Sempre ao teu lado escrita por J S Dumont


Capítulo 36
Capitulo 36 - Reflexão


Notas iniciais do capítulo

olá gente, voltei!!! Bom... To passando rapidinho então não vou me alongar muito aqui, só quero informar que estamos chegando quase na reta final da história, então peço que continuem sendo os amores e comentando bem rápido e bastante, caso isso aconteça as postagens voltarão acontecer semanalmente para finalizar logo a história, e quem sabe até mesmo duas vezes por semana? Mas ai vai depender dos comentarios, porque não quero correr se for para atrapalhar esse quesito, então vai depender de vocês, pois todo mundo estava louco para chegar esse momento do Edward e da Bella começarem a ficarem juntos, ai quando chega comentario acaba? Ah ai não é justo né =//
Vamos lá pessoal! Me mostrem se estão felizes com a história... E se possivel quem não favoritou e recomendou faça isso também me deixaria muito feliz!
Bgs bgs e espero vocês no comentário!



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36. Reflexão

— E então Isabella, como foi os seus últimos dias? – Jane perguntou, desviando os olhos do seu pequeno caderno para pará-los em mim. Respirei fundo, antes de sorrir. Talvez nem o “ótimo” seria a definição certa de tão bem que as coisas estavam, pelo menos era o que eu estava sentindo nesses últimos dias, extremamente feliz.

— Foi tudo tão perfeito... – falei, depois de alguns segundos em silencio, Jane então sorriu.

— Vejo então que você conseguiu evoluir e olha que ótimo que está sendo os seus resultados... – ela disse, parecendo realmente estar satisfeita pela minha evolução. – Imagino que isso se deva também pela sua relação com Edward está indo bem, não é? – ela perguntou, e então eu assenti com a cabeça, ela então abaixou a cabeça dela para escrever algo em seu caderno.

— Sim... – eu falei. – Eu fui colocando na prática tudo que conversamos aqui e fui vendo que realmente a comunicação está sendo a chave do nosso relacionamento, pois graças a ela Edward sempre consegue me entender e anda respeitando o meu tempo, não me pressiona com nada, e sempre é muito paciente... – falei, e então suspirei. – Mas sei que uma hora temos que ir avançando mais, só que ainda tem muitas coisas que me trava, como se fosse algo dentro de mim, que me segura, sabe?

Ela me olhou por alguns segundos antes de continuar.

— Por acaso você está falando sobre os contatos mais íntimos? – ela perguntou, e eu suspirei.

— É ainda fico nervosa quando penso nesse assunto... – confessei.

— Ele está tentando ter relações sexuais com você? – ela perguntou.

Movi minha boca para um lado e para o outro, antes de respondê-la.

— Bom, na verdade não chegamos a esse ponto, também talvez seja por falta de momentos, sabe? É que não costumamos ficar sozinhos em ambientes que possa acontecer isso... – falei. – Também estamos juntos há tão pouco tempo, e não conseguimos nos ver todos os dias, ele trabalha muito! – acrescentei, e ela sorriu.

— Mas, você me parece que está curiosa em saber se conseguiria avançar nesse ponto, não é verdade? – ela perguntou.

Realmente Jane, a minha psicóloga, parecia já me conhecer muito bem. Ela sempre conseguia saber o que eu estou querendo, ou o que estou sentindo, apenas com minhas expressões faciais. E novamente ela havia acertado...

— É eu queria saber se realmente consegui me recuperar em todos os aspectos... – concordei.

— Bom... – ela começou, escreveu algo mais em seu caderno, e depois voltou a me olhar. – Seria bom tentar pelo menos ficar mais as sós com Edward, quem sabe terem alguns momentos sozinhos, vai ser bom para vocês dois, você deveria tentar e seria uma forma de saber até que ponto você está conseguindo chegar em sua relação... Não acha? – ela perguntou, sorrindo concordei com a cabeça.

— É verdade, eu acho que eu nunca tinha parado para pensar nisso, devo estar instintivamente evitando esses momentos, por causa do medo sabe? Mas você tem razão, talvez eu precise enfrentar isso... 

Ela concordou com a cabeça e novamente escreveu algo em seu caderno.

— Já faz algumas sessões que não falamos mais sobre o Nick, você se sentiria a vontade em falar sobre ele? – ela perguntou, e novamente respirei fundo, confesso que fiquei incomodada apenas em ouvir o nome dele, o suficiente para embrulhar o meu estomago.

Mordi meus lábios inferiores, ainda fiquei calada por alguns segundos, para conseguir respondê-la.

— O que você gostaria de perguntar sobre ele? – eu perguntei.

— Você ainda pensa nele? Ou tem pesadelos com ele? – ela me perguntou.

— Pesadelos não, mas pensar, ás vezes ainda sim, principalmente porque a mídia ainda não o esqueceu, não falam dele mais com tanta freqüência como antes, mas de vez em quando ainda o rosto dele aparece na televisão, mais isso acontece mais quando falam sobre mim... – soltei um suspiro antes de continuar. – Você sabe que depois que Edward e eu começamos a namorar, eles acabaram me desenterrando e desenterrando Nessie, fazendo o assunto do meu seqüestro voltar a ficar sendo comentado na televisão, no jornal, nas revistas, como se isso fosse um assunto interessante para ser falado, mas não é! – confessei.

— Isso te incomoda é claro, não é? – ela falou, enquanto escrevia em seu caderno.

— Claro, eu não quero jornalistas atrás de mim, falando desse assunto novamente, revirando de novo a história, mas acho que é impossível... Vivem querendo que eu dê novas entrevistas, querem meu rosto de novo na televisão, mas eu sei que o assunto do meu namoro com Edward não vai dar nem a metade da entrevista, o que eles querem mesmo falar é de Nick! – eu disse, discordando com a cabeça. Pensando em como a mídia adora falar de tragédias, como eles adoram apelar e ficar rodeando e rodeando o mesmo assunto, incansavelmente, sem perceber o quanto isso é terrível para nós, as vitimas, já que isso se torna mais um obstáculo para enfrentarmos. Pois somos obrigadas a ficar revendo e revivendo toda a história, o que faz nós retrocedermos.

E ainda quando a vitima é namorada de um atleta famoso ai tudo fica mais perfeito para eles, pois isso se torna um assunto que eles com certeza não vão cansar de falar o restante do ano e talvez o outro ano inteiro.

— Por isso que eu acho bom você terminar o seu livro, pois nessas páginas você poderá falar livremente desse assunto e, claro, da forma que você achar melhor, sem pressão, sem perguntas, você falará o que quiser, e da forma que você quiser, e ainda as pessoas poderão conhecer essa história pelas suas palavras, Isabella você vê pela mídia o quanto eles se interessam por ela... – ela disse, e eu bufei. Realmente eu sempre achei a ideia que Jacob me deu interessante, e já havia evoluído bastante no meu livro, já havia chegado até os primeiros dias de cativeiro, mas eu confesso, que ali, eu havia travado um pouco, pois toda vez que eu começava a escrever as páginas era como se eu voltasse a viver aquele inferno de novo. Era terrível ter Nick novamente em minha mente.

— Por quê? – perguntei, e então ela me olhou com as sobrancelhas franzidas.

— Por que o que? – ela perguntou.

— Porque se interessaram por minha historia? – perguntei.

Ela então sorriu, ainda ficou calada por alguns segundos antes de me responder.

— Porque você é uma mulher forte, e sua história é tocante, você enfrentou muitas coisas Isabella e está superando isso, acredito que quando alguém pensa no que você viveu, começa a refletir o quanto um ser humano é capaz de vencer e de se superar, pois você é a prova de que tudo é possível, então, por isso que eles se interessam, porque é algo real e é uma lição de vida, de algo que realmente aconteceu com alguém... – ela disse, e então eu sorri. – Seria bom sim se você terminasse, no seu tempo, pois sei que quando escrevemos ás vezes estamos reabrindo uma ferida, que você mesma já me disse não ter certeza se a cicatrizou... – ela falou, e então não sei porquê, mas os meus olhos marejaram, mas não consegui parar de sorrir. –Mas quando você se sentir mais a vontade em pensar no seu passado e tentar transformar esses pensamentos em palavras, tente e não desista, pois escrever é uma forma de se expressar, pode acabar de alguma forma ou de outra te fazendo bem, pelo menos eu acredito que quando você chegar na ultima página, se sentirá satisfeita...

Olhei para baixo por alguns segundos, enquanto pensava nas palavras dela.

— É... Você tem toda razão... – eu disse, e então a olhei. – É minha vida não é? A gente pode fazer muitas escolhas, mas nenhuma delas apagará o que aconteceu, e o que posso fazer é continuar o que estou tentando, e talvez escrever, seja uma forma de... Superar! – conclui.

— Isso! Viu como refletir é a melhor maneira para avançarmos!  – ela exclamou.

+++

Superar... Realmente era o que eu fazia todos os dias, como minha mãe mesmo dizia, nós temos que dar um passo de cada vez, eu sabia que ainda eu tinha algumas coisas pendentes comigo mesma, eu sabia que ainda existiam duvidas se a minha ferida que se chama passado estava mesmo cicatrizando de verdade, e ainda em meio a essas dúvidas eu sabia que precisava me equilibrar com os traumas do passado e ainda com os desafios do presente.

Eu já estava ciente dos desafios que eu iria viver quando se espalhasse a noticia do meu relacionamento com Edward, e é incrível como “fofocas” de famosos consegue se espalhar rápido demais, tudo bem que o nosso passeio ao parque, meio que contribuiu para isso, mas eu não imaginava que tudo ia acontecer de uma forma tão rápida.

Em apenas dois dias os programas de fofocas já estavam falando do assunto, as fotos minhas com Nessie e Edward no parque também já estavam na internet, e ainda aparecendo na televisão e até mesmo podíamos nos ver nas páginas das revistas, foi então que os dois assuntos começaram a ser comentado. Dois porque além do meu namoro com Edward, novamente começaram a falar sobre o cativeiro e a “fuga do inferno”, claro, que a parte em que eles relembram a minha história foi á parte que mais me incomodou.

Mas eu tentei relaxar e tentar acreditar que nada disso iria me incomodar, eu estava conseguindo evoluir, não pensar mais tanto naquela época e tentei me concentrar apenas no meu presente, comecei a evitar os noticiários e comecei a pensar mais na difícil tarefa de recomeçar, eram tantas coisas para pensar e fazer, que o lado bom é que eu conseguia facilmente dispersar os meus pensamentos, e Nick, cativeiro, mídia falando do assunto, meu rosto novamente nos noticiários e nas revistas voltam para o segundo plano.

Agora era contagem regressiva para terminar o ano, e pela primeira vez depois de muitos anos, eu tinha muitos motivos para comemorar, Nessie estava animada, afinal, era o primeiro natal e ano novo dela com a família, e devo confessar que a animação não era apenas com ela, eu também estava ansiosa para esse grande dia. Onde eu pudesse ver o ultimo dia do ano passando, para um novo ano, sendo o símbolo de um novo recomeço. Uma nova vida.

— TIA SARA! – logo ouvi minha pequena gritar lá da sala de estar, isso segundos depois que tocaram a campainha de casa, esse fora o momento que me fez voltar á realidade, eu estava fazendo bolo de chocolate e meio que me atrasei para ir até a porta abri-la, mas parecia que Nessie já havia feito o trabalho por mim, e fiquei feliz, pois a visita não podia ser melhor.

Terminei de colocar o bolo no forno, e depois fui em direção a porta, onde estava Sara, sendo ainda abraçada por Nessie. Eu sorri e logo em seguida me aproximei.

— Sara, que bom te ver! – exclamei, notando que ela segurava uma sacola, ela se aproximou de mim e me deu um abraço apertado, que logo correspondi.

— É, hoje é meu dia de folga então eu aproveitei para vir trazer um presente de natal para a minha corajosa Nessie... – ela disse, e então logo entregou a sacola para Nessie, sorrindo fiquei observando ela tirar rapidamente o presente da sacola, foi abrindo e em poucos segundos, pude ver o que era.

— Olha só é a casinha da Polly, LEGAL! – ela disse e depois deu um novo abraço em Sara. – Obrigada, obrigada, obrigada! Mãe eu vou ao meu quarto para brincar com a casinha, é lá que está minhas bonecas Polly! – ela disse.

— Tudo bem... Só tome cuidado na escada! – eu pedi, e depois fiquei observando Nessie dar as costas e sair correndo para o seu quarto. Suspirei e então voltei a olhar para Sara.

— Então eu estou fazendo um bolo, vamos até a cozinha conversar, assim que ficar pronto eu te dou um pedaço! – eu sugeri e ela sorrindo, concordou.

— É, eu vejo que você é uma ótima cozinheira, sempre quando falo com você, você está cozinhando... – ela comentou, sentando-se a mesa da cozinha, eu fui pegar a garrafa térmica que estava na pia para lhe oferecer um pouco de café.

— É eu sempre gostei muito de cozinhar e uso isso também para me distrair, ás vezes me sinto cansada de ficar aqui em casa, tenho a Nessie como companhia, como sempre, mas às vezes sinto necessidade de fazer mais coisas, é complicado só ser uma dona de casa... – confessei, colocando o café na xícara e entregando a Sara. Ela começou a beber e ficou me olhando com um leve sorriso no rosto.

— É que você tem vontade de fazer algo diferente, algo que lhe faça se sentir produtiva, não é? – ela perguntou e eu concordei com a cabeça.

— É eu também estava escrevendo e isso estava sendo legal, mas meio que empaquei sabe? Deu um bloqueio... – confessei, depois soltei um suspiro e sentei a mesa na frente dela. – Ano que vem voltarei a estudar e ai vou me sentir ainda mais produtiva, e por enquanto estou pelo menos tentando voltar a dirigir, isso já está sendo um grande desafio para mim, pois vi que me tornei uma péssima motorista! – falei e então bati a mão na testa assim que me lembrei das minhas ultimas aulas de direção e como elas estavam sendo desastrosas.

— Ah não fica assim amiga, tenho certeza que uma hora você perderá esse medo, tem só que se manter firme e não desistir, mas sei que você não fará isso... – ela falou, sorrindo para mim, sorri para ela também.

— É, vou continuar firme! – falei, e então continuamos a conversa por mais alguns minutos, até o bolo ficar pronto.

— Então você vai passar o natal com a família de Edward... – Sara comentou,  enquanto eu cortava um pedaço de bolo e colocava no prato para ela, depois peguei um prato para mim e coloquei um pedaço.

— Sim, meus pais também vão para casa dos pais de Edward, vamos passar todos juntos, acho que vai ser um momento legal, já que eu estou me dando bem com a família dele... – comentei e em seguida suspirei. – Então que tal assistirmos um pouco de televisão? – perguntei, ela concordou, então logo seguimos para a sala de estar.

Sentamos no sofá, coloquei o meu prato na mesa de centro e então liguei a televisão, não imaginava que a primeira coisa que eu iria ver era a foto de Nick numa matéria do jornal local, no mesmo momento meu coração disparou, e num gesto nervoso e impulsivo já fui trocando de canal, eu sabia que estavam falando algo sobre ele, mas não imaginei que poderia ser alguma coisa útil, já que a única coisa que eles andam fazendo nesses últimos dias, é ficar repetindo a mesma história que todos já conhecem.

— Está tudo bem? – Sara perguntou para mim, eu a olhei, e já ia responder, quando escutei o barulho do telefone tocando.

— Sim... É só um momento! – eu falei e logo depois segui até o telefone, o atendi, e logo quando a pessoa do outro lado da linha falou, eu vi que se tratava do meu advogado. Já fazia algumas semanas que eu não falava com ele, o que fora uma surpresa a sua ligação, mas logo que ele me contou o motivo, no mesmo momento meu coração já disparou e comecei a entender o que eu tinha visto na televisão.

— Tudo bem... É... Sim, claro, a gente pode se encontrar depois do período de festas... – falei, assim que ele disse que queria marcar um dia para vir aqui em casa, ou eu ir até o escritório dele.

— Eu te ligo logo depois do ano novo, tudo bem? – ele falou.

— Claro! – eu concordei nos despedimos e logo depois ele desligou a ligação, mas ainda eu fiquei com o telefone alguns segundos em meu ouvido, ainda digerindo o que ele tinha me falado. Não demorou muito para eu notar que minhas mãos tremiam.

Respirei fundo e em seguida coloquei o telefone no gancho, depois me virei e só então Sara reparou que eu estava nervosa.

— Bella... – ela disse, levantando-se do sofá, colocou o seu prato também na mesa de centro e em seguida se aproximou de mim. – Está tudo bem? – ela perguntou, colocando a mão em meu ombro.

Olhei para ela por alguns segundos, antes de conseguir respondê-la.

— Marcaram o julgamento do Nick... – falei, suspirando antes de continuar. – E vai ser no primeiro mês do ano que vem!

+++

Sabe aquela frase que muitos dizem, mas nunca paramos para refletir sobre ela? Tudo que não te mata fortalece... Bom, pelo menos eu nunca havia parado para pensar sobre ela, mas era incrível como essa frase não saiu da minha mente desde que eu soube que estava tão perto de Nick ser julgado, e eu sabia que novamente aquela minha história, mais uma vez iria ser revivida.

Assim que Sara foi embora e os meus pais chegaram, eu fui para o meu quarto, e fiquei ali muito tempo refletindo, minha mãe sabia que eu havia ficado meio afetada em saber que o julgamento de Nick estava próximo, porém ela respeitou o meu tempo de solidão e cuidou de Nessie para que eu pudesse ficar aquelas horas sozinha, tendo o meu pensamento como minha maior companhia.

Depois de muito tempo deitada em minha cama pensando, de repente eu vi a porta se abrir, fiquei surpresa ao ver que se tratava de Edward, afinal, sempre quando ele estava em casa, minha mãe que vinha em meu quarto avisar, e não ele que aparecia assim, em meu quarto, de surpresa.

— Edward... – falei, sentando rapidamente em minha casa, sentindo-me envergonhada por estar naquela situação, jogada na cama, com pijama e com os cabelos bagunçados, afinal, ainda estávamos na fase do inicio do namoro e eu sabia que não é muito legal o namorado lhe ver assim.

— É, desculpe entrar assim, sua mãe achou que era melhor eu vir direto, sem avisar, para fazer uma surpresa... – ele disse, se aproximando e se sentando na cama ao meu lado. Imaginei que minha mãe pensou nessa coisa de “surpresa” para me animar um pouco. Mas ainda eu continuava envergonhada, sorri forçadamente, e ele então colocou a mão em meu rosto e me deu um selinho demorado.

— Eu estou horrível! – falei, voltando a deitar na cama, e voltei a me cobrir com o edredom, quase cubro o meu rosto, que imagino que deva estar totalmente vermelho.

Edward riu então deitou ao meu lado e me olhou, pegando a minha mão.

— Não, você não está, está linda como sempre eu te garanto... – ele disse o que não me surpreendeu, pois eu não imaginava Edward dizer algo diferente disso. – Como você está? – ele perguntou, depois de alguns segundos em silencio.

— Eu não sei... – confessei.

— É eu soube nos noticiários que foi marcado o julgamento do Jeffrey, bom, o lado bom é que tudo isso está perto do fim, o ruim é porque novamente não param de falar disso... – ele comentou.

— É mais um assunto para ficarem sugando até a última gota! – resmunguei, depois desviei o olhar para o teto do meu quarto, senti a mão de Edward segurar a minha com mais força. –Sabe Edward, depois da minha ultima conversa com a psicóloga, eu comecei a refletir muito sobre esse meu tempo fora do cativeiro, sobre esses dias que estamos juntos, sobre tudo... – falei, e depois voltei a olhar para Edward, notei que ele estava me olhando fixamente. – Como todos dizem eu tive muitos avanços, mas ainda eu sinto como se eu tivesse numa caverna e estivesse caminhando e caminhando para luz, mas ainda não cheguei lá, sabe?

Ele sorriu para mim, colocou a mão em meu rosto e o acariciou.

— Mas eu te garanto que você vai conseguir chegar lá! – ele disse, e então eu suspirei.

— Eu quero chegar lá Edward, eu quero me libertar disso tudo... – falei, encostando minha cabeça no ombro dele. – Sabe, eu me dei conta de que nunca falamos de verdade sobre esse assunto... – eu comentei, e ele então franziu as sobrancelhas.

— Está falando sobre o cativeiro? – ele perguntou, então eu virei o meu corpo na direção dele e continuei o olhando, assenti com a cabeça.

— Bom, é que eu tenho medo de te incomodar com esse assunto, não sei quanto isso pode te afetar e... – ele se calou, vi que ele meio que se embaraçou com as palavras. Eu sabia que esse assunto também o incomodava, afinal, não deve ser nada fácil para ele ficar sabendo das coisas horríveis que Nick fez comigo nesses anos todos.

— Eu sei! – eu falei.

— Mas... – ele começou virando o corpo também na minha direção ficou me olhando por alguns segundos antes de continuar.  – Se você quiser conversar sobre isso, ou sobre qualquer coisa, eu estou aqui, eu estou do seu lado, sempre!

Sorri para ele, coloquei a mão em seu rosto pálido e o acariciei.

— Eu sei... Uma hora falaremos sim disso, mas não agora, sinceramente, agora eu só quero uma coisa... – falei.

— O que? – ele perguntou.

— Que você me abrace! – eu disse, sorrindo para ele.

Edward então sorrindo, me abraçou com um braço, enquanto o outro usou para puxar o edredom e cobrir o seu corpo com ele, em seguida usou os dois braços para me abraçar, e então eu suspirei enquanto sentia aquela sensação boa de estar sentindo o calor do corpo dele, fechei os meus olhos e fiquei alguns minutos pensando, até que então me lembrei das palavras de Jane e também pensei em como talvez naquele momento aquilo poderia ser importante... Ser especial!

Abri os meus olhos e então simplesmente falei:

— Edward... Eu acho que está na hora de voltarmos a ficar um tempo... Ahm... Juntos em um lugar, sozinhos, sabe, talvez uma noite na sua casa, o que você acha? – sugeri, e em seguida virei à cabeça para olhar para ele, vi que ele ficou surpreso com minha sugestão, mas logo depois sorriu. Eu acho que pela expressão em seu rosto, ele havia gostado da ideia.

— Eu acho uma ótima ideia... – ele, enfim, respondeu.

+++

Depois do dia em que cheguei á casa de Edward de surpresa, para beijá-lo e dizer para ele que o amava, nunca mais havia voltado lá, o que era estranho já que era ali que tudo havia recomeçado.

E foi no outro dia, depois de eu sugerir a Edward que passássemos uma noite na casa dele, que eu finalmente voltei até lá. Confesso que estar ali de novo me deixou um pouco nervosa, insegura, mas mesmo assim não era terrível estar ali. Também, seria impossível daquilo ser terrível.

Minha mãe achou aquilo uma ótima ideia, prometi voltar para casa antes que Nessie acordasse no dia seguinte, eu optei por colocar um vestido preto, básico, nada de elegante, já que eu só iria a casa dele, mas o vestido deixava minhas pernas amostra e tinha um leve decote, o que me dava uma sensualidade discreta, eu também deixei os meus cabelos soltos e passei uma leve maquiagem.

Edward me buscou em casa com o seu carro, e assim que o vi, notei que ele estava animado, ele usava uma regata branca e uma bermuda jeans, e enquanto dirigia em direção a casa dele, ele me olhou com um leve sorriso no rosto.

— Bella, você não precisa se sentir pressionada a nada hoje, está bem? – ele falou quebrando o silencio que já reinava há alguns minutos, eu sorri para ele.

— Eu sei meu amor... – falei, colocando minha mão na perna dele.

— Se quiser a gente só janta, conversa, bebe champanhe! – ele disse, e meu sorriso se alargou.

— Champanhe? Nossa como você consegue ser tão perfeito... – falei. E o sorriso dele se alargou, olhei para janela e fiquei observando o caminho, por ele fui percebendo quando estávamos chegando perto, logo o meu coração disparou acelerado e aumentou ainda mais o ritmo quando ele parou e eu me dei conta de que estávamos na garagem da casa dele.

Ele abriu a porta do carro, no mesmo momento em que eu fui abrindo a minha, enquanto descia do carro, Edward já deu a volta para se aproximar de mim e pegar na minha mão.

— Vem... – ele disse, e logo depois começou a me conduzir até entrarmos na casa dele. Suspirei e fui olhando a minha volta, não fazia tanto tempo que eu estive ali, mas eu tinha me esquecido de alguns detalhes da casa, tanto, que fiquei observando novamente cada canto dela.

— Bom, como hoje eu tive jogo e o dia foi meio agitado, não deu tempo ainda de eu pedir algo para comer, mas eu já vou pedir, o que você acha de comida japonesa? – ele perguntou, e eu o olhei com um sorriso no rosto.

— Eu acho legal! – falei.

— Podemos assistir algum filme enquanto comemos! – ele disse, e colocou o braço em volta de minha cintura, sorrindo, coloquei o braço no pescoço dele, e fiquei o olhando com um sorriso no rosto.

— Ótima ideia... Já que ainda não fizemos isso desde que voltamos a namorar! – eu falei. Ele sorriu, e então aproximou o seu rosto lentamente, até nossos lábios se encostarem e começarmos a nos beijar levemente, desci as minhas mãos pelas costas dele, enquanto eu correspondia o seu beijo, logo senti meu coração disparando e meu corpo se aquecendo com o calor do corpo dele. Como era bom sentir aquele sentimento que ele me transmitia, tanto que eu já havia até mesmo me acostumado com os toques dele, com os beijos, também era difícil não se acostumar com algo tão bom.

Poder beijá-lo sem me sentir assustada, já ia me dando mais segurança, eu fui permitindo que o beijo fosse se intensificando e Edward mais animado fora me apertando mais forte, durante o beijo ele chegou a me conduzir até a parede, me prensou contra ela, e ofegante parou de me beijar para me dar alguns beijos no pescoço, sorri ao sentir um leve arrepio.

— Você ainda não me mostrou toda sua casa! – eu comentei também ofegante e sorrindo, Edward me olhou e sorriu também.

— É eu tenho algo mesmo para te mostrar... – ele falou e eu olhei para ele com as sobrancelhas franzidas.

+++

Não demorou muito para eu perceber que Edward estava me conduzindo em direção ao seu quarto, e confesso que mesmo querendo conhecê-lo, por outro lado fui ficando extremamente nervosa, enquanto caminhávamos, Edward permaneceu com uma de suas mãos na minha cintura, e usou a outra mão para abrir a porta do quarto, meu coração disparou muito forte quando olhei para dentro dele, fui reparando em cada detalhe daquele quarto e o nervosismo era evidente, eu sentia até minhas pernas tremer, estava claro que eu estava nervosa, com medo, do que iria acontecer ali dentro e como iria acontecer, caso algo realmente acontecesse naquela noite.

Foi então que os meus olhos pararam na cama pela primeira vez, os meus lábios foram se entreabrindo, pisquei algumas vezes, não acreditando no que estava vendo.

— É sério? – falei, entrando mais no quarto, para olhar melhor a cama, ouvi o barulho da porta se fechando atrás de mim, Edward me agarrou pela cintura de forma mais forte, dando um leve beijo em minha bochecha, em seguida sua boca se aproximou do meu ouvido.

— Você gostou? – ele perguntou, e então, eu sorri.

— Você disse que não teve tempo nem de pedir a comida... – falei.

— Mas eu consegui um tempo para preparar isso, não podia deixar de fazer algo legal essa noite... – ele falou, e meus olhos novamente foram para a cama, ela estava toda arrumada com uma colcha branca e em cima dela havia pétalas vermelhas em forma de um coração, dentro dele havia uma garrafa de champanhe, e dois copos.

Ele logo pegou a garrafa, e eu fui pegando o copo, enquanto a abria, nos olhávamos fixamente, sorrindo um para o outro, completamente apaixonados, como sempre tivemos.

E assim que comecei a dar os primeiros goles de champanhe, eu continuei olhando fixamente para aqueles olhos brilhantes de Edward, que também estava extremamente grudados nos meus.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Estamos bem perto do julgamento do Nick, aguardem, muitas emoções estão para acontecer nos proximos caps... beijos beijos!