Doce Vingança escrita por Haruno Patthy
Notas iniciais do capítulo
Tenham uma ótima leitura.
Sakura voltou para casa com um humor muito diferente do da noite anterior. Com apenas um detalhe que manteria em segredo, tinha boas notícias para o pai. Quando chegou, tinha até mesmo se recuperado do choque de ter Uchiha Sasuke como seu primeiro inquilino. Quando foi ate a casa deu seu pai este estava sozinho, somente esperando por sua filha.
— Então? – Estava ansioso. – Tsunade me disse que iria se encontrar com a tal da Yamanaka hoje, me trouxe boas noticias ou não ?
— Sim. Vamos tomar um café e lhe explicarei como ira proceder tudo.
— Já fiz café para você. – Foi uma surpresa; ele nunca fazia nada para ninguém.
Sakura lhe informou que a reunião havia sido com o próprio cliente e lhe disse o quanto ele estava disposto a pagar pelo aluguel da mansão para dar uma festa para seus funcionários.
— Mas é agora que vou jogar água fria em seu entusiasmo, pai.
Ele estava pensando no aluguel exorbitante, tão maravilhado que demorou a registrar o comentário dela.
— É? O que é?
— Para fazer com que isso funcione apenas parte do dinheiro será depositado na sua conta pessoal. O resto irá para uma conta comercial e apenas eu poderei movimentá-la para a manutenção da casa e ambas minhas irmão concordam comigo.
Os olhos de Sakura prenderam os dele e este acenou, derrotado.
— O que você quiser. Mas é uma tristeza quando filhas não confiam no pai.
Temos nossos motivos, pensou Sakura.
— Ino me disse que há muitas outras possibilidades de aluguel da mansão, assim nosso plano tem tudo para dar certo. Com a condição – enfatizou – de que a casa e os jardins sejam mantidos impecáveis para atrair futuros clientes.
Kizashi sorriu triste.
— Qualquer coisa que quiser. Assinarei na linha pontilhada… Depois de ter lido as letras minúsculas, é claro. Mas teria sido muito embaraçoso se ainda estivesse trabalhando no banco.
— Você sabe que faz todo sentido uma conta comercial. – Sakura observou-o atentamente enquanto ele assinava os documentos. – E acabo de me lembrar, o cliente quer ver a casa e os jardins o mais depressa possível. Quer estar aqui quando ele vier?
Ele ergueu a cabeça, irritado.
— É claro que quero! Maldição, Sakura afinal este é o nosso lar ! Apenas se certifique de que estará aqui também.
— Como quiser. Não quero faltar ao trabalho, assim sugiro o sábado, e pedirei que Orochimaru dedique tempo extra ao jardim antes. A previsão do tempo é boa, felizmente.
Ele acenou, aborrecido.
— Então é sábado. Tenho um jogo de golfe marcado, mas vou cancelar.
— Bom. Vou pedir ao cliente para vir às dez.
— Quem é ele, por falar nisto?
— Presidente da Uchiha Live.
— Nunca ouvi falar, mas deve ser muito bem sucedido, afinal de contas não é qualquer um que pagaria uma enorme quantia de dinheiro apenas para uma festa de funcionários. E é melhor avisar à senhorita Kurenai, Sakura.
— Não vai atrapalhá-la em nada. Kurenai mantém toda a casa impecável e a cozinha não será usada pelo pessoal, ele contratou um buffet.
— As pessoas vão se espalhar por toda a casa?
— Não dessa vez. Haverá uma marquise no gramado. Provavelmente parecida com a que mandou erguer para o casamento de Temari.
— Então não haverá muita interferência. E, se é tudo, eu preciso sair.
— Alegre-se, pai, é melhor do que vender a casa.
— Por Deus, tem razão – entusiasmou-se e lhe apertou a mão. – Você é uma boa menina, Sakura.
Ela afastou a mão.
— Boa noite, pai.
Sakura retornou ao chalé e ficou parada junto à janela, observando o carro novo do pai descer até a estrada. Deixou uma mensagem para Tsunade informando como havia sido a reunião, então se controlou para ligar para Sasuke.
