UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 19
Capitulo 19


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar... rsrs... Vai aí mais um capitulo!



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Quando Estevan parou o carro na porta da casa de Felícia, a moça já os esperava de pé na calçada. Elisa nem bem esperou Estevan desligar o carro e já abriu a porta indo ao encontro da amiga.
—Que saudades eu estava de você, Felícia!
—Não mais do que eu de você, irmãzinha! _respondeu Felícia retribuindo o abraço de Elisa e rodopiando com ela.
—Já está pronta? _perguntou Elisa.
—Claro! Onde está Antonio?
—Foi resolver alguns assuntos com o amigo dele e irá nos encontrar na Clínica.
—Senhora! _chamou-a Estevan descendo do carro. _Perdoe-me interrompê-las, mas não é seguro que a senhora fique tão exposta.
—Não se preocupe Estevan. O que poderia acontecer comigo onde eu praticamente fui criada? _gracejou Elisa.
—São ordens do príncipe, senhora.
—Algum problema Elisa? _perguntou Felícia preocupada.
—Nada demais, Felícia. Vamos entrar para conversar um pouco?
—Claro, Elisa.
—Senhora, não acha melhor conversarem no carro? _as interrompeu Estevan novamente.
— Qual o seu problema Estevan? Por acaso você está querendo sugerir que minha casa não é segura para Elisa?_ perguntou Felícia já um pouco irritada, já que ainda não conseguira perdoar Estevan pelo fato dele não ter ao menos ligado para ela desde a noite do casamento de Elisa e Antonio, quando estiveram juntos.
Estevan preferiu não discutir com Felícia sobre as ordens que Antonio lhe dera.
—Não se preocupe Estevan, não tenho nada que temer na casa de Felícia.
—Não é isso que estou dizendo minha senhora, porém o meu senhor não gosta que negligenciemos suas ordens.
—Então nos espere aqui; voltaremos em alguns minutos. Não se preocupe com Antonio, qualquer problema resolverei com ele depois.
—Como quiser, senhora... _respondeu o segurança a contra-gosto.
—Que sujeito impertinente! _exclamou Felícia ao entrarem na sala de sua casa . _Não sei como pude me interessar por ele algum dia, Elisa.
—Não se irrite com Estevan, Felícia, ele está apenas cumprindo as ordens de Antonio.
—Então é o príncipe Antonio quem acha que minha casa não serve mais para você Elisa? _perguntou Felícia magoada.
—Não é isso Felícia! _disse Elisa sentando-se com a amiga em um dos sofás. _Lembra-se quando eu te disse que alguém entrou em meu quarto há dois dias atrás?
—Claro que eu me lembro Elisa. Mas o que uma tentativa de roubo em Monsália tem haver com sua presença aqui em Londres?
—Não foi apenas uma simples tentativa de roubo, Felícia. _ então Elisa contou para a amiga em detalhes todas as coisas estranhas que haviam acontecido desde que ela chegara em Monsália, sobre a conspiração contra os herdeiros ao trono e todas as palavras que o estranho lhe disse quando invadiu seu quarto. _É por isso que Antonio deu essas ordens a Estevan, mesmo que eu ache puro exagero.
—Desculpe-me amiga, agora sim entendo tudo. O príncipe Antonio está coberto de razão Elisa. E se quiserem usar você para atingi-lo? Nem gosto de pensar numa coisa dessas, irmãzinha!
—Duvido muito Felícia, que perderiam tempo fazendo alguma coisa contra mim além do susto que me deram ao invadirem meu quarto. Quem me preocupa mesmo é Antonio.
—Pare com isso Elisa! Tenho certeza que o seu príncipe sabe se cuidar muito bem. Mas agora falemos de coisas importantes! _riu Felícia. _ É verdade que você aceitou viajar com ele para a famosa casa de praia em Jersey?
—É verdade que eu aceitei, mas estou quase desistindo, Felícia...
—Por que, irmãzinha? Você decidiu que não é isso o que você quer?
—É claro que eu quero... Mas eu tenho medo Felícia.
—É normal, Elisa, já que você nunca...
—Não é medo em relação a isso que eu me refiro, Felícia! _disse Elisa sorrindo e corando com o comentário. _Quero dizer isso me preocupa também; mas minha preocupação maior é de que eu acabe me machucando depois de tudo isso, amiga.
