Knights Gods - Prisoners of Blood escrita por Luana Cajui


Capítulo 16
Que situação...chata




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/740953/chapter/16

Flashback de quando tudo deu errado pro Marcos (e pro Albafica).

Envolvido pelo desespero e pela pressa, Marcos nem mesmo deixou que Bruce Wayne lhe respondesse, ele apenas se deixou ser levado por seus instintos e pela força de vontade que tinha em preservar a vida do melhor amigo, Albafica e foi assim que o plano do Batman começou a dar certo.

Quando as chamas verdes surgiram da palma de sua mão ele não exitou em lança-lás no bilionário enquanto corria na sua direção.
Quando Bruce Wayne se jogou para desviar das chamas, Marcos saltou sob seu corpo, pegou impulso na bancada e se jogou contra a janela caindo alguns andares para baixo antes de ativar seus poderes metahumanos e usa-lós para chegar o mais rápido possível até o amigo.

Quando chegou, o coração do brasileiro parecia que sairia pela boca. Ele correu até o "quarto" de Albafica, encontrando um robô enfermeiro histérico que aplicava uma massagem cardíaca no garoto albino, impedindo que seu coração parasse de bater.

O aspirante a médico logo se apressou e já preparou uma dose dos medicamentos para injetar no mais novo antes que ele prosseguisse com mais alguma manobra de socorro.
O corpo do Albino estava fraco, sem nenhuma energia e ele precisava de nutrientes para funcionar além de água e luz do sol.

Levou quase três horas, Marcos aplicava os medicamentos de maneira meticulosa para que o corpo do outro pudesse absorver os remédios de maneira certa para que enfim pudesse voltar a funcionar sem a ajuda dos dois presentes ali.

"Estabilizando paciente, funções vitais independentes retornando a normalidade, recomendável repouso total e monitoramento em caso de piora."

Marcos suspirou ao ouvir as palavras do robô e aliviado se jogou para trás, deitando no chão frio, parecia que uma tonelada tinha saído de cima de seus ombros, permitindo que ele pudesse relaxar um pouco.

—Só preciso prosseguir com o tratamento agora, para que você pelo menos consiga comer alguma coisa.

Marcos se apoiou no chão a fim de voltar a sentar, quando o moreno sentiu um formigamento em seu pescoço.

"Nossa senhora, me diz que não é formiga!"

Levando uma das mãos até sua nuca, Marcos encontrou algo que não lhe foi nada encorajador pois um dardo calmante não era bom sinal.

"AH NÃO!"

O jovem ergueu o olhar na direção da entrada do quarto vendo a figura vestida de preto adentrando o cômodo, era o Batman.


—FILHO DA PUTA! —bravejou ele.

O brasileiro ergueu uma de suas mãos pronto para lançar uma rajada de fogo no homem morcego mas antes que pudesse fazer isso uma outra rajada de chamas o tinha atingido no peito, lançando o jovem contra a parede, destruindo alguns vasos e por consequência fazendo o moreno bater a cabeça na parede o deixando mais atordoado ainda por causa dos efeitos soniferos do dardo.

—Não me recordo da sua mãe te ensinar esse palavreado. —falou a voz calma de uma mulher.

Uma segunda figura tinha adentrado na sala junto com o Batman sem que Marcos tivesse percebido e essa até então lhe era uma velha conhecida afinal era a heroína que ele e sua irmã se inspiraram na infância.


—Engraçado, eu não me lembro te dar esse tipo de intimidade pra me repreender. —disse o brasileiro irritado. Numa situação normal o moreno revidaria o ataque, mas não, Albafica estava ali e fogo era a última coisa que ele precisava no momento,eram dois usuário de fogo num ambiente fechado cheio de coisas inflamáveis, seria uma péssima escolha usar mais dos seus poderes agora.

Marcos bufou irritado, sua visão tinha começado a ficar turva, só podendo identificar o borrão verde caminhando em sua direção.

