Doce Vingança escrita por Haruno Patthy


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Tenham uma ótima leitura.



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Sasuke se afastou de carro, perdido em pensamentos. Seu motivo para alugar aquela casa era simples: Era uma oportunidade de ouro de se vingar dos Haruno pela forma como o haviam tratado tantos anos atrás. Sua intenção original era depois que a festa terminasse garantir que Kizashi soubesse quem lhe pagou tanto dinheiro pela casa e então desaparecer sem olhar para trás. Mas encontrar Sakura de novo mudou tudo. O afetou muito vê-la toda severa em sua personalidade de contadora, mas no momento em que a viu naquele dia, de camiseta e jeans, os cabelos soltos e se parecendo tanto com a garota que uma vez amou, mudou de idéia. Com Itachi vivendo ali, seria fácil frequentar o território de Sakura  e ver como as coisas se desenvolviam.

Uzumaki Naruto era um morador relativamente recente da cidade. Desde que substituíra Haruno Kizashi no banco, também adotou uma atitude possessiva em relação à Sakura, que achava aquilo divertido e não se recusava a se encontrar com ele ocasionalmente para um jantar. Seus cabelos louros e brilhantes olhos azuis lhe davam uma enganadora aparência de juventude e, junto com suas maneiras agradáveis e a condição de solteiro, logo se tornou um grande favorito das mulheres da cidade.

Sakura percebeu aquela noite, que, como de costume, era o objeto de mais de um olhar invejoso enquanto ele a levava para um barzinho.

— Isso é bom – disse ele, depois que o garçom lhes levou as bebidas. – Sempre me sinto tão relaxado em sua companhia, Sakura. O que não é de surpreender. Herdei o emprego do seu pai, assim pode me considerar quase da família.

— Um pouco de exagero. – Sakura riu.

— Você fica maravilhosamente diferente com os cabelos assim. – Debruçou-se sobre ela. – Devia usá-lo solto com mais frequência.

— Não combina com minha figura de contadora.

Ele riu e se aproximou ainda mais para estudar o cardápio com ela.

— O que gostaria de comer?

— Praticamente qualquer coisa… Menos órgãos!

Ele riu alto e atraiu a atenção de muita gente.

— Concordo com você! E não olhe agora, mas há um sujeito no bar olhando para nós. Seu amigo?

A alegria de Sakura desapareceu quando viu Sasuke no bar com Karin. Ele fez um aceno frio quando os olhos se encontraram e passou um braço em torno da acompanhante para levá-la para uma mesa.

— Você o conhece?

— Sim.

A chegada do garçom distraiu Naruto. Quando foram para o restaurante, ela viu que toda a família Uchiha jantava com Sasuke. Tenten chamou a atenção de Konan e Itachi e ambos acenaram sorrindo. Sakura acenou de volta e Karin se aproximou ainda mais de Sasuke, ah, aquele sorriso frio.

— Apenas um conhecido? – murmurou Naruto.

— Na verdade, ele é uma espécie de cliente. – Sakura se resignou e explicou a conexão. O aluguel da mansão para uma festa logo seria de conhecimento geral.

— Então ele é Uchiha Sasuke. – Naruto estava impressionado. – Li muito sobre ele recentemente… Uma bela história de sucesso. Mas por que está usando sua casa para uma festa?

— Uma cliente minha sugeriu a ele como uma forma de dar uma festa diferente.

— E seu pai concordou?

— Depois de muita persuasão. – Sakura sorriu. – E aqui está nosso jantar.

Pela terceira vez naquela semana Sakura não conseguiu desfrutar de uma refeição que normalmente comeria com prazer. Era culpa de Sasuke, pensou aborrecida, e então forçou um sorriso alegre quando os Uchiha pararam à sua mesa com Sasuke quando saíram. Sakura observou divertida enquanto Naruto flertava com Karin e Tenten, apertava as mãos do casal Uchiha e, finalmente, a de Uchiha Sasuke, que só depois se virou para Sakura.

— Vou viajar amanhã, senhorita Haruno. Voltarei bem antes do grande dia. Tem meus números de telefone, assim não hesite em ligar se tiver alguma dúvida.

