Doce Vingança escrita por Haruno Patthy
Notas iniciais do capítulo
Capítulo novinho para vocês se deliciarem minhas lindas. E quero também agradecer ao carinho das minhas leitoras: Nika, Deh Haruno S2 Uchiha, sackthais que comentaram o episódio passado me dando aquele ânimo para escrever este episódio.
Prometo que tentarei postar um capítulo a cada dois dias para vocês !
Espero que tenham uma ótima leitura.
Sakura acordou na manhã seguinte com olheiras e precisou se maquiar cuidadosamente para enfrentar o dia. Para sua surpresa, Tsunade chegou quando estava prestes a sair para o trabalho.
— Pensei que fosse dormir até tarde!
Tsunade acenou mal-humorada.
— Eu também, mas meu relógio biológico ainda está no tempo de Londres. E queria falar com você antes de sair. Yamanaka Ino já tem alguém em mente para alugar a Haruno House? Conheço você, garota cautelosa, e sei que não teria sido tão firme se não fosse assim.
— Tem razão. Ela marcou uma reunião do primeiro candidato comigo esta manhã. Um homem que quer a casa para uma festa. – Olhou o relógio de pulso. – Melhor sair logo. Telefono à noite para contar como foi.
— Então vou ser nobre e manter Temari quieta. Suponho que sabe por que é tão desagradável com você.
— Tem ciúmes do meu suposto relacionamento com papai.
— Ela não sabe de nada, não é? Então, por que fica?
— Pouco antes do… Do fim, prometi à mamãe que ajudaria o papai a cuidar da mansão.
Tsunade balançou a cabeça em desaprovação.
— Deixe-o cuidar de tudo sozinho. Também amo isto aqui, mas precisa mais da vida do que de uma casa, Sakura ! Mamãe seria a primeira a concordar comigo.
— Tenho uma vida social normal – defendeu-se a rosada.
— Ah, mas alguma vez passa uma noite com os homens com quem sai? Duvido que convide alguém para vir aqui!
— Pelo amor de Deus, Tsunade, é cedo demais para esse tipo de conversa… E preciso sair.
Tsunade parou à porta.
— Siga meu conselho… Se entrar dinheiro com esse plano, separe uma parte e o deposite numa conta comercial para a casa. Senão papai vai voltar a jogar na bolsa e ficaremos de novo em apuros.
— É o que pretendo fazer – garantiu Sakura. – Quando lhe der a boa notícia, posso dizer que tenho seu apoio?
— Com certeza. E boa sorte.
Sakura chegou ao prédio de escritórios pontualmente. Cumprimentou Hanabi, a antiga recepcionista, e se dirigiu para o pequeno escritório que tinha apenas uma janela, mas que se debruçava sobre os jardins, uma vista que compensava a falta de espaço. Enquanto olhava para fora, se preparando para seu pequeno ritual de paz antes de começar o trabalho, o novo funcionário entrou para perguntar se queria café.
— Agora não, obrigada, Sai. – Sakura sorriu para ele. – Traga durante meu compromisso das 9h30. Diga a Hanabi para avisá-lo no momento em que ele chegar, assim o trará ao meu escritório.
— Certo. Você está muito bem. Novo look ? Falou o moreno correndo os olhos para as pernas da rosada que se faziam a mostra devido à saia lápis que usava.
— Novo para você. Agora, fora daqui e me deixe trabalhar. Bufou a rosada.
Sakura trabalhou sem descanso por uma hora, tirou um breve intervalo e estava de volta à escrivaninha, absorvida de novo com o trabalho, quando Sai bateu e fez entrar o cliente.
— Seu compromisso das 9h30, senhorita Haruno – anunciou.
Sakura se levantou e, de repente, todo o ar desapareceu dos pulmões quando Uchiha Sasuke, elegante num terno escuro, entrou e dominou o ambiente com a força de sua personalidade. Agora que tinha tempo de olhar bem, podia ver que estava mais maduro, mais velho e mais frio. Parecia-se muito pouco com o homem por quem se apaixonara.
— Bom dia, Sakura. – Estendeu a mão. – Ontem não tive tempo de mencionar que nos encontraríamos hoje oficialmente.
Ou ele queria lhe fazer uma péssima surpresa.
— Bom dia. – Sakura conseguiu esconder o choque e apertou a mão forte e esguia. Ignorou o calor que o breve contato lhe causou e sorriu, educada. – Isto é uma surpresa. Ino me disse que havia um possível cliente para alugar a Haruno House, mas se esqueceu de me dar um nome.
Sasuke se sentou diante da escrivaninha. Parecia tão relaxado que Sakura quis socar a cara dele.
— Ela não esqueceu, eu pedi para ficar anônimo.
— Por quê?
Os olhos dele brilharam zombeteiros.
— No caso de você se recusar a me receber.
— Por que eu faria uma coisa dessas? – Estava determinada a ser agradável.
Sai entrou com uma bandeja de café.
— Chame se precisar de alguma coisa, senhorita Haruno.
— Obrigada, Sai.
Sakura serviu o café para os dois e se obrigou a tomar o dela lentamente.
