DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 14
O Alvorecer da justiça


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao fim da primeira parte desta fanfic, tudo caminha para cá!!! Comentem o que acharam dessa fase!!!



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Mais um dia rotineiro no Planeta Diário. Os funcionários chegam, os supervisores berram e as canetas correm em direção aos blocos de notas. A única diferença era a manchete a ser publicada naquela manhã. Clark se senta junto aos colegas quando escuta Perry, o editor, feliz como nunca se viu igual.
— Temos a manchete do ano, gente. Quero todos focados nisso. Quero que foquem isso como se fosse aquela palhaçada da década passada. Falem disso com a mesma frequência que a televisão fala do terrorismo: "Trindade misteriosa impede ataque a Metrópolis".
— Não sei por que misteriosa, todo mundo sabe quem eles são - Observa Lois indignada.
— Exceto os reprimidos sem internet - Comentou Kyle com ironia, ficando envergonhado ao perceber que Perry o encara com desdém antes de voltar a sorrir inesperadamente.
— Boa observação, Rayner, temos de usar isso a nosso favor. Alcançar até mesmo e principalmente esses ignorantes sem internet - Completou o editor antes de retornar à sua sala, deixando os jornalistas com a mão cheia.
— Aproveite enquanto Perry está animado Kyle, a maioria não tem tanta sorte que nem você - Declarou Kent sorrindo enquanto escrevia um rascunho em seu computador.
— Pode deixar, Clark - Rayner termina um esboço e o revela ao colega cheio de ansiedade - O que achou?
— Acho que o Superman devia ser um pouquinho mais alto que o Batman - Rayner ri do comentário antes de voltar a desenhar e de Clark continuar com seu rascunho até reparar a expressão séria de Lois, que chegava ao ponto de estar desanimada. No almoço, os dois estão sentados juntos, cada qual com seu prato, comendo em silêncio enquanto uma matéria é exibida mostrando imagens distantes do confronto entre Aquaman e Superman. Ao perceber que a matéria deixou sua namorada mais incomodada ainda, ele decidiu falar:
— Qual é o problema? E não adianta dizer que não é nada. Parece que essa sentença de inocência para o Superman e tudo que causou isso deixou você irritada - Confessou com um olhar perspicaz.
— Não me leve a mal Clark, mas acho que essa popularidade vai tirar o foco de coisas que realmente precisam ser noticiadas, poxa, toda vez que tentamos ajudar as pessoas algo entra no nosso caminho, ou são astros do rock, catástrofes naturais, partidas de futebol, turnês mundiais e agora super-heróis - Esclareceu a jovem sentindo um forte incômodo mental.
— Te entendo. Não queria que fosse assim, mas não precisa se preocupar, vou conversar com meus associados para ver se conseguimos diminuir esse excesso de foco nas nossas ações para a imprensa conseguir mostrar o que realmente precisa - Lois une sua mão a de Clark.
— Fico muito agradecida por isso. Você realmente é um Super homem - Os dois aproximam suas bocas quando ouvem o início da matéria seguinte, falando sobre a absolvição de Luthor no julgamento acerca do atentado em sua própria empresa.
— Ainda não consigo acreditar que mesmo com todas as provas esse monstro vai continuar fora da cadeia - Comenta Kent apertando sem querer a mesa com força demais, o que faz a madeira ranger e alguns pedaços daírem como lama em seus dedos.
— Realmente é muito injusto ele continuar livre por todas as mortes que possivelmente causou, mas agora até Lex Luthor tem de andar na linha, afinal de contas está sob observação policial. Qualquer conduta suspeita e o chamarão para prestar depoimento e vão invadir aquele prédio com uma ordem de busca e apreensão.
— Fora que Metallo também desapareceu. Tenho certeza que, assim que tiver chance, Lex vai reativar o robô atrás de mim - Afirmou Clark receoso.
— Pelo menos você não é tão divino agora. Além do mais, seus associados podem cuidar do Metallo, não podem?
— Se não estiverem ocupados demais - Lex está em uma limousine sendo conduzido de volta à torre da Luthor Corp, com sua careca preenchida por alguns fios soltos e o rosto repleto de fios grossos de barba por fazer. Ele ajusta sua gravata cinza antes de sair do carro com as mãos nos bolsos de seu terno preto, sendo alvo imediato de câmeras, jornalistas e repórteres que almejavam escutar uma simples declaração do jovem bilionário.
— Saibam que todos os fatos foram esclarecidos no seu devido tempo e em breve os verdadeiros culpados serão encontrados - Sem mais nada a dizer, Luthor sobe de elevador até o andar de seu escritório, onde Sun Yo aguarda impaciente o retorno do patrão.
— Senhor Luthor, que bom revê-lo tão bem - Declara sorridente, suspirando alto quando seu chefe passa por ela.
— Deixe essa bajulação de lado, preciso dizer uma coisa e quero que anote - Pede olhando para a secretária dentro de seus olhos - Me desculpe por ter sido um conpleto canalha e um babaca desmedido. Meu pai não foi a pessoa certa para me criar e acabou terminando desse jeito, mas nunca estive tão satisfeito com o resultado. Se estiver disposta a aprofundar o que pensa saber a meu respeito, estarei ao seu lado quando menos esperar - Ele termina de ditar quando repara um olhar quase hipnotizado de Sun.
