UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 20
Capitulo 20


Notas iniciais do capítulo

Emoções nos aguardam... Vai aí mais um capitulo!



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Paraíso..._Pensou Elisa quando Antonio a colocou sobre os pés ao descê-la do carro. Não tinha outra palavra para descrever a incrível paisagem que se estendia diante dos seus olhos. Mesmo sob a luz do luar a areia quase branca lembrava muito Monsália, o azul escuro do mar há uns quinhentos metros refletia o brilho da lua. A casa erguia-se majestosa no meio daquele paraíso natural cercada por palmeiras e com uma grande varanda a rodeá-la por completo. As janelas e algumas paredes de vidros evidenciavam várias luzes acesas no interior da casa.
—Tem alguém na casa? _perguntou Elisa surpresa.
—Não. As luzes acesas é porque o pessoal que cuida da organização da casa saiu daqui a pouco tempo. Estavam organizando tudo para a nossa chegada.
—Ah, sim._ disse Elisa ainda um pouco insegura em relação ao que poderia acontecer entre eles dali para frente. _Vou pegar minha mala.
—Não se preocupe; eu faço isso.
—Já que insiste! _gracejou ela novamente fascinada pela beleza do lugar.
Enquanto Antonio pegava a pequena maleta de Elisa no porta-malas do carro, ela tirou as sandálias e sentiu-se livre ao sentir a fria e fina areia sob os seus pés; Elisa fechou os olhos por um momento e deixou o ar frio do mar soprar-lhe no rosto trazendo toda a brisa marítima, parece que levando para longe todas as suas preocupações.
Depois de quase dois minutos, Elisa abriu os olhos e deparou-se com Antonio parado diante dela como se estudasse cada uma de suas reações.
—Gostou do meu pequeno pedaço do paraíso? _perguntou ele.
—Amei! _exclamou ela. _Essa praia é linda, Antonio!
—Linda não e a palavra que eu usaria, não com você tão perto de mim para fazer comparação.
Dizendo isso Antonio fechou a distância entre eles tomando-a nos braços e a beijou com urgência e paixão como queria beijá-la desde que a tivera em seus braços em seus aposentos de manhã. Por várias vezes temera que Elisa voltasse atrás e desistisse da viagem, porém ali estava ela correspondendo com igual paixão ao beijo que ele lhe dava. Antonio sabia que aquela viagem com Elisa significava uma guerra que estava comprando com Joseph e todo o Conselho; porém se para ter Elisa aquele era o preço a ser pago, preferiria enfrentar mil Conselhos como o de Monsália do que abrir mão da melhor coisa que já acontecera em sua vida.
Naquele momento Elisa sentiu dissiparem todos os seus medos por um momento, quando os lábios de Antonio buscaram os seus com uma paixão nunca sentida antes, era como se ele quisesse provar a ela o que dissera de manhã: que ela lhe pertencia desde que nasceu. Sem se preocupar que estavam em uma praia, Antonio desceu os lábios pelo queixo de Elisa, beijando-lhe o pescoço, os ombros... Quando Elisa inclinou sua cabeça para trás com um gemido, Antonio beijou a curva entre os seios dela expostos pelo decote do vestido e teve que fazer um esforço sobre humano para não deitar Elisa sobre aquela areia e fazer amor com ela ali mesmo para aplacar o desejo e a paixão que estavam a ponto de deixa-lo louco.
—Se não fosse essa brisa gelada do mar, eu faria amor com você neste momento sobre essa areia, meu anjo. _murmurou ele em seu ouvido com voz rouca. _Mas acho melhor leva-la para dentro antes que esse vento gelado faça você pegar um resfriado.
—Então, vamos! _respondeu Elisa sentindo-se mais confiante ao lado de Antonio. Era como se ali eles pudessem ser eles mesmos Antonio e Elisa, e não o rico herdeiro ao trono de Monsália e a pobre garçonete que teria que voltar a sua monótona vida depois que aquele contrato terminasse._ Estou louca para conhecer o resto deste paraíso.
—Então venha! _disse Antonio pegando-a nos braços nova-mente.
—Eu consigo andar até a casa, Antonio! _protestou ela rindo.
—É nossa lua-de-mel, meu anjo e não será completa se eu não carrega-la em meus braços.
