UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 25
Capitulo 25


Notas iniciais do capítulo

Espero que o capítulo anterior não tenha sido difícil de ler, o problema foi que eu o digitei no celular e não no computador. Mas...vamos lá :mais um capítulo!



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Enquanto estava no táxi, Elisa ligou para Felícia, porém a amiga não estava em casa, pois dormira no apartamento em que Alfonso estava hospedado; então Elisa preferiu não entrar em detalhes com ela, prometendo que ligaria depois. Então como o taxista já estava a olhando desconfiado, Elisa pediu para que ele parasse diante de uma lanchonete perto de um dos maiores aeroportos de Londres, comeria alguma coisa até pensar o que faria dali em diante.
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Renan havia acabado entrar na fila do aeroporto para apresentar seu passaporte e comprar uma passagem para a América quando viu Elisa descer de um táxi em frente a lanchonete do aeroporto, e ela estava sozinha. Aquilo só poderia ser um presente dos deuses!_ Ironizou Renan em seu pensamento. Porém e se aquilo fosse uma armadilha? _se perguntou ele… Talvez Antonio estivesse ali por perto… Mas não, tudo indicava que a queridinha do príncipe de Monsália estava ali sozinha mesmo, já que ligara no hospital e ao perguntar por Anita a enfermeira lhe garantiu que ela estava recebendo a visita de dois homens distintos, e pela descrição só poderiam ser Antonio e Jácomo… Sendo assim, não teria como Antonio estar em dois lugares ao mesmo tempo. Renan pensou consigo mesmo que depois que Anita contasse tudo ao príncipe, sua vida não valeria mais nada. Então se tinha que passar o resto da vida como fugitivo, por que não tentar arrancar o máximo que pudesse de Antonio ao mesmo tempo que cumpria a vingança que prometera a Kate?

Elisa comeu um sanduíche e bebeu um copo de suco, enquanto decidia que o melhor a fazer naquele momento seria esperar Felícia na casa dela, a amiga a ajudaria a decidir o que fazer dali para frente. Sem conseguir evitar, Elisa se pegou pensando em Antonio, na noite que os dois tiveram e em tudo que viveram desde que se conheceram... Como poderia abrir mão dele daquela forma? _se perguntou ela. Depois de pensar por alguns minutos, Elisa decidiu que não iria, não poderia fazer aquilo com Antonio e muito menos com amor que existia entre eles. O melhor a fazer seria voltar para Monsália com Antonio e enfrentarem os problemas juntos._ decidiu Elisa. Ela pagou a conta e já estava na calçada de frente a lanchonete para chamar um táxi para voltar para mansão, quando sentiu uma mão em sua cintura, ela tentou afastar assustada porém, sentiu a pressão de um pequeno revólver em suas costas, enquanto uma voz que a perseguia em seus sonhos a dias disse a seu ouvido:
—Eu disse que voltaríamos a nos encontrar apenas nós dois, mas não esperava que fosse tão rápido. E se não quiser se machucar seriamente minha cara senhora, entre nesse carro comigo e sorria como se fôssemos velhos amigos. _disse Renan indicando um carro logo à frente.
—Foi você quem entrou em meu quarto há alguns dias! _ conseguiu dizer Elisa sentindo quase o mesmo pânico que sentira naquele quarto em Monsália. Naquele momento, tudo se encaixou para ela: era difícil acreditar que o simpático secretário do Conselho era quem estava por trás de todos aqueles atentados e talvez até mesmo da morte do príncipe Enrico.
—Tua memória é ótima, minha cara.
—Mas, você é membro do Conselho de confiança de Antonio… _ disse Elisa. _Por que está fazendo isso?
—A senhora não está em condições de me fazer perguntas. Agora, por favor, sorria e entre nesse carro.
Elisa pensou em gritar por ajuda, mas no fundo ela sabia que seria inútil. Jácomo tinha razão quando dissera que a pessoa que estava por trás daquilo tudo era uma pessoa de dentro do palácio, porém Elisa nunca imaginar que era Renan, o secretário de confiança do Conselho.
—Para onde você está me levando? O que você quer comigo?_ perguntou Elisa quando Renan a obrigou a entrar no carro e logo depois deu partida.
—Com você não quero muita coisa, apenas a garantia de que conseguirei arrancar milhões do poderoso príncipe de Monsália.
—Você não pode estar pensando em me usar para chantagear Antonio!_ disse Elisa.
—É exatamente o que irei fazer. Tenho certeza que ele aceitará minhas exigências quando souber que você está em minhas mãos. Falando nisso: Por acaso o soberano de Monsália perdeu o interesse pela sua tão querida esposa? _ironizou ele. _Nunca pensei que ele a deixaria tão desprotegida.
—Se pensa em prejudicar Antonio está perdendo seu tempo, pois não estou mais com ele. _disse Elisa tentando desviar a atenção dele de Antonio.
—Não acredito nisso! _disse Renan acelerando o carro.
—É a mais pura verdade! O que me acontece já não causa preocupações a Antonio!_ mentiu Elisa.
—É o que descobriremos minha cara. Porém no momento prefiro deixá-la de boca fechada para não me irritar. E acredite você não gostaria de me ver irritado. _disse ele pressionando um lenço umedecido em sonífero contra o nariz de Elisa, que se debateu um pouco, mas logo perdeu os sentidos.

