Doce Vingança escrita por Haruno Patthy


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer o carinho de todos que estão acompanhando " Doce Vingança "
Peço perdão pela demora, mas estou escrevendo outra fanfic também, e minha rotina anda meio apertada, entre serviço, casa e faculdade. Então, desde já, lhes peço perdão por não responder a mensagens e reviews.

Então agradeço a cada comentário deixado pela leitura: Haruka Sempai, você é um doce !
Agradeço também a querida Nika !

Espero que gostem desse capítulo. Tenham uma ótima leitura !



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Os olhos de Sakura entrecerraram enquanto ela dirigia pelo caminho ladeado por árvores. Parecia ter um tamanho bom para uma festa. Sentiu que seu coração acelerou quando viu Sasuke surgir enquanto estacionava seu veiculo.

Ele saiu para ajudá-la a descer do carro, parecendo mais com o jovem que ela uma vez conheceu do que com o homem bem-sucedido em que se transformou. As roupas casuais lhe deram um momento de incerteza ao pensar sobre o próprio vestido, até ver que o suéter era de cashmere e que o jeans que vestia as pernas longas era evidentemente que seria de alguma grife.

— Boa noite, Sakura. – Os olhos estavam presos nos cabelos dela.

Sakura sorriu serena.

— Oi. – Olhou para a fachada enquanto o seguia até a porta. – Que casa adorável!

Uma mulher se aproximava e ele se virou para ela.

— Minha cunhada – informou Sasuke. – Konan, está é Haruno Sakura.

— Bem-vinda Sakura ! – Konan sorriu, calorosa, enquanto pegava o pequeno buquê de flores que a convidada lhe oferecia. – Que adorável obrigada! Vamos, entre. Estamos todos aqui. Meu marido lhe dará uma bebida enquanto cuido das flores.

Todos? Sakura seguiu a mulher a sua frente por um corredor largo que levava a uma estufa debruçada sobre o jardim dos fundos. Um homem grande e sorridente se levantou, seguido por duas mulheres jovens, uma ruiva com curvas opulentas e cabelos longos e lisos, a outra uma morena menos espetacular.

— Uchiha Itachi – apresentou-se o anfitrião, apertando-lhe a mão. – Estas são minhas irmãs de criação, Karin e Tenten.

— Oi – disse a ruiva em tom mal-humorado e sem entusiasmo.

Tenten compensou sua frieza com um cumprimento caloroso. Itachi serviu para Sakura a água mineral que ela escolheu e a levou para uma das confortáveis poltronas de vime.

— Sasuke disse que você nasceu e mora aqui.

— Sim, sou contadora.

Karin fez uma pequena careta.

— Não é terrivelmente tedioso?

— Seria para você. – O tom de Sasuke era sério.

— Um relacionamento mais próximo com números não lhe faria mal nenhum, garota, ou não – comentou o irmão.

— Gosta do seu trabalho? – perguntou delicadamente Tenten.

— Sim. – Sakura dizia a verdade. – É um escritório muito ocupado e conheço muitas pessoas interessantes.

— Foi gentil de a sua parte tirar algum tempo para vir aqui. – Sasuke se sentou ao lado de Karin.

— Janto muitas vezes com clientes como parte do trabalho – garantiu Sakura.

— Mas não vai conversar sobre negócios no jantar, vai, Sasuke ? – Karin fez beicinho.

— Não durante o jantar. – Passou um braço pela cintura dela. – Depois vou lhe pedir o estúdio emprestado, Itachi. Sakura e eu poderemos conversar lá sem entediar suas irmãs.

Konan era excelente cozinheira, e em outras circunstâncias Sakura teria gostado da refeição e da conversa agradável, durante a qual descobriu que Itachi havia recentemente se juntado a um escritório de advocacia vizinho da firma dela. Mas com o braço de Sasuke roçando o dela de vez em quando e as ondas de hostilidade provenientes de Karin a atingindo, foi um alívio quando Konan finalmente sugeriu que fossem para a estufa para tomar café.

— Sakura e eu tomaremos o nosso no estúdio – disse Sasuke à cunhada.

— Obrigada por uma refeição deliciosa, senhora Uchiha. – Sakura estava surpreendida ao perceber uma expressão de simpatia nos olhos cor de avelã de Konan.

— Por favor, me chame de Konan. Mas você não estava com muita fome, estava?

— Fazendo dieta? – A voz de Karin era doce, mas o sarcasmo também era evidente.

— Não, apenas um pouco cansada.

— Ao contrário de algumas pessoas preguiçosas, Sakura trabalhou duro o dia todo. – As palavras de Tenten eram típicas de uma irmã. – E é você que está de dieta… Mas não que esteja funcionando.

— Ora, garotas, vamos parar. – Itachi se virou para o irmão. – E, você, vá em frente, Sasuke. Mandarei café para vocês.

Sasuke levou Sakura para um escritório com painéis de madeira até a metade da parede, um aposento muito masculino.

— Este é o refúgio de Itachi, onde no passado sermões eram escritos. Quando decidiram comprar a casa, o estúdio foi à prioridade dele, e o de Konan, o grande jardim, que nunca tivemos quando éramos jovens.

Sakura se sentou numa confortável poltrona de couro e foi diretamente ao ponto.

— Então me trouxe aqui para me fazer um sermão, Sasuke?

Ele ergueu uma das mãos e foi até a porta para deixar Karin entrar. Ela carregava uma bandeja.

— Obrigado, querida.

Ela estendeu a mão e bateu os dedos de unhas longas e vermelhas no rosto dele.

— Não demore.

Sakura sorriu em agradecimento quando Sasuke lhe entregou uma xícara de café.

— Obrigada. Sobre o que quer conversar?

Ele se sentou atrás da escrivaninha, os olhos presos nos dela.

— Sem sermão, mas quero informações antes de encontrar seu pai… Pela primeira vez, por falar nisto, embora ele tenha tentado fazer com que eu fosse demitido. Ele sabe com quem está fazendo negócios?

Sakura ergueu uma sobrancelha.

— Tentado?

— Kakashi não me demitiu na ocasião, Sakura. Apenas me transferiu para uma de suas filiais, o que me levou para longe de você, como seu pai queria, mas me manteve na folha de pagamento da empresa. Kakashi até mesmo me deu um aumento. Eu era muito bom no meu trabalho, lembre-se. Ou esqueceu?

— Não. Não esqueci. – De nada. Olhou para ele com firmeza. – Não disse a meu pai quem você é, apenas que é um cliente que vai pagar um bom dinheiro pelo aluguel da casa para dar uma festa.

Olhou-a com expressão severa.

— Então, quando me apresentar, ele pode cancelar tudo!

— Não. Está tudo assinado e selado, não pode desistir.

— Quando a senhora Yamanaka sugeriu a Haruno House como um local para minha festa, pensei estar sonhando. – O sorriso de Sasuke a fez se arrepiar. – Era bom demais para deixar escapar.

— Para se vingar?

— O que mais? No entanto, você não vive mais na casa. O que diabos está fazendo naquele chalé?

— Queria um lugar meu.

— Posso compreender, mas, se era esse seu objetivo, por que não viver na cidade? Ou não suportou a ideia de ficar tão longe do papai? – Quando ela não respondeu, observou-a, curioso. – Pensei que já estivesse casada.

— Pensei o mesmo sobre você.

— Depois da maneira como me dispensou, senhorita Haruno, desisti de relacionamentos e me concentrei nas coisas realmente importantes da vida – sucesso e dinheiro.

— Com resultados espetaculares. Dou-lhe os parabéns. – Levantou-se. – Se é tudo, vou para casa agora e você pode voltar para Karin.

Ele riu.

— Ela tem um ciúme dos diabos de você, Sakura.

A expressão dela ficou vazia.

— Mesmo? Por quê?

— Contei-lhe que tivemos um flerte muito tempo atrás.

— Um flerte? – Havia desagrado na expressão da voz.

Ele ergueu uma sobrancelha desdenhosa.

— Como mais descreveria uma coisa tão sem importância?

Ela abaixou os olhos.

— Nunca pensei dessa maneira.

— Estou surpreendido por ter até mesmo pensado!

— Está? – Olhou para o relógio de pulso. – Preciso mesmo partir. Está bem para você às dez da manhã de sábado?

— Perfeito. – Abriu a porta.

Ela sentiu cheiro de sabonete ao passar por ele. E de alguma coisa mais, que era tão familiar e tão unicamente Sasuke que se sentiu tonta.

— Ei, está se sentindo bem?

Ela forçou um sorriso.

— Café demais e trabalho demais.

— Está branca como um papel.  – A voz se tornou áspera. – Permita-me levá-la para casa. Amanhã lhe mandarei o carro.

— Não! Por favor, estou bem. Apenas preciso ir para a cama. – E, se Deus quiser, conseguir dormir.

Sasuke observou-a com atenção enquanto se dirigiam para a estufa.

— É evidente que trabalha demais. Nada de novo; sempre trabalhou, mesmo quando adolescente.

Konan se levantou sorridente.

— Não demoraram.

— Missão cumprida. – Sakura sorriu. – Foi um prazer tão grande conhecê-la. Obrigada de novo pelo jantar delicioso!

— Certamente não vai embora tão cedo! Nem tive a oportunidade de conversar com você!

Itachi se aproximou.

— Parece que a firma exige muito de você, Sakura.

A expressão alegre de Karin deixou claro que a considerava um espantalho. Sorriu alegre.

— É uma época de muito trabalho.

— Foi ótimo conhecê-la. Volte de novo, por favor. – Tenten parecia sincera. – Não conhecemos ninguém aqui.

— E provavelmente não conheceremos, num lugarejo como este – queixou-se Karin, com um olhar petulante para o irmão. – Tudo bem para vocês, recém-casados, mas não é nada divertido para nós.

Itachi lançou-lhe um olhar zangado e passou um braço pelos ombros da esposa.

— Como vocês, garotas de cidade, só nos visitam de vez em quando, não é um problema.

Hora de partir, pensou Sakura. Já chega o que aguento da minha própria família.

— Preciso mesmo ir. Obrigada de novo e boa noite.

— Vou levá-la até a porta.

Karin se levantou depressa.

— Vou com você.

Sasuke negou com um gesto de cabeça.

— Preciso finalizar os arranjos com Sakura.

Ela se sentou e escondeu o rosto ruborizado de humilhação com os cabelos ruivos.

— Por favor, volte a nos visitar logo – Konan disse em despedida.

— Mas certamente não quer voltar – comentou Sasuke, enquanto acompanhava Sakura até o carro.

— Não, não quero. Gosto de sua cunhada e de seu irmão e também de Tenten. Mas Karin claramente se ressente de mim por causa do “flerte” que você mencionou. Porém, o motivo principal é você, Sasuke. É evidente que ainda tem raiva de mim.

O rosto dele endureceu.

— Pode me culpar?

— Nem um pouco. – Sakura entrou no carro, ligou-o e abriu a janela. – Até sábado.

— Até sábado. – Sorriu desdenhoso. – Estarei lá às dez. Estou ansioso para conhecer seu pai.

Estremeceu com as palavras. Será que ele pretendia brigar com o pai antes de cancelar a festa? A perspectiva a amedrontou. Agora sabia o motivo do convite para jantar na casa de seu irmão. Quisera, talvez precisasse mostrar a ela que agora tinha um ambiente familiar como o dela. E que era o objeto da paixão da sexy Karin.

Não precisava ter se incomodado. Sakura não duvidava que muitas mulheres haviam se apaixonado por ele. Era muito atraente aos vinte e poucos anos, mas agora, dez anos mais velho, era de tirar o fôlego.


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