— Estou.
— Está?
— Estou disposta - Sem compreender direito o que havia acontecido, Lex decide que o melhor a fazer é ignorar o que aconteceu.
— Terminou de escrever? - Sun Yo recupera a consciência, passando a escrever o mais depressa possível disfarçando pessimamente sua vergonha.
— Acabei.
— Envie para o e-mail de Renata Clover, a secretária de Amanda Waller - Ao ouvir o nome de Clover, o semblante de Sun Yo enrijece, ficando tão sério quanto possível enquanto ela obedece o patrão. Talvez se continuasse fazendo tudo aquilo que Luthor queria e mais um pouco um dia ele a valorizasse por isso. Ou talvez ela estivesse alimentando uma paixão inteiramente platônica.
— Está feito. Mais alguma coisa, senhor Luthor?
— Verifique as prioridades em minha agenda e traga à minha mesa. Estarei aguardando - Sun bufa irritada assim que Lex fecha a porta, afinal ele pediu a única coisa que ela não tinha feito. Mesmo assim, ela opta por ignorar sua raiva e voltar ao trabalho sem tirar o patrão de seus pensamentos, que agora abre uma caixa de charutos e acende um selecionado, se colocando de frente para a janela em sua vista previlegiada, de onde podia ver toda Metrópolis. Ele sorri com arrogância antes de ser surpreendido por Superman, que aparece junto à vidraça com um profundo olhar de ódio. Assustado, Lex dá um salto para trás, quase derrubando uma cadeira atrás de si, mas logo recompõe-se e observa seu adversário em sua postura onipotente com os braços cruzados e a capa voando solta para o lado enquanto o bilionário está com o charuto em uma mão e a mão restante no bolso, afinal de contas por mais que seu álibi estivesse garantido, ele ainda pensava que o Superman poderia mudar de comportamento a qualquer instante.
— Não se preocupe Luthor, não vou desperdiçar meu tempo quebrando o vidro que você facilmente pode pagar - Declarou o herói sem tirar os olhos de seu inimigo.
— Eu sei quem você é de verdade, Superman, logo mais nos encontraremos. Desta vez pode ter dado errado, mas da próxima nem mesmo aquele louco paranoico de Gotham vai conseguir prever todos os meus movimentos.
— Não se esqueça de que ele não está sozinho - Lembrou Superman se aproximando um pouco da vidraç de forma ameaçadora.
— Eu sei muito bem disso. Nós dois terminamos frustrados, não foi? Eu não consegui acabar com você e você não conseguiu me ver preso - O bilionário ri com clara decepção.
— Mas um dia você será preso. Um dia você vai errar e eu vou estar aqui para te levar para a cadeia pessoalmente - Declarou Superman cheio de esperança.
— Vamos meu caro kriptoniano, você não é tão ingênuo assim. É óbvio que eu nunca serei preso. Eu coloquei vocês uns contra os outros, quase iniciei uma guerra com uma civilização superdesenvolvida, libertei metade dos maníacos de uma unidade de recuperação mental e ainda consegui executar uma série de pequenos acidentes que fez essa cidade te odiar como nunca e mesmo assim ainda estou aqui. O que acha que vai me levar à cadeia?
— Você mesmo - Responde o kriptoniano sorrindo vitorioso - Um dia você vai errar, vai se cansar dessa farsa que você vive e vai querer mostrar quem é de verdade. Ninguém precisa te derrotar Lex, nem mesmo eu. Seu maior inimigo é você mesmo - Assim que termina de falar, Superman deixa Luthor a sós em seu escritório, seguindo para um lugar em Metrópolis que não visitava há muito tempo.
No cemitério central da cidade, Clark caminha sem pressa, olhando para cada um dos nomes escritos na imensa lápide onde havia o símbolo do herói da cidade. Ele passa a mão em cada um dos nomes, sentindo fortes arrepios ao tocsr e ler cada um deles, até que enfim chega o último, Elis Turler.
— Nunca pensei que viesse aqui - Disse Wayne vestido com um longo casaco preto e marrom, com camisa longa e gravata, parado perante a enorme lápide à frente deles.
— Todos vem aqui por alguma razão. Por alguém. Eu venho aqui por todos eles. Todos os dias penso no que poderia ter feito para que fosse diferente, então vejo o quão humano sou apesar de tudo.
— E isso seria ruim?
— Não - Responde sem cerimônias, finalmente se virando para o bilionário de Gotham - Você também costuma vir aqui, não é?
— Sim - Bruce contém as palavras - Esse último nome na lápide é a razão de eu ter deixado tudo de lado, mas também a razão para eu ter retornado. Talvez, se eu tivesse lido o que ela deixou para mim antes, eu tivesse tomado as decisões certas e quem sabe tivéssemos mais chances de prender Luthor.
— Só agora eu vejo, não importa o que teríamos feito, Lex teria se safado, ele estava pronto para tudo - Nesse momento Clark tem um lapso que o faz passar a mão nos lábios sem conseguir acreditar - Foi ele quem libertou os presos do Arkham.
— Só podia ser - Wayne meneia a cabeça inconformado - Felizmente cuidei da maioria deles. Um ou outro continuam soltos.
— Nada com que precise se preocupar - Bruce ergue a carta em suas mãos - Gostaria de compartilhar isso com você.
— Não, isso é pessoal.
— Você vai ler de qualquer jeito - Brincou Wayne abrindo o envelope - De Elis Turler para Bruce Wayne e companhia.

