DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 13
Verdades fluídas


Notas iniciais do capítulo

A princesa de Themyscira está cara a cara com Superman, que matou uma de suas irmãs sem intenção. Como seguirá esse duelo?



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Em um movimento rápido, Diana ataca a Clark sem hesitar, colocando sua espada e escudo a frente do corpo à medida que os dois ficam frente a frente. Socos e chutes se espalham pelos ares, gerando poderosas ondas que estremecem os pilares do andar, com a Mulher-Maravilha se destacando no duelo, desviando de todos os ataques do Homem de Aço sem dificuldades antes de contra-atacar entusiasmada e focada, cortando partes do uniforme de seu oponente e volta e meia causando algum arranhão leve. Batman termina de baixar os arquivos quando Metallo ressurge atrás dele, devastando todos os computadores e processadores com um potente raio esmeralda. Mantendo a calma, Bruce se aproveita da fumaça que surge da queima do metal e do concreto para se esconder, atirando pequenos explosivos visando atrasar a criatura robótica enquanto foge de volta ao laboratório de Luthor. O combate esquenta, embora nenhuma dos combatentes esteja cansado ou disposto a cansar naquele conflito. Clark não possuía motivos para lutar, já que Lex havia jogado sua repultação no buraco o suficiente, se pretendia continuar sua luta contra o mal, precisava enfrentar Diana, ao menos tentar imobilizá-la, mas era mais fácil falar do que fazer, já que a Princesa de Themyscira se mostrava indomável, não parava quieta em um lugar para analisar o adversário ou dar tempo suficiente para que ele pudesse reagir. Ao contrário dele, ela era uma lutadora de fato, não um repórter com ambições heroicas. A cada golpe mais pilares caem, objetos são fatiados como folhas de papel e o que outrora fora um laboratório agora parecia mais um campo onde se ergueria uma nova construção.
— Esse cuidado todo que tem para não sairmos daqui de dentro é para que não vejam sua verdadeira face? - Questiona Diana em tom de provocação - Tarde demais, o mundo todo viu o que você fez hoje. Não tem como se safar. Nem do mundo e muito menos de mim.
— Você não - Antes que possa responder, Clark é surpreendido por uma cotovelada de Diana, que larga suas armas para atacar diretamente o Homem de Aço.
— Princesa, não se deixe levar pelo ódio, como aconteceu comigo - Declarou Batman se aproximando lentamente, mas ao invés de cessar seu ataque, Prince simplesmente muda seu alvo, chutando Bruce sem muita força, pousando firme no lugar onde o morcego tinha se colocado inicialmente.
— Não faz isso - Implorou o Superman se colocando entre Batman e a desconhecida e enfurecida Amazona.
— Só queria ter certeza - Esclarece ao ver Bruce se levantar lentamente.
— Certeza de que?
— De que ele é apenas um humano.
— Podia ter perguntado - Lembrou Batman sacudindo a cabeça meio atordoado - Sei que não sou conhecido pela simpatia, mas não quer dizer que sou mudo.
— Por que acha que estou me deixando levar pelo ódio? - Indagou Mulher Maravilha indo em direção ao vigilante mascarado.
— Por que não é diferente do que eu fiz. Como você, também acreditei que Superman fosse uma ameaça, mas tudo isso não passou de manipulação. Uma campanha de ódio que tinha como objetivo escandalizar o Superman - Ela olha de um para o outro enquanto o Morcego fala.
— E quem estaria por trás dessa campanha de ódio?
— Lex Luthor - Assim que termina de falar, Lex se aproxima do trio, por mais zonzo que estivesse.
— Que bonita a reunião. Agora, minha cara, faça o favor de levar esses terroristas presos.
— Não.
— Como não? Você não está acima da lei para decidir o que pode ou não fazer. Esses homens são procurados.
— E eu sou uma Amazona, valorizamos a audácia e combate, mas também a serenidade e astúcia. Se ele tem algo a dizer em sua defesa, vale a pena ouvi-lo, principalmente se considerarmos que estes dois não devem ter se dado bem até surgir essa oportunidade - Lex olha para os três, seus batimentos acelerando demais subitamente. Ele encara a porta de saída e imediatamente corre em sua direção, não fosse uma Amazona barrar sua passagem - Se não há o que temer, por que fugir Luthor?
— Deixe ele ir - Pede o Batman encarando Luthor derrotado - Se ele ficar aqui podem usar como tentativa de cárcere - Relutante, Diana permite a ida de Lex, que sorri cheio de si, pondo as mãos nos bolsos enquanto assobia alegremente.
— Você deixou ele ir - Afirmou Superman com seriedade - Ele pode ameaçar Lois ou minha mãe, mesmo se for preso.
— Não pode, ele não sabe quem você é, do mesmo jeito que não sabe quem ela ou eu somos.
— O que você quer dizer com isso?