Por um momento, Antonio e Jácomo pensaram que Anita estava tendo delírios, porém foi com voz clara e lúcida que ela continuou:
—Sim, senhor. Éramos irmãos de Enrico. Quando seu pai expulsou minha mãe de Monsália depois do nascimento de Enrico, ela veio para Londres e passados alguns anos se casou com meu pai, e logo depois Renan e eu nascemos. Minha mãe nunca nos falou sobre Enrico a não ser no seu leito de morte quando nos contou que tínhamos um irmão que era príncipe regente em um país distante. Fiquei muito feliz com a notícia, porém Renan ficou revoltado com a descoberta, dominado pela inveja por ter um irmão que tinha de tudo do bom e do melhor, enquanto nós sempre vivemos com privações. _disse ela parando por um momento para recuperar o fôlego.
—Mas o que a senhorita está nos contando é algo quase inacreditável! _exclamou Antonio.
—Porém é a mais pura verdade senhor. E quando minha mãe faleceu, mesmo contra minha vontade, Renan escreveu a Enrico dizendo que nós éramos seus irmãos, ao que ele nos procurou e quando confirmou a verdade nos acolheu em seu coração e passou a cuidar de nós financeiramente falando, como se para compensar todos os anos passados. Enrico era um homem muito bom e generoso e depois que ele nos reconheceu como seus irmãos fez questão de que vivêssemos com todo o conforto, mas é claro, sem que o pai de vocês tivesse conhecimento.
Enquanto aquela moça falava, Antonio via a diferença do ponto de vista que ele e Anita tinham de Enrico. Ele e Enrico nunca tiveram uma boa convivência, boa parte disso era culpa do rei Alfredo que sempre mimara Enrico demasiadamente , enquanto praticamente afastava de seu carinho Antonio e Rúbia; e quando cresceram o amor que sentia por Kate fizera Enrico quase odiar seu meio-irmão, evitando-o de quase todas as formas, por mais que Antonio tentasse viver em harmonia com ele.
—Continue senhorita, por favor..._pediu Antonio.
—Eu não consigo..._disse ela deixando claro que estava prestes a ter um ataque de nervos. _Enrico era tão bom... Como Renan teve coragem de provocar a morte de nosso próprio irmão, de Enrico?
Nesse momento ela desabou em um choro histérico e os médicos pediram que Antonio e Jácomo saíssem do quarto.
—Jácomo, toda essa história a cada dia se complica mais! _ disse Antonio quando chegaram ao corredor do lado de fora do quarto _Você acredita no que esta moça disse?
—Sim Antonio. Ela é a cópia viva da mãe de Enrico, eu me lembro muito bem dela.
—Eu não sei mais o que pensar Jácomo! Mas se eram irmãos por que Renan provocou a morte de Enrico?
Jácomo iria fazer um comentário quando o celular de Antonio vibrou em seu bolso.
—Estevan? _perguntou ele atendendo a chamada. _Aconteceu alguma coisa?
—Sim, meu senhor. O problema é que a senhora Elisa. ..
—O que aconteceu com Elisa Estevan? _perguntou Antonio atraindo a atenção da recepcionista que pediu silêncio. _Diga Estevan! _insistiu Antonio ignorando a recepcionista.
—A senhora Elisa desapareceu, senhor.
—Como desapareceu Estevan?
—Ela conseguiu sair da mansão, senhor. Não conseguimos impedir...
—Como não conseguiu impedir, Estevan? É como se eu estivesse lidando com crianças e não com um membro da guarda real! _alterou Antonio fazendo a recepcionista ir até ele. _Eu pedi para você cuidar dela Estevan, essa era sua única obrigação!