A varanda era enorme e decorada com um bom gosto indiscutível; ao chegarem a sala, Antonio colocou Elisa sobre os pés novamente.
—Bem vinda ao lar, meu anjo. _gracejou ele falando a frase típica de todo recém-casado.
—Antonio, que lindo! _exclamou Elisa maravilhada.
A ampla sala estava toda iluminada com algumas lâmpadas florescentes e o chão do aposento estava coberto por um tapete de pétalas de flores e no meio da sala havia uma mesa com uma garrafa de vinho, queijos, pães e várias frutas, além de uma linda caixinha de veludo ao lado do balde com vinho.
—Gostou? _perguntou ele.
—Está tudo... Maravilhoso. Quem fez isso tudo?
—Os responsáveis pela arrumação. Eu pedi que eles deixassem a casa perfeita para esse momento que eu quero que seja inesquecível Elisa.
—Já está sendo Antonio.
—Está com fome? _perguntou ele se aproximando dela novamente tocando-lhe a face.
—Sinceramente não. _respondeu ela ficando insegura nova-mente.
—Relaxe, Elisa. Não se preocupe, eu não irei fazer nada que você não queira. O que você acha de um banho de piscina para relaxar um pouco antes do jantar?
Elisa iria dizendo que sim, mas ao imaginar-se apenas de biquíni diante Antonio, logo desistiu da ideia.
—E então? _insistiu ele.
—Um banho seria ótimo, mas não de piscina. Tem um banheiro disponível onde eu possa tomar um banho?
—Claro, venha, vou lhe mostrar. _disse Antonio pegando-a pela mão depois que ela pegou sua pequena valise. _Esta é uma das suítes Elisa, tem um banheiro com uma grande banheira de hidromassagem que com certeza fará você se sentir bem melhor. Eu estarei na piscina, nos veremos daqui a alguns minutos para o jantar.
—Tudo bem! _respondeu Elisa, fechando a porta da suíte logo depois que Antonio se afastara.
"Antonio deve estar me considerando uma daquelas donzelas idiotas do século passado. Por que não aceitei tomar o banho de piscina com ele?" _pensou Elisa sentando no chão da luxuosa suíte para tentar controlar as batidas de seu coração. Por um momento, Elisa sentiu toda a autoconfiança abandoná-la. E se não estivesse preparada para aquele momento?_ se questionava ela. E se fora verdade o que Kate dissera, que para Antonio ela não passaria apenas de um mero passatempo?
Elisa ficou por quase dez minutos sentada no chão da suíte pensando nessas hipóteses e por um momento pensou seriamente em dizer a Antonio que não estava preparada para aquilo e que queria ir embora dali, porém nesse momento lembrou-se das palavras que Rúbia lhe dissera alguns dias atrás: “Elisa, há coisas que não precisam ser ditas... conheço meu irmão melhor do que ninguém e te garanto que ele gosta de você como nunca o vi gostar ou se importar com nenhuma outra mulher antes. Não se neguem a chance de serem felizes, Elisa.”
—Coragem Elisa! _disse ela para si mesma. _Se a vida me deu essa chance de estar com ele não vou desperdiça-la, mesmo que essa seja a única boa lembrança que guardarei de tudo isso.
Dizendo isso, Elisa levantou-se decidida e se dirigiu até o banheiro afim de tomar um banho, dissipar os seu temores e desfrutar sua tão esperada lua-de-mel.

Depois de quase quinze minutos dando braçadas na água para recuperar o autocontrole em relação a Elisa e aplacar ao menos um pouco o desejo sem limites e a paixão avassaladora que estava sentindo por ela, Antonio decidiu sair da piscina. Nunca imaginara sentir por uma mulher o que sentia por Elisa. Tudo nela parecia fasciná-lo. Por um momento Antonio se arrependeu daquela viagem ao se lembrar do aparente receio e insegurança de Elisa desde que chegaram ali, e isso o preocupava muito, não queria que Elisa se arrependesse de nada que viesse acontecer entre eles . Porém ao lembrar-se que não tivera relações com nenhuma mulher há mais de um mês e de como Elisa o excitava além dos seus limites, Antonio se questionou se conseguiria controlar todo aquele desejo diante da inexperiência de Elisa. Porém uma coisa era certa, pensou Antonio, pela primeira vez toda sua vida não era apenas com o seu próprio prazer que estava preocupado, mas sim em proporcionar uma noite inesquecível a sua querida Elisa; o prazer dele não seria completo se não proporcionasse o mesmo prazer a ela. Naquele momento Antonio concluiu que não era apenas o corpo e o prazer que Elisa poderia lhe proporcionar que ele queria, com Elisa ele queria muito mais... Pela primeira vez em sua vida, Antonio desejou o que nunca imaginara desejar: que o coração de uma mulher pertencesse a ele e não apenas o seu corpo.
