Sempre ao teu lado escrita por J S Dumont


Capítulo 12
Capitulo 12 - No mundo sem a mamãe


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!! Ainda é quarta haha, to aqui como prometido para postar um novo capitulo, bom tá indo rápido e sei que tem muitas pessoas que não comentaram no capitulo anterior ainda, então se não for pedir muito comentem tá para eu saber o que acharam do anterior também, pois foi um capitulo muito importante, tá meio tarde então provavelmente não vai dar para responder todos comentários hoje, mas prometo que irei responder todos até amanhã.
AGORA LEIAM AQUI! Gente estou com duas fics novas, elas começarão a ser postadas semanalmente a partir do dia 21/22 de outubro, então eu já to divulgando elas para vocês:
Uma é de drama assim como "Sempre ao teu lado", é uma parceria com Isabela Maria, se puderem vão lá vai ser muito boa a fanfic, chama-se Believe in your Dreams, e estamos com ideias maravilhosas para ela: LINK: https://fanfiction.com.br/historia/744818/Believe_in_your_Dreams/
Agora também tem uma de comédia, para quem curte humor, quer uma fanfic menos pesada para acompanhar, tem 1001 razões para nunca levar Isabella Swan para cama, garanto que ela vai ser MUITO divertida, interessante, vocês vão adorar:
https://fanfiction.com.br/historia/744814/1001_razoes_p_nunca_levar_Isabella_Swan_para_cama/
Caso forem acompanhar alguma comentem, seja os amores que são aqui ;)
Agora é o cap. Bgs bgs



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12. No mundo sem a mamãe

Estou deitada na rede, não tem mais jornalistas em frente a nossa casa, acho que é porque estão todos no hospital vendo a mamãe, é onde ela está agora, mamãe uma vez me disse que nunca ia sair do meu lado, mas ela não cumpriu a promessa, ela deve ter se esquecido.

Vovó está sentada no banco que colocaram em frente a nossa casa, foi vovô que colocou no mesmo dia que colocaram a rede, me lembro que isso foi um dia antes da mamãe tentar ir para o céu, fiquei toda feliz quando vi pela janela a rede, mas eu não tinha ido até ela me balançar, porque os jornalistas não deixavam, mas agora não tem mais jornalistas, mas também agora não tem mais a mamãe, a vovó estava triste e eu não vejo o vovô desde que levaram a mamãe para o hospital, isso já faz um dia. O dia todo. A noite eu dormi na sala junto com a vovó.

Depois que cansei de me balançar na rede eu entrei em casa, vovó e eu fomos para sala, vovó ligou a TV e logo vi aquele hospital onde estávamos antes, onde tinha o Dr. Clay, mas vovó logo trocou de canal colocando nos desenhos.

— Ela morreu? – perguntei a vovó, ela me olhou.

— Eu já disse que não Nessie... – vovó respondeu.

— Se você tiver mentindo para mim? Se você está dizendo que ela está viva só de brincadeira? — perguntei para Vovó. — Porque, se ela não estiver viva, também não quero estar.

Tinha uma porção de lágrimas descendo por todo o rosto dela.

— Eu não... Eu não posso lhe dizer mais do que eu sei, seu vovô disse que telefonaria assim que tivessem uma atualização.

— O que é atualização?

— É como ela está neste exato momento.

— Como ela está?

— Bom, não está bem, porque ela tomou um excesso do remédio ruim, como eu lhe disse, mas é provável que agora eles já tenham bombeado tudo do estômago dela, ou a maior parte.

— Mas por que ela...?

— Porque ela não anda bem da cabeça Nessie, estão cuidando dela, você não precisa se preocupar.

— Por quê?

— Bem, porque não adianta nada, vem vamos comer lasanha...

Vovó me levou para cozinha e esquentou a lasanha no micro-ondas para mim, mas eu fiquei olhando para comida e não senti nenhuma fome.