—Por favor, senhor, aqui é um hospital! _disse a recepcionista.
Antonio apenas ignorou a recepcionista saindo do hospital, ainda ouvindo o que Estevan lhe falava, enquanto Jácomo o acompanhava sem entender o que estava acontecendo.
—O que está acontecendo Antonio? _ perguntou Jácomo ao ver Antonio desligar o celular, discar alguns números novamente e dar um soco no vidro do carro em seguida como se quisesse destruir o mundo.
—Elisa desapareceu Jácomo! E como se não bastasse ela não atende ao celular.
—Como desapareceu, Antonio, se nós a deixamos na mansão a menos de uma hora? _perguntou Jácomo confuso.
—Eu não sei Jácomo, parece que ela se aproveitou de uma distração de Estevan e saiu da mansão sem que ninguém a visse.
—Mas, por que Elisa faria isso? Sei que não é de minha conta: mas vocês discutiram, Antonio?
—Nem eu mesmo sei explicar o que aconteceu Jácomo. Estávamos bem, tivemos uma noite maravilhosa, porém de manhã Elisa veio me dizer que não queria mais voltar para Monsália comigo e várias outras coisas que até agora estou por entender.
—Mas, Antonio tem que ter acontecido alguma coisa. _comentou Jácomo enquanto Antonio dava partida no carro.
—Eu não sei, Jácomo, sinceramente, e no momento não me importa. A única coisa que me importa neste momento é encontrar Elisa.
—Claro. Vamos voltar para mansão?
—Não. Estevan já disse que ela não está lá. Eu pedi que ele nos encontrasse na casa de Felícia, tenho esperanças de que é para lá que Elisa irá.
—Ótima ideia. Com certeza estamos preocupados atoa, Antonio, Elisa provavelmente está na casa da amiga.
—E se ela não estiver Jácomo? _perguntou Antonio sentindo naquele momento como se seu mundo estivesse prestes a desabar. _E se Elisa não estiver na casa de Felícia?
—O que você está pensando filho? Você não está pensando que Renan...
—Eu nem quero pensar isso Jácomo. Vamos logo à casa de Felícia!
Naquele momento, Antonio se lembrou da folha de papel que Renan deixara no carro onde estavam todos os dados de Elisa. Quem garantia que ele não estava vigiando a mansão naquela manhã e vira quando Elisa saíra. Mas uma dúvida pior torturava o coração de Antonio: O que acontecera para Elisa querer fugir dele daquela forma a ponto de colocar-se em perigo ao escapar da mansão?
‘Por que você quis fugir de mim Elisa? Por quê?’... _se perguntava ele em pensamento enquanto dirigia apressadamente até a casa de Felícia.
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Elisa despertou quase uma hora depois com a cabeça zonza e a mente confusa, ao tentar se movimentar notou que estava com os pulsos e os tornozelos amarrados por cordas e para piorar havia uma fita em sua boca que a impedia de gritar por socorro. Elisa constatou que estava amarrada no banco de trás de um carro e pelos vidros do carro notava-se que estavam em uma mata ou em uma estrada rural. Não havia ninguém com ela dentro do carro. Porém ao ouvir atentamente, Elisa pode distinguir duas vozes do lado de fora.
