DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 15
Proposta de jogo


Notas iniciais do capítulo

Voltei galera e trago pra vocês a continuação desta fic, agora com o Esquadrão Suicida, filme mais criticado e odiado do DCEU até o momento, espero que curtam!!!



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Floyd Lawton desperta em uma sala escura com a vista embaçada e os olhos semifechados devido uma luz extremamente forte apontada para seu rosto, o impedindo de reconhecer qualquer objeto em meio à escuridão. Ele tenta remover as algemas, mas não demora para descobrir o quão resistentes eram as correntes.
— Desista dessa estupidez - Pediu uma voz cansada e impaciente, como se tivesse passado por aquilo centenas de vezes. Ele escuta os passos de aproximação vindos da ponta de um salto.
— Fico insistindo na esperança de um dia vocês repetirem as algemas - Esclareceu Lawton com sarcasmo, repetindo a mesma ação de quebrar a algema, o que faz a mulher à sua frente perder de vez a paciência e colocar um revólver em cima da mesa à frente de Lawton, por mais que ele não consegisse ver nada disso - Acho que isso foi um revólver de brinquedo - Brincou sem perder o tom sério, levando a mulher a destravar a arma.
— Quer descobrir?
— Vamos direto ao ponto - Pediu Floyd bufando irritado com aquela ladainha.
— Seja mais respeitoso, a menos que prefira passar mais tempo ainda sem sua filha - Ameaçou a mulher dando uma risada fria - Pra mim não faria a menor diferença.
— Golpe baixo, mas vamos lá.
— Sua pena foi avaliada em quinhentos anos de prisão. Se cada missão na Força Tarefa lhe garantir dez a menos, então você nos deve ao todo cinquenta missões - O que acha? Podemos contar com o você para os próximos serviços?
— Pistoleiro pronto pro trabalho - Afirmou o homem meneando com a cabeça - Vai me mandar com quais loucos dessa vez?
— Nada que não esteja acostumado - Ela faz uma pausa, colocando uma pasta em cima da mesa para que pudesse ler com calma - Ficará feliz em saber que a partir de agora vai trabalhar junto a um coronel das Forças Armadas. Se chama Rick Flag.
— Tá de brincadeira? - Indagou Lawton incrédulo, praguejando diversas vezes para esbanjar sua raiva.
— Depois do que alguns de seus colegas andaram aprontando, tentando se safar da obrigação para conosco, foi obrigada a tomar medidas cautelares contra você e sua laia.
— Nossa laia - Corrigiu Floyd em tom provocativo - Posso não ter ideia de quem é, mas sei que se alguém descobrir essa merda que nos obriga a fazer, vai ser trancada numa cela no mesmo presídio que nos mantém.
— Mantenha seus amigos na linha - Ordenou a mulher pegando seus pertences para voltar à entrada da sala - Se conseguir cumprir esse favor a mais, quem sabe não facilito as coisas pra você.
— Como assim facilitar? - Para o azar de Lawton, a mulher já havia deixado a sala, provocando sua curiosidade para seu próprio benefício, mas ele não ligava para os jogos que enfurnavam-no. Estava acostumado com aquele tipo de gente. Se manter outros marginais na linha durante as missões garantiria uma vantagem para sair da cadeia, então valeria a pena aguentar aquela estupidez por mais algum tempo.