— Na festa de homenagem às vítimas da destruição de Metrópolis eu já desconfiava o bastante de Luthor para permitir que reunisse um monte de pessoas aleatórias no mesmo lugar. Desconfiado, minha primeira carts contra Lex foi ter implantado um sistema em seu hardware que detectou um segundo programa cuja função era analisar perfis faciais baseados em fotos de quatro figuras ao redor do mundo. Ele queria saber acima de tudo quem eram os defensores de Londres e dos mares, Mulher Maravilha e Aquaman, então chamou seus representantes sob a possibilidade de que fossem as pessoas certas. Ele teria conseguido mais do que havia planejado se eu não tivesse pensado rápido o suficiente para instalar um segundo programa que criasse perfis falsos e os inserisse no sistema de Luthor como sendo as legítimas identidades dos heróis. Ele acreditou no que tinha conseguido e essa acabou sendo sua falha, mas não a única - Superman e Mulher Maravilha se aproximam do vigilante, mais impressionados a cada momento - Tenho algumas coisas que podem ajudar a encriminá-lo - Bruce entrega uma pasta a Diana - Acontece que nosso colega kriptoniano possui uma fraqueza que Lex usou na construção de seu prédio. Ele planeja isso há muito tempo, mais do que eu poderia imaginar. Sabia exatamente onde queria que o Superman estivesse caso sua descoberta funcionasse, bastou ter certeza que a fraqueza funcionava para colocar seu plano em prática até finalmente ele estar naquele palco com uma quantia precisa de kriptonita ao seu redor que o fez perder o controle de seus poderes, matando todas aquelas pessoas.
— E esses papéis comprovam isso? - Pergunta Diana estupefata com tantas informações.
— Sim. Agora preciso ir.
— Mas você merece estar aqui tanto quanto ela ou eu - Declara Superman indignado.
— Ainda assim sou visto como um criminoso. Façam sua parte e levem Luthor à justiça, logo mais nos encontraremos - Subitamente, um forte tremor agita todas as estruturas, seguido de um tempestuoso barulho de água.
— O que é isso? - Questiona Clark intrigado levantando voo.
— Meu primo - Afirmou Diana sacudindo sua espada - Ele deve estar de mau humor.
— O que vai fazer?
— O que se faz quando quer acalmar alguém - Sem mais delongas, a princesa de Themyscira deixa os dois para trás e segue sozinha ao encontro de Arthur Curry, vestindo sua malha alaranjada e verde e empunhando seu tridente na companhia de alguns soldados Atlantes, cada um montado em uma pequena onda ligada a uma maior.
— Diana. Prima. Aqui estamos nós outra vez.
— Precisamos parar de nos barrar dessa forma, primo - Decidiu a princesa com frieza à medida que se aproxima do mesmo.
— O que faz aqui?
— Queria entender a verdade por trás do ataque ao encontro - Respondeu Diana sem qualquer pretensão - E quanto a você? Não há problemas suficientes no mar para cuidar?
— Há um problema envolvendo meus domínios e vim cuidar dele pessoalmente.
— Sairá frustrado primo. Não tem problema algum aqui - Superman sai do prédio da Luthor Corp, o que faz Atlantes e seu líder mirarem suas armas no kriptoniano.
— O que dizia, Diana?
— Superman não é uma ameaça - Afirmou a princesa se colocando entre o rei Atlante e Clark - Estes documentos comprovam uma armação bem planejada.
— Ele matou sua irmã - Lembrou Arthur com frieza.
— Melhor que ninguém eu sei disso e anseio mais do que qualquer outra coisa que o responsável por essa atrocidadr pague por seus crimes, mas não é Superman - Declarou Diana com tanta frieza quanto Curry.
— E quem seria esse culpado? - Bradou o guerreiro repleto de revolta - Diga para que eu acabe com ele com minhas próprias mãos.
— Lex Luthor - Arthur sorri em tom de ironia enquanto encara seus soldados.
— Está dizendo que um representante humano, um dos poucos a tratar dos nossos assuntos com a seriedade que merecem, criou todo esse circo apenas para derrubar esse ordinário?
— Eu sei que é difícil de acreditar, mas - Antes que consiga prosseguir, Arthur toma impulso e ataca Superman, atirando dezenas de raios no kriptoniano antes de derrubá-lo no chão frio de Metrópolis.
— Quão forte você é? - Clark desvia de alguns ataques diretos, mas acaba se esquecendo do tridente, que rasga suas costas sem perdão, lançando-o mais distante ainda, até a base da arma tocar o chão e convocar uma onda gigante para trazer o Homem de Aço aos pés do rei. Clark não podia enfrentar o Atlante e sabia disso, pois qualquer movimento que fizesse poderia ser usado contra ele. Precisava aguentar firme os ataques de Arthur, pois sabia que o rei não tinha intenção de machucar ninguém além dele, era uma questão de manter-se no foco da batalha. Caso alguma coisa saísse do controle ele se envolveria, caso contrário deixaria que o combate continuasse, mas acontece que Diana não tinha conhecimento desse plano e resolveu atacar o primo sem pensar duas vezes, acertando sua cabeça com o poderoso escudo em mãos. Desconcertado, Arthur voa pelos ares enquanto suas ondas sacodem incontroláveis pelo chão, inundando os terraços de diversos edifícios. Ela investe novamente contra o Atlante, mas desta vez guarda suas armas visando um ataque físico, caso Superman não intervisse deixando-se ser atingido pelo cruzado da princesa ao invés do primo. Sem compreender, ela corre em auxílio do kriptnoniano, ajudando-o a se recompor.