Sem muito sucesso, Elisa tentou afrouxar os nós da corda, porém estavam apertados demais. Será que Antonio já tivera conhecimento de que Renan a sequestrara? _se perguntava Elisa. Naquele momento mais uma vez, Elisa se arrependeu de ter fugido da mansão. E se acontecesse alguma coisa com Antonio ao tentar resgatá-la? Elisa nunca se perdoaria se acontecesse alguma coisa ao seu amado. Preferiria que Renan a matasse ali mesmo ao colocar a vida de Antonio em perigo por consequência dos atos dela.
Elisa estava pensando essas coisas quando a porta do carro foi aberta bruscamente e um homem de cara rude e maliciosa apareceu diante dela; com certeza um cúmplice de Renan _pensou Elisa.
—Nosso passarinho acordou Renan! _gracejou o homem.
—Já não era sem tempo! _Elisa ouviu Renan responder, antes de ele mesmo parar diante da porta aberta do carro também.
—Você não me disse que nosso passarinho era tão lindo, Renan! _disse o homem malicioso olhando Elisa dos pés a cabeça.
—Pode esquecer, Heitor não é para o seu bico. _disse Renan.
—Ora, Renan... Um pouco de divertimento não arranca pedaço. _disse o homem tocando o rosto de Elisa com as costas das mãos fazendo-a encolher de pânico.
—Eu já disse, Heitor, esquece! _alterou Renan puxando Heitor para longe do carro. _Se você tem amor à sua vida nem pense em tocar nessa mulher. Você não conhece Antonio de Castelamontes! Essa mulher é a queridinha dele, ele seria capaz de mandar nos queimar vivos se ao menos sonhar com suas intenções em relação a ela.
—Então por que você a sequestrou? _perguntou o cúmplice de Renan.
—Porque ela é minha garantia de fortuna e de que conseguirei sair em segurança da Inglaterra. Entendeu? Mas, pra isso ela precisa estar em perfeitas condições. Fui claro?
—Tudo bem, primo Renan.
—Ótimo. Então fique aqui enquanto terei uma conversa com ela.
Quando Renan chegou no carro novamente, Elisa ainda estava encolhida no banco com medo de que Heitor voltasse.
—Pode ficar tranquila, não irei machuca-la... Ao menos por enquanto. _ironizou ele diante de olhar assustado de Elisa. _Mas, você precisará cooperar. Irei tirar sua mordaça, mas se você gritar eu serei obrigado a calá-la para sempre. Entendeu?
Elisa assentiu e ele tirou a fita, observando-a enquanto ela voltava a respirar normalmente.
—Heitor te assustou? _gracejou ele acariciando o rosto de Elisa. _Mas, eu não o condeno.
—Não me toque! _conseguiu dizer Elisa.
—Como desejar, senhora! _riu ele se afastando de Elisa. _Não foi para isso que vim aqui. Tomei a liberdade de pegar seu celular emprestado.
—Você já ligou para Antonio? _perguntou Elisa.
—Não. Ligaremos agora neste momento.
—O que você pretende com tudo isso? _perguntou Elisa.
—Pretendo negociar sua liberdade com o soberano de Monsália. Três milhões de dólares mais minha saída do país com a máxima segurança possível. Esse é o preço caso o príncipe a queira de volta.
—Você não pode fazer isso! _disse Elisa sentindo uma lágrima teimosa escorrer de seus olhos.
—Não só posso como é o que irei fazer neste momento. _disse ele sarcástico ignorando a angústia de Elisa.


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Notas finais do capítulo

Vou correndo preparar o próximo capítulo... #Não deixem de acompanhar. Bjs!



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