UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 26
Capitulo 26


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá, mais um capítulo!



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Antonio estava diante do aeroporto de Londres, com Jácomo e mais quatro seguranças da guarda real, pois ao encontrarem o taxista que pegara Elisa diante da mansão, ele dissera que deixara Elisa diante do aeroporto e não tivera mais notícias dela. A ida a casa de Felícia havia sido em vão, já que Felícia dissera que a única notícia que tivera de Elisa naquela manhã fora o rápido telefonema que ela lhe dera, com a ajuda de Alfonso Felícia decidiu procurar Elisa em todos os lugares possíveis que elas conheciam em Londres.
—Acalme-se Antonio, por favor! _pediu Jácomo. _Ficar andando de um lado para o outro não irá resolver nada.
Antonio iria respondendo quando Estevan se aproximou acompanhado de uma moça de uns quinze anos:
—Senhor, esta moça trabalha naquela lanchonete logo ali e ela disse que lá esteve uma moça pela manhã com as mesmas características da senhora Elisa. _disse Estevan.
—E a senhorita por acaso não viu para onde ela foi depois que saiu da lanchonete? _perguntou Antonio ansioso.
—Ela foi embora em um carro com um homem que eu penso ser marido dela.
—O marido dela sou eu! _disse Antonio sentindo como se sua cabeça iria explodir.
—Ah desculpe, é que... _começou a moça sem saber como se explicar.
—Acalme-se Antonio, por favor! _repreendeu-o Jácomo. _E por que a senhorita julgou que o homem fosse marido dela?
A moça receou de falar mais alguma coisa pelo semblante estressado de Antonio.
—Pode falar senhorita. _pediu Jácomo.
—É que ele chegou de uma forma meio autoritária, e a impressão que eu tive era de que ela não queria entrar no carro a principio; porém depois de trocarem algumas palavras ela entrou com ele no carro e eles foram embora. Foi por isso que pensei que era uma briga de casal.
—E esse homem era moreno claro com cerca de uns trinta anos, tamanho mediano? _perguntou Antonio.
—Era mais ou menos isso mesmo, senhor!
—Maldito! _esbravejou Antonio assustando a moça que se afastou apressada. _Só pode ser Renan, Jácomo! Ele deve estar com Elisa.
—Acalme-se Antonio!
—Como irei me acalmar Jácomo? Esse homem é um louco; você viu o que ele teve coragem de fazer com a própria irmã. Você tinha razão, quando disse que ele queria me atingir e eu aceito o que ele quiser fazer, mas não com Elisa. Com ela não, Jácomo! Vamos vasculhar cada canto de Londres até encontra-los! Escreva uma coisa, Jácomo: se ele ousar encostar um dedo sequer em Elisa, eu irie mata-lo com minhas próprias mãos.
— Não pense essas coisas. Isso não vai acontecer, Antonio. Renan não é louco de tocar em Elisa. O que ele quer com certeza é um resgate ou a garantia de que poderá sair em paz do país. E também há a possibilidade de que a mulher a quem a moça da lanchonete se referiu não seja Elisa
—Assim espero Jácomo. Então vamos!
Nesse momento, o celular de Antonio tocou, alegrando-o por um momento ao reconhecer o número de Elisa. Talvez a moça se enganara, como sugerira Jácomo._ pensou Antonio.
—Elisa, meu amor, onde você está? _perguntou Antonio atendendo a ligação.
—Desculpe-me, minha alteza, mas sua esposa não pode atendê-lo neste momento. _disse Renan do outro lado da linha ironicamente.