— É claro. – Sakura lhe dirigiu seu sorriso profissional, mas dedicou outro mais caloroso a Konan. – Você vai à festa?

— Não a perderia por nada, Sakura.

— Estaremos todos lá – interrompeu Karin, com um sorriso triunfante.

— Cavalos selvagens não manteriam você longe! – debochou Tenten.

— Vamos, garotas – disse Itachi. – Bom ver você de novo, Sakura.

— Venha nos visitar de novo, por favor. – Konan sorria, calorosa.

— Gentileza sua. E vou aceitar o convite um dia desses. – Sakura evitou o olhar cínico de Sasuke.

Depois que saiu, Naruto observou Sakura com interesse.

— Há quanto tempo conhece o Uchiha ?

— O conheço de anos atrás, quando era estudante.

— Aquela ruiva foi muito fria com você!

— Foi? Não percebi. – Sakura se levantou. – Obrigada pelo jantar, Naruto. Se me acompanhar até o carro, vou para casa.

Ele também se levantou aborrecido.

— Ainda é cedo, Sakura. Esperava que fosse para o meu apartamento para um café.

— Esta noite, não. – Sorriu para ele enquanto a acompanhava até a porta. – Obrigada de novo.

— Vamos repetir logo.

— É claro. Telefone para mim. Boa noite.

Sakura dirigiu para casa pensativa. Encontrar Sasuke lhe estragou a noite e Naruto de fato percebeu tudo. Não que pretendesse ir ao apartamento dele. E ele parecera estranho durante todo o encontro. Tinha sido uma péssima ideia deixar os cabelos soltos. Suspirou quando se aproximou do chalé. Ela o cortaria se não soubesse o que aconteceria. Tentara uma vez, quando se sentira muito deprimida depois do rompimento com Sasuke. O resultado tinha sido um cabelo com pequenos cachos desgovernados em torno do rosto, o que seria ainda mais ridículo agora.

A medida que a data da festa se aproximava, Sakura percebeu surpreendida, que o pai ficava cada vez mais entusiasmado pela perspectiva. E quando Yamanaka Ino lhe entregou uma pequena lista de possíveis novos inquilinos, ele ficou deliciado ao saber que um programa culinário de televisão seria filmado em sua cozinha.

— Difícil acreditar – disse Sakura, num telefonema para Tsunade –, mas ele está adorando.

— E você aceita que pessoas usem a cozinha de mamãe?

— Por que não? Ela adoraria se isso melhorasse nossas finanças.

— Tem razão. E, por falar nisto, o que Temari acha da nova atividade?

— Ela ainda não voltou do cruzeiro.

Tsunade riu.

— Tenho certeza de que ficará furiosa. E, então, o que vai usar para a festa?

— O vestido que usei da última vez que me viu.

— Não é um vestido de festa, Sakura. Pelo amor de Deus, compre alguma coisa.

— Não tenho dinheiro.

Houve uma pausa.

— Presumo que foram necessários salários extras para cuidar da casa e dos jardins. Foi você que pagou?

— Culpada, Tsunade. Preciso que esse evento seja um sucesso para atrair novos inquilinos provisórios. E uma casa e jardins em perfeita ordem são parte do acordo.

— Pensou em cobertura pela imprensa?

— Ino cuidou disso.

Além da imprensa local, uma repórter de um jornal nacional estaria presente, uma informação que dera tanto prazer a Haruno Kizashi que ele mal se lembrava da oposição que fizera antes ao projeto.

Mais tarde, Sasuke ligou para avisar que os homens que montariam a marquise chegariam cedo à manhã seguinte.

— Ótimo. Não estarei aqui, mas vou avisar a papai. Você virá com eles?

— Não, estou cheio de compromissos amanhã. Mas meu assistente cuidará de tudo. Como está o jardim? Soube que choveu um pouco nos últimos dias.

— Apenas para dar mais vida às flores e ao gramado. Orochimaru o cortou de novo ontem.

— Quem é ele?

— Jardineiro. Vem uma vez por semana.

— Apenas uma vez?

— Vem fazendo trabalho extra ultimamente.

