixou seu carro ligado.
— Excesso de confiança - Protesta Alfred indignado pegando sua maleta de primeiros socorros e guardando em um armário.
— Que não pretendo ter novamente - Esclarece Bruce farto dos comentários sarcásticos do mordomo. Logo, os dois caminham juntos pela caverna enquanto Bruce tenta aos poucos recolocar seus dedos no lugar, o que significava segurar sua vontade de gritar em meio aos olhares de agonia da garota. Finalmente eles param em frente a uma vidraça, o que deixa Bruce receoso por um momento, mas não demora a se aproximar do uniforme de seu antigo parceiro. Gasto, um pouco empoeirado, além do grafite que parecia ter sido feito naquele mesmo instante.
— Ele morreu - Afirma a jovem decepcionada - Eu imaginei que fosse algo do tipo, mas nunca levei a sério o que diziam por aí. Foi por isso que você sumiu, não foi? - Bruce põe a mão no ombro da garota e a encaminha de volta à entrada da caverna.
— Alfred, leve a moça até onde ela requisitar. Quanto a você, fique com isso - Ele entrega à jovem um comunicador.
— Vai me dar isso? De verdade?
— Sim. Faz tempo que estou tirando alguns desses caras da sua cola, e parece que agora você livrou a minha cara. Eu sei quem você é e não posso permitir que continue com isso, mas quando tiver certeza de que pode seguir em frente me ligue - A garota encara Wayne incrédula antes de abraçá-lo contente e seguir com Alfred para fora da caverna, enquanto o bilionário senta de frente para os computadores para observar o que tinha perdido de seus arquivos. Assim que assiste o vídeo em Washington e a decisão dos políticos, Batman sorri com diversão e se dirige ao batmóvem completamente despreocupado para ver em que estado o carro ficara depois do confronto com os Mutantes. Ele avalia o veículo até os mínimos detalhes quando encontra um pedaço de papel em cima do parabrisa. Ele conhecia aquela letra como nenhuma outra, além da tinta usada no papel, que definitivamente não se tratava de tinta.
"Você voltou a brincar e não me convidou, isso magoa, sabia? Ass.: Você sabe quem eu sou hehehe."


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Notas finais do capítulo

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