— Aos negócios. – Sasuke descansou a xícara na bandeja. – Encontrei a senhora Yamanaka numa festa, comentei com ela que gosto de manter meus funcionários felizes e que estava à procura de um lugar diferente para fazer uma festa para eles. Imagine minha surpresa quando ela sugeriu a sua casa.
Podia imaginar.
— Que tipo de empresa é a sua?
— Fornecemos banda larga e linhas telefônicas para escritórios e lojas. – Sorriu. – Melhorei muito desde a época em que fui chamado para consertar seu computador. A história comum de passar dos trapos para a riqueza, de acordo com a imprensa.
— Parabéns. Temo não ter lido nada a respeito. – Manteve o sorriso grudado no rosto. – Então o que, exatamente, tem em mente em relação à Haruno House? – Além de humilhar Haruno Sakura ao alugar a casa dela.
Ele se recostou ainda irritantemente relaxado.
— Quero dar uma festa para celebrar a recente expansão do Uchiha Live. Há pouco tempo comprei duas pequenas empresas que estavam com problemas. A festa é para dar boas-vindas aos novos funcionários, que se juntarão aos meus e, ao mesmo tempo, recompensar os antigos por seus esforços. Poderia usar um hotel, é claro, mas gostei da ideia de uma casa de família como cenário. – Especialmente a casa dos Haruno.
— A Haruno House não tem quartos para abrigar muitas pessoas à noite – advertiu Sakura, a mente em tumulto sob o comportamento profissional.
— Não é minha intenção. O transporte será providenciado para a chegada e a partida no mesmo dia. Lembro-me de um terraço que leva a um grande gramado, assim uma marquise parece uma boa ideia, com bebidas no terraço antes, se o clima for bom. Há instalações para um estacionamento?
— Há um padoque que usamos para o casamento da minha irmã. Seus fornecedores de alimentos precisarão usar a cozinha? – Sakura começou a ter dúvidas sobre a ideia de alugar a casa para qualquer um, especialmente para Uchiha Sasuke.
— A empresa que vou contratar leva a própria cozinha. E tudo será instalado longe da casa. Não haverá invasão da sua privacidade.
— Não faz diferença para mim. Não vivo nela.
Os olhos entrecerraram.
— Mora na cidade?
— Não. Talvez se lembre do chalé ? Vivo lá há muito tempo.
É claro que se lembrava do chalé! Mas Sasuke fingiu tentar se lembrar.
— Compreendo.
Mas não compreendia. Aquela mulher tão controlada, de terninho e cabelos num coque severo, era muito diferente da garota calorosa e amorosa de quem se lembrava. Mas então, quando pressionada, aquela garota não se importara com ele, não a ponto de desistir de seu estilo de vida na Haruno House. E por isso seria eternamente grato. A dor e a humilhação que ela lhe infligira despertaram a ambição de fazer de sua vida um sucesso. Agora, Uchiha Sasuke era bom para qualquer um, inclusive para a filha de Haruno Kizashi. Foi um choque saber que ela se mudara da Haruno House, mas o pai ainda vivia lá e isso para ela já bastava.
— Precisarei examinar a casa numa hora conveniente para você e seu pai, é claro.
É claro. Sakura esperava por aquilo desde que ele lhe virara a vida de cabeça para baixo.
— Estou hospedado aqui com meu irmão e ficarei alguns dias. Assim, qualquer dia entre hoje e domingo será adequado para mim.
— Talvez possa ligar para você mais tarde, depois de conversar com meu pai.
— Tudo bem. – Sasuke se levantou e lhe estendeu um cartão. – Poderá me encontrar em qualquer destes números. Adeus, senhorita Haruno.
Saiu do escritório e desceu o corredor, sorrindo para a recepcionista ao se despedir. Na rua, sob a luz brilhante do sol, respirou profundamente, desfrutando da maravilhosa satisfação daquele momento. Levara muito tempo e trabalhara muito para ter sucesso financeiro. Uzumaki Naruto, seu amigo e antigo patrão, lhe contara num almoço recente que as finanças de Haruno Kizashi estavam péssimas e os olhos de Sasuke brilharam frios. Deviam ter chegado a uma crise séria se Kizashi estava disposto a alugar a casa para o homem que uma vez considerara inadequado para casar com sua filha.
Assim que ouviu a porta da rua se fechar, Sakura ligou para Yamanaka Ino.
— Sasuke me pediu para manter o nome dele em sigilo para surpreendê-la – informou Ino. – Você o conhece bem?
— Quando eu era estudante, ele foi ao chalé consertar meu computador. Mas antes de deixar Uchiha Sasuke examinar a Haruno House, senhora Yamanaka, preciso saber o quanto está disposto a pagar pelo privilégio.
Ino riu.
— Você falou igualzinho a Tsunade ! Soube que ela é editora de uma dessas revistas de moda de luxo. Ela se casou?
— Ainda não.
— E você também não… Embora não seja difícil adivinhar quem é o amor de sua vida! – Sakura congelou. – É evidente que a Haruno House significa tudo para você. Mas aceite meu conselho: não desperdice seu amor numa pilha de tijolos e argamassa. Um homem não é uma coisa ruim para se ter na vida, sabe.
— Embora o assunto seja fascinante, Ino, vamos aos negócios. Quanto o senhor Uchiha pagará pelo aluguel da minha casa ?
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