— Deve estar fazendo muitas horas extras para tornar o jardim tão lindo. – Sasuke fez uma pausa. – Seu pai não gosta de jardinagem, acho.

— Não, prefere o golfe.

Era Sakura que dirigia o carrinho do cortador de grama nos fins de semana para deixar para Orochimaru outros tipos mais especializados de trabalho.

— Não mude de ideia sobre participar da festa.

— Disse que estaria lá e estarei. Pelo menos para garantir que nada dê errado.

— Contratei pessoal de segurança para cuidar disso, então apenas relaxe e se divirta. Por falar nisso, devo mandar um convite para o amiguinho com quem jantou semana passada? Esqueci o nome dele.

Sakura rolou os olhos.

— Não será necessário. Mais alguma coisa?

— No momento, não. Ligo depois.

Sakura desligou o telefone e suspirou. Gostaria de não ter prometido ao pai que participaria da festa. Talvez pudesse sair na hora do almoço no dia seguinte e comprar um vestido novo. E então balançou a cabeça com firmeza. Não gastaria dinheiro numa coisa tão desnecessária.

Na manhã seguinte, Kurenai ligou para Sakura no trabalho. Era uma coisa tão rara que Sakura congelou, temendo o pior.

— O que está errado, Kurenai?

— Nada, querida. Estou ligando apenas para lhe dizer que chegou um pacote por correio especial, que foi entregue na casa quando não puderam encontrá-la no chalé. Precisava ser assinado. Quer que mande Asuma levá-lo para você aí?

— Não precisa, não pedi nada, assim não deve ser urgente. Pode deixar o pacote no chalé para mim quando for para casa?

— Claro. E o pessoal da marquise chegou. Seu pai está lá no gramado dirigindo as atividades.

— Ele vai gostar.

— Espero que tudo corra bem amanhã, Sakura.

— Eu também. E não sei como agradecer todo o trabalho que você e Asuma tiveram para deixar tudo em ordem.

— Ficamos felizes de poder ajudar. E, você, desfrute a festa.

Sakura duvidava que conseguisse. Observar Sasuke como o anfitrião de uma festa em sua própria casa seria horrível de muitas maneiras. O motivo para convidá-la era muito evidente. Queria que Haruno Sakura e seu pai  testemunhassem seu sucesso no único lugar que tornaria a celebração um triunfo duplo. Mas não conseguia se livrar do temor de que pretendesse usar a ocasião para humilhar os Haruno de alguma forma.

Trabalhou até tarde de propósito, para ter certeza de que o pai tivesse saído quando chegasse a casa. Não queria que ele lhe mostrasse a marquise. Mas quando dobrou a esquina do caminho para o chalé, era Sasuke que esperava por ela.

— Venha ver se está tudo de acordo com o que quer, agora que a marquise foi instalada.

— Não deveria ser como você quer? Afinal, é sua festa e seu dinheiro…

— Mas é a sua casa. – Olhou para o relógio de pulso. – Chegou muito tarde, Sakura.

— Havia coisas que precisei terminar antes de sair – mentiu.

— Parece cansada.

Sakura o fuzilou com os olhos.

— Gostaria que não ficasse repetindo isso. É claro que estou cansada. Trabalho muito. E estou dez anos mais velha agora.

— Quando soltou seus cabelos, não pareceu… – Parou os olhos entrecerrados. – O que eu disse para você me olhar assim?

— Há mais em mim do que apenas cabelos. – O tom era ríspido. – Agora, vamos inspecionar aquela marquise para eu poder descansar.

— Não sonharia em atrapalhar seu descanso. Veja-a você mesma amanhã de manhã. Boa noite.

Afastou-se em direção ao gramado, perguntando-se por que não conseguia tirar aquela maldita mulher da cabeça, agora que a vira de novo. Tivera tanta certeza de que ela nada mais significaria para ele depois de tanto tempo. Seria apenas um erro que cometera no passado. Mas um olhar para ela naquela primeira vez no banco e o tempo voltara atrás, quando tudo o que quisera era partilhar a vida com Haruno Sakura. E agora se via procurando oportunidades para vê-la de novo, exatamente como o idiota apaixonado que fora. Assim que a festa terminasse, aquilo precisava acabar.