—Eu vou conquistar sua confiança meu anjo... Nem que eu precise de toda essa noite para conseguir isso. _murmurou ele pegando uma toalha e se dirigindo novamente para a casa.

Após tomar um longo banho, Elisa enrolou-se em uma toalha e foi até a pequena valise procurar algo para vestir, porém quando abriu a pequena mala lembrou-se que ali dentro se encontrava apenas as peças que ela comprara na casa de enxovais e o conjunto de lingerie, o restante de sua roupa ficara na outra bolsa no porta-malas do carro, com certeza, Antonio se esquecera de pegá-la.
—Não posso aparecer na sala vestindo apenas isso! _murmurou Elisa para si mesmo quase em aflição.
Então, ela lembrou-se de um elegante robe de seda que vira pendurado em um cabide ao lado da penteadeira. Depois de muito pensar Elisa vestiu o conjunto de lingerie, a delicada camisola que comprara aquela tarde e logo depois vestiu o comprido robe fechando-o com ajuda da fita de seda presa em sua cintura. Após borrifar em sua pele algumas gotas da colônia que Rúbia lhe dera no dia do casamento, Elisa reuniu coragem, abriu a porta do quarto e se dirigiu até a sala.
Quando Elisa chegou na aconchegante sala, Antonio estava de pé diante de uma das janelas observando a noite lá fora; Elisa notou que ao contrário dela, Antonio estava muito a vontade, descalço, usando uma calça de algodão branca, uma camisa azul claro com os primeiros botões de cima abertos evidenciando boa parte do tórax másculo e perfeito que ela adoraria sentir sob suas mãos. Elisa sabia que não deveria ficar parada ali como se estivesse petrificada, porém ela não conseguia tirar os olhos da perfeição que estava diante dela.
—Você está linda. _disse Antonio tirando-a de seus pensamentos.
—Não minta Antonio, por favor. _respondeu ela sentindo-se ridícula naquele robe diante de Antonio. _O problema é que minha mala com as roupas ficou dentro do carro. Desculpe-me por pegar o robe sem perguntar de quem era ou se poderia usá-lo.
—Eu espero que você não esteja pensando que este robe seja de alguma amiguinha minha que esqueceu aqui; não é? _gracejou Antonio.
—Isso não é de minha conta. _respondeu Elisa não querendo admitir que esse pensamento a ocorrera e incomodara muito.
—É claro que é de sua conta. Entenda uma coisa, meu anjo: você é minha esposa e quando eu disse ‘seja bem vinda ao lar’, eu não estava brincando. Tudo, absolutamente tudo aqui é seu, o robe, os objetos pessoais, a casa e inclusive o dono da casa, tudo é seu Elisa. _terminou Antonio beijando de forma tão terna e apaixonada que Elisa por um momento desejou que cada palavra dele fosse verdade, que seu coração um dia pudesse mesmo pertencer a ela.
—Vamos jantar? _perguntou ele sorrindo ao parar de beijá-la.
—Sinceramente, Antonio eu não estou com fome. _respondeu ela sentando-se sobre uma das almofadas que estavam dispostas ao redor da mesa improvisada.
—Mas, você deve se alimentar. _disse Antonio pegando um pedaço de pão recheado com queijo e frutas secas e levando até os lábios dela.
—Você está fazendo eu me sentir como se eu estivesse em um daqueles contos das Mil e Uma Noites. _gracejou ela ao comer a deliciosa iguaria que Antonio lhe oferecia.
—Aquela famosa história da corajosa Sherazade que se casou com o tirano sultão?
—Essa mesmo... Sempre amei essa história. E desde que chegamos aqui é como se eu entrasse em mundo irreal como aqueles que Sherazade apresentava ao sultão em suas histórias.