Arlequina se encontra deitada em uma cama hospitalar levantada, sob as mesmas condições as quais o Pistoleiro havia sido submetido, então escuta a mesma mulher entrar na sala.
— Arlequina - Exclamou a mulher satisfeita - Finalmente te capturamos.
— Na verdade estou aqui faz mais de dois meses - Declarou a ex-psiquiatra coberta de razão.
— No entanto é a primeira vez que terá contato com a Força Tarefa-X. Você vai fazer tudo o que for ordenado, incluindo matar pessoas.
— Isso aí eu faço sem precisar de ordem - A jovem ri da própria fala, sem prestar atenção na arma que fora colocada à sua frente.
— E em alguns casos impedir que pessoas morram - Completou a mulher soltando uma risada sarcástica.
— Eu não salvo pessoas. Isso é tão... estranho - Argumentou Arlequina tendo um breve lapso.
— Aposto como quer ver seu Coringa logo, não? - Perguntou a mulher com uma vlara estratégia em sua mente.
— Senhor C? Lógico que quero vê-lo. Onde ele está?
— Infelizmente não conseguimos prendê-lo desta vez, mas você pode revê-lo em breve se fizer tudo o que for requisitado.
— Tudo o que você quiser, queridinha - Concluiu Arlequina abrindo um sorriso repleto de falsidade, mas aquilo bastava para seus propósitos.
— Logo mais uma equipe virá buscá-la - Informou antes de sair do cômodo, se dirigindo ao próximo convocado.
— Digger Harkness - O sujeito boceja semiacordado, evitando abrir os olhos ao perceber a luz irradiante sendo apontada para seu rosto - Deu azar.
— Eu já contei tudo o que sabia - Defendeu-se o assaltante rangendo os dentes.
— Claro que contou, você não sabia de nada - Ela coloca uma pasta em cima da mesa - O negócio é o seguinte, vocês tinha diversos comparsas, o que nos garante o direito de apelar a seu favor. Se dissermos que foi coagido por seus antigos amigos, pode pegar quarenta e cinco anos de cadeia.
— Só isso? - Questionou Harkness em tom irônico - Se eu conseguir sair daqui com vida, vou ter de me matar pra conseguir chegar a algum lugar de tão velhas que minhas pernas estarão. Prefiro as coisas como estão.
— Boa observação, mas após um processo demorado desses, você pode sair imediatamente da cadeia, isso se fizer alguns trabalhos pra mim.
— O que está querendo dizer?
— Você vai fazer coisas praticamente impossíveis de se conseguir, caso sobreviva, a cada missão completada, quinze anos serão retirados da sua sentença.
— Está dizendo que se eu fizer três coisas pra você, simplesmente vão me soltar?
— É isso o que estou dizendo.
— Fácil demais - Reclamou Digger com ar de zombaria.
— Como eu disse, coisas praticamente impossíveis de se realizar. Caso consiga caso sobreviva, me encarregarei de tirar quinze anos de cadeia da sua pena.
— O que ainda estamos fazendo aqui? Vamos acabar logo com isso.
— Que bom poder contar com seu apoio, senhor Harkness. Mais uma coisa, se uma bruxa sair do controle, você irá matá-la para mim, mas não pode contar isso pra ninguém.
— Pra quem eu contaria? - Um avião aguarda na pista de pouso quando sete caminhões estacionam próximo dali.

Em cada um dos comboios, um soldado arranca o saco que cobre a cabeça do prisioneiro, revelando seus rostos e o lugar onde se encontravam. Ao saírem dos caminhões, os prisioneiros se encaram com profundo estranhamento, exceto por Floyd, que simplesmente mantinha a postura e uma expressão tediosa.
— Parece que alguém não tomou o mingau de manhã - Cochichou Arlequina para uma mulher próxima dela, que vestia uma roupa preta e uma máscara branca.
— Bem-vindos seu bando de degenerados - Cumprimentou Rick Flag, um soldado alto, louro, com traje de soldado e charuto na boca, que mantém o olhar na última prisioneira deles antes de se voltar à apresentação - Espero que a estadia de vocês tenha sido desconfortável.
— Para com esse rodeio, Flag - Pediu Lawton claramente incomodado - Você nos odeia tanto quanto nós te odiamos e isso é tudo que importa pra qualquer um que está aqui.
— Pelo que soube, todos vocês são novatos, com exceção do nosso amigo Pistoleiro, então vou fazer um breve resumo pra vocês - Declarou Rick recarregando uma pistola e mirando a mesma na direção do Capitão Bumerangue - Se desobedecerem, vocês morrem - Ele dispara o projétil mas, para a alegria de Digger, a bala passa longe dele. Desta vez, Flag aponta a arma para a cabeça de um sujeito com pele escamada e dentes afiados, além de um odor insuportável - Se tentarem escapar, vocês morrem - Outra vez ele dispara, mas a bala acerta a ponta do caminhão onde a criatura havia sido transportada.
— Isso tudo é para nos amedrontar ou você é ruim de mira mesmo? - Provocou Floyd com seriedade, o que consequentemente fez o coronel apontar sua arma para o mestre dos disparos - Se quiser umas dicas, estou disposto a passar meu conhecimento, mas meus serviços são um pouco caros - Flag dispara, acertando de raspão no ombro do Pistoleiro, que pragueja tamanha a dor que o atinge.
— Estamos entendidos? Ou preciso repetir tudo? - Harkness e um outro vestido com roupa de mergulho engolem em seco, embora fosse evidente que o primeiro estava mais receoso que o segundo - Excelente. Vou apresentar seus colegas de missão. Podem haver mudanças no corpo caso um de vocês morra, o que acontece todas as vezes. Da esquerda para a direita, Crocodilo, Katanna, Arlequina, Pistoleiro, Capitão Bumerangue, Arraia Negra, Amarra e Magia. Podemos ir? - Quando todos estão equipados dentro do avião, Amarra encara Magia por um instante, até que os olhos verdes da bruxa brilham intensamente e ele se volta para Arraia Negra.
— Garota esquisita - Comentou ajustando seus ganchos.
— Já vi piores - Ele dá um breve olhadela para a jovem.
— Escuta Flag - Chamou Crocodilo com uma voz rouca e quase abafada - Se estamos armados nesse avião e quisermos tomar tudo? Matar cada um dos seus homens e fugir com o avião pro quinto do inferno?
— Estava esperando que um de vocês fizesse essa pergunta - O coronel revela um quadro que desprende do teto e cuja tela mostra um ponto vermelho piscando no meio do mapa.
— Somos nós? - Indagou Arlequina em tom de preocupação - Não imaginava que eu era tão incandescente.
— Nossa localização. Se meus superiores souberem que o avião foi tomado, além de ser monitorado por satélite, também é controlado por eles. Um comando fará esse avião cair em qualquer lugar do globo - Rick se vira para o Crocodilo - Eis o seu inferno.
— Somos um tipo de Esquadrão Suicida - Concluiu Arraia Negra balançando a cabeça negativamente - Que seja, qual é a parada?
— Supostamente há uma força externa invadindo uma base da Argus em Washington. Sua missão é impedir esse invasor independentemente do que acontecer.
— Esse é o plano? - Zombou Arraia Negra tomando a frente dos demais - Colocar alguns dos mais procurados do mundo na capital da maior potência humana? Quanta discrição.
— Discrição é problema de vocês - Respondeu Flag se aproximando do sujeito sem se deixar intimidar.
— Então vamos agilizar - Pediu Digger verificando o último de seus bumerangues - Anos a menos de cana. Nem todo mundo oferece isso - Alguns meneiam positivamente para o assaltante e pegam seus equipamentos, se preparando para o quer que os esperasse lá embaixo.
Assim que o avião pousa, a equipe de Flag e Lawton sai na frente, com os demais soldados vindo por trás. Eles atravessam o primeiro pavilhão da corporação sem problemas, mas logo se deparam com uma porção de soldados guardando a entrada principal. Magia fica parada olhando enquanto Bumerangue, Amarra e Pistoleiro correm à frente dos demais, atirando impiedosamente contra seus oponentes. Lawton dispara intensamente, até que resta um soldado caído no chão, que levanta as mãos pedindo misericórdia. Ele hesita no primeiro instante, mas não tarda a dar cabo do inimigo.
— Eis sua missão impossível - Exclamou Floyd dando passagem para Flag e seus soldados, que invadem o lugar e verificam se havia qualquer presença estranha no interior da base.
— Que diabos está acontecendo? - Indagou Katanna, que mantinha a guarda alta apesar de não haver ninguém por perto.
— Nada. O que indica minha saída - Afirmou Amarra arremessando seus ganchos por todos os lados para atirar de uma vista previlegiada. Os demais correm para se proteger, exceto por Arlequina, que corre para acertar em cheio um soldado que vinha escondido atrás de uma coluna.

