Doce Vingança escrita por Haruno Patthy
Notas iniciais do capítulo
Tenham uma ótima leitura.
Ambos se entreolharam com uma antipatia recíproca que nenhum dos dois se esforçou para esconder. Para Sasuke, aquele era o homem que destruiu seu relacionamento com a única mulher que amou. Para Kizashi, o homem alto e dominador que o observava com tanta hostilidade era o ladrão que lhe roubou alguma coisa que jamais valorizara antes até o amor de Sakura lhe ser negado.
Kizashi não se deu ao trabalho de cumprimentar.
— Preciso falar em particular com minha filha.
— Sakura está de cama, doente. Acredito que graças a o trabalho que ela passa inúmeros dias fazendo como uma funcionaria sua senhor. Aliás é uma vergonha de sua parte cobrar aluguel de sua própria filha, sendo que esta é herdeira de todo seu magnífico reinado – A voz de Sasuke era inexpressiva.
— Quem pensa que é para falar assim comigo ? –– A voz de Kizashi saia estridente.
— Tenha cuidado comigo senhor, não sou o mesmo de anos atrás, e ao contrario do que o senhor fez para conquistar todo seu reinado como tanto bate no peito e orgulha-se em dizer que foi por trabalho, acredite eu sei qual trabalho teve e não fora o mesmo que eu tive para conquistar tudo o que tenho hoje, então o senhor me de licença pois preciso ir, assim depende de você garantir que Sakura fique em segurança.
Kizashi olhou, indignado, enquanto Sasuke lhe dava as costas e andava para o carro e partia. Depois de uma leve hesitação, entrou e fechou a porta. Ouviu movimentos no andar superior, a água correndo no banheiro, e tossiu para anunciar sua presença.
— Sasuke? – chamou Sakura, rouca, enquanto vestia o roupão.
— Não, sou eu.
Então estivera sonhando. Desceu cuidadosamente a escada. Se apenas sua cabeça parasse de martelar...
— Recebeu meu recado? – Os olhos estavam entrecerrados.
— Sim. Alguma coisa errada com Shikadai?
Ela acenou com cuidado.
— Está com algum tipo de vírus, pobrezinho.
Ele lhe lançou um olhar preocupado.
— Você não parece nada bem, deve voltar para a cama.
Por uma vez Sakura concordou completamente com o pai.
— Desci apenas para pegar água, vou voltar para a cama e ficar lá.
A boca do pai afinou.
— O Uchiha abriu sua porta para mim. O que estava fazendo aqui?
Sakura engoliu seco, então não imaginara coisas.
— Veio saber como Shikadai estava, ele estava no mesmo almoço a que Temari e Shikamaru compareceram e me deu uma carona da casa de Temari, tive que ir de táxi, pois meu carro não pegou.
— Compreendo, você deve tirar uma folga amanhã. Vou pedir que Kurenai venha ver você pela manhã, agora vá dormir. Boa noite.
Sakura trancou a porta depois que ele saiu, pegou duas garrafas de água tônica na geladeira e subiu. Gemeu de alívio quando finalmente se deitou. A noite foi longa e desconfortável. Acordava assustada quando cochilava, sentia-se quente e depois gelada, todo o corpo doía. Estava desesperada para dormir, mas a dor de cabeça não deixava. Na madrugada, tomou mais analgésicos, ergueu os travesseiros na cabeceira da cama e apenas ficou deitada olhando o céu clarear. Quando o escritório abriu, ela ligou para dizer que estava com enxaqueca e não trabalharia. Sua secretária prometeu avisar aos sócios.
Pouco depois, Kurenai chegou com uma bandeja com o desjejum e aconselhou Sakura a comer antes de tomar mais analgésicos.
— Obrigada, Kurenai e desculpe por aumentar sua carga de trabalho. – Estava inquieta e sonolenta.
— Bobagem, quer um chá?
— Chá com torradas.
— Precisa de mais alguma coisa?
— Não, obrigada.
Kurenai saiu do quarto e Sakura ligou para Temari e perguntou sobre o sobrinho, soube que o menino estava melhorando depressa, mas a irmã tinha certeza de que tinha pegado o mesmo vírus.
— Por favor, tire um dia de folga e venha para cá, Sakura, Shikamaru precisa trabalhar e estou me sentindo muito mal.
— A enfermeira ainda está aí?
— Sim, mas cuida apenas de Shikadai, preciso de alguém que cuide de mim!
— Sinto muito, Temari, estou de cama com uma enxaqueca. Eu me sinto muito mal também.
— O quê? Mas você nunca fica doente!
Sakura ergueu os olhos quando Kurenai voltou.
— Temari – sussurrou, e Kurenai imediatamente pegou o telefone.
— É Kurenai escuta aqui sua garota mimada, sua irmã não está bem e não pode ao menos com seu corpo e você ai fazendo drama, quer alguém que lhe cuide? Então contrate uma empregada pois sua irmã não é enfermeira e quando ela melhorar, ela lhe telefonará para ter noticias de seu sobrinho – Ouviu por algum tempo, então rolou os olhos para Sakura. – Que pena. Espero que melhore logo. – Desligou e entregou o celular a Sakura.
— Obrigada, Kurenai, Temari queria que eu fosse cuidar dela.
O olhar de Kurenai mostrou-lhe claramente o que pensava da ideia.
— Vou fazer mais chá.
Sakura deixou uma mensagem no telefone de Konan para adiar o almoço, então se entregou ao sono que seu corpo exigia. Quando acordou e viu Kurenai entrar na ponta dos pés, era começo da tarde.
— Seu pai está aqui e quer ver você, Sakura. Está disposta?
Sakura piscou como uma corujinha.
— Preciso de alguns minutos para me aprontar.
Quando voltou a se deitar na cama que Kurenai arrumou, Kizashi bateu à porta, mas não entrou.
— Como está?
— A dor melhorou um pouco, mas uma enxaqueca sempre me deixa fraca.
— É evidente que você tem trabalhado demais, precisa de férias.
Ela franziu a testa quando a campainha da porta tocou.
— Vou ver quem é, mandei Kurenai para lhe fazer compras.
Voltou um pouco depois com uma enorme cesta de flores.
— Trouxe apenas para você ver, mas vou levá-las para baixo para o perfume não lhe fazer mal.
Sakura observou o enorme buquê e sorriu quando leu a mensagem no cartão.
Carvão para uma carvoaria de novo. Fique boa logo. US
— São de Sasuke – disse ao pai.
O queixo dele endureceu.
— Compreendo, vou levá-las para baixo e deixá-la em paz. Kurenai não vai demorar. Precisa de alguma coisa?
— Não, obrigada, estou com sono de novo.
— Liguei para a garagem, seu carro está pronto e alguém o trará esta tarde.
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