—Com uma diferença, meu anjo: duvido que Sherazade fosse tão linda como você. _disse ele.
—E eu duvido que o sultão também fosse tão mentiroso. _respondeu ela sorrindo para disfarçar o embaraço diante do inesperado elogio.
—Eu não estou mentindo, Elisa. Você é a mulher mais linda que eu já conheci.
—Tudo bem! _respondeu ela fazendo Antonio rir. _E agora, por que você está rindo?
—Ora, Elisa porque você está me olhando com aquele olhar com que você me olha todas as vezes que eu te elogio. É como se você me dissesse: ‘você deve dizer isso a todas’.
—Não é verdade, Antonio! Eu não penso isso todas as vezes que você me elogia.
—Apenas na maioria delas. _gracejou ele sorrindo. _Ainda que você não perceba você é mais transparente do que imagina Elisa. Você não consegue esconder nada que sente ou pensa e, sinceramente, essa é uma das coisas que mais me fascina em você.
—Então, terei todo cuidado com meus pensamentos diante de você, de agora em diante. _brincou ela.
—Falaremos sobre isso depois, agora eu quero que você se alimente.
—Eu estou satisfeita Antonio, é sério.
—Satisfeita? Elisa, você mal comeu um pedaço de pão e uma fatia de fruta. Isso não é o que se chama de uma refeição.
—Você também não comeu quase nada. _acusou ela sorrindo.
—Você tem razão. _concordou ele se levantando e a ajudando a ficar de pé. _Acho que temos coisas mais agradáveis para fazer do que fingirmos que estamos com apetite para fazer uma refeição. Dança comigo?
—Dançar? _perguntou ela enquanto Antonio ligava com um controle um moderno aparelho de som e começava a tocar uma balada lenta e romântica.
—Sim. Dançar.
—Antonio, eu sou uma péssima dançarina; com certeza irei pisar no seu pé.
—Se esse for o preço para tê-la em meus braços por alguns minutos, não me importo de pagá-lo. _respondeu ele passando os braços ao redor da cintura de Elisa. _ Me abrace ,meu anjo e deixe a música te embalar.
—É fácil dizer isso já que você é um dançarino e tanto. _disse ela passando os braços pelo pescoço de Antonio enquanto tentava ignorar o calor que a inundou por inteiro quando ele começou a rodopiar com ela pela sala ao ritmo da música com o rosto descansado em seus cabelos.
—Não sou tão bom dançarino, meu anjo; na verdade nunca gostei de dançar.
—Então, por que estamos dançando? _provocou ela.
—Porque desde que você entrou em minha vida, Elisa, você a virou de pernas para o ar, e tudo o que eu nunca quis fazer com ninguém eu tenho vontade de fazer com você, meu anjo. _disse Antonio levantando-lhe o queixo e a beijando novamente como a beijara instantes atrás. A principio Elisa correspondeu ao beijo, desfrutando da felicidade que a inundava sempre que Antonio a beijava de forma tão terna e apaixonada; porém logo sem pedir licença, a voz de Kate invadiu-lhe a mente novamente: “... Eu não queria decepcioná-la, mas assim é Antonio, querida.”
—O que foi Elisa? _perguntou Antonio quando Elisa parou de corresponder ao beijo.
—Não é nada Antonio.
—Seja sincera comigo, por favor. Eu te prometi que esses dias aqui seriam perfeitos, porém isso não poderá acontecer caso você não confie em mim.
—Mas, eu confio...
—Não. Você não confia Elisa e sabe disso. Você está arrependida de ter vindo para cá comigo? Caso seja isso, voltaremos agora mesmo para Londres.
—Claro que não! _respondeu ela prontamente.
—Então, sua reserva em se abrir comigo deve estar relacionada à visita que Kate te fez durante minha viagem.
—Quem te disse que Kate me procurou?
—Elisa, eu não seria o príncipe regente de Monsália se não soubesse de tudo que acontece em meu reino na minha presença ou não. Agora, seja sincera comigo e me conte tudo o que Kate queria com você.
—Antonio não importa.
—Claro que importa Elisa. Eu não quero que reste nenhum mal entendido entre nós dois. _disse ele sentando-se com ela em um dos sofás. _E pelo que tenho notado todas às vezes que minha prima te encontra parece que ela tem um estranho prazer em colocar você contra mim. O que Kate te disse dessa vez?