— O que pensa que está fazendo?
— Impedindo mais destruição - Afirma Superman limpando a saliva em sua boca.
— Vai permitir que ele continue te esmurrando? - Questiona revoltada - A única língua que eles entendem de verdade é o combate - Explica observando Arthur se levantando munido outra vez com seu tridente.
— Ele não quer machucar ninguém, assim como nós dois, o que significa que não somos tão diferentes apesar de tudo. Já tomei decisões erradas o bastante nessa vida, chegou a hora de fazer a coisa certa - Sem avisos, Clark empurra Diana para longe de si no  exato momento que Arthur investe tomado por uma fúria renovada.
— Aquaman, pare com isso. Podemos conversar, sei que não está - O rei Atlante não deixa o kriptoniano falar, menos ainda pensar. Tudo o que ele queria saber naquele instante era subtrair o alienígena da Terra, por mais que isso fosse custar sua vida. Ele avança com um novo mar de ondas avassaladoras que destroem semáforos e fiações de ruas, varrendo Clark o mais longe possível enquanto seu dominador nada veloz como um raio para acertar dezenas de golpes no oponente, se aproveitando ao máximo da vantagem proporcionada pela água. Superman não tinha chances, a menos que se livrasse da água. Começando a cansar do confronto sem destino, o Atlante se desvencilha do mar e permite a Clark um segundo de calmaria.
— Se não posso rasgar sua pele ou cortar sua cabeça, será que consigo algo mais simples como afogá-lo? - Em um novo movimento, erguendo o máximo de água que conseguiu, Aquaman jogou a tempestade mortal sobre Superman, que sequer consegue desviar do turbilhão, recebendo toneladas de água no corpo em uma única investida, os respingos gigantescos rebatendo em vidraças por todos os cantos, exercendo tamanha pressão que emitiam ruídos prestes a estourar. Insatisfeito, Curry faz a água jorrar com mais ímpeto ainda, finalmente quebrando as vidraças por toda parte. Ouvindo a tragédia que se anunciava, Superman se conteve perante a água e sentiu um sopro esvair de seus pulmões como uma ventania prodigiosa que esfria os arredores, congelando grande parte da água que vem em seu encalço. Aproveitando a distração, Clark se arremessa em um prédio que percebe haver uma criança e a retira de lá, colocando a mesma a salvo em uma calçada antes de se virar novamente para seu adversário desta vez com suas forças renovadas. Aquaman no entanto não parecia determinado a lutar tamanho o espanto que o atingia. O kriptoniano havia congelado seus mares. O mesmo que incendiara agora esfriava. O que isso significava? Diana se coloca ao lado de Clark, ambos prontos para o ataque, mas Curry recua encarando a criança que Superman salvou, se reunindo com seus semelhantes.
— Não iremos mais atacar? - Perguntou um soldado se aproximando de seu rei inconformado.
— Isso não é assunto nosso. Meu julgamento não cabe a este homem, mas aos que o adotaram. Se ele ousar se envolver em meus domínios, tenham a certeza de que cuidarei desse sujeito, caso contrário deixe nas mãos fos homens que tanto o apreciam. Se Diana pensa que ele é bom apesar da dor que causou nela, então devemos reconsiderar nossa postura - Assim, o grupo de Atlantes retorna aos mares enquanto Mulher Maravilha e Superman se unem para ajudar os civis da maneira que fosse necessária, um trabalho árduo que leva tempo.
— Onde está o Batman? - Pergunta a princesa indignada - Sei que ele é mortal, mas podia ter ajudado aqui, ou ele só fica com a parte boa?
— Não tenho certeza se ele considera isso bom - Comentou Clark removendo escombros de um carro - De qualquer forma, ele disse que tinha de cuidar da limpeza de Gotham. Parece que alguns criminosos perigosos foram soltos misteriosamente.
— Poderíamos ajudá-lo com a limpeza - Sugeriu Diana pensativa entregando um trem de brinquedo a uma menina.
— Não o conheço há muito tempo, mas sei que conheço há tempo bastante pra saber que ele prefere fazer as coisas sozinho.
— E ele devia saber que não precisa fazer tudo sozinho. Nos ajudamos dessa vez, poderíamos fazer isso mais vezes - Sugeriu Diana imaginando onde aquela ideia poderia chegar se eles prosseguissem da forma correta.


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Notas finais do capítulo

Com a calmaria de volta e uma trégua momentânea conquistada, resta saber que destino nossos heróis criarão para si, assim como o final do arco de Luthor e demais personagens desta fic (até o momento)!!!



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