Odiando-se por ter se deixado dominar pelo mau humor, Sakura entrou no chalé enquanto Sasuke se afastava, colocou a pasta sobre uma pequena mesa e, com um suspiro, soltou os grampos dos cabelos, passou os dedos entre eles e massageou o couro cabeludo, com sempre fazia assim que chegava a casa. Uma tentadora torta a esperava na cozinha, cortesia de Kurenai, uma gentileza que levou lágrimas aos olhos de Sakura enquanto fazia café. Estava mais cansada do que imaginara. Mas quando levou a caneca cheia à sala de estar, as lágrimas secaram. O pacote misterioso a esperava sobre o sofá.

Excitada como uma criança, Sakura deixou a caneca sobre a mesa e abriu o pacote. Era uma caixa bonita e, dentro dela, um bilhete de Tsunade:

Pode pensar em mim como uma das Irmãs Más, Cinderela, mas pelo menos dessa vez sou a Fada-Madrinha. É um vestido que ganhei infelizmente pequeno demais para mim. Compre sapatos, use os cabelos soltos e vá ao baile!

Sakura tirou o vestido e o estendeu com reverência nas costas do sofá. Era apenas um fiapo, de gola alta e sem mangas, de cetim de seda vermelho. Subiu a pequena escada até o quarto, tirou as roupas e o vestiu. Chegava aos joelhos e lhe servia tão bem que poderia ter sido feito para ela. Observou, deliciada, seu reflexo no espelho e então telefonou para Tsunade.

— Estava prestes a sair, Sakura. Recebeu o pacote?

— Com certeza. Foi uma surpresa maravilhosa. O vestido é muito caro?

— Não para você, Cinderela. Considere um presente antecipado de aniversário. Serviu?

— Perfeitamente.

— Então o considere minha contribuição para a causa maior. Erga a bandeira “Haruno” com orgulho amanhã e divirta-se.

— Prometo. Obrigada, fico lhe devendo.

Sakura tirou o vestido com grande cuidado, então vestiu jeans e um suéter e preparou uma salada para comer com a torta. Antes de conseguir começar a comer, a campainha da porta tocou. Abriu-a e se viu diante da madrinha, que passou por ela cheia de indignação.

— Que diabos está acontecendo, Sakura ? Por que há uma marquise no jardim? – Shizune não esperou respostas. – Se Kizashi vai dar uma festa, por que não fui convidada?

— A festa não é de papai, madrinha. Quando voltou? Posso lhe fazer um sanduíche? Vou começar a jantar.

— Cheguei ontem. Não quero comer nada, obrigada, mas adoraria uma bebida.

— Que tal um chá?

Shizune se sentou no sofá, a expressão preocupada.

— Chá está ótimo. Então coma seu jantar, parece cansada.

Sakura ligou a chaleira aborrecida. Estava realmente se aborrecendo de ouvir as pessoas lhe dizerem que parecia cansada. Serviu o chá numa caneca e o levou para a madrinha.

— Obrigada, querida. Agora, pelo amor de Deus, me conte o que está acontecendo.

Sakura levou o jantar para o assento da janela e explicou enquanto comia. E, por uma vez, Shizune ouviu até o fim sem interromper, a não ser por exclamações de surpresa.

— Bem, bem. – Os olhos entrecerraram. – Então Kizashi finalmente foi obrigado a aceitar a situação! Sabia que havia perdido muito no mercado de ações, mas não que gastou tudo o que sua mãe lhe deixou. Por que não me contou antes? – Observou a afilhada com olhar belicoso. – Sua mãe sempre me contava tudo. Gostaria que você confiasse em mim.

Sakura devolveu o olhar sem emoção.

— Tentei uma vez no passado, se você se lembra, e fui rejeitada.

— Deus do céu, menina, ainda está pensando nisso? Foi anos atrás. Se conseguisse o que queria, hoje estaria vivendo numa casinha pobre, cozinhando para o marido e os filhos, sempre sem dinheiro… – Shizune se interrompeu de repente.