"Bruce, sei que as coisas não devem estar sendo fáceis em sua vida dupla, ainda mais com esses malucos à solta, mas em breve as coisas irão melhorar. Tenha fé. O mundo precisa de pessoas como você, talvez não exatamente como você, 

mas semelhantes. Do jeito que você é, vai querer encarar esses alienígenas que tanto estão comentando na televisão e espero que corra tudo bem. Não seja cabeça dura com o capa vermelha, acredito que embora sejam diferentes (e não falo apenas de gosto visual), vocês compartilham de ideais em comum que podem ser aproveitados para o bem de todos. Tente conversar com ele, de preferência sem as mãos, não quero que se machuque mais ainda. Enfim, acho que o mundo pode melhorar bastante em breve com todas as maravilhas que estão por vir, assim como acredito que você possa guiar essa nova era com a ajuda desse capa vermelha. Bruce, espero que consiga encontrar paz e resolver tudo o que te atormenta e espero pode revê-lo em breve. Te amo hoje e para todo o sempre."
Elis, a jornalista.

Assim que termina de ler a carta, uma lágrima corre pelo rosto de Bruce, que seca o rosto de imediato tentando ser o mais rígido possível, mas era tarde demais para esconder suas emoções de Kent, que abraça o companheiro solidariamente, coisa que Wayne jamais esperaria. Passado certo tempo ele decide retrucar o abraço, pouco antes de se desvencilharem e passarem a observar o monumento.
— Precisamos fazer de tudo para que nada assim se repita - Afirmou Bruce dobrando a carta e colocando-a em seu bolso.
— Diana teve a mesma ideia.
— E onde ela está? - Na fazenda Kent, Diana Prince voa sobre uma plantação de morangos, colhendo uma última cesta que larga à porta da única casa próxima. Martha sai de casa e pega uma das dezenas de cestas amontoadas espantada quando Bruce e Clark se aproximam da casa, chamando a atenção da mulher.
— Com amigos assim Clark, logo mais vamos poder abrir uma vendinha na cidade, o que acha?
— Acho uma boa ideia, mamãe - Comentou Clark sentando-se ao pé da escada, seguido por Bruce e Diana, cada um pegando um morango para provar.
— Ainda não consigo acreditar que você é o Batman - Declara Diana encarando Bruce completamente intrigada - Desculpa ter te chutado naquele dia.
— Você não é a primeira a fazer isso, mas desconfio que bata mais forte que esse aqui - Clark encara Wayne com firmeza antes de voltar a seu morango - Clark disse que você sugeriu que tivéssemos mais momentos trabalhando juntos.
— Não foi exatamente o que eu quis dizer. Acho que devíamos levar essa proposta de aliança entre reinos a um novo patamar. Se começarmos a nos ajudar, acredito que o mundo pode se tornar um lugar melhor.
— Também podemos usar isso como um tipo de linha de frente. Uma defesa para qualquer coisa que venha de fora - Completou Wayne pensativo.
— De fora? - Indagou Diana sem entender inteiramente a declaração.
— Não contou a ela? - Clark termina de comer outro morango antes de falar.
— De vez em quando amplio minha audição para ouvir o mais longe que consigo e a essa altura do campeonato tenho certeza de que o universo não é feito apenas de kriptonianos e humanos. Existem bilhões de espécies em todo o universo e milhares de seres com inteligência. Nem todos eles podem querer o melhor para nós.