—Tudo bem! _respondeu Elisa decidida a esclarecer tudo com o seu amado Antonio naquela noite. _Você quer saber o que ela me disse além do fato de você estar apaixonado por ela e ter tido um caso com a irmã de Alfonso que se divorciou recentemente?
—Kate te disse isso? _perguntou Antonio quase indignado não acreditando no que ouvia.
—Sim. Ela até chegou a insinuar que foi por causa da irmã de Alfonso que você viajou até a casa dele.
—Elisa, Kate só pode estar ficando louca, pois não tem outra explicação para ela inventar uma coisa dessas. Eu e Andreza? Nunca! Sempre fomos grandes amigos, crescemos juntos, já que ela é amiga de Rúbia e irmã de um dos meus melhores amigos, mas eu te garanto que nunca houve nada entre Andreza e eu.
—Você não me deve explicações de sua vida Antonio.
—Claro que eu devo, Elisa, pois eu não quero que você fique com a impressão de que eu sou esse homem sem escrúpulos que Kate te pintou. Como eu estava te dizendo: o motivo de minha viagem até a casa de Alfonso foi apenas para saber o que ele havia descoberto sobre o suposto acidente que provocou a morte de Enrico e levar até ele umas anotações que meu pai encontrou nas coisas de meu irmão que poderá ajudar nas investigações, já que Alfonso está praticamente a frente dessas investigações a pedido meu.
—E o que vocês descobriram? _ Perguntou Elisa.
—Descobrimos algumas coisas que mudaram o rumo das investigações, mas eu não quero falar dessas coisas desagradáveis com você. _Disse ele acariciando-lhe o rosto com carinho. _Agora... você me perguntou se eu estou apaixonado por Kate.
—Não precisamos falar sobre isso, Antonio.
—Claro que precisamos, pois é a coisa mais absurda que eu já ouvi. Primeiramente, Elisa, caso eu nutrisse qualquer paixão ou atração por Kate ou por qualquer outra mulher eu não estaria aqui com você neste momento. Com toda certeza Kate, infelizmente, quis fazer com que você perdesse a confiança em mim, já que ela já deve ter notado o quanto você é especial para mim, Elisa.
—Segundo ela, faz isso porque o ama Antonio. _respondeu Elisa sentindo a voz embargar só de pensar naquela possibilidade.
—Meu anjo, Kate não ama nem a si própria! _respondeu Antonio. _ A única coisa que importa a ela é a riqueza, a posição, os refletores sobre ela e acima de tudo a coroa de Monsália.
—Mas, vocês iriam se casar, não iriam? _perguntou Elisa ao se lembrar do que ouvira pela boca de Pablo.
—Não é bem assim. Teve uma época em que existiu sim essa possibilidade, mas não por nossa própria escolha. Talvez você não saiba, mas minha mãe e tia Nancy eram na verdade primas que foram criadas como irmãs pelo meu avô, porém e enquanto minha mãe se casou com o único herdeiro do trono de Monsália minha tia se casou com um dos melhores amigos de meu pai, porém era um homem que tinha o péssimo vício da bebida, além de ser um jogador compulsivo, o pai de Kate morreu prematuramente cinco anos depois que ele e tia Nancy se casaram, vitima do próprio vício, deixando minha tia praticamente na miséria e Kate com apenas três anos de vida.
—Posso imaginar como deve ter sido difícil para sua tia Antonio.
— Acredito que para ela a morte de meu tio foi quase um alívio , Elisa; ele era um homem muito violento...Mas, não foi para falar do fracasso do casamento de minha tia que lhe contei essa história...Como estava dizendo, depois que meu tio faleceu, minha mãe levou tia Nancy e Kate para o palácio afim de dar lhes toda a assistência e conforto que precisavam, já que éramos a única família que tinham. Minha mãe adorava Kate e a considerava uma filha e por isso pensou que a sobrinha tão adorada fosse a melhor escolha para seu único filho, no caso eu. _ironizou ele. _ Então minha mãe e tia Nancy concordaram entre si que daquele dia em diante Kate e eu estávamos prometidos um ao outro e iriamos nos casar quando eu completasse a maioridade e assumisse o trono de Monsália.
