Revival escrita por BeehCooki


Capítulo 7
Past


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo amores, espero que gostem do capitulo.



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— Não acredito que guardastes este vinho! – exclamei extasiada. – Ele deve ter pelo menos uns... - minha fala foi interrompida.

— Mil e quarenta e quatro anos de idade. – Elijah disse sorrindo enquanto admirava a garrafa de elixir em suas mãos. - Quando resolvemos furtar de um comerciante burguês no ano de novecentos e setenta e três na nova Ásia você me disse para beber esta garrafa com alguém que realmente merecia a minha presença. E a verdade é em que em mil anos eu nunca vou achar alguém que valha tão a pena quanto você Marjorie. Corei envergonhada.

— Corremos tanto pelas estradas lamacentas que quando chegamos a casa cobertos por lama dos pés a cabeça Niklaus e Rebekah só faltaram escrever um pergaminho de um milhão de palavras com ofensas diferentes. Estraguei todo o vestido que Nik havia me dado naquele dia. Mais foi divertido. – disse risonha enquanto observa a adega, era mal iluminado com várias colmeias repletas de elixires tão velhos quanto este. Elijah aproximou-se lentamente indicando com um leve aceno subir as escadas.

Fomos novamente à direção da cozinha e pela primeira vez observei os imensos quadros pendurados sobre os corredores, Niklaus e sua obsessão pela arte. Era magnífico, eu adorava velo pintar, ver o bico que seus lábios se formavam quando estava concentrado ou quando tocava suavemente o pincel sobre a tela enquanto percorria os últimos detalhes da obra. Era espetacular, e ficava ainda melhor quando ele sorria para mim de forma carinhosa enquanto eu o esperava calmamente deitada em nossa cama. Era estranho.

Dizer: nossa cama, nossa vida, nossas coisas. Parecia tão distante como se esse nós nunca tivesse existido realmente.

Suspirei.

Elijah entregou-me duas taças de vidro indicando o jardim, era a primeira vez que eu o via de perto literalmente. Era feio, bem feio. Mesmo tendo chovido as pobres das flores estavam tão judiadas, sem vida. Fiquei triste.

— Aqui. – disse Elijah indicando a sombra fresca da árvore, sentamos em silencio observando tudo em volta. – Então... – começou a dizer enchendo o meu copo, o cheiro era doce, bem doce para dizer a verdade. Eu sabia que ele queria tocar no assunto, mas também sabia que ele não queria me trazer lembranças tristes. Elijah respeitava-me ele era nobre o homem mais amável, delicado e doce que conheci em toda a minha vida. Como um irmão mais velho, eu o amo, pois ele foi o primeiro Mikaelson que conheci.

“O céu escuro despejava suas lágrimas silenciosamente em forma de gotículas de chuvas enquanto alimentava a alma da floresta e matava a cede dos animais devolvendo a sua vitalidade para dar continuidade ao ciclo natural. Eu assim como ele, despejava minhas lágrimas de agonia e frustação.

Ser órfã era uma realidade dura. Mas, eu sabia que eu não era. Minha mãe não havia me abandonado nesta vila próxima a qual mal chegamos, ela apenas teve de cumprir o seu dever. Funguei inspirando o ar frio do entardecer sem saber o que fazer. Encontrava-me encolhida na relva molhada encostada sob o tronco úmido e pegajoso da grande arvore carvalho. Eu podia sentir a fumaça da fogueira recém-apagada por mim em meu acesso de choro, com as emoções abaladas minha mente fervilhava em agonia.

Bruxa. Loba. Humana. Elementar. Desvio. Eram as únicas palavras que passavam por minha mente. Incapaz de formular uma única frase.

— O que esta bela donzela fazes fora de seu casebre debaixo desta tempestuosa tempestade? – perguntou-me um belo rapaz com vestes de um camponês, ele também estava encharcado assim como eu, seus cabelos cumpridos grudavam em seu rosto permitindo-me pouca visão sobre a cor de seus olhos. – Teus familiares devem estar a ficar preocupados com o fato de escurecer e não estares em seu casebre para a ceia, ainda por cima em noite de lua cheia. - Não senti maldade em sua fala, e sim preocupação.

Minha garganta formou-se um bolo, lobos não atacavam seu próprio sangue eu poderia muito bem viver escondida entre eles como quando era pequena, mas sem minha mãe por perto eu não sabia a quem recorrer.

— A donzela que aqui teus olhos vem, não possui casebre e nem muito menos família. – disse abaixando o olhar. Meu peito doía.

— És órfã?- concordei com a cabeça. Ele pareceu pensar por alguns segundos até voltar-se para mim novamente.

— Minha família e eu mudamo-nos a aldeia aqui próxima em poucas luas, talvez tu possas ficar abrigada conosco em nossa caverna até construírem o nosso casebre. Creio que minha mãe e meus irmãos não se importarão com tua presença, acho até que ela e minha irmã mais nova gostariam de uma companhia feminina a mais em casa. Não pregarei o olho hoje à noite sabendo que se a deixar por aqui ficar poderás servir de comida aos lobos. – estendeu-me a mão.

Sorri com o seu gesto de bom grado, e aceitei sua mão levantando-me do chão lamacento.

— Chamo-me Elijah Mikaelson é um prazer conhecê-la bela dama. – beijou minha mão em um gesto de respeito.

— Marjorie Ann é um prazer conhece-te s.r. Mikaelson. - E naquele dia sem ao menos perceber eu fui apresentada a minha futura segunda família. ”

— Pode perguntar Elijah. – Encorajei, levando a taça a meus lábios. Hum, o gosto era bom.

— Como você se sente em relação a tudo isso?

— Sentimentos como confusão, irritação, traição, mágoa e talvez um pouco de inveja apoderam-se de mim a cada vez que eu olho para Niklaus, Rebekah e até mesmo Hayley. – falei sincera demonstrando um pingo de irritação.

— Por causa do bebê? – questionou Elijah.

— Sim. Eu estava com cinco meses quando o perdi Elijah, dói muito saber que eu não cheguei a ver seus olhos abertos, sentir seu cheiro, ouvi-lo me chamar de mamãe. Era o meu menino Lijah, dói demais saber que as únicas coisas que pude sentir do meu filho foram apenas seus chutes em meu ventre e o cheiro de seu sangue escorrendo para fora de mim. – Elijah pegou a minha mão largando sua taça de qualquer maneira na grama, sentia minha visão ficar turva e um milhão de sentimentos não esquecidos apoderavam-se de meu corpo.

— Certa vez uma mulher muito sábia me disse que as coisas sempre acontecem no tempo em que devem realmente acontecer, talvez esse não fosse o seu tempo Jorie, talvez o futuro esteja reservando algo maravilhoso para você. – sorri diante de suas palavras reconfortantes.

— Você realmente está a usar o conselho que te dei quando a meretriz da Tátia o abandonou? Elijah! – rosnei irritada, francamente engoli o conteúdo da taça enchendo-a novamente.

— Bem, ele funciona para mim até os dias de hoje. – comentou risonho, mas logo trocou para sua habitual feição de seriedade. – Eu sei que pode ser doloroso afinal eu estive ao seu lado todo o tempo quando a parteira retirou... O meu sobrinho. – sua voz saiu abafada com uma pitada de raiva quase imperceptível. Fiquei sensível. - Seus gritos assombraram-me por anos, eu não sabia o que fazer, acho que ninguém sabia. Com Finn e Kol ausentes só restaram a mim, Rebekah e Marcellus a consola-los.

— E como sempre Bekah escolhe Niklaus. – interrompi passando as mãos sobre a minha fina camisola, eu deveria tela trocado. Era indecente uma moça casada está praticamente de roupas intimas ao lado de um homem solteiro, mas quem liga? Os Mikaelsons podem ser tudo menos decentes.

— Não a julgue, ela sempre será a irmãzinha dele. – dentei minha cabeça sobre o seu obro. – O bebê que Hayley espera servirá para eu me lembrar do quão falho eu fui com você. Eu percebi Niklaus ausente por dias, que por sua vez tornaram-se meses e a cada vez que os dois aproximavam-se havia guerra. Você estava vulnerável, tanto que teve um sangramento quando o ouviu na cama com Samanta. Eu deveria tela protegido, Mas a deixei sozinha por causa de Celeste. –  Elijah despejou suas palavras amargas contra o vento.

Ele retirou seu paletó, ficando apenas com uma blusa branca social. Arregaçou as mangas até a altura de seus cotovelos e afrouxou sua gravata. O dia estava a esquentar.

— Não se culpe por se colocar em primeiro lugar uma vez em sua vida Eli. – entrelacei nossos dedos. – Todos tem o direito de amar.

Ele acenou com a cabeça, bebericando novamente seu elixir.

— Você deveria ficar chateado por sujar uma roupa tão bonita quanto essas. O tecido parece ser fino e muito delicado. Acho que devemos voltar lá para dentro. – Falei olhando dentro de seus olhos, Elijah riu puxando-me para seus braços, depositando um suave beijo em minha testa. Estávamos abraçados, eu poderia ficar assim por horas, quem sabe por dias? A sensação de conforto era reconfortante, Elijah era a minha muralha onde eu covardemente escondia a Marjorie assustada. – Por que não você... – sussurrei mergulhada dentre seus olhos castanhos. – Seria tudo tão mais fácil.

— Me faço essa pergunta desde o dia em que terminamos o noivado.

“Rebekah e eu estávamos a dançar animadamente sobre a luz do luar, com todas as pessoas do vilarejo a observar. Cantarolávamos uma musica qualquer ao som da flauta e banjo animadas com a grande fogueira que nos esquentavam as noites frias.  

Tátia juntou-se a nós como com o objetivo de seduzir-te Elijah e Niklaus, a meretriz parecia divertir-se com os olhares indiscretos que os homens casados lhe lançavam. A mesma amava estar circulando na boca dos aldeões, lembro-me de odiar este fato logo quando cheguei à casa de Esther.

Todos queriam saber sobre a moça da mata achada pelo segundo Mikaelson mais velho, fui intitulada perdida e muitos me julgaram espirito amaldiçoado enviado para destruir o lar de Esther.

Em poucos meses aproximei-me bastante de todos da família, Elijah mantinha-se sempre ao eu lado, Rebekah não largava do meu pé sempre querendo arrumar meus cabelos já que Kol implicava bastante com a cor deles, Finn era recluso mais sempre que havia de me ver abria um sorriso encantador, Niklaus era fechado apenas observava-me pelo canto dos olhos diferente do pequeno Henrik que sempre tratou-me como sua irmã mais velha. Esther sentia minha magia de longe, assim como eu sentia a sua ela era curiosa demais para saber sobre meus pais passávamos algum tempo recitando magia, Mikael, bem este não poupava o olhar de desejo sempre que me via. Eu fui burra ao querer acreditar o contrário, afinal nem todos os monstros são pessoas boas que se transformam, mas sim, pessoas amarguradas que tem a maldade enraizada dentro de si. Essas sim nascem assim.

Niklaus e eu aproximamos fervorosamente após eu cuidar de alguns de seus ferimentos ocasionado pelo monstro, fiquei horrizada com tamanha brutaria em forma de homem. Seu próprio filho, sangue de seu sangue. Como ele pode? Passeávamos pelo menos duas vezes por dia, ele escalava as árvores para pegar minha fruta favorita, eu era simplesmente apaixonada pelas maçãs. Nik fazia-me sorrir mais do que o normal, Conversávamos sobre tudo, e aos poucos eu pude conhecer o verdadeiro homem por detrás da máscara.

Niklaus era um homem maravilhoso, tão amável e cuidadoso. Ele enchia-me com flores e deixava-me passear com seu cavalo preferido. Era fácil demais amar alguém como ele. Sua fruta preferida era framboesa silvestre, e com o passar dos tempos em um de nossos encontros roubou-me o meu primeiro beijo debaixo da macieira.

 Esther chegou a perceber os olhares indiscretos que seu marido lançava-me e assim convenceu Elijah a pedir-me minha mão.

Rebekah, Henrik e eu estávamos a voltar para o casebre, quando abrimos a porta Elijah rapidamente veio ao nosso encontro ele abraçou a irmã e sacudiu uma das mãos pelo cabelo de seu irmão mais novo, ficou inquieto quando aproximou-se de mim. Franzi o cenho.

 - Rebekah, vás buscar teus irmãos para a janta e levas Henrik contigo. – Mikael bradou, sua voz estava mais seca que o normal, seu olhar duro como pedra encontrou-se com o meu fazendo-me retrair os ombros de puro medo. Esther sorria amável como sempre uma de suas milhões de faces afinal ela era extremamente habilidosa em mascarar seus verdadeiros sentimentos. – Marjorie aproxime-se.

Dei dois passos na sua direção.

— Querida, já estais por volta de tuas dezessete primaveras, a idade perfeita para casar-te com um verdadeiro homem e construíres sua própria família. – entreabri os lábios eles iriam me vender? Não pode ser. Olhei apavorada para Elijah. Niklaus e eu estávamos a fazer planos para o futuro, ele estava apenas a reunir coragem para pedir minha mão a Mikael. – Meu filho Elijah tem algo a te dizer.

Elijah olhou para os pais e em seguida para mim, seu olhar era tristonho não ele não podia fazer isso. Continuei com o olhar suplicante ele amava Tátia e eu a Niklaus. Oh céus. Grande esterco, grande esterco!

— Marjorie Ann, aceitas servir-res a mim Elijah Mikaelson... – Não! Minha mente gritava.- com tua fidelidade pelo resto de teus dias enquanto tu viveres ? Dei-me a graça de seres minha esposa. – Grunhi. A feição de Esther era ameaçadora e Mikael dura eles haviam entrado em um acordo eu precisava de tempo. Arregalei os olhos, sentindo uma lagrima solitária descer.

— Aceito.

Recebi um anel de prata simples com detalhes feito a mão em meu dedo anelar. O noivado foi comunicado durante a ceia e os Mikaelsons que chegaram entraram em choque, todos sabiam sobre mim e Klaus, este ultimo tinha a feição de traição enquanto eu e Elijah encarávamos de cabeça baixa.”

*Tentando ao máximo alcançar
Mas quando eu tentava falar,
Sentia como se ninguém pudesse me ouvir


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Notas finais do capítulo

* trecho da musica da Kelly Clarkson - Breakaway.
Perdoe-me os erros, e agrade desde já a todas as pessoas maravilhosas que comentam, favoritaram a fanfic. beijos amores.



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