DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 7
A doença dos poderosos


Notas iniciais do capítulo

Depois me diz se for óbvio demais...



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Lex Luthor chega em seu escritório arrumado, com terno cinza e gravata vermelha, então dá uma olhada em um espelho para verificar sua aparência antes de seguir para sua sala, onde Sun Yo o aguarda com um bloco de notas e uma caneta.
— O que você quer, Sun? - Pergunta o bilionário sem paciência se acomodando na cadeira enorme disposta atrás de sua mesa.
— Sua agenda está cheia, senhor. Disse que iria participar dos experimentos nos laboratórios essa semana e faltam três dias para a semana acabar e os pesquisadores andaram comentando sua ausência.
— Diga que os verei amanhã, assim que chegar - Decide Luthor enchendo um copo com uísque.
— O senhor tem uma palestra em Londres semana que vem.
— Terça-feira, é isso?
— Segunda-feira, senhor - Lex suspira cansado.
— Diga que vou comparecer, mas se não tiver o lugar cheio será a última vez que vou pisar naquele país de merda - Yo termina de anotar suas observações, mas parou um segundo para observar o chefe.
— Já acabou? - Ele se vira para a secretária, que fica envergonhada ao reparar que o patrão olhava para ela de um jeito estranho, então torna a olhar seu bloco.
— Senhor - A moça se contém, respira fundo e prossegue - Está tudo bem? - Lex a encara indignado tomando um gole de sua bebida antes de apontar o dedo para ela.
— Quem você pensa que sou?
— Alexander Luthor. Herdeiro de Lionel Luthor e melhor patrão que eu poderia desejar - Luthor sorricom diversão antes de olhar para sua coleção de troféus.
— Sou um diplomata, negociador, C.O. de uma das maiores empresas do globo, fundador de uma instituição social bem sucedida e salvador desta cidade. Sou a porra do cara que vai mandar nesse mundo, e com muita sorte você estará ao meu lado quando isso acontecer, então considere o previlégio que é estar ao meu lado - Sun Yo se aproxima e solta o bloco em cima da mesa.
— Valorizo minha posição como uma benção que nunca tive, chefe - Declarou a secretária com veemência.
— Pois bem, mais alguma chatice para eu lidar?
— Uma senhor. A senhorita Clover está esperando na recepção. Devo deixá-la subir? Lembrando que o senhor tem uma reunião com o conselho em duas horas.
— Mande ela entrar - Ordena Luthor cheio de imperatividade.
— Mas senhor...
— Mande ela entrar - Vociferou o bilionário quebrando seu copo ao fechar o punho com muita força, deixando a secretária assustada antes de pegar seu bloco e sair da sala apressada. Assim que ela sai, Lex olha para sua mão e retira um caco de vidro quando percebe que a ferida cicatrizou quase instantaneamente. Uma batida suave na porta e Lex retira sua atenção da porta para ver quem era.
— Senhorita Clover, então Waller realmente não tem disposição para comparecer a compromissos - Afirmou o magnata decepcionado.
— Na verdade vim aqui porque quis, não por ordem da minha chefe.
— E o que uma dama como você faria em uma companhia desse perfil e tamanho a essa hora do dia?
— Entender o interesse de um jovem bilionário em uma assistente feito eu - Retrucou Clover sentando-se na cadeira à frente da mesa de Lex.
— Só entender? Porque tenho a impressão que meu perfil e aparência lhe chamaram a atenção assim que bateu os olhos em mim.
— Desde quando você é assim?
— Lindo?
— Arrogante - Corrige Clover sentindo-se incomodada pelos trejeitos do homem.
— Essa é uma pergunta interessante. Você a faz todos os dias pra sua chefe? - Clover fica em silêncio - Sinceramente Clover, dois encontros e vamos ter de continuar com toda essa formalidade?
— Dois?
— Vai dizer que a inauguração não conta?
— Depende do que você considera participar de uma festa cheia de gente metida e estúpida escutando uma pessoa que aspira a mais do mesmo.
— É isso que você acha? Que sou um metido estúpido? - Indagou Luthor pegando dois copos para encher com uma bebida mais leve.