Subitamente, outras dezenas de soldados emergem por trás de decorações e portas, rendendo todos os criminosos. Flag tenta escapar, mas também termina rendido. Por fim, todos miram suas armas nos pescoços de suas vítimas e disparam. Depois de um rápido, porém doloroso choque, os soldados ajudam os condenados a se levantar e enquanto três ou quatro soldados trazem Amarra, outra vez algemado, para o centro do grupo. Um soldado mostra um distintivo que revela sua alta patente e mira uma pistola na cabeça do criminoso.
— Devia ter pensado melhor - No momento posterior, o barulho do disparo ecoa por todos os lados, enquanto o sangue escorre da cabeça do corpo moribundo de Amarra, que é arrastado por dois soldados até os fundos da locação. Espantados com a amostra de violência gratuita, os membros da ForçaTarefa-X se contém, largando todas as armas sem pensar duas vezes.
— Mais alguém ainda pensa que isso é brincadeira? - Corações saltam dentro de caixas toráxicas enquanto o general caminha entre os criminosos - Para a sorte de vocês, tudo isso não passou de um teste. Queríamos saber qual dos degenerados tentaria desobedecer as normas do programa. O que não passasse no teste seria eliminado de cara.
— Podíamos ter morrido para aquele idiota e você vem me dizer que tudo isso foi um teste? - Questionou Digger revoltado.
— Relaxe, babaca. As armas de vocês são falsas, inclusive equipamentos e balas. Todos os mortos foram encenações convincentes para trazê-los o máximo de verílsemelhança possível - Explicou o general se colocando ao lado de Floyd - Mas você já sabia disso, não é mesmo senhor Lawton? - Pergunta o militar revelando o quanto se divertia com a encenação, enquanto os demais criminosos encaravam o Pistoleiro com indignação.
— Sim general - Confirmou Floyd sem esboçar reação pouco antes de seus rostos serem novamente cobertos por sacos e sedativos serem injetados em seus corpos.
— Excelente crianças. Hora de ir para o verdadeiro inferno.


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Notas finais do capítulo

Começo tenso. Tadinho do Amarra... E quem poderia imaginar que esse povo armaria uma dessas?



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