— Você não tocou na sua lasanha — a vovó disse. — Quer um copo de suco, ou alguma coisa?

Abanei a cabeça.

— Está cansada? Você deve estar cansada, Nessie, vem, quer ir para o quarto da sua mãe? – ela perguntou.

 — Não... Não quero dormir sozinha lá! – eu disse.

— Sei que você está com saudade da mamãe, mas, só por enquanto, precisa dormir sozinha. Você vai ficar bem, o vovô e eu, estaremos logo no quarto ao lado. Você não tem medo de monstros, tem?

— Depende do monstro, se é de verdade ou não e se está onde eu estou.

— Hmm... Vamos fazer assim: que tal eu colocar um colchão inflável do lado da nossa cama, só esta noite, até você se acostumar? - vovó sugeriu.

Então fomos até o quarto da vovó e do vovô, vovó colocou o tal do colchão inflável do lado da cama dela, é um negócio grandão feito uma bolsa, ela colocou um negocio que ela falou que se chama bomba dentro do buraco do colchão e ela o encheu todo como um balão, mas é um retângulo.

E enquanto eu observava tudo eu fiquei me perguntando. Quem são os eles que bombearam o estômago da mãe? Onde eles põem a bomba? Ela não vai explodir?

Descemos de novo lá para baixo porque estava cedo, fiquei um tempinho olhando pela janela para observar o lá fora, quando ficou escuro, vovô ligou e vovó falou um pouco com ele, depois vovó falou para mim que mamãe ainda não acordou e eu não sei se isso era bom ou ruim. Vovô já estava perto de chegar, então vovó me levou novamente para o quarto.

Deitei no colchão e fiquei olhando para vovó.

— Bom, que tal uma história? – ela perguntou.

— Não. – eu respondi.

— Cansada demais para uma história... Certo, então, está bem. Boa noite.

Ficou tudo escuro. Sentei.

— E os Percevejos?

— Os lençóis estão perfeitamente limpos.

Eu não via a vovó, mas conheço a voz dela.

— Não, os Percevejos.

— Nessie, eu estou quase caindo de...

— Os Percevejos que não deixam picar.

— Ah — disse a vovó. — Boa noite, durma bem... Eu mesma costumava dizer isso quando a sua mãe era...

— Diz tudo.

— Boa noite, durma bem, não deixe os percevejos picarem ninguém.

Entrou um pouco de luz, foi á porta abrindo.

— Aonde você vai?

Vi a forma toda preta da Vovó no buraco.

— Só vou lá para baixo, esperar o vovô...

Saí rolando do inflável, ele balançou.

— Eu também.

— Não, eu vou ver os meus programas, eles não são para crianças.

— Você falou que era você e o Vovô na cama e eu do lado no inflável.

— Isso é depois, seu vovô ainda não chegou, ele está vindo! – ela disse, e depois ligou a luz.

— De carro? – perguntei.

— É, de carro! – ela respondeu e sorriu para mim. – É, vai deita no colchão...

Eu voltei para o colchão inflável.

— Não consigo, sozinha não.

— Ah — disse a Vovó. — Ah, pobre criaturinha.

Por que eu sou pobre e criaturinha? Ela se curvou do lado do inflável e tocou o meu rosto.

— Você na cama. Eu no inflável.

Ouvi a Vovó bufar.

— Está bem. Vou me deitar só por um minuto...

Vi a forma dela em cima do edredom. Caiu uma coisa, ploft, foi o sapato dela.

— Quer uma cantiga de ninar?

— Hã?

— Uma música!

A mãe cantava músicas pra mim, mas agora não tem mais nada disso. Ela tomou o remédio ruim, acho que estava cansada demais para continuar brincando, ficou com pressa de ir pro céu e aı́ não me esperou, por que ela não me esperou? Tínhamos que ir para o céu juntas.

— Você está chorando?

Não falei nada.