A heroína se ajoelhou a sua frente, segurou o rosto do moreno com uma das mãos de modo até que carinhoso e com a outra mão tocou o local atingido pelo dardo no pescoço do menor.

—Sua mãe teria dado. —Sussurrou a heroína para ele antes de colocar um objeto de metal ao redor do pescoço de Marcos.

—Você matou ela...não tem...

O corpo de Marcos teve um forte espasmo quando Fogo terminou de ajustar o aparelho de metal no pescoço do brasileiro, era como se uma agulha tivesse entrado em uma das veias de sua garganta. A heroína o segurou e assim que viu que o jovem não resistiria ela o abraçou, o ergueu do chão e apoiando sua cabeça em seu ombro.

A heroína percebeu as batidas do coração do outro aumentarem, ela pode sentir sua temperatura corporal subir também, algo involuntário certamente.

—Ele vai viver, você já cuidou bem da situação, vamos assumir de agora em diante.

Tranquilizou a mulher sussurrando, terminando por carregar Marcos em seus braços enquanto o homem morcego verificava o garoto Albino.

Aquelas tinham sido as últimas palavras que o jovem tinha escutado, pois enfim seu corpo sucumbiu a droga do dardo e finalmente Marcos apagou.
—_________________________


Robin não sabia como Agatha tinha entrado na Delegacia sem ser vista, mas com certeza a garota tinha feito o mesmo para sair.
Tudo aconteceu rápido, Robin estava pronta para se jogar no chão quando viu um clarão vindo da parte mais alta e PAH! o corpo de seu perseguidor tinha caído no chão e Agatha estava próxima as escadas com uma besta em uma das suas mãos e olheiras profundas em seu rosto.

—NÃO CONFIA NA POLÍCIA, ELES VÃO SE INFILTRAR NELA E VÃO TENTAR TE MATAR! —Tinha gritado a garota Wayne a pleno pulmões para que todos na sala pudesse ouvir.

—ELES QUEM, CARALHO?! —Robin gritou de volta.

A garota punk se apoiou em uma das mesas, sentindo suas pernas fraquejarem ela teria caído se seu pai não a tivesse amparado em seus braços.

Agatha não respondeu, uma simples movimentação feita pelo garoto arrogante foi o suficiente para que a mais nova voltasse a brilhar e a sumir mais uma vez.

—Ela joga a bomba e vai embora? —murmurou Robin nos braços do pai.

—Agatha, nada de novo sob o Sol.

O Pai de Robin a ajudou a se colocar em pé mais uma vez agora tendo a ajuda de Dick para se acomodar em uma cadeira.

Do outro lado do salão estava Manna e o perseguidor misterioso, ninguém pareceu dar muita atenção para o cara caído no momento então a morena aproveitou para revistar o casaco e os bolsos do seu quase assassino.

"Como é possível que eu tenha caído de tão alto e ainda estar aqui?"

Ela se perguntava em seus pensamentos é claro aquilo não se aplicava apenas a aquela queda mas englobava tudo que tinha acontecido até o momento, o ataque na missão com Zatanna,KidFlash e Besouro Azul, o ataque no templo de Themiscera, o tiro na cabeça no fliperama e a estranha volta daqueles que deveriam ter morrido e agora também tinha a queda que tinha sofrido ao ser arremessada e despencado até o térreo e pior de tudo, aquilo não parecia nenhum pouco normal como quando outros heróis tinham quedas iguais ou piores, tudo fazia parecer que Manna deveria ter morrido em todas essas ocasiões.

"O que tem de errado comigo?"

Após alguns instantes, Manna encontrou nos bolsos do desconhecido apenas recibos amassados e um celular com a capa do Pokémon sem falar numa identidade.
Disfarçadamente, a garota as guardou em seu próprio e imenso bolso de seu moleton, ficando longe das vistas dos outros.

—Já disse, minha filha não fica aqui nem por mais nenhum segundo, estão ficando malucos?