— E você precisava sustentar a paranoia desse aí - Observou a Amazona indignada, o que deixa Wayne sério.
— A questão é que precisamos ficar juntos - Decide Clark cansado da discussão.
— E encontrar os outros - Completou Bruce revelando um pendrive - Esse dispositivo contém arquivos de uma organização chamada Argus, que está de algum modo vinculada às ações de Luthor. O conteúdo fala sobre metahumanos como você ou seu primo - Ele se direciona a Diana - Pessoas cujo código genético foi alterado por algum incidente natural recorrente. Casualidade.
— Então existem outros além de nós? - Questiona Prince pegando outro morango em uma das cestas.
— Sim.
— O que importa é colocá-los no caminho certo antes que tomem qualquer medida que os faça se tornar algo parecido com Luthor - Declarou Clark com seriedade.
— Precisamos de investimento, fundar uma organização não é barato - Lembrou Diana cansada de ficar sentada - E nós somos uma arqueóloga, um jornalista e - Bruce a interrompe.
— Um dos homens mais ricos do planeta. Dinheiro não é problema, eu posso legalmente abrir essa instituição e interligá-la à Fundação Wayne. A única questão pendente é o nome.
— Todos nos chamam de Trindade - Comentou Clark tentando raciocinar - Mas acho que seria muito pretencioso e pouco direto, principalmente se quisermos expandir essa organização mundialmente.
— Nós queremos trazer justiça ao mundo, com o máximo de pessoas e metahumanos ao nosso lado. Uma liga que visa a unificação dos povos e a construção de um novo mundo, mais seguro e perfeito.
— Seremos a Liga da Justiça - Decidiu Clark se levantando de sopetão, recebendo olhares brilhantes de concordância antes de se abraçarem calorosamente, prontos para iniciar seu projeto ambicioso e filantrópico.
— Eu juro que não queria te abraçar de novo - Comentou Bruce sorrindo sem jeito.
— Eu nem queria da primeira vez - Afirmou Clark cheio de si.
— Vocês de viam se namorar - Brincou Diana antes de sobrevoar novamente as plantações.


Batman entra na caverna, onde Alfred mexe preocupado no computador, aguardando o retorno de seu patrão.
— Estive preparando tudo senhor, como planejado.
— Excelente. Não quero ninguém bisbilhotando esse assunto. Eu vou cuidar sozinho desse assunto da Argus enquanto eles cuidam de convocar os primeiros membros e resolvem as questões pendentes de suas cidades.
— Com todo o respeito, patrão - Bruce veste a armadura interrompendo o mordomo.
— Em breve tudo vai mudar. Essa organização é esperta e está à frente de tudo, o que quer dizer que se esse tipo de gente se meter nesse assunto vai chamar muita atenção e vou perder a chance de descobrir o que eles aprontam. Tenho que descobrir para onde levaram a Arlequina e pra isso vou seguir alguém que estava sumido até ontem.
— Quem senhor Wayne?
— Coringa. Foi procurar sua dama, e essa é hora de eu dar um cheque-mate no assunto - Ele encara o uniforme de Jason Todd, pendurado no interior de uma cúpula.
— Acho que está confundindo oa jogos, patrão.
— Talvez Alfred, mas quando se joga com um maluco nunca se sabe o que vai jogar.


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Notas finais do capítulo

Onde essa busca em cima da Argus levará Batman? Como se dará o início da Liga da Justiça? Alguma ideia de onde Arlequina foi parar? Kkk



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