— Não sei quem você é, Lex Luthor, mas parece ser o tipo de cara que se dedica às pessoas tanto que esquece de dedicar-se a si mesmo - Lex reflete as palavras da assistente de Waller enquanto enche os copos e posteriormente entrega um nas mãos da jovem.
— Eu faço o que faço para salvar Metrópolis de falsos deuses que agem como se o mundo fosse seu prêmio de consolação.
— O que faria se estivesse nessa posição?
— Faria do mundo uma rosa tão monumental e bela de intocável que jamais almejaria nada parecido, assim como você - Eles se entreolham por algum tempo o qual tomam um. ou dois goles de sua bebida. Depois de pensar um pouco, Clover se levanta e caminha até Luthor, tirando o copo de sua mão e o forçando a se sentar.
— O que está fazendo? - Questiona Lex sentindo-se invadido pela ação da mulher.
— Quantas coisas cabem nessa mente brilhante?
— Tudo que for possível e mais além disso.
— Então esvazie um pouco. Relaxe - Ela retira o terno de Luthor, desabotoa sua camisa e passa a massagear suas costas, dando um alívio que Lex mal podia descrever, perdendo nas dezenas de sensações que as mãos suaves e macias de Clover causavam - Esqueça de tudo. Deixe de lado essas preocupações e viva, você já tem tudo que qualquer um poderia querer - Lex segura as mãos de Clover antes de se deixar envolver mais ainda pelo momento - Sabe o que falta para ser completo?
— O poder de um deus - Ele sorri em um claro e peculiar momento de claridade - É isso que falta na minha vida, assim vou estar tão realizado quanto qualquer homem.
— Lex, devia beber menos, ainda mais a essa hora da manhã.
— Se importa em me deixar sozinho? Preciso voltar ao trabalho se não se importar, mas podemos conversar em um momento propício. Poderíamos ir a um restaurante esse fim de semana, o que acha?
— Seria agradável - Conclui a jovem pegando sua bolsa para deixar Lex sozinho, mas resolve parar no meio do caminho - Meu nome é Renata.
— Prazer saber seu nome. E será maior ainda quando tiver o meu junto - Assim que Renata deixa o escritório, Lex se acomoda em sua cadeira apoiando os braços atrás da cabeça, que coça um pouco antes de reparar algo estranho. Havia uma pequena área vazia em seu couro cabeludo. Ele passa a mão para averiguar e constata para seu desgosto diversos fiapos de cabelo em suas mãos. Ao se olhar no espelho outra vez, Lex tem um surto e destrói sua cadeira com um soco, se espantando com o fato de não ter sentido nada e de seu braço ainda estar inteiro.
— Então eu estava certo - Declarou para si mesmo fechando os punhos com orgulho - Excelente, primeiro lido com os idiotas do conselho e depois me viro com meu convidado - A tarde vem e passa voando, embora para Lex seja apena sum intervalo entre duas coisas que lhe interessam e uma que o deixa extremamente impaciente.
— Senhor Luthor, como acha que resolveremos essa questão? - Pergunta um acionista com a expressão séria.
— Acho que tudo pode ser resolvido com um pouco de diálogo e transparência.
— Acho que não ouviu direito Lex, estamos falando de uma companhia que lucra vinte por cento além das contas particulares.
— E não podemos absorvê-la?
— Bem, atualmente essa companhia está na posse da Corporação Queen.
— Então porque estamos tendo esta conversa? - Questiona Luthor com sarcasmo.
— Porque chegamos ao concenso de que devemos expandir nossos negócios para cidades menores de capital fechado, assim lucraremos mais com investimentos baratos - Lex se vira de costas para o conselho e encara uma foto de seu pai colocada sobre uma mesa de vidro temperado no meio de canetas e pastas. Ele dá risada e volta a se concentrar no seu conselho.