Manna ergueu o corpo devagar e se aproximou das mesas dos detetives, onde viu uma Robin bem eeeerh... branca que nem um fantasma sentada numa cadeira enquanto um homem muito parecido com ela gritava com Dick, Damian e mais alguns polícias, seus olhos chegavam brilhavam numa cor púrpura, um claro meta humano assim como a filha a diferença era que ele parecia bem disposto a deitar todo mundo ali na porrada e não só o cara que queria matar sua filha, que por sinal já estava morto e foi Agatha Wayne que tinha o matado.

—Senhor Manchester nós não...—Um dos detetives tentou falar, mas logo sua prosa foi interrompida por uma voz de trovão que fez até mesmo Damian recuar.

—MINHA FILHA QUASE FOI MORTA E VOCÊS AINDA TEM A PACHORRA DE ME FALA QUE ELA ESTÁ SEGURA AQUI? VAI PARA O RAIO QUE LHE PARTA, VOCÊS DA POLICIA SÃO UNS INCOMPETENTES QUE DEIXAM QUALQUER UM ENTRAR NUM ANDAR COM TESTEMUNHAS...!

Era evidente e perceptivel que o pai de Robin, o Sr. Manchester estava furioso com a situação que tinha acabado de acontecer e caso você não tenha percebido ainda espero que o CAPSLOCK tenha deixado isso bem visível. O homem parecia e estava disposto a pulverizar a todos naquela sala se não fosse pela sua própria filha.

—Puta que pariu...shiii papai está me dando dor de cabeça...

Robin realmente parecia só o bagaço da laranja, além de estar pálida como um fantasma, seus cabelos negros pareciam ter perdido o brilho e com ele o penteado bem construído de horas atrás que agora se encontrava desfeito e repleto de frizz.

Ao perceber o desconforto da filha com seu tom de voz, Manchester se calou a fim de preservar um pouco a jovem sem deixar de olhar para os outros da sala como se quisesse fazer picadinho de cada um.

Os detetives e os garotos Wayne pareciam ter ficado aliviados por alguns instantes ao não ter uma crise com um meta humano ali no meio da delegacia, tudo parecia tranquilo até Manna começar a falar.

—Não quero ficar aqui. —declarou a garota em voz baixa, para não irritar Manchester. —Quando vou poder ir embora?

O detetive responsável olhou para Manna e Manna olhou para ele por alguns instantes em silêncio.

—Não foi você que caiu nas escadas? —perguntou ele descrente.

—Fui eu não, foi um guaxinim. —ironizou a garota já se irritando. —Fala sério, a queda de alguns degraus não ia me matar.

"Aposto que nem se eu caísse de penhasco eu morreria."

Damian olhou para Manna irritado, não gostando do tom da mais nova,mas ela o ignorou, queria bancar a adolescente assustada.

—Não quero mais ficar no lugar em que eu quase morri! —o tom de voz era de indignação de um jeito ansioso, fazia Manna parecer paranoica.— Aquele cara podia ter matado nós duas, raios? Não tinha mais ninguém lá em cima com a gente, foi de propósito!

Manna tentava soar convincente e estava conseguindo, era verdade, ninguém estava naquela parte do prédio com Manna ou Robin, os policiais apenas tinham dito para que elas ficassem nas salas e tinham saído, mas logo após não tinha uma alma viva lá em cima, tinha sido planejado e ou os policias estavam mortos ou foram bem pagos para esvaziar o andar inteiro.

A jovem estava quase adicionando mais alguma acusação pra cima do detetive, quando sentiu alguém segurando seu ombro, Manna olhou para cima, vendo que Robin estava agarrando sua blusa, prestes a questionar a mais velha que agora estava nos braços do pai, a jovem sorriu para si e tudo foi tomando por um tom púrpura.

—__________

Definitivamente tudo estava uma bagunça imensa, primeiro Albafica não estava mais em Arkhan, depois Agatha tinha sido morta, sqn, ai vem Marcos o garoto brasileiro com problemas com Fogo e por fim o Robin.