A Mãe disse que seríamos livres, mas isso não parece livre. A Vovó cantou muito baixinho, eu conhecia essa música, mas ela parecia errada.

— A roda do ônibus roda, roda...

— Não, obrigada — eu disse, e ela parou.

— Certo, então durma filha... – ela disse.

Eu e a mãe no mar, eu enroscada no cabelo dela, todo amarrada com nós e me afogando... Só um pesadelo. É isso que a mãe diria se estivesse aqui, mas não está. Depois de acordar, fiquei deitada, contando cinco dedos da mão, cinco dedos da mão, cinco dedos do pé, cinco dedos do pé, balancei todos eles, um por um. Tentei conversar na cabeça, Mãe? Mãe? Mãe? não ouvi ela responder

Quando começou a ficar mais claro, cobri a cabeça com o edredom pra fazer escuro. Acho que deve ser essa a sensação de ficar fora.

— Nessie? — fez a vovó perto do meu ouvido, e eu me enrosquei pra ficar longe. — Como você está?

Eu me lembrei das boas maneiras.

— Hoje? – perguntei. vovó confirmou com a cabeça. — Não sei, a mamãe já vai vir para casa? – perguntei a vovó.

— Acho que não, mas vovô vai ao hospital saber sobre ela...

— Eu queria voltar para o quarto... – eu disse.

— Qual quarto?

— O do Nick, lá pelo menos a mamãe estava todo dia e toda hora comigo, e quando ela ficava triste ela não ficava com pressa de ir para o céu, pois ela sempre estava do meu lado... – respondi a vovó, tirando o edredom do meu rosto para olhá-la, notei que os olhos dela encheram-se de lágrimas. – Não choram as lágrimas vão acabar...

Vovó as enxugou, e ela deu um sorriso.

— Eu dizia isso a sua mãe quando ela era pequena...

— A mamãe diz isso para mim, acho que as dela acabou, porque ela chorou...

— Não Nessie, ela vai ter mais lágrimas, eu garanto! – vovó disse sorrindo para mim. – Não queira voltar para aquele lugar, sua mãe vai voltar a ficar com a gente você vai ver...

— Mas ela disse que iriamos ser livres, e iriamos gostar da casa da rede, e que iriamos ver um montão de coisas, mas a única coisa que fizemos foi ficar aqui dentro e ela ficou chorando, deitada na cama, ela não tá feliz...

— Ela só tá um pouco ruim da cabeça, sua mamãe passou por muitas coisas, e assim como as coisas são novas para você tá sendo tudo novo para ela também, mas agora, ela vai voltar bem melhor, eu garanto... – vovó disse, e eu sorri para ela. – Enquanto isso, você está respirando e andando e falando e dormindo sem a sua mãe, não está? – eu concordei com a cabeça. – Então, aposto que também pode comer sem ela, vem, vamos tomar café...

Vovô não estava na cozinha, vovó disse que ele já tinha ido para o hospital e ia ligar para nós, hoje eu estava com fome e então comi cereal de bolinha de chocolate, o meu preferido, mas era impossível não comer e não me lembrar da mamãe, depois fui para sala assistir TV e vovó recebeu a ligação do vovô, ela sorriu e seus olhos brilharam, acho que era uma noticia boa.

— Nessie, temos uma ótima noticia! – vovó disse vindo até mim. Eu sorri para ela. – Sua mãe já está bem, eles conseguiram fazê-la acordar, isso não é ótimo?

— Então ela não vai morrer? – perguntei, e vovó abanou a cabeça.

— Não! – ela disse, sentando do meu lado e me dando um abraço, eu achei um pouco estranho, mas era quentinho que nem o da mamãe.

Então mesmo ela com pressa de ir para o céu, Deus não a quis ainda, então ela vai continuar comigo. E mesmo não querendo, ela vai ter que continuar brincando.

— Eu estou triste com a mamãe... – eu disse, olhando para baixo.

— Por quê? – ela perguntou.