—Tudo bem Antonio...Sinceramente, eu não quero ouvir mais. _disse Elisa se levantando sentindo-se mal só de pensar que um dia os caminhos de Antonio e Kate estiveram tão ligados.
—Espere! _disse Antonio rindo e tomando-a nos braços. _Você fica linda enciumada.
—Não é ciúmes. _mentiu ela. _Apenas não me agrada falar de Kate.
—Claro que não é ciúmes! _ironizou ele._ É apenas o que eu senti quando ouvi seu pai falar do seu namoro com o idiota do irmão de Felícia.
—Mas nunca aconteceu nada demais entre Francis e eu.
—E muito menos entre Kate e eu, Elisa. Pelo menos nada que tenha valido a pena. O que aconteceu é que cresci com aquela ideia fixa do compromisso de casamento que assumiram para nós e mesmo depois da morte de minha mãe prometi honra-lo casando-me com Kate, acreditando que estava mesmo apaixonado por ela. Porém quando eu completei quinze anos meu pai mandou-me para Londres para terminar os estudos; e ao completar a maioridade e voltar para Monsália descobri que tanto o trono como minha suposta noiva haviam sido usurpados pelo meu querido irmão. _terminou ele rindo.
—Não acredito que você tenha levado isso tudo assim tão bem na época. _comentou Elisa.
—Na época é claro que fiquei péssimo, mas também eu era apenas um garoto de dezoito anos que crescera com uma ideia fixa de que seria rei e se casaria com a prima por quem julgava estar apaixonado. Você ouviu bem: eu julgava estar, mas na realidade nunca senti mais que um deslumbramento por Kate. Acredite em mim, Elisa, eu não sinto nada mais por ela além do sentimento familiar que nos une.
—Tudo bem, Antonio. Se você diz, eu acredito. _respondeu ela lutando para não pensar em nenhuma das palavras que Kate lhe dissera.
—Se você acredita em mim, por que ainda estou vendo uma pequeno traço de desconfiança neste rosto lindo? Seja sincera comigo, Elisa: Kate te disse mais alguma coisa não foi? _insistiu Antonio. _Não vá me dizer que ela inventou também que esta esperando um filho meu?
—Claro que não Antonio! _riu Elisa.
—Menos mal! Mas alguma coisa ela te disse, Elisa. Me conte o que foi, por favor.
—Tudo bem! _disse Elisa se colocando de pé para tentar colocar em palavras o que mais a estava incomodando nos últimos dias. _Antonio, antes de qualquer coisa eu quero que você entenda que se eu estou aqui é porque na realidade eu não acreditei em nada do que Kate me disse sobre você...
—Mas, ela disse algo mais, não foi? E eu quero saber o que foi Elisa. _a interrompeu ele se levantando também.
—Bem... _começou Elisa tentando escolher bem as palavras. _Kate me disse que eu seria apenas um passatempo para você como tantas outras.
—Kate não pode ter descido tanto ao ponto de te dizer uma coisa dessas, Elisa! _exclamou Antonio indignado com a atitude de Kate. _Elisa, acredite, eu não sou esse tipo de homem que ela te pintou. Eu nunca brinquei com os sentimentos de nenhuma mulher; ao menos nunca intencionalmente.
—Tudo bem, Antonio, você não me deve explicações. Eu apenas te contei porque você insistiu.
—É claro que eu lhe devo explicações Elisa, eu não quero que você pense que eu sou um cafajeste sem sentimentos como Kate lhe disse ou como a imprensa costuma me pintar.
—Eu sei disso, Antonio. _respondeu Elisa se aproximando dele novamente. _Caso contrário eu não teria aceitado fazer essa viagem com você.
—Eu nunca vou brincar com seus sentimentos Elisa. Eu te prometo. _ disse Antonio acariciando seu rosto com carinho.
—Não prometa nada, Antonio, por favor. _pediu ela quando ele beijou-lhe carinhosamente no canto direito de sua boca.
—Por que não, meu anjo?
—Porque o passado não importa, o futuro não nos pertence, então eu sugiro que vivamos apenas o presente, o agora. _respondeu ela tentando controlar as batidas de seu coração enquanto Antonio desfazia vagarosamente o laço que prendia o seu robe sem parar de beijar seu queixo, nuca, garganta...