—Kyeran Manchester, um bruxo imortal que reina supremo no tráfico e venda de antiguidades, mágicas ou não, tem ficado fora de vista durante séculos, quem diria que ele teria se estabelecido justo em Gotham.

A voz calma do Sr. Destino ecoava pela sala de reuniões, sentado a mesa ele apontava para o holograma em tamanho real de Manchester, num estalar de dedos o holograma do homem desapareceu.

—E a garota? —perguntou o Homem Morcego.

—Pelas próprias palavras de Manchester, ela é filha dele, não me admira, um bruxo que se escondeu por séculos não surgiria do nada usando seus poderes para nada.

—A filha dele quase foi morta na delegacia. —relembrou o Batman.

—Já sabemos, não precisa ficar lembrando. —respondeu o Destino de maneira ríspida. —O que importa é que consigo rastrear a assinatura mágica dele e por consequência a de Manna também apesar de ser absurdamente fraca.

—Hum ! —resmungou o homem morcego.

Sr.Destino não ligou para o resmungo e se concentrou no que tinha que fazer, suas mãos brilharam em uma luz dourada invocando um portal que logo foi atravessado por ele e pelo Batman.


Nada muito extraordinário os aguardava do outro lado, os dois tinham aparecido em uma luxuosa casa de campo pela paisagem mostrada do lado de fora das janelas, ali definitivamente não era Gotham era colorido demais.
Os dois heróis estavam numa enorme sala de visitas completamente abandonada, todos os móveis estavam cobertos por lençois brancos mas havia vozes vindo de outro cômodo.

—É sério, onde a gente tá? —perguntou uma voz um pouco quanto infantil de longe.

—Manna! —disseram os heróis juntos, se aproximando juntos do outro cômodo.

—Relaxa, é só uma casa de campo, vamos ficar aqui até a fumaça abaixar —respondeu uma voz feminina essa menos infantil que a outra.

—Eu posso mandar ela pra casa, sabe disso né querida? Quanto menos...gente melh...

A voz inconfundível de Manchester vacilou um pouco por alguns instantes, com certeza o feiticeiro tinha notado a entrada de Destino no local.

—Se atirar perto da minha filha eu mesmo quebro o seu elmo, Nabu.

Tomando a frente do Batman, Nabu surgiu na soleira da porta olhando diretamente para Manchester que parecia de péssimo humor além dele é claro tinha as duas jovens ali como Manna e aquela que aguçou sua curiosidade a jovem feiticeira de aura amarela.

—A violência nunca foi um método eficaz quando se trata da sua pessoa, seria inútil.

Nabu terminou por entrar no cômodo e o Batman o acompanhou e por incrível que pareça nenhum dos feiticeiros pareceu surpreso com sua presença.

—Ah ótimo, o pai da Agatha! —resmungou a garota Robin, que estava sentada em uma bancada onde descansava o corpo, a garota tava só o pó.

—O que..? —perguntou o homem de preto.

—Não dá pra esconder nada de mim em Gotham. —resmungou a morena em cima da mesa —Sou pior que Bartender.

Robin que segurava um copo com um líquido azul o ofereceu aos recém chegados mas ao ver a recusa a garota bebeu tudo em poucos goles antes de voltar a falar.

—Ela sempre se apresentou como Agatha Kyle ou só Agatha.—falou a feiticeira descendo da bancada e indo se sentar numa mesa redonda perto de uma das janelas. — Então já deve se imaginar a minha cara de surpresa quando vi no noticiário que a tal da Agatha Wayne foi encontrada morta a algumas quadras do nosso ponto de encontro e PAH a foto que estampava a capa dos jornais era uma das minhas melhores amigas, uma foto feia por sinal.

—Filha de Bruce Wayne? Ela não é muito nova para ser sua filha? —perguntou Manchester ainda perto das bancadas.

O Batman pareceu ignorar as falas do adulto e se focou apenas em Robin.

—Então, você sabe. —constatou.

—É claro que sei, ora essa quem mais em Gotham teria dinheiro e disposição para fazer o que o Batman faz? Não sei como mais ninguém descobriu.

Batman se aproximou da mesa onde Robin estava, sendo seguido atentamente pelo olhar de Manchester, Manna e Sr.Destino.

—E você tá trabalhando com a menina ali, Manna né?

Houve um momento de silêncio na local até que finalmente mais cadeiras surgiram ao redor da mesa.

—Pai, estou faminta vamos comer, sim? Temos convidados e não quero mais dor de cabeça então vou responder algumas perguntas e acabamos com isso sim?

Os olhos amarelos de Robin foram diretamente para o Batman como se a pergunta tivesse sido feita para ele.

—Não vou ocupar muito do seu tempo. —Garantiu ele.

Robin assentiu e Manchester estalou os dedos e num passe de mágica todos estavam sentados na mesa.

—A quanto tempo o fliperama funciona? —perguntou ele.

—Abrimos logo após a Grande Guerra das Máfias contra as Gang's. —respondeu Manchester.

—Por anos o fliperama foi gratuito a todos de baixa renda, era uma maneira de manter as crianças órfãs longe das ruas até que eu assumi e comecei a arrancar dinheiro dos riquinhos que resolveram causar problemas na minha área. —Robin começou a cortar um pão e ofereceu uma das fatias a Manna que a pegou por educação. —Come aí, tu deve ter gasto muita energia pra curar e trazer todo mundo de volta.

Batman observava atentamente a morena.

—Como conheceu Agatha?

A pergunta de ouro que fez Robin sorrir.

—Na escola, eu era responsável pela sala de informática e eu peguei ela alterando a nota de alguns bolsistas no sistema.

—O que?

—É, essa também foi minha reação, uma garota de sei lá 10 anos invadindo o sistema da escola e alterando notas? Incrível eu tenho que ser amiga dela.

—Ela Hackeou?

Era nítido a surpresa na fala do homem morcego, afinal como uma garota que só tivera nota baixa e com dificuldade em memorizar qualquer fórmula era capaz de Hackear sistemas?

—Sim, era até estranho ela modificar e aumentar a nota de bolsistas enquanto ela própria nao aumentava as suas, mas eu relevei e fiz vista grossa. —Robin deu de ombros. —Logo após isso a gente começou a conversar, mas você deve estar se perguntando como eu não sabia que o sobrenome dela era Wayne, ela deve ter modificado os próprios registros e colocado Kyle como o sobrenome oficial. "Srta.Kyle esses seus joguinhos não a levarão a lugar nenhum!" — imitou um dos professores. — eu realmente não me preocupava com isso, eu a chamaria pelo nome que ela queria ser chamada.

Manna observava atentamente todos na mesa enquanto mordia sua fatia de pão, o Batman parecia um pouco tenso enquanto Destino não parecia se importa muito.

—Hum, como vocês todos se conheceram, digo o garoto de cabelo branco e o de cabelo preto.

Batman e Robin se viraram para encarar a mais nova, ambos permaneceram em silêncio por alguns momentos até que a mais velha ali sorrisse e levasse uma das xícaras aos lábios.

—Oh..isso..bem, o garoto de cabelo branco supondo que esteja falando de Albafica foi um trabalho que meu pai recebeu a alguns anos ao qual eu não posso responder nada pois nem eu sei os detalhes já o moreno, bom digamos que eu dei uma forcinha pra ele em troca da mão de obra para a manutenção do fliperamas, Agatha já me ajudava com isso mas com ele foi muito mais fácil já que ele não precisava de EPIS pra soldar alguma peça.

—E quanto a Albafica? —perguntou o Batman mas dessa vez para Manchester —O garoto não estava solto por aí como o outro.

Um sorriso debochado surgiu no rosto de Kyeran que fez questão de rir.

—Lembra a última tentativa de fuga em massa que aconteceu em Arkham?Obra minha, me pagaram muito bem por aquilo.

Kyeran Manchester se referia a tentativa de seis anos atrás quando o sistema de Arkham foi hackeado e entrou em pane completa o que ocasionou na abertura de todas as celas, onde alguns vilões conseguiram fugir com sucesso e muitos médicos e guardas foram mortos.

Robin olhou para o pai por alguns instantes em silêncio antes de voltar a atenção aos outros da mesa.

—Enfim, Albafica era nosso alvo, tiramos ele de lá e missão cumprida.

—Então quem pagou por ele? Pra tirar ele de Arkham não deve ter sido fácil.

—Pra pagar 500.000.000, eu ia até o inferno pra tirar o garoto de lá, mesmo que não me pagassem.—revelou o feiticeiro olhando para o Batman com certo desgosto.— Você não manda menores de idade para Arkham a não ser que os queira ver mortos.

Manna mordeu seu pão mais uma vez e seu olhar se intercalou de Robin para o Batman, Robin, Batman, por alguns segundos antes de colocar a mão no bolso de seu moletom e colocar o que tinha achado ali em cima.

Robin e o Batman focaram seus olhares nos objetos para depois olhar para Manna.

—Estava com o homem que tentou nos matar.—explicou ela casualmente.

Robin olhou para os objetos mais uma vez e levou sua mão até o celular com a capinha do Pokémon. A feiticeira mexeu por alguns instantes no aparelho.

—Está sem bateria. —Informou Manna.

—Não mais...—Robin colocou o aparelho sob a mesa e projetou a imagem da tela para que os presentes pudessem ver a imagem da tela.—É o Pocket da Agatha...

A feiticeira olhou o histórico de ligações do celular e pode ver as últimas chamadas feitas para o telefone de Marco nos horários entre a 00h00 e 01h00 da madrugada.

—Puta merda...ela...

—Tentou ligar pra pedir ajuda do Marco.—Concluiu Robin.— Que porre do caralho.

Robin saiu do registro de chamadas e se encaminhou até a galeria, passou pelas fotinhos de Agatha na ginástica arrumada feito uma bonequinha, Agatha no fliperama parecendo uma e-girl que toma banho, Agatha com cara de cu em uma Selfie onde mostrava sua colocação em um ranking na escola e por fim o que interessava, imagens aleatórias da rua e vídeos.

Robin colocou para reproduzir o primeiro.

"MARCOS SEU FILHO DA PUTA" foram a primeira frase dita pela garota na filmagem, Agatha parecia correr por sua vida e atrás dela era possível ouvir o som de carros e passos atrás dela. "POR QUE EU NÃO ENTREI PRA EQUIPE DE ATLETISMO?"

Agatha corria apressadamente nas gravações a seguir e a filmagem durou até que ela jogasse o celular pra algum canto encerrando a gravações a atividades do celular.

O olhar da feiticeira caiu sob o homem morcego que tinha os punhos cerrados com força, Robin ofereceu o pequeno aparelho a ele.

—Eu diria meus pêsames, mas sei que assim que ela teve a oportunidade, Agatha meteu o pé. —explicou Robin com a voz calma. —Você conseguiu capturar Marcos e Albafica visto que não recebo notícias deles dois a algum tempo, mas se você se deu ao trabalho de enviar ela. —Robin apontou para Manna.— Significa que ela não estava junto com eles e você não faz ideia de como achar ela.

Com certa cautela, o homem morcego assentiu e Robin encarou o pai por alguns instantes antes de se virar para o senhor Destino.

—Não consegue localizar ela com magia, Lord Nabu?

Sr.Destino negou.

—A um feitiço de contenção que não me permite localizar meu alvo quando o mesmo não quer ser encontrado.

Robin fez uma leve careta.

—É fiz meu trabalho bem demais até e não irei desfazer o feitiço por hora, nunca se sabe quem está procurando, aquele cara na delegacia parecia ser algum tipo de usuário de magia, conseguiu ver a mim e a Manna em pleno escuro, e tentou nos eliminar aliás.