— Porque ela cansou de brincar comigo, e quis ir para o céu e me deixar... – eu disse.

— Ah filha, não pensa nisso, quando sua mamãe voltar, você tem que trata-la bem e dar muitos beijos e abraços nela, porque ela vai precisar de muito carinho agora...

— O papai podia fazer companhia a ela, não é? – eu perguntei e vovó me olhou com a boca entreaberta.

— Como? – ela perguntou.

— Mamãe disse que ele não pode vir aqui porque ele passa muito tempo na TV jogando bola na cesta, mas a mulher que faz entrevista apareceu, ela veio aqui, mesmo ela sendo da TV, então papai pode vir e deixar a mamãe feliz...

— Como você sabe que sua mãe ia ficar feliz em ver o seu pai? – vovó perguntou.

— Porque ela o namorou...

— Mas isso faz muito tempo Nessie, sua mãe e seu pai não namoram mais... – vovó disse e soltou um suspiro. E então eu pensei como seria se mamãe e papai namorassem, com certeza eu ia ter duas mamães. Se eu tivesse um papai quando a mamãe não tivesse como agora eu poderia dormir com a outra mamãe, que é o papai. – Não fica com essa carinha triste e também não quero que você passe o dia inteiro em frente a TV, vamos sair um pouco!

— Sair? – perguntei.

— Isso ai eu posso comprar um sorvete para você, você ainda não chupou sorvete!

— Mamãe disse que sorvete é gelado... – eu disse e sorri.

— Sim, ele é bem gelado, vem vamos lá! Coloca seus óculos escuros... – vovó falou.

Logo depois vovó me deu os óculos escuros e também passou filtro solar em mim para que os raios malvados não me queimassem e então logo depois saímos de casa, para irmos no lá fora.

Pela primeira vez desde que entrei na casa da rede eu ia sair para ver o mundo, mamãe sempre me disse que tinha muitas coisas para ver, eu queria ver como era um parque de diversões, eu sei que lá tem uma roda grandona, que gira, mamãe falou que se chama roda gigante e tem ratos que rodam dentro de uma roda parecida com ela.

Só que vovó não me levou para um parque de diversões, ela me levou para um parquinho diferente, tinha até escorregador, balanço e tinha meninas do meu tamanho, talvez seja as outras Renesmees que minha mãe falou que tem no mundo, elas tinham rostos diferentes do meu, e os cabelos também eram de outras cores.

Eu não quis me aproximar delas, era estranho ver tantas pessoas do meu tamanho, eu percebi que elas não usavam óculos escuros e então eu tirei o meu, só que eu fiz uma careta porque o olho doeu.

— Nessie, coloca os óculos se não vai ficar doendo seu olho... – vovó disse.

— Não, elas não usam... – eu falei.

— Elas não usam porque estão acostumadas com a luz do sol! – vovó disse.

— Mas como eu vou me acostumar se eu ficar usando os óculos? – perguntei.

— Tá, então você quer escorregar no escorrega? – vovó falou e apontou para o negocio onde as crianças estavam escorregando. Parecia legal, mas eu fiquei com vergonha das outras crianças.

— Agora não! – eu disse.

— Então vem, vamos ao balanço! – ela disse e apontou para uma cadeira onde a gente podia sentar, e se nos empurrássemos poderíamos ir longe.

— Tá bom! – eu falei.

E então vovó e eu fomos até o balanço, vovó me colocou na cadeira e a fechou para eu não cair, depois começou a empurrar, dava um frio na barriga, eu achei estranha a sensação e pedi para vovó parar.

— Certo, vamos devagar para você se acostumar pouco a pouco... – ela disse. E balançou um pouco mais devagar e então melhorou.

Depois vovó me levou numa coisa redonda e que gira, ela falou que é gira-gira, estava vazio e me senti confortável com isso, vovó me colocou sentada nele e depois começou a girar, era legal e eu ri, só que depois eu comecei a ficar meio tonta e pedi para ela parar.