—Tudo bem, querida esposa, vamos esquecer o passado e pensar que temos uma noite inesquecível pela frente.
—Antonio, só mais uma coisa... _começou ela.
—Diga, meu anjo!_ disse ele olhando-a nos olhos antes de desfazer o nó da fita que prendia o robe que Elisa estava usando.
—Eu não sei o que fazer... _respondeu ela sentindo o rosto em chamas.
—Você confia em mim, Elisa? _perguntou ele.
—Confio!
—Então deixe-me ensiná-la a amar. Não se preocupe, eu nunca vou te machucar Elisa em nenhum sentido.
—Eu sei, Antonio.
—Posso? _perguntou ele voltando a desatar o nó que prendia a fita ao robe
—Pode! _respondeu Elisa fechando os olhos no momento que Antonio soltou o laço do robe deixando-o cair no chão da sala.
—Você só pode estar querendo me deixar louco, Elisa! _exclamou Antonio ao ver Elisa vestida apenas com a delicada, transparente e sedutora camisola. _Ou você não tem noção do que já faz comigo em trajes normais ou está decidida a testar meu autocontrole.
—Você gostou? _perguntou ela sentindo o rosto em chamas ao conseguir olhar para ele.
—Se eu gostei? _riu ele com voz rouca olhando-a intensamente dos pés a cabeça. _Sinceramente, meu anjo, eu nem sei o que dizer. Você é linda, Elisa de qualquer forma, mas hoje você me deixou sem palavras. Eu amei!
—Que bom! _respondeu Elisa sorrindo. _Temi que você fosse achar vulgar.
—Elisa, meu anjo, você nunca seria vulgar nem que quisesse. Você é uma mulher linda, atraente, tentadoramente irresistível, até além da conta. _disse Antonio sorrindo beijando-lhe um dos ombros, fazendo-a estremecer. _ Eu quero apenas que você seja você, Elisa. Mas, me responda uma coisa: foi para comprar essa linda camisola para me torturar que você fez Estevan negligenciar minhas ordens?
—Ele te contou?
— O que você acha?
—É claro que ele te contaria. _comentou Elisa.
—Mas eu te perdoo, já que foi por uma boa causa.
—Mesmo se eu disser que quase estourei o limite do cartão de créditos que você me deu com minhas pequenas compras de hoje ?
—Meu anjo, se é assim que você planeja gastar todo meu dinheiro, estou ansioso para que você me leve logo a falência. _ gracejou Antonio beijando-a intensamente. _E então tem certeza que não há mais nenhum mal entendido que você queira esclarecer entre nós?
—Não Antonio.
—Será?_ perguntou ele beijando-lhe o pescoço. _Você está tão tensa Elisa... O que está te preocupando ainda?
—_É que, Antonio, eu não sei o que fazer, como fazer, ou como será... _confessou ela sentindo um misto de medo e expectativa.
—Não se preocupe, meu anjo, seja apenas e unicamente você. Só se preocupe em sentir Elisa, e não precisa se envergonhar de nada. O que eu quero é unicamente te fazer feliz, te conceder momentos inesquecíveis, mas para isso você precisará confiar em mim. Eu te quero muito, porém, eu não quero força-la a nada Elisa. Se você não estiver pronta para...
—Eu estou pronta e quero muito este momento também Antonio. _respondeu ela sorrindo, criando coragem e olhando para ele. _ Porém acho que você terá que ter um pouco de paciência comigo.
—Eu terei toda a paciência do mundo se necessário, meu anjo. _respondeu Antonio rindo._ Façamos um acordo: eu não farei nada que você não queira. Tudo bem?
—Mas, como eu irei saber o que devemos ou não fazer se eu nunca estive com ninguém assim antes?
—Experimentando, meu anjo... _respondeu ele com voz rouca afastando uma das alças da camisola de Elisa enquanto traçava um caminho de beijos da sua nuca até os seus ombros. _ Você gosta disso?
—Sim. _respondeu Elisa fechando os olhos ao sentir o hálito quente de Antonio contra sua pele.
—E disto, você gosta? _tornou a perguntar ele desabotoando os primeiros botões da camisola de Elisa e beijando-lhe o pescoço e a curva entre seus seios.
—Sim, muito... _disse ela entre gemidos quando Antonio acariciou um de seus mamilos sobre a camisola enquanto a beijava novamente.
