Doce Vingança escrita por Haruno Patthy


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Agradeço o carinho da minha mais nova leitora: Mayume Hyuuga ♥ E claro, as demais que sempre me acompanham desde o inicio. Espero que gostem e tenham uma ótima leitura.



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Sakura sentiu que sua cabeça poderia explodir a qualquer momento daquele longo dia e, mais tarde, quando foi para casa, havia se transformado numa enxaqueca. Desesperada por uma cama ficou arrasada quando encontrou Shisune esperando por ela.

— Trabalhando até tarde de novo? Você está horrível. – A madrinha a beijou. – Não atendeu meu telefonema ontem. – Sakura explicou o motivo e ofereceu chá. – Sente-se, vou fazer. E coma um sanduíche.

— Não estou com fome, quero só chá. – Sakura sorriu enquanto soltava os cabelos. – Obrigada, madrinha.

Shisune voltou com uma bandeja com o chá, pequenos sanduíches e bolinhos com manteiga e Sakura sorriu.

— Está me mimando!

— Já era hora de alguém fazer isso. – A voz de Shisune era áspera com a tentativa de esconder a preocupação.

Sakura se sentiu emocionada.

— Ia ligar para você ontem à noite, mas cheguei muito tarde. O que me lembra… Preciso saber de Shikadai antes de comer.

— Ligue depois, garota.

— Não, vou fazer isso agora.

Shikamaru informou que Temari estava deitada e que não houvera mudanças no quadro de Shikadai, mas, pelo menos, não estava pior. E, felizmente, gostara da excelente enfermeira pediátrica, o que dera um pouco de descanso aos pais. Depois de uma troca de gentilezas, Sakura desligou.

— Temari não pôde atender? – O tom da morena foi ácido.

— Estava descansando. E Shikadai gosta da enfermeira que contrataram.

Shisune rosnou.

— Não tive filhos, assim não sei, mas me lembro de que sua mãe sempre cuidou de vocês três quando tinham essas doenças infantis. Temari poderia bem cuidar de uma criança.

— Mamãe tinha a ajuda de Kurenai – lembrou Sakura.

— Sim, e era maravilhosa. Mas era sua mãe que cuidava de vocês e se levantava durante a noite quando choravam!

— Verdade. – Sakura suspirou. – Até pensei em tirar uma licença para…

— Não para cuidar de Shikadai! – Shisune soava incrédula. – Deixe que Temari tome conta do próprio filho. Melhor, encontre alguém adequado e tenha um filho seu. – Os olhos brilharam. – Soube que tem visto muito o homem que substituiu seu pai no banco.

— Mesmo? Uzumaki Naruto é apenas uma companhia agradável para sair de vez em quando.

— Melhor do que nada, suponho, e então ele é bom de cama? – A morena fixou seus olhos para Sakura.

— De fato, não poderia ser melhor. – Lançou um sorriso discreto para a madrinha. - Mas, apenas para isso, você sabe que não quero relacionamentos.

Shisune soltou uma pequena risada e se levantou.

— Fique aí, posso sair sozinha. Então, Kizashi descobriu para quem alugou a mansão?

— Com certeza. Tivemos uma briga brava.

Um brilho beligerante iluminou os olhos de Shisune.

— Se ele aborrecê-la, me conte que lido com ele.

Sakura balançou a cabeça.

— Preciso lhe dar notícias sobre Shikadai, ele adora o menino.

— Ele é adorável – admitiu Shisune. – O que é um milagre, com uma mãe como Temari. Agora termine seu chá e vá para a cama, querida.

— Certamente. Obrigada pela visita. É bom ser mimada, poderia me acostumar.

Shisune riu e surpreendeu Sakura com um beijo de boa noite.

No final Sakura não conseguiu comer. Tomou analgésicos, bebeu o chá, ligou para o pai e deixou uma mensagem sobre o neto. E então, o dever cumprido, se esticou no sofá. Dentro de alguns minutos se levantaria e tiraria a roupa…

Acordou assustada com o som de batidas fortes na porta da frente. Arrastou-se para fora do sofá, à cabeça estalando de dor. Abriu a porta e encontrou Sasuke, de terno e furioso, os olhos brilhantes. Ela conseguiu resmungar um cumprimento e então a escuridão a engoliu. Quando abriu os olhos, estava de volta ao sofá e Sasuke gritava para que ela acordasse.

— Por favor – a voz era muito fraca –, pare de gritar… Estou com uma terrível dor de cabeça.

— Entre outras coisas. – A voz abaixou, mas ficou mais severa. – Você está queimando. O que diabos faço agora? Não posso deixá-la aqui assim. Você deve ter sido contaminada pelo vírus do seu sobrinho.

— É claro que não, é cedo demais para saber. – Sentou-se cuidadosamente. – Estou apenas cansada. – Ergueu os olhos para ele, curiosa. – O que está fazendo aqui?

— Vou passar a noite na casa de Itachi e pensei em ver como você estava. Preciso conversar com você. – Assomou sobre ela, desaprovador, enquanto observava a bandeja ao lado do sofá. – Se essa imitação de refeição foi o seu jantar, não comeu nada.

— Ia comer, mas dormi. – Tentou se manter digna. – Gostaria de um bolinho?

— Não, não gostaria. – A voz era cada vez mais irritada. – Quero levá-la para o seu quarto e garantir que esteja segura na cama antes de partir… – A boca se mexeu num arremedo de sorriso. – Não se preocupe, não estou sugerindo que quero transar com você.

— Não achei que estivesse. – Havia um pouco de irritação no tom fraco. Levantou-se, obrigando as pernas a se firmarem. – Sou perfeitamente capaz de me deitar sozinha.

— Ainda está usando as roupas de trabalho. Fazendo mais horas extras?

— Cheguei tarde a casa e encontrei minha madrinha me esperando, assim não tive a oportunidade de me trocar. Ela me fez o lanche sobre o qual você foi tão rude e me disse para ir para a cama. O que estava prestes a fazer quando você chegou. Satisfeito?

— Não, não estou. Você estava muito mal, mulher. Se não tivesse batido…

— Martelado!

— As luzes estavam acesas, assim quis me certificar de que estava bem. E não está.

— Agora estou. Sobre o que queria conversar?

— Destino.

— Definição.

— Puxa, que palavras grandes você usa, vovó! – Sorriu e, de repente, a tensão diminuiu, e Sakura conseguiu respirar bem pela primeira vez desde que ele chegara. – Para começar, foi o destino que me levou a Yamanaka Ino quando procurava um lugar diferente para a festa dos meus funcionários. Imagine o que senti quando soube que você é a contadora do senhor Kakashi e, melhor ainda, que a sua mansão poderia ser alugada. – Sasuke se sentou no braço do sofá, o olhar nela.

— Sem dúvida ficou eufórico. – O tom agora era seco.

— Foi como se o natal tivesse chegado antes da hora! Tive um pequeno desapontamento quando fui ao banco e descobri que seu pai não era mais o gerente. Mas quando a vi e soube que você ainda estava por aqui e provavelmente ainda vivendo em casa com o papai, percebi que podia matar dois coelhos com uma pedrada só ao alugar sua casa. – Sasuke sorriu amargo. – Apenas, não foi nada disso.

— Por que os coelhos se beneficiaram da publicidade de sua festa?

— E por que, se a vingança é um prato que se come frio, estou tendo uma dificuldade maldita para engolir?

Sakura sentiu que ele falava a verdade. E também o calor que emanava do corpo dele, seu cheiro… Os feromônios poderosos que, de repente, foram demais para ela. Com um pedido rápido de desculpas, levantou-se, correu para a pia do banheiro e vomitou.

Uma mão passou por ela, abriu a torneira de água fria e estendeu um toalha de rosto úmida. Sakura o agarrou e o comprimiu contra o rosto quente e suado.

— Está delirando? – Virou-a para ele.

Sakura tirou o pano do rosto, afastou mechas úmidas de cabelos do rosto com grande dignidade, agradeceu-lhe e vacilou quando tentou endireitar o corpo. Garantiu a Sasuke que estava bem agora. Ele lhe observou o rosto pálido, então a tomou nos braços e a levou para a escada.

— O que está fazendo?

— Levando-a para a cama. – A voz saiu entre dentes cerrados, então viu uma porta aberta. – Este é o seu quarto?

Sakura ficou tonta quando ele a deitou e se viu cercada por um nevoeiro cinzento.

— Sasuke… – Havia um súbito e desesperado apelo em sua voz.

— Estou aqui.

Ele tirou os cabelos do rosto dela, então lhe desabotoou o paletó e o puxou pelos braços sem forças. Ela não protestou quando lhe removeu a saia; ele sentiu como se estivesse despindo uma boneca sem vida. Ela o deixou fazer o que queria e não havia nada de sexual no processo. A ternura que sentira pela adolescente Sakura não havia desaparecido, apenas estivera adormecida e despertou completamente enquanto a deixava vestida apenas com o lingerie e a cobria. Ficou tenso quando os braços dela se estenderam e os olhos se abriram e se fixaram, maravilhados, no rosto dele.

— Sasuke?

— Vá dormir. – A voz ficou rouca e todos os músculos enrijeceram quando ela lhe puxou o rosto e o beijou.

— Suponho que estou sonhando de novo. – Os braços caíram sem forças.

Abalado, Sasuke ficou olhando para ela. Se estava delirante, talvez tivesse pegado o vírus do sobrinho. Ou talvez apenas precisasse de um bom descanso. Praguejou silenciosamente quando alguém bateu à porta do chalé. Se fosse seu amigo banqueiro, se livraria dele antes que acordasse Sakura. Sasuke desceu a escada em silêncio, correu para a porta e a abriu pouco antes de Haruno Kizashi bate-se de novo.


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