Vovó então viu o homem do sorvete na entrada do parquinho, próximo a calçada, e então ela disse para gente ir lá comprar, eu estava com vontade de experimentar, mamãe disse que todas as crianças gostam de sorvete, então eu vou gostar também.

Vovó afastou-se e foi até a calçada próximo ao homem do sorvete, ele distribuía os sorvetes, mas todos tinham que dar um papel para ele, vovó mexeu na bolsa e tirou o papel também. Aonde será que ela o conseguiu? Ela foi então se afastando, afastando e ficou atrás de algumas pessoas e o homem foi entregando o sorvete um por um, ela fez sinal para eu me aproximar dela, e então eu fui até ela correndo.

— Qual sabor você gosta? – ela perguntou para mim.

— Chocolate! – eu disse, deve ser gostoso que nem o cereal de bolinhas de chocolate.

— Tá, não se afasta muito de mim... – ela disse e eu concordei com a cabeça.

Havia muitas pessoas, uma atrás da outra, então ia demorar pra caramba para vovó pegar o sorvete. Então eu olhei em volta da praça e vi algumas crianças brincando, elas estavam uma do lado da outra, num circulo, e estavam com uma bola. Em vez dela jogarem a bola em uma cesta que nem o papai, elas jogavam a bola com o pé, uma para outra. Eu andei um pouco pela calçada, afastando-se um pouco da vovó, para observar eles e aprender como que eles brincam no mundo.

Eu não queria que as crianças percebessem que eu estava olhando, então fiquei na calçada mesmo, os vendo de longe, fiquei um pouco distante da vovó, mas dava ainda para ver ela, eu a olhei e vi que agora ela estava um pouco mais perto do homem do sorvete, e agora ela falava no seu telefoninho, parece que todas as pessoas do mundo que fica do outro lado da parede tem um.

Voltei olhar para crianças e fiquei as olhando mais um pouco, depois que vi que a vovó estava mais longe porque havia menos pessoas uma atrás das outras, eu decidi ir até ela. Eu ia chupar o sorvete!

Eu já ia me virar quando uma das crianças jogou com o pé a bola para outra e a outra não conseguiu chutar de volta, e então a bola venho voando em minha direção e no meio do caminho caiu no chão e foi aproximando-se de mim, até parar perto dos meus pés.

— HEI MENINA, CHUTA A BOLA! – uma pessoa menino falou para mim, e fez um sinal com a mão que eu não entendi. Menina? Meu nome é Renesmee, eu pensei em falar isso para ele, mas a voz não saiu. 

Ele ficou me olhando, parecia estar esperando que eu batesse com o pé a bola na direção dele, então eu dei alguns passos para trás e fiz o que os vi fazendo, bati o pé na bola e ela voou até chegar próximo a ele, ele sorriu e pegou a bola com a mão.

— Obrigado! – ele agradeceu e voltou até as outras crianças. As pessoas meninos do mundo do outro lado da parede são educados, ele falava também “obrigado”, que nem a mamãe me ensinou.

Fui dando alguns passos para trás, sem ao menos perceber enquanto olhava para eles até que PAAAAH, eu senti meu corpo trombar em alguém, e alguém segurou-me pelos ombros, lembrando-me de algo parecido, logo quando fugi da picape. AHHH É O NICK! Ele veio me pegar, me jogar na picape e me enterrar, ai os vermes vão rastejar para dentro e rastejar para fora. Com medo, eu me sobressaltei, virei-me para ver aquela cara grandona dele, e eu já ia gritar “vovó”, quando vi que não era o Nick, era outro homem, ele tirou os óculos escuros que estava usando e então logo eu o reconheci.

Era o papai, sim, sim é o papai, ele não está na TV, ele está na minha frente, verdade verdadeira, era real, ele tinha parado um pouquinho de jogar a bola na cesta e estava na calçada e tinha ainda tocado no meu ombro.

— Me desculpe, eu não te vi, você está bem? – ele perguntou.

— Papai, você não tá jogando a bola na cesta? – eu perguntei, ele fez uma careta. Ele tinha mesmo cabelos marrons, ele era muito branco e alto pra caramba, mais alto que Nick, ele tinha cheiro que nem o Alfred, mas era mais forte.

— Como? – ele perguntou.

— É, mamãe me disse que você é meu papai, você é o Edward, você aparece na TV jogando a bola na cesta, mamãe me falou que é basquete, não é? – perguntei rapidamente, ele fez novamente uma careta, parecia confuso e então deu uma risada.

— Sim, é, eu sou jogador de basquete, eu estou indo numa loja, é, onde está sua mãe? – ele perguntou e colocou novamente os óculos escuros, legal, ele tem óculos escuros que nem eu.

— Ela está no hospital, ela tomou um monte de remédio ruim porque ela cansou de brincar e estava com pressa de ir para o céu, ela nem me esperou, mas os médicos tiraram o remédio da barriga dela e agora ela tá acordada, só que ainda não voltou para casa da rede, que é a minha casa... – eu disse e novamente ele fez uma careta, como se tivesse confuso.  — Sabe, ela quebrou suas fotos, ela jogou no chão e fez mó barulhão, ela disse que você não sai da televisão, porque gasta muito tempo jogando as bolas na cesta e por isso não vai ter tempo para nós!

— Que fotos? – ele perguntou.

— As que têm no quarto! – respondi.

— Sua mãe tem fotos minha no quarto dela? – ele perguntou.

— Tinha fotos de vocês juntos, mas ela quebrou e agora não tem mais, ela tirou tudo!

— Qual é o nome da sua mãe?

— Mamãe... – respondi.

— Não, sem ser mamãe, como as outras pessoas a chamam? – ele perguntou.

— Ah sim... – eu disse. – É...

— Nessie! – ouvi a vovó gritar.

— Perai, a vovó tá me chamando, ela comprou sorvete para mim, vai nos visitar para mamãe ficar feliz, ela estava muito triste por isso que ela quis ir para o céu, eu vou falar para vovó que eu te vi! – eu disse e depois me virei e sai correndo.

— Hei, perai! – papai me chamou, mas eu já estava correndo em direção a vovó, ela ainda estava de costas dando papelzinho para o homem do sorvete, olhei para trás e quase não dava para ver o papai, pois tinha um montão de pessoas passando pela calçada e ficando uma atrás da outra, papai ergueu a cabeça, parecia estar me procurando. Voltei a olhar para vovó.

— Vovó, vem aqui, eu vi o papai, vem vou te mostrar para ele... – eu disse.

— Teu pai, como assim? Nessie, do que você está falando? – vovó perguntou, enquanto eu a puxava, mas quando olhei para onde o papai estava, eu não consegui mais ver ele, eu levei ela até onde eu o encontrei. Mas ele não estava mais lá, ele tinha sumido, como mágica.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Gente voltarei agora att nos domingos, então domingo estou de volta e começaremos o tão esperado POV do Edward, devagar chegaremos lá, to att mais rápido que posso por vocês, então, por favor, continuem sendo os doces que são e deixem suas reviews, favoritem, recomendem, indiquem, faça o que puderem por essa fic, me deixaria muito feliz, mesmo, e mais animada a att mais rápido.
Os comentários do capitulo anterior foram lindos, amei de coração todos e vou responder o mais rápido que puder, como eu disse, passem nessas minhas duas fics, talvez vocês possam gostar. Só tem um unico capitulo, está facil de acompanhar.
Desejo um bom feriado a todos e um ótimo fim de semana, nos vemos no domingo novamente tá e não percam, começa o POV do Edward.
Beijos e REVIEWS, FAVORITEM, RECOMENDEM!!! ;)