— Senhores, somos donos de uma companhia multibilionária e fingem se preocupar com um maldito zero em suas contas quando é óbvio que estão interessados em descentralizar o poder desta companhia de minhas mãos para concentrá-lo na de vocês, mas tenho uma novidade para os senhores, façam o que fizerem, lembrem-se de que sou Lex Luthor. Tenho recursos e meios para me manter, trucidar cada um de vocês e ainda sair da história como salvador da pátria, então podem ser quantos forem, ainda estão a minha mercê - Os acionistas e advogados se entreolham espantados e intimidados com a declaração, o que deixa Lex mais que satisfeito - Se não tiverem mais nada a dizer, peço que retirem-se do prédio que meu pai ergueu e, fechem a porta quando saírem. Tenho mais o que fazer do que ficar na companhia de imprestáveis - Quando todos saem do cômodo, Luthor espera Sun Yo antes de descer de elevador os cem andares da torre de sua empresa e entrar em seu carro rumo à sua mansão no lado oeste da cidade. Lex deixa sua secretária trabalhando enquanto pega seus pertences íntimos e roupas e vai ao banheiro. Enquanto se lava, encharcando o cabelo para se livrar do excesso de pressão rotineira, o jovem bilionário sente fortes dores abdominais, posteriormente cuspindo algumas gotas de sangue. Luthor passa as mãos na cabeça revoltado com sua situação quando percebe que mais fios de cabelo se desprenderam pela raíz, deixando-o mais irritado ainda. Assim que troca de roupa, Lex limpa o espelho e se depara com profundas olheiras e sua pele desgastada, então decide quebrar o espelho com uma única mão. Sun Yo escuta tudo bastante apreensiva, mas se concentra em seu trabalho até seu patrão aparecer vestindo um terno cinza e uma camisa roxa.
— Como estou? Ah não, esqueci que opiniões são válidas apenas quando proferidas por superiores e você não passa de um inseto alimentado pelas migalhas que largo no chão - Sun Yo se levanta ofendida ao passo que contém as lágrimas, aumentando ainda mais a diversão de Lex - O que está fazendo aqui? Vai logo dar a comida da sua mãezinha, sua inútil. Espero que volte para me satisfazer - Luthor se senta na varanda de sua mansão, observando o céu escuro com um copo de bebida na mão tentando controlar a forte tremedeira que o atinge. De repente, descendo dos céus tão rápido quanto uma bala, Superman pousa suavemente em frente à piscina de Luthor e se aproxima com a expressão séria.
— Você demorou - Observou o bilionário se levantando para cumprimentar o kriptoniano, que sentiu um forte mal-estar quanto mais Lex se aproximava dele - Espero que seus primeiros dias sendo pau mandado do governo tenham sido produtivos, mas agora tenho assuntos mais sérios para tratar com você que não podem esperar nem mais um minuto - Superman tenta manter a postura quase onipotente, mas uma dor angustiante se instala desde os órgãos internos até os músculos e ossos, fazendo com que sentisse estar perto da morte.
— O que você quer, Luthor?
— Quero o que você quer, ou o que quer que pensem que você quer, mas para isso preciso que esteja do meu lado, me apoiando como parceiro. Sempre que eu precisar você virá voando e atenderá meus pedidos, seja em Metrópolis ou fora dela - Superman se volta para Lex confuso - Eu quero o bem deste país Superman, e tudo só vai funcionar quando você, o suposto ser mais poderoso do mundo, estiver ao meu lado, então a partir desse momento você não responde ao governo. A partir de hoje você responderá a mim, Alexander Lurhor.
— Só pode ter perdido o juízo - Afirmou Superman se preparando para ir embora quando Lex tem um ataque de risos.
— Você não está em posição de escolher quando sei exatamente o que e quem você é. Sei de onde veio e o que pretende, assim como sei quem você ama - Luthor pega um exemplar do Planeta Diário - Primeira regra herói, não se apaixone pela pessoa que escreve sobre você - Superman olha do jornal para Luthor, semicerrando os dentes de raiva - Lois Lane, uma excelente jornalista, assim como outros que vieram antes. A questão é que é tão recorrente perder a vida quando se opta por seguir esse ramo que esquece quão perigoso pode ser - Declarou Lex pondo a mão vazia no ombro do Superman, que perde o equilíbrio e termina tombando para trás - A pergunta que te faço, Superman, é: o que está disposto a sacrificar por aquilo que acredita?


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Notas finais do capítulo

Vish... Lex tem Superman na palma das mãos. Boa coisa não dá pra esperar!!!



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