—Você diz isso por causa das coisas que aquela tal de Kate te disse?
—Um pouco sim, mas também tem as coisas que eu sei da vida de Antonio antes de nos conhecermos. Você também sabe Felícia tudo o que os jornais e revistas falavam sobre ele.
—Tudo bem, Elisa, mas você tem que entender uma coisa: nem Kate e muito menos a imprensa podem definir o verdadeiro caráter do príncipe Antonio; você é quem tem que decidir amiga se acredita no que as pessoas dizem dele ou se confia no homem com quem você se casou e por quem está perdidamente apaixonada.
—Dá para notar? _perguntou Elisa.
—Que você está perdidamente apaixonada por ele? _perguntou Felícia rindo. _ Está estampado em seu rosto, Elisa! Só um cego não veria.
—Felícia, por favor, não brinque! Outra coisa está me preocupando também: e se eu agir como uma idiota?
—Como assim, Elisa?
—Ora, Felícia, você sabe... Antonio é um homem experiente, que já teve tantas mulheres em sua vida e...
—Mas ele quis você, Elisa e é isso o que importa.
—Mas e se eu não souber como me comportar na hora H, Felícia?
—Acalme-se Elisa! _riu Felícia. _Em primeiro lugar, entenda uma coisa: Antonio sabe que você é virgem, então ele não espera encontrar uma mulher experiente na cama, mas sim uma que ele terá todo prazer em ensinar.
—Por favor, Felícia!
—Por favor, digo eu Elisa! Você corou apenas por que eu disse uma coisa tão óbvia? Se você vai levar adiante essa decisão de passar o final de semana sozinha com Antonio Braga de Castela-montes, eu acho melhor você abandonar esses seus pudores, irmãzinha. _provocou Felícia. _ Falando nisso, você já decidiu o que vestir?
—Como assim, o que eu vou vestir?
—Ora, Elisa, uma camisola transparente com uma fina lingerie... Ou quem sabe um corpete com meias de liga...
—Claro que eu não vou usar nada disso! Não quero que Antonio pense que eu quero seduzi-lo!
—Acredite amiga, é exatamente é isso que ele quer que você faça! _disse Felícia rindo diante da expressão de Elisa. _Agora pare de me olhar como se eu tivesse dito uma coisa absurda e vamos logo comprar a roupa para sua inesquecível noite de núpcias.
Dizendo isso, Felícia saiu puxando Elisa pela mão, para alívio de Estevan que já estava impaciente com a demora de Elisa.
Depois que saíram da casa de Felícia, a moça deu a Estevan o endereço de uma famosa casa de enxovais para casamento e luas-de-mel que ficava bem no coração de Londres. Elisa e Felícia entraram na loja, e Estevan posicionou-se na entrada para espera-las, pensando no que Antonio diria ao saber que Elisa estava se expondo tanto, quando ele mesmo dissera que a única parada deveria ser na casa de Felícia e na Clínica.
—Felícia, eu gostei daquela camisola! _disse Elisa se referindo a uma linda camisola de algodão de alças um pouco largas e que chegava até os joelhos, porém evidenciava bem a cintura e o busto.
—Uma linda camisola, caso fossemos dar de presente para a sua avó Elisa! _gracejou Felícia se dirigindo à vendedora em seguida: _ Moça, queremos peças para uma noite de núpcias. Fui clara?
—Como água senhorita! _sorriu a vendedora. _Venham! Temos modelos lindos de camisolas, corpetes, ligas, fantasias...
—Queremos apenas uma camisola! _interrompeu-a Elisa.
—Ah sim, claro. Venham!
Quando chegaram ao local que a vendedora falara, Elisa sentiu o rosto em chamas ao deparar-se com tantas peças intimas e provocantes. Nunca teria coragem de usar uma peça daquelas na frente de Antonio!
—Decida-se Elisa! Não temos o dia todo. _disse Felícia.
—Mas Felícia...
—Mas nada... Irmãzinha, a primeira coisa que você tem que ter é segurança, se quiser dar esse grande passo com Antonio.
—Tudo bem, Felícia. Você tem razão.