Robin pareceu deixar o assunto de lado e colocou um macarron na boca antes de focar sua atenção em Manna.

A mais nova pareceu nervosa ao ter o olhar de Robin focado em si.

—Então querida, me diga, o que você é? —perguntou ela.

—O que?

—O que você é? Ah não se faça de boba, eu vi como sua presença afetou as minhas fadas familiares, elas estavam loucas aglomeradas a sua volta, não paravam de cantar o quanto você era doce eu quase dei permissão para que elas te raptassem se aquele velho escroto não tivesse aparecido.

—O QUE?! —berrou ela o Nabu ao mesmo tempo, fazendo Robin rir.

—Ora essa, eu pago muito bem as minhas fadas, dou tudo que elas querem e algumas estavam quase me implorando pra te levar, mas tenho bom senso se alguém sumisse no fliperama iria gerar dor de cabeça na cidade.

—Aposto que seria uma dor de cabeça menor do que a de agora. —resmungou Kyeran descontente.

—Bom...estou curiosa para saber como a mídia vai notíciar que os 93 jovens do fliperama sobreviveram milagrosamente ao massacre, mas isso já é problema da polícia.

—Isso é claro se eles não jogarem o "milagre" pra cima de você, não quero que criem um culto ao algo assim para você mais uma vez.

Kyeran declarou focando seu olhar no Batman.

—Da próxima vez que for mandar alguém investigar alguma coisa envolvendo a sua criança, tenha certeza de que outros não estão fazendo o mesmo, graças as ações no fliperama a cabeça da minha filha e da...aleatoriedade que você mandou estão em jogo, não vão demorar até associarem a sua filha a tudo isso e então eles vão começar a fazer perguntas, esteja preparado para ter as resposta do contrário se prepara para o processo.

Enquanto seu pai mandava um últimato para o herói da noite, Robin aproveitava para comer e empurrar comida para Manna também está que era observada atentamente por Sr.Destino.


—Vou dar cinco minutos para que se retirem.—declarou Kyeran já de mau humor.—Qualquer outro assunto sobre o fliperama ou a investigação vocês podem ligar para meu número comercial do contrário fiquem longe já vou ter que fazer isso com a minha filha, sabe o quão complicado é encontrar um corpo novo? Vão!

—Papai!—protestou Robin que foi prontamente ignorada.

—Vão antes que eu invoque os meus servos.

Sr.Destino foi o primeiro a se levantar e educadamente fez uma leve reverência ao velho feiticeiro.

—Obrigado por nos receber, Lord Kyeran. —disse o herói.

—Você tem sorte por ser um dos meus clientes mais antigos do contrário tinha obliterado os dois assim que pisaram aqui e ficado com a garota como compensação a Robin.

—PAI CHEGA!—Protestou a jovem mais uma vez

—E obrigado a senhorita Manchester, por ter mantido a jovem Manna em segurança. —Agradeceu o Herói assim que viu o Batman se colocando ao seu lado.— Se tiver alguma notícia da senhorita Wayne, pode me convocar pelo campo de manna.

—Eu enviou uma fada.—Declarou Robin entregando uma pão recheado a Manna que tinha acabado de se levantar.

Kyeran deu de ombros e rápidamente os outros heróis tinham desaparecido em um portal aberto por Destino. Robin olhou para o pai por alguns instantes e logo o questionou.

—Pegaram eles?

Kyeran ergueu seu celular e mostrou uma mensagem a filha que abriu um sorriso malicioso.

—Um dos homens do Mustang's identificou um dos cadáveres e já capturaram os culpados. —declarou Kyeran com um sorriso maligno. Sua filha deu um pulinho de alegria.—E também encontraram um novo corpo para você, logo essa casca não sera um problema e você terá uma nova em folha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Knights Gods - Prisoners of Blood" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.