Doce Vingança escrita por Haruno Patthy


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Tenham uma ótima leitura.



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Sakura voltou para casa com um humor muito diferente do da noite anterior. Com apenas um detalhe que manteria em segredo, tinha boas notícias para o pai. Quando chegou, tinha até mesmo se recuperado do choque de ter Uchiha Sasuke como seu primeiro inquilino. Quando foi ate a casa deu seu pai este estava sozinho, somente esperando por sua filha.

— Então? – Estava ansioso. – Tsunade me disse que iria se encontrar com a tal da Yamanaka hoje, me trouxe boas noticias ou não ?

— Sim. Vamos tomar um café e lhe explicarei como ira proceder tudo.

— Já fiz café para você. – Foi uma surpresa; ele nunca fazia nada para ninguém.

Sakura lhe informou que a reunião havia sido com o próprio cliente e lhe disse o quanto ele estava disposto a pagar pelo aluguel da mansão para dar uma festa para seus funcionários.

— Mas é agora que vou jogar água fria em seu entusiasmo, pai.

Ele estava pensando no aluguel exorbitante, tão maravilhado que demorou a registrar o comentário dela.

— É? O que é?

— Para fazer com que isso funcione apenas parte do dinheiro será depositado na sua conta pessoal. O resto irá para uma conta comercial e apenas eu poderei movimentá-la para a manutenção da casa e ambas minhas irmão concordam comigo.

Os olhos de Sakura prenderam os dele e este acenou, derrotado.

— O que você quiser. Mas é uma tristeza quando filhas não confiam no pai.

Temos nossos motivos, pensou Sakura.

— Ino me disse que há muitas outras possibilidades de aluguel da mansão, assim nosso plano tem tudo para dar certo. Com a condição – enfatizou – de que a casa e os jardins sejam mantidos impecáveis para atrair futuros clientes.

Kizashi sorriu triste.

— Qualquer coisa que quiser. Assinarei na linha pontilhada… Depois de ter lido as letras minúsculas, é claro. Mas teria sido muito embaraçoso se ainda estivesse trabalhando no banco.

— Você sabe que faz todo sentido uma conta comercial. – Sakura observou-o atentamente enquanto ele assinava os documentos. – E acabo de me lembrar, o cliente quer ver a casa e os jardins o mais depressa possível. Quer estar aqui quando ele vier?

Ele ergueu a cabeça, irritado.

— É claro que quero! Maldição, Sakura afinal este é o nosso lar ! Apenas se certifique de que estará aqui também.

— Como quiser. Não quero faltar ao trabalho, assim sugiro o sábado, e pedirei que Orochimaru dedique tempo extra ao jardim antes. A previsão do tempo é boa, felizmente.

Ele acenou, aborrecido.

— Então é sábado. Tenho um jogo de golfe marcado, mas vou cancelar.

— Bom. Vou pedir ao cliente para vir às dez.

— Quem é ele, por falar nisto?

— Presidente da Uchiha Live.

— Nunca ouvi falar, mas deve ser muito bem sucedido, afinal de contas não é qualquer um que pagaria uma enorme quantia de dinheiro apenas para uma festa de funcionários.  E é melhor avisar à senhorita Kurenai, Sakura.

— Não vai atrapalhá-la em nada. Kurenai mantém toda a casa impecável e a cozinha não será usada pelo pessoal, ele contratou um buffet.

— As pessoas vão se espalhar por toda a casa?

— Não dessa vez. Haverá uma marquise no gramado. Provavelmente parecida com a que mandou erguer para o casamento de Temari.

— Então não haverá muita interferência. E, se é tudo, eu preciso sair.

— Alegre-se, pai, é melhor do que vender a casa.

— Por Deus, tem razão – entusiasmou-se e lhe apertou a mão. – Você é uma boa menina, Sakura.

Ela afastou a mão.

— Boa noite, pai.

Sakura retornou ao chalé e ficou parada junto à janela, observando o carro novo do pai descer até a estrada. Deixou uma mensagem para Tsunade informando como havia sido a reunião, então se controlou para ligar para Sasuke.

— Aqui é Sakura… Haruno Sakura.

— Não esqueci seu nome. Então, quando vamos nos encontrar?

— Sábado está bem para você?

— Está ótimo para ver a casa, mas preciso falar com você antes, Sakura. Ou devo continuar a chamá-la de senhorita Haruno ?

— Você decide. Por que quer me ver?

— Há alguns pontos que gostaria de esclarecer antes de me encontrar com seu pai.

Ele está cheio de dinheiro, lembrou Sakura a si mesma.

— Quando quer ir ao meu escritório?

— Quis dizer um encontro particular. Um jantar amanhã.

Sakura quase deixou o telefone cair.

— É absolutamente necessário?

— Irrecusável, seria  palavra correta, mas não se preocupe – acrescentou sarcástico –, não estou te convidando para um encontro. Estou hospedado na casa de meu irmão, Itachi. O convite é dele.

— Que gentileza.

— Então você virá?

Pense no dinheiro, repetiu a si mesma como um mantra silencioso.

— Onde é a casa de seu irmão?

— Ele comprou uma casa no centro da cidade, mas não se preocupe por que eu lhe pegarei as 19:30.

— Não… Obrigada. – Foi rápida na recusa. – Eu me informarei.

Sakura se sentiu desconcertada. Sasuke dificilmente poderia pretender aborrecê-la com o passado à mesa de jantar do irmão. Alugar a sua casa  certamente seria toda a vingança de que precisaria. Mas por uma fração de segundo, no escritório, teve a impressão de que estava pronto a mudar de ideia quando soube que ela não morava mais lá. Certamente teria desistido naquele momento e não pediria ao irmão para convidá-la para jantar.

Sabia que Uchiha Itachi ocupava a posição dos pais para Sasuke, e este fez um bom trabalho, a julgar pelo afeto que demonstrava quando falava sobre ele. Era uma surpresa saber que agora vivia na cidade.

Sasuke mudou completamente, pensou deprimida. Não era mais o homem encantador por quem se apaixonou. A voz que a deixava de joelhos moles era dura e áspera, os cabelos, mais disciplinados, e o corpo magro ganhou músculos – e que músculos. Balbuciou.  Suas roupas agora eram impecáveis, como era de se esperar. A maior diferença, porém, era na personalidade. Havia adorado seu sorriso no passado, mas agora não havia mais sinais dele. A ambição necessária para construir uma empresa bem-sucedida claramente não deixou lugar para o charme.

Sakura saiu do trabalho a tempo de se preparar para o duelo com o cliente que uma vez foi seu namorado. Mas nunca seu amante. Sabendo que seria o primeiro, ele aceitou seu pedido para esperar até se mudarem para um apartamento e viverem juntos. O que, pensando bem, teria sido uma receita para o fracasso. Com Sasuke partilhando sua cama, teria sido praticamente impossível sair para as aulas. Mesmo assim, se ela tivesse sido o único alvo da raiva do pai, teria teimado e o desafiado. A ameaça de mandar prender Sasuke a ruína.

Sakura deixou de lado os pensamentos sobre o passado enquanto lidava com seus cabelos exuberantes. Quando presos no coque que usava para o trabalho, ficavam escuros, mas agora, recém-lavados e soltos nos ombros, eram brilhantes e  róseos  e lhe transformava a aparência, deixando-a mais delicada.

Mas era apenas uma questão de bom senso enfrentar Sasuke com a melhor arma do seu arsenal. Entrou no justo vestido preto, colocou os brincos de ouro e, ao abrir a porta para sair, viu o pai se aproximando.

— Ah – pareceu aborrecido –, você vai sair. A senhora Kurenai deixou comida demais e esperava que pudesse se juntar a mim para o jantar pelo menos dessa vez.

— Desculpe pai. – Era apenas polida. – Vou jantar com amigos.

Era uma clara demonstração do frio relacionamento entre eles o fato de Kizashi nem mesmo perguntar quem eram.

— Então deixamos para outra vez, Sakura. Divirta-se.


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