Depois de quase meia hora, Elisa decidiu-se por uma trans-parente camisola azul com alguns detalhes em seda branca, pois se lembrara que tinha um fino e delicado conjunto de lingerie com aquelas mesmas cores e que fariam um lindo par com a camisola; sem pensar duas vezes ela pagou a compra com o cartão de créditos de Antonio que prometera nunca usar, antes que se arrependesse e devolvesse a camisola.
Já iriam dar dez horas quando Estevan estacionou o carro no estacionamento da Clínica; vários familiares já se encontravam lá comemorando a data com seus pais, tios ou avós. Quando Elisa e Felícia chegaram ao grande gramado onde seria servido o almoço, logo avistaram Clóvis que vinha ao encontro delas.
—Elisa! _disse ele pegando Elisa em um abraço e rodopiando com ela antes de coloca-la no chão novamente. _Como você está mudada! Está tão elegante, tão linda! Ou melhor, linda você sempre foi, mas como eu posso dizer? Parece que finalmente minha menininha se tornou uma mulher!
—Você também está ótimo, papai! _respondeu Elisa beijando o pai em ambas as faces e entregando um embrulho para ele. _Feliz dia dos pais!
—Obrigada, filha! Mas não precisava de presentes. Você é o meu presente Elisa!
—Não vai abrir? _perguntou Elisa. _É a coleção completa dos livros de Sir Artur Conan Doyle. O senhor sempre gostou tanto dos livros dele.
—Obrigado filha, mas não quero que fique gastando comigo.
—É para ajudar o senhor a passar o tempo aqui papai
—Eu sei e amei o presente filha... Mas e onde está o meu futuro genro?_ perguntou Clóvis que ainda não havia engolido aquela história de Elisa viajar para outro país com um dos homens mais importantes do continente.
—Foi resolver alguns assuntos pendentes, mas prometeu que almoçaria conosco.
—Havia me esquecido que ele é um homem de muitos negócios. _gracejou Clóvis. _Mas esqueçamos o seu noivo, pois o que me importa é que minha filhinha querida está aqui. E você Felícia, como está?
—Estou bem, senhor Clóvis, melhor agora vendo que o senhor está bem.
—Fico feliz em te ver também. Mas vamos nos sentar naquela mesa, ficaremos bem mais a vontade.
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Já eram quase meio-dia quando Antonio estacionou o carro no estacionamento da Clínica. A visita a casa de Anita Menezes não surtiu muito efeito: após recebe-los depois de muita insistência da parte de Antonio, a moça foi o mais evasiva possível, à principio negou até ter tido algum conhecimento com Enrico, porém depois que Antonio explicou a ela os verdadeiros fatos que cercavam a morte de seu irmão, ela vacilou por um momento, mas mesmo assim disse não ter nada a declarar pedindo que eles saíssem em seguida.
—Você acha que ela vai te ligar? _perguntou Alfonso ao descerem do carro.
—Não sei Alfonso, ela está muito irredutível, esconde alguma coisa muito séria, mas vamos descobrir o que é. Deixei meu cartão com ela caso mude de ideia.
—Não sei se fiz bem em vir ao almoço do seu sogro, Antonio. _ comentou Alfonso mudando de assunto. _Pelo que vejo é um momento de família.
—Não se preocupe, Alfonso... Sua presença será muito bem vinda. Venha!
Nesse momento se encontraram com Felícia que estava indo até um dos telefones da recepção.
—Príncipe Antonio! _cumprimentou ela parando diante dele. _Com está?
—Felícia! Que prazer revê-la!_ respondeu Antonio. _Onde está Elisa?
—Então você é a famosa Felícia, a amiga de Elisa? _os interrompeu Alfonso.
—Sim. E o senhor quem é? _perguntou Felícia sorrindo se dirigindo ao belo amigo de Antonio.
—Seu mais humilde criado senhorita: Duque Alfonso de Aguirre.
—Muito prazer, duque! _cumprimentou Felícia estendendo-lhe a mão.
—O prazer é todo meu, bela dama! _respondeu Aguirre beijando a mão que ela lhe oferecia.
—Irei deixa-los a vontade, enquanto cumprimento o pai de Elisa. _disse Antonio achando melhor deixar Afonso e Felícia se entenderem sem a presença dele, além do mais o único desejo que tinha era de que o dia terminasse o mais rápido possível para que pudesse ter Elisa apenas para ele.
Elisa e o pai estavam entretidos em um animado assunto quando Antonio se aproximou da mesa.
—Desculpem a demