UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Ultimas emoções, vamos lá. ..Bjs!



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Palácio de Monsália, sete meses depois...

Ao ver a lista de convidados para o jantar daquela noite que seria realizado logo depois do pronunciamento Real de Antonio, Elisa pensou consigo mesma, que nunca se acostumaria com os jantares promovidos pela família real de Monsália.
Desde que voltara para Monsália com Antonio sete meses atrás, todos em Monsália a tratavam com respeito e reverência, porém Elisa sabia que isso só acontecia pelo fato de ela estar carregando em seu ventre o herdeiro do amado soberano de Monsália. A anulação do casamento fora cancelada, porém pela insistência de Clóvis os dois se casaram na igreja que Elisa frequentara quando era criança, antes que eles voltassem para Monsália, segundo Clóvis ele não queria que o neto nascesse sem estar debaixo da benção do casamento religioso. O único que nunca aceitara realmente o casamento, fora o rei Alfredo. Pieter e Rúbia também haviam se casado em uma grande cerimônia, um mês depois do casamento de Antonio e Elisa.
Elisa estava terminando de conferir a lista de convidados, enquanto pensava essas coisas, quando tocaram a campainha dos seus aposentos e de Antonio, que haviam sido transferidos para o primeiro piso, já que era exaustivo para Elisa subir e descer escadas com a enorme barriga de oito meses de gravidez, e como se não bastasse de gêmeos.
—Deixe que eu atendo, senhora! _disse Samara solícita.
—Obrigada, Samara! _disse Elisa se colocando de pé, no momento, em que sentia um forte chute de um dos bebê ou dos dois em sua barriga.
Naquele momento, Patrício entrou no aposento acompanhado pelo cozinheiro chefe e mais dois assistentes:
—Boa tarde, senhora! Desculpe-me incomodá-la, mas gostaríamos que a senhora aprovasse o cardápio do jantar. A senhora está se sentindo bem? _perguntou o mordomo preocupado com a palidez de Elisa. _Sente-se senhora, por favor.
—Não se preocupe, Patrício. Estou realmente bem. _mentiu Elisa sentindo como se os bebês quisessem de uma hora para outra rompê-la de dentro para fora. _Os bebês estão apenas um pouco agitados hoje.
—Acredito que nossos pequenos futuros príncipes estão assim porque hoje será a coroação do nosso rei. _gracejou o mordomo.
Elisa apenas forçou um sorriso lembrando-se que daquele dia em diante, Antonio seria oficialmente o novo rei de Monsália e assumiria todas as responsabilidades do reino e de seu povo dali para frente. Elisa pensou consigo mesma que não era aquilo que ela queria, o que desejava realmente é que pudesse criar uma família normal ao lado de Antonio sem que a imprensa os perseguisse os sufocando, sem ter que dividir a mesa do jantar com dezenas de nobres todos os dias sem poder ter uma vida íntima e tranquila com Antonio, mas quando decidira voltar para Monsália com ele, Elisa jurara para si mesma, que o apoiaria na decisão que ele tomara, independente, se fosse do agrado dela ou não.
—Mas, a senhora não pode ficar ansiosa. _continuou Patrício. _Quer que eu chame o meu senhor?
—Não se preocupe, Patrício; estou bem. Além do mais, Antonio está bastante ocupado. E sobre o jantar, eu confio em sua vasta experiência, faça como achar melhor.
—Agradeço a confiança, senhora. Iremos nos retirar para que a senhora descanse. Com licença!
—Toda, Patrício! _respondeu Elisa.
Depois que o mordomo saiu, Elisa pôs se a andar de um lado para o outro do aposento, seus pequenos príncipes, como Antonio gostava de chama-los, já que eram dois garotos, estavam mesmo bastante agitados naquele dia.
—Senhora, tem certeza de que está bem? _perguntou Samara entrando no aposento.
—Sinceramente, não, Samara. Estou sentindo umas fortes dores que vêm e voltam. _respondeu Elisa se sentando em uma poltrona.
—Isto não é normal senhora, é melhor chamar o príncipe.
—Não Samara. A coroação de Antonio será daqui a uma hora; se você ligar para ele, ele é capaz de cancelar todo o Evento que levou meses para ser preparado. Chame o médico, é melhor.
—Como achar melhor senhora.
—E, por favor, Samara, ligue para Rúbia. _pediu Elisa sentindo uma forte contração que a fez quase perder o fôlego.
Como queria Antonio ali naquele momento!


Faltava menos de meia hora para o início da Cerimônia de Coroação e Antonio ainda estava em dúvida sobre qual decisão tomaria naquela noite em relação não só ao seu futuro, mas também ao futuro de Monsália. Conseguira adiar a data da coração durante os últimos meses, mas agora era preciso decidir se queria ou não ser o novo rei de Monsália. Antonio sabia que aquele não era o futuro que Elisa queria e era isso que o fizera adiar aquele momento, na verdade nem ele mesmo queria. Mas, seu pai se irritava apenas de ouvir a ideia de Antonio de tornar Monsália um reino democrático ao invés do governo monarquista.
—Já decidiu o que vai fazer, meu futuro rei? _gracejou Rúbia sentada ao seu lado, no grande salão, já que Elisa não comparecera.
—Depois de muito tempo adiando esse dia, Rúbia, eu decidi o que será melhor não só para mim, mas para o reino e principalmente para Elisa e meus filhos.
—E que decisão sua não é baseada em Elisa, irmãozinho? _gracejou Rubia. _Mas, posso saber que decisão é essa?
—Você vai saber daqui a poucos minutos. _respondeu Antonio sorrindo.
—Seu chato! _brincou Rúbia.
—Sinceramente, Rúbia, estou quase cancelando essa cerimônia!_ disse Antonio ficando sério mudando de assunto.
—Por que Antonio?
—Ora, quando saí de nossos aposentos, Elisa não estava se sentindo muito bem, e eu estou muito preocupada com ela.
—É normal, Antonio, já que ela está no último mês de gravidez.
—Ela quase não dormiu essa noite, Rúbia. Parece que os gêmeos estão bem agitados. Sinceramente, eu preferiria seguir o conselho do médico que disse que se quiséssemos poderíamos fazer uma cesariana, já que ela já está no nono mês, porem Elisa é teimosa, Rúbia e insiste que quer os garotos nasçam de parto normal e no tempo certo, como ela nasceu.
—Acalme-se Antonio! _riu Rúbia, o interrompendo. _Todos já estão começando a olhar para nós. Além do mais, vocês poderiam ter começado com um filho, mas já quiseram gêmeos de uma só vez!
Antonio iria respondendo quando Joseph o chamou para iniciarem a cerimônia de Coroação, nesse momento, Jácomo também se aproximou de onde eles estavam e disse algo no ouvido de Rúbia.
—Aconteceu alguma coisa? _perguntou Antonio notando a sutil mudança no semblante de Rúbia pelo que Jácomo lhe falara. _É algo relacionado a Elisa?
—Não é nada demais, Antonio. _disfarçou Rúbia. _Pode ficar tranquilo, você tem um discurso pra fazer agora.
—Fale a verdade, Jácomo. Por favor! Está tudo bem com Elisa e os meus filhos?
—Claro que sim! _disse Jácomo. _Elisa pediu para que eu chamasse Rúbia, apenas isso. Agora, vamos, Joseph já te chamou duas vezes, e o rei Alfredo parece estar impaciente. _terminou Jácomo observando o rei Alfredo que conversava com um duque, sentado em sua cadeira-de-rodas. Mesmo com o passar do tempo, ele ainda não considerava o casamento de Elisa e Antonio como legítimo, o que já causara várias discussões entre Antonio e o pai nos últimos meses.
—Eu também estou Jácomo. _disse Antonio olhando para o pai do outro lado da sala. _Vamos, já adiamos isso demais.
—E você já decidiu o que vai fazer? _perguntou Jácomo.
—Sim, Jácomo, irei fazer a coisa certa.
—Eu sempre soube disso. _disse Jácomo sorrindo enquanto acompanhava Antonio até o centro do salão real.

Quando Rubia chegou na sala dos aposentos de Antonio e Elisa, foi surpreendida por um grito de Elisa que vinha do quarto; Samara andava pela sala de um lado para o outro.
—O que está acontecendo Samara? _perguntou Rúbia preocupada.
—A bolsa da senhora Elisa rompeu, a sorte é que eu tinha chamado o médico que veio com mais duas enfermeiras e estão fazendo o parto...
—Fazendo o parto aqui? Isto é loucura! _disse Rúbia quando mais um grito de Elisa foi ouvido. _Antonio vai ter um ataque quando souber disso. Vou ter que avisá-lo agora!
Rúbia iria saindo dos aposentos para mandar que um dos guardas chamasse Antonio quando um chorinho estridente e mais outro logo em seguida que vinha do quarto chamou-lhe a atenção.
—Nasceram! _disse ela eufórica abraçando Samara. _Nossos pequenos príncipes nasceram!

Enquanto isso no salão real, o rei Alfredo indignado ouvia Antonio fazer o discurso que mudaria para sempre a história de Monsália: ao renunciar o trono e ao mesmo tempo encerrar a era monarca de Monsália e o inicio do governo democrático, onde o povo poderia escolher o governante que seria melhor para ele.
—Porque de uma coisa eu tenho certeza... _disse Antonio quase concluindo o seu discurso. _Ninguém sabe o que é melhor para o povo do que o próprio povo. A última fase que Monsália passou no último ano nos provam isso. Eu acredito que uma pessoa não pode assumir um trono só porque cresceu com um pensamento de que por ser herdeiro, tem que ser governante do país, ás vezes ate contra própria vontade, o que resulta em um reinado fracassado. Por que renuncio o trono hoje? Por muitos motivos, mas o maior de todos é que terei dois filhos que nascerão no mesmo dia e com certeza na mesma hora com poucos minutos de diferença e eu acho justo que os dois tenham o mesmo direito, se quiserem ser governantes um dia, ótimo, o reino será democrático e poderão lutar para serem seus governantes, mas não quero que seja uma imposição para eles e muito menos para o povo. A família real de Monsália continuará representando o reino como a família real, mas um governante escolhido pelo povo de quatro em quatro anos estará governando Monsália a partir das primeiras eleições daqui a um ano, que será o tempo que levaremos para implantarmos o governo democrático em Monsália. Peço desculpas ao rei Alfredo, meu pai, e a todos que discordam de minha opinião, mas termino esse discurso dizendo que ninguém sabe o que é melhor para o Povo do que o próprio Povo! _terminou Antonio sendo acompanhado pelas palmas da maioria dos que estavam reunidos ali.
—Estou orgulho de você filho! _Disse Jácomo o abraçando quando Antonio desceu do estrado armado no amplo salão.
—Obrigado, Jácomo!
—Eu já não posso dizer o mesmo! _Disse o rei Alfredo se aproximando com o seu criado pessoal que guiava sua cadeira de rodas. _Você me decepcionou Antonio!
—Sinto muito se o senhor pensa assim, papai. Mas, fiz o que achei que era o certo.
—O certo? Tirar o poder de governar da família real? Da sua família? Já não basta as burradas que você fez nos últimos meses?
—Espero que o senhor não esteja se referindo ao meu casamento com Elisa e aos meus filhos.
—Estou sim, porque desde que essa mulherzinha entrou na sua vida...
—Eu não admito que o senhor se refira a Elisa usando esses termos! _o interrompeu Antonio._ Ela é minha esposa, a mãe dos meus filhos, e eu exijo que o senhor a respeite.
—A cada dia lamento mais a morte de Enrico, ele sim saiu a mim. _disse o rei Alfredo.
—Disso não tenho dúvidas! _disse Antonio contido.
—Você é tão diferente de mim, Antonio, que ás vezes me pergunto se você é mesmo meu filho. _disse o rei Alfredo lançando um olhar desafiador para Jácomo, antes de pedir que o segurança o levasse para o quarto.
—O que ele insinuar com isso, Jácomo? _perguntou Antonio intrigado e irritado.
—O de sempre, filho. Teu pai não suporta o fato de você ser correto e nobre como sua mãe, e não ganancioso como ele.
—Por que ele tem ser tão insensível, Jácomo? Por um tempo até pensei que ele havia mudado.
—Este é o jeito dele, Antonio e sempre será. Mas agora esqueçamos o rei Alfredo, ele irá se recuperar desse grande golpe no orgulho dele. _gracejou Jácomo. _Acho que agora posso te parabenizar.
—Pelo discurso?
—Não. Pelo nascimento de seus filhos. Acabaram de nascer a meia hora.
—O quê? _perguntou Antonio ainda não acreditando no que ouvia.

Quando Antonio chegou a sala de seus aposentos, o médico estava saindo do quarto com uma pequena maleta:
—O senhor enlouqueceu? _perguntou Antonio irritado pegando-o pelo colarinho. _Como pôde fazer o parto de Elisa aqui no palácio sem os equipamentos necessário? E se tivesse acontecido alguma coisa com ela ou com meus filhos?
—Acalme-se, senhor, por favor! _pediu o médico assustado. _Tanto sua esposa como os gêmeos passam bem.
—Solte o médico, Antonio. _disse Jácomo
Depois de se acalmar um pouco, Antonio soltou o médico.
—Desculpe-me, doutor Reginald.
—Tudo bem, eu entendo sua preocupação, senhor. Mas apenas fiz o parto de sua esposa aqui porque quando cheguei ela já tinha entrado em trabalho de parto e seria mais perigoso se eu tivesse tentado tirá-la do palácio, com toda essa movimentação de sua coroação. _explicou o médico. _ Além do mais, eu trouxe comigo os equipamentos necessários, e o parto foi um sucesso. Sua esposa está dormindo no momento, em razão de um calmante que dei a ela, mas acordará a qualquer momento.
—O senhor tem certeza que estão bem?
—Absoluta!
—Graças a Deus! Posso vê-los? _perguntou Antonio.
—Claro, senhor.
Quando Antonio entrou no amplo quarto, seu olhar logo foi atraído para um dos bercinhos ao lado da cama onde um lindo bebê de cabelos negros como os dele dormia tranquilamente, enquanto o seu irmãozinho, que era o xérox dele porém bem mais agitado se debatia em um pequeno choro nos braços de Rúbia que o embalava. Elisa dormia deitada na grande cama.
—Hora de conhecer o papai! _gracejou Rúbia se dirigindo ao bebê, ao aproximar-se de Antonio.
—Seja bem vindo, meu pequeno príncipe! _disse Antonio maravilhado beijando os cabelos do recém nascido que estava nos braços de Rúbia e logo após se aproximando do berço e beijando os cabelos do outro bebê. _Seja bem vindo, você também meu pequeno anjinho.
—Esse daí é um anjinho mesmo até na calma, é doce como Elisa. Já esse meu lindo aqui é impetuoso como você. _brincou Rúbia oferecendo-o a Antonio.
—Não sei se consigo, Rúbia.
—É claro que consegue. Você é pai. _disse Rúbia entregando-o a Antonio.
Quando Antonio pegou o pequeno nos braços, ele se calou quase imediatamente.
—Acho que ele gostou de mim, Rúbia. _disse Antonio rendido ao lindo bebê.
—Eles já te amam, assim como eu. _disse Elisa atraindo a sua atenção.
—Elisa, meu amor, meu anjo! _exclamou Antonio entregando o recém nascido novamente a Rúbia enquanto se sentava na cama ao lado de Elisa. _Como você está?
—Estou bem, graças a Deus. E muito feliz. Já viu nossos filhos? São lindos não é?
—Muito lindos, fortes e perfeitos como você, meu anjo.
—Eu escolhi os nomes deles, mas é claro se você quiser.
—Concordo com que o que você fizer, meu amor. Como se chamarão então nossos pequenos?
—Antony e Henry. _respondeu Elisa observando a reação de Antonio que ficou em silêncio. _Me lembrei de você e de Enrico, porém diferente de vocês dois, eles crescerão juntos, para compensar a infância de irmandade que vocês não tiveram. Mas, é claro, se você quiser, poderemos mudar...
—Não precisa. Antony e Henry são perfeitos para eles. Pelo que eu entendi, o nosso anjinho de calma e candura é Henry e esse pequeno impetuoso é Antony.
—Exatamente, mas na realidade, os dois são os dois opostos de você.
—Eu penso diferente, acho que eles são a perfeição de nós dois. _respondeu Antonio a beijando. _O que resultou de melhor de cada momento de amor entre nós.
—Concordo. _respondeu Elisa sorrindo. _E como foi a coroação?
—Não teve coroação, meu anjo.
—Como assim?
—Eu renunciei ao trono, Elisa!
—Você renunciou ao trono? Mas, Antonio, e o seu amor pelo povo, o seu sonho de ser um bom rei? _perguntou Elisa.
—Elisa, ser rei nunca foi o sonho de minha vida. Minha mãe costumava nos dizer que o sonho de todo príncipe ou princesa é ser feliz para sempre, e eu não preciso de um reino para conseguir isso, meu anjo... Porque o que eu necessito e preciso para realmente ser feliz se encontra exatamente dentro deste quarto neste momento. _disse Antonio se referindo a ela e aos gêmeos. _ Obrigada por estar ao meu lado, por me presentear com esses filhos lindos, por seu um anjo me minha vida. Eu te amo, Elisa.
—Não mais do que eu te amo Antonio. _respondeu Elisa correspondendo o beijo que ele lhe dava.


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Notas finais do capítulo

E então. ..Quais os comentários?



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