Elisa nunca imaginara que poderiam existir sensações tão arrebatadoras como aquelas; sem conseguir controlar a onda de desejo que a estava invadindo de acordo que Antonio a tocava, Elisa jogou sua cabeça para trás convidando-o a aprofundar as carícias.
—Deixe-me vê-la Elisa! _pediu Antonio desabotoando os últimos botões da camisola e deixando-a cair a seus pés olhando-a intensamente vestida apenas com o fino conjunto de lingerie. _Você é perfeita, Elisa. Onde você esteve durante todo esse tempo, meu anjo?
Nesse momento, Antonio beijou-a novamente, porém de forma terna e apaixonada, querendo deixar claro a ela que mesmo a desejando com todas suas forças era com o prazer dela e não com dele que ele estava preocupado. Antonio nunca precisou apelar tanto para seu autocontrole como naquele momento, ter Elisa em seus braços vestindo apenas um minúsculo conjunto de lingerie estava sendo praticamente uma tortura para ele, pois o desejo que Antonio tinha era de deita-la ali mesmo no chão daquela sala naquele momento e amá-la intensamente até aplacar o desejo que o estava consumindo a quase um mês desde a conhecera, porém, ele sabia que não poderia decepcionar a confiança que ela lhe depositara. Porém passados quase dois minutos que estavam se beijando, Antonio notou que Elisa finalmente parecera se livrar de toda preocupação e resolvera se entregar ao que os dois tanto queriam. Sem se preocupar com os cuidados que Antonio estava tentando ter em relação a ela, Elisa abraçou-se a ele mais forte, correspondendo com igual paixão ao beijo que ele lhe dava, enquanto tentava desabotoar os botões da camisa de Antonio.
—Deixe que eu lhe ajudo! _murmurou Antonio em seu ouvido deitando-a em um dos sofás.
—Por favor, Antonio não pare! _pediu ela quando ele fez menção de se levantar.
—Eu não pararia nem se eu conseguisse, meu anjo! _respondeu ele rindo tirando a camisa sobre a cabeça e deitando-se sobre ela no grande sofá e beijando-a novamente. _Não sabe o quanto sonhei com este momento, Elisa. Minha Elisa.
Nesse momento Antonio começou a traçar um caminho de beijos por todo o corpo de Elisa, descendo os lábios pelo pescoço, entre a curva dos seios de Elisa...
—Posso? _perguntou ele se referindo ao fecho que prendia o delicado sutiã.
—Claro! _respondeu Elisa sentindo que seu sangue entraria em ebulição de acordo que Antonio a beijava.
—Você é linda, Elisa! _murmurou Antonio, olhando como se ela fosse a mais perfeita e bela mulher do universo , ao jogar o sutiã de Elisa sobre as outras peças no chão da sala.
Nesse momento, Elisa corou por um momento ao ver Antonio observando-a de forma tão intensa; porém logo esqueceu-se de tudo no momento em que Antonio beijou carinhosamente cada um de seus seios e logo depois tomou um de seus mamilos entre seus lábios.
—Antonio! _gritou ela entre gemidos sentindo espasmos de prazer nunca imaginados percorrendo seu corpo. _Pare!
—Você quer mesmo que eu pare? _perguntou ele maliciosa-mente fazendo um caminho voluptuoso com sua língua do seu seio até o ventre de Elisa.
—Por favor... não me torture assim... Antonio...
—Acredite, meu anjo, o único torturado aqui está sendo eu. _gracejou ele levantando-se e erguendo-a em seus braços. _Mas, você tem razão: chega de ficar nos torturando.
—Para onde você está me levando, Antonio? _perguntou Elisa passando os braços ao redor do pescoço de Antonio quando ele começou a subir as escadas com ela.
—Para o nosso quarto de núpcias... Finalmente terei o prazer de fazê-la minha, meu amor! _disse Antonio em seu ouvido sorrindo ao vê-la estremecer levemente em seus braços.
Amor... Como Elisa desejou que aquela palavra pudesse ser verdadeira...
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Notas finais do capítulo

Uuuup! Desculpem o imenso capitulo amores, mas era muita informação para um capitulo só. Espero que estejam gostando. Ansiosa para postar o proximo capitulo! Até lá Bjs. PS: COMENTEM!



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