— Aqui é Sakura… Haruno Sakura.
— Não esqueci seu nome. Então, quando vamos nos encontrar?
— Sábado está bem para você?
— Está ótimo para ver a casa, mas preciso falar com você antes, Sakura. Ou devo continuar a chamá-la de senhorita Haruno ?
— Você decide. Por que quer me ver?
— Há alguns pontos que gostaria de esclarecer antes de me encontrar com seu pai.
Ele está cheio de dinheiro, lembrou Sakura a si mesma.
— Quando quer ir ao meu escritório?
— Quis dizer um encontro particular. Um jantar amanhã.
Sakura quase deixou o telefone cair.
— É absolutamente necessário?
— Irrecusável, seria palavra correta, mas não se preocupe – acrescentou sarcástico –, não estou te convidando para um encontro. Estou hospedado na casa de meu irmão, Itachi. O convite é dele.
— Que gentileza.
— Então você virá?
Pense no dinheiro, repetiu a si mesma como um mantra silencioso.
— Onde é a casa de seu irmão?
— Ele comprou uma casa no centro da cidade, mas não se preocupe por que eu lhe pegarei as 19:30.
— Não… Obrigada. – Foi rápida na recusa. – Eu me informarei.
Sakura se sentiu desconcertada. Sasuke dificilmente poderia pretender aborrecê-la com o passado à mesa de jantar do irmão. Alugar a sua casa certamente seria toda a vingança de que precisaria. Mas por uma fração de segundo, no escritório, teve a impressão de que estava pronto a mudar de ideia quando soube que ela não morava mais lá. Certamente teria desistido naquele momento e não pediria ao irmão para convidá-la para jantar.
Sabia que Uchiha Itachi ocupava a posição dos pais para Sasuke, e este fez um bom trabalho, a julgar pelo afeto que demonstrava quando falava sobre ele. Era uma surpresa saber que agora vivia na cidade.
Sasuke mudou completamente, pensou deprimida. Não era mais o homem encantador por quem se apaixonou. A voz que a deixava de joelhos moles era dura e áspera, os cabelos, mais disciplinados, e o corpo magro ganhou músculos – e que músculos. Balbuciou. Suas roupas agora eram impecáveis, como era de se esperar. A maior diferença, porém, era na personalidade. Havia adorado seu sorriso no passado, mas agora não havia mais sinais dele. A ambição necessária para construir uma empresa bem-sucedida claramente não deixou lugar para o charme.
Sakura saiu do trabalho a tempo de se preparar para o duelo com o cliente que uma vez foi seu namorado. Mas nunca seu amante. Sabendo que seria o primeiro, ele aceitou seu pedido para esperar até se mudarem para um apartamento e viverem juntos. O que, pensando bem, teria sido uma receita para o fracasso. Com Sasuke partilhando sua cama, teria sido praticamente impossível sair para as aulas. Mesmo assim, se ela tivesse sido o único alvo da raiva do pai, teria teimado e o desafiado. A ameaça de mandar prender Sasuke a ruína.
Sakura deixou de lado os pensamentos sobre o passado enquanto lidava com seus cabelos exuberantes. Quando presos no coque que usava para o trabalho, ficavam escuros, mas agora, recém-lavados e soltos nos ombros, eram brilhantes e róseos e lhe transformava a aparência, deixando-a mais delicada.
Mas era apenas uma questão de bom senso enfrentar Sasuke com a melhor arma do seu arsenal. Entrou no justo vestido preto, colocou os brincos de ouro e, ao abrir a porta para sair, viu o pai se aproximando.
— Ah – pareceu aborrecido –, você vai sair. A senhora Kurenai deixou comida demais e esperava que pudesse se juntar a mim para o jantar pelo menos dessa vez.
— Desculpe pai. – Era apenas polida. – Vou jantar com amigos.
Era uma clara demonstração do frio relacionamento entre eles o fato de Kizashi nem mesmo perguntar quem eram.
— Então deixamos para outra vez, Sakura. Divirta-se.
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