— Em vez disso, moro sozinha nesta casinha pobre, sem filhos, sem marido, trabalho duro para me sustentar e ainda não tenho dinheiro. – Não havia emoção na voz de Sakura. – Precisamos muito de dinheiro para consertar o telhado, Shizune, assim usei truques para convencer papai a deixar alguém pagar caro pelo aluguel da casa para essa festa. E se for um sucesso e atrair publicidade, tenho a esperança de que outras pessoas façam a mesma coisa.

— E tudo porque prometeu a sua mãe que cuidaria da casa da família dela, quando ninguém mais faria isso. – Fungou desdenhosa. – Kizashi era apenas um funcionário do banco quando ela o conheceu. Muito lindo, é claro. Vinha de uma vida humilde e queria grandes coisas. Sua mãe foi à chave para um estilo de vida novo e melhor, e ele garantiu que o conseguiria.

Aquilo era novidade.

— O que quer dizer?

— Oh, vamos lá, querida. Por que acha que o pai dela permitiu que minha comadre se casasse com um ninguém como seu pai ? – Viu a compreensão surgir nos olhos de sua afilhada – Quando sua mãe contou ao pai que estava grávida, ele não teve escolha. Conseguiu que Kizashi fosse promovido, mas nunca aceitou bem o casamento. Kizashi fez tudo o que podia para se integrar… Imitou o modo de falar de sua mãe e adotou o estilo de vestir do pai dela, mas seu vô não se impressionou. Não que Kizashi se importasse depois que conseguiu morar na mansão. – Riu sem alegria. – Talvez compreenda agora por que enlouqueceu quando anunciou que viveria com um garoto que consertava computadores. Era a história se repetindo!

— Você também não gostou.

— Verdade. Realmente pensei que era melhor esperar…

— Infelizmente, meu homem não pensou assim.

— O que mostra que foi bom ter se livrado dele. Voltou a encontrá-lo?

— Sim, recentemente.

— Então, quem é ele? Nunca descobri. Você conseguiu escondê-lo muito bem.

— Porque sabia o que aconteceria se você e papai descobrissem.

— Mas certamente tudo já acabou!

— Oh, definitivamente. Está fora do meu alcance agora. – Sakura sorriu com doçura. – Hoje é o presidente de uma empresa  e está pagando a papai um bom dinheiro para alugar a Haruno House para a festa de amanhã.

— Deus do céu, está falando sério? – Shizune pareceu abalada. –E Kizashi concordou com isso ?

— Sim.

— Ele conheceu o homem?

— Sim. Sasuke veio aqui para conversar com ele sobre a festa, disse seu nome e apertou a mão do papai. Mas tive muito cuidado para que papai nunca soubesse o nome dele no passado. Para ele, Uchiha Sasuke é apenas o homem que está lhe pagando um bom dinheiro pelo privilégio de alugar o lar da família Haruno. Papai até mesmo aceitou um convite para a festa.

Shizune balançou a cabeça, impressionada.

— Quando vai contar a ele?

— Não pretendo contar nada. Ele descobrirá por si mesmo. Não que isso importe. Assinou um contrato e grande parte do dinheiro já está depositada numa conta comercial que apenas eu posso movimentar para a manutenção da casa. – A voz de Sakura denunciava sua grande satisfação. – Tsunade apóia tudo completamente.

— Isso é novidade. Vocês nunca foram próximas.

— Tsunade mudou de atitude quando descobriu como a situação é desesperadora. Até mesmo me mandou um vestido para usar na festa.

— Com a profissão dela, provavelmente não lhe custou um centavo.

— Mas ela pensou em mim e também não me custou um centavo.

Shizune se levantou.

— Acho que vou ao encontro de Kizashi agora e lhe perguntar no que estava pensando ao deixar as coisas chegarem a esse ponto.

— Ele não está em casa e só chegará tarde.

— Como de costume! Então vou para casa e a deixarei dormir. Fique na cama até tarde para estar bem para a noite. Não sei como concordou em participar da festa.

— Tenho que ficar de olho nas coisas.

— Ou ainda está atrás desse homem?

— Não, não estou. Mas mesmo se estivesse, é minha escolha, madrinha. Não tenho mais 19 anos.

— Você não perdoa com facilidade.

— Como papai descobriu há muito tempo.


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