Pela primeira vez em sua vida, Antonio sentiu como se seu sangue pudesse realmente congelar em suas veias ao imaginar Elisa indefesa nas mãos do inescrupuloso Renan.
—Maldito, o que você fez com Elisa? _perguntou Antonio não conseguindo manter a calma, diante do olhar de Jácomo que pedia cautela.
—Até o presente momento nada. _respondeu Renan em um tom cínico e ameaçador. _Mas, se eu fosse você não falaria comigo dessa forma, já que eu tenho algo que deseja muito. Precisamos ser corteses um com outro já que temos negócios a tratar.
—Mantenha a calma, Antonio. _aconselhou Jácomo em voz baixa. _Lembre-se que ele está com Elisa.
Antonio apenas assentiu respirando fundo para tentar manter a calma antes de retomar a conversa com Renan:
—Não irei fazer nenhum negócio com você, Renan, não antes de falar com Elisa e comprovar que ela está bem.
—Já que insiste, por mim, tudo bem. _respondeu Renan.
Depois de um tempo que para Antonio pareceu uma eternidade, ele ouviu a voz de Elisa do outro lado da linha:
—Antonio? _perguntou ela ansiosa.
—Sim, minha vida, sou eu! _respondeu Antonio sentindo o sangue correr pelas suas veias novamente. Elisa estava bem e ele iria resgatá-la nem que tivesse que dar toda a sua fortuna para isso. _Como você está?
—Um pouco assustada, mas estou bem, acredite. Me perdoe Antonio por ter saído da mansão.
—Esqueça isso, meu anjo, está tudo bem. Tudo vai ficar bem eu te prometo. Diga-me Elisa: Renan ousou fazer alguma coisa com você ou te machucou? _perguntou Antonio.
—Não, Antonio.
—Tem certeza, Elisa? _insistiu Antonio. _Não me esconda nada, por favor.
—Não estou te escondendo nada, não se preocupe. _respondeu Elisa querendo dizer a Antonio que estava sim apavorada por estar amarrada no banco traseiro de um carro, com o olhar do cúmplice de Renan a persegui-la, mas ela sabia que se dissesse isso a Antonio, apenas pioraria a situação, conhecendo Antonio como ela conhecia.
—Passe para Renan, Elisa, por favor. _disse Antonio.
—Por favor, Antonio, não aceite as exigências dele. _pediu Elisa. _Lembre-se que sua prioridade é o reino.
—Minha prioridade no momento é você. Agora passe o telefone para Renan. _insistiu Antonio desejando poder matar Renan naquele momento por fazer Elisa passar por tudo aquilo.
—Diga alteza! _disse Renan em um tom irônico ao voltar ao telefone novamente. _Presumo que vamos chegar a um amigável acordo.
—Quanto você quer, Renan? _perguntou Antonio ignorando a ironia de Renan.
—Levando em conta que é a liberdade e a vida da esposa do futuro rei de Monsália... Três milhões de dólares e mais a garantia de que sairei em segurança do país. Espero que a quantia não seja...
—Onde? _o interrompeu Antonio impacientemente.
—Como? Não entendi a pergunta. _disse Renan.
—Onde posso entregar-lhe o dinheiro e pegar Elisa?
—Ah sim... Vou dizer-lhe, porém tenho algumas condições: a polícia e sua guarda terá que ficar fora disso.
—Tudo bem. _concordou Antonio. _Iremos apenas Jácomo e eu.
—Preferiria deixar o ministro de fora também mas tudo bem. Lhe passarei o local de encontro. _Renan indicou uma estrada fora da cidade a Antonio de difícil acesso. _Porém não pense em tentar me enganar, porque você nem imagina o que eu seria capaz de fazer com Elisa. _terminou Renan em tom ameaçador encerrando a ligação.

—Três milhões de dólares? _perguntou Jácomo enquanto Antonio dirigia como um louco para o Banco Central. _É uma pequena fortuna.
—Estamos falando de Elisa, Jácomo! Eu daria o dobro, o triplo disso se ele tivesse exigido.
—Tudo bem, Antonio, porém eu ainda acho que o melhor a fazer seria avisar a polícia e a guarda e surpreendê-lo. Com certeza estaremos em maior número.
—Não, Jácomo, eu já disse! _disse Antonio irritado. _Eu não vou colocar a vida de Elisa em risco. Enquanto ela estiver nas mãos de Renan qualquer ataque que fizermos contra ele pode atingi-la. Você já pensou nisso?
—Claro, meu príncipe, você tem razão. Não podemos colocar a vida de Elisa em risco; mas depois que a resgatarmos, Antonio, Renan será um homem perdido, isso eu lhe garanto. _disse Jácomo.

Já eram quase quatro horas da tarde, Renan já aguardava Antonio no lugar que marcara como ponto de encontro, uma grande pista aberta, de onde ele poderia ver qualquer carro que se aproximasse. Renan sabia que havia feito uma jogada muito perigosa, porém há muito estava desconfiado de que Kate estava apenas o usando, tanto era que ela nem mesmo transferira o dinheiro que ele lhe pedira no dia anterior. Em pensamento, Renan reviveu toda sua vida desde que descobrira que era irmão de um dos herdeiros ao trono do rico reino de Monsália; quando conhecera Enrico e ele e Anita começaram a viver mais confortavelmente, Renan até estava conformado com a sorte que tivera, até o dia em que conheceu Kate, a linda noiva de seu irmão e se apaixonou loucamente por ela. Enrico também era cegamente apaixonado por Kate, tanto que junto com ela desviaram praticamente todos os fundos financeiros de Monsália, destinando a maior parte para as contas de Kate e uma parte menor no nome de Anita para que ninguém nunca ligasse Kate ao caso. Era Renan quem ajudava Enrico nessas transações até o dia em que ele e Kate tornaram-se amantes e começaram a roubar de Enrico. Porém passado algum tempo, Enrico descobriu tudo, ameaçou terminar tudo com Kate e desmoralizá-la diante do reino, além de ter ameaçado Renan de morte, e para evitar isso Renan cometera o maior pecado de sua vida... provocou a morte de seu próprio irmão. E agora estava ali, quase culpado também pela morte de Anita, fugindo da polícia e tudo porque ficara cego de paixão por alguém que sempre o enxergara como um objeto para ser usado. Por isso decidira sequestrar Elisa quando a vira diante do aeroporto, esse seria o único modo de conseguir o dinheiro para tentar começar uma nova vida e trabalhar em sua nova vingança, agora contra Kate.
Heitor estava de guarda esperando o aparecimento de algum carro ou de algo suspeito. ‘Esse é outro de quem precisarei se livrar.’ _pensou Renan. Elisa estava sentada no banco da frente do carro, ao lado de Renan, os pulsos dela ainda estavam amarrados, porém ele havia soltado seus tornozelos. A fraqueza por não ter comido nada desde a manhã estava a ponto de fazê-la desmaiar.
—Não gostaria de viajar para a América comigo, Elisa? _perguntou Renan com um sorriso irônico.
Elisa apenas balançou a cabeça negativamente.
—O que é uma pena. O que você espera? Que será a esposa legítima de Antonio de Castelamontes e futura rainha de Monsália? _perguntou ele rindo. _Entenda uma coisa Elisa, Antonio nunca poderá assumi-la sem renunciar ao trono de Monsália, é lei, e das leis daquele país eu entendo. Mesmo que não me surpreenderia que ele renegasse ao trono por você no momento, pois nós homens somos meio que idiotas quando estamos apaixonados; porém quando ele se cansar de você, o que com certeza acontecerá, talvez ele venha a odiá-la por ter rejeitado a chance de ser rei, o que não é para qualquer um. E sabe o que acontecerá Elisa? Devolverão o trono a ele que com certeza se casará novamente com uma nobre de Monsália como Kate, por exemplo. _disse ele não se importante com os olhos rasos de lagrimas de Elisa. _Tenho certeza que se aceitasse vir comigo eu poderia te conceder uma vida bem melhor. _terminou ele passando as costas das mãos pelo rosto de Elisa.
—Há um carro se aproximando Renan! _disse Heitor atraindo-lhe a atenção.
—Apenas um?
—Sim! _respondeu Heitor.
—Ótimo! Venha Elisa! _disse ele puxando-a para fora do carro, no momento em que Antonio parava o carro com uma distância de alguns metros diante deles.
Antonio desceu do carro com uma grande maleta na mão, seguido por Jácomo que saiu mostrando as mãos para cima e vazias, já que Renan insistia em manter um revólver apontado para a cabeça de Elisa.
—Abaixe esse revolver, Renan! _disse Antonio se controlando para não avançar sobre Renan ao ver o pânico estampado nos olhos de Elisa. _Eu já estou aqui, estamos desarmados; esse revólver pode disparar.
—Não se preocupe, príncipe Antonio, é apenas uma precaução. E este revólver não vai disparar a menos que Elisa ou algum de vocês decidam fazer algum movimento idiota. Agora, me mostre o dinheiro!
—Primeiro, eu quero Elisa fora de qualquer perigo. _disse Antonio.
—Não, alteza, sou eu quem dito as regras por aqui. Você já está vendo o seu objeto, agora eu quero comprovar o meu pagamento.
—Tudo bem! Aqui está! _disse Antonio abrindo a maleta e mostrando-a repleta de notas separadas em maços. _Há cem maços contendo trinta mil dólares em cada um.
—Deixe a maleta no chão. Meu primo Heitor é um perito em notas, ele irá conferi-las.
Heitor pegou a maleta que Antonio colocou no chão e levou quase dez minutos para conferir os maços.
—E então? _perguntou Renan.
—Tudo parece em ordem.
—Então coloque a maleta no banco de trás do carro, por favor, Heitor.
Heitor colocou a maleta e iria voltando para o lado de Renan, quando um tiro disparou e Elisa gritou ao ver Heitor tombar no chão por um tiro disparado por Renan.
—Nossa parceria termina aqui, priminho. _disse Renan irônico. _E quanto a vocês não deem nem mais um passo. _disse ele voltando a arma para a cabeça de Elisa novamente quando Antonio iria avançar sobre ele e Jácomo sacou uma arma.
—Solte ela Renan! _disse Antonio. _Eu cumpri minha parte do acordo.
—Não toda! E minha garantia de que sairei em segurança do país?
—Eu lhe garanto! Dou-lhe minha palavra!
—Pensa que sou idiota, príncipe Antonio? No momento em que eu entregar Elisa a vocês minha vida passará a valer menos que a de um cachorro.
—Tudo bem! Se são garantias que você quer, leve a mim. Eu iriei com você, mas deixe Elisa. Entrega-a para Jácomo, ela precisa de um médico. _disse Antonio vendo que Elisa estava a ponto de ter um ataque de nervos.
—Não! Sem acordo. _ disse Renan disparando um tiro na direção de Antonio, porém Jácomo se jogou sobre ele, evitando que a bala o atingisse.
—Não atire Jácomo! _pediu Antonio quando Jácomo apontou a arma para a direção do carro de Renan, que saía em disparada naquele momento. _Venha, Jácomo! Não podemos deixar ele escapar com Elisa.
—Claro, vamos sim. Vou ligar para ao polícia e pedir que fechem todas as saídas.
—E Elisa Jácomo? _perguntou Antonio preocupado ao dar partida no carro.
—Temos que correr o risco filho!
—Tudo bem. Avise também que tem um homem ferido na pista aberta que leva a estrada principal.
—Certo, Antonio. Renan está descontrolado, precisamos detê-lo.
—Olhe Jácomo! Consigo ver o carro de Renan logo a frente. Mas, o que ele está fazendo? _perguntou Antonio ao ver Renan deixar a estrada principal e se dirigir a velha estrada abandonada que levava a algumas velhas minas abandonadas. _Ele tem que parar Jácomo, esta estrada leva a um despenhadeiro e ele está correndo muito.
—Acalme-se Antonio! Ele não é louco de se jogar em um despenhadeiro se tem dinheiro suficiente para sair do país. Esta estrada faz uma curva, concordo que ela seja perigosa, porém caso a pessoa consiga fazer a curva, ela dará diretamente no aeroporto Visceral e com certeza é para lá que Renan está se dirigindo.
—E caso ele não consigo fazer a curva, Jácomo?
E como se as palavras de Antonio fossem uma profecia, o carro de Renan deu uma freada brusca antes de encapotar e abandonar a estrada principal enquanto rolava pelo despenhadeiro.
—Elisa! Não! Não!!! _gritava Antonio em desespero do alto do pequeno despenhadeiro ao ver o carro praticamente destruído na campina que se formava logo abaixo.


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Notas finais do capítulo

Naaaao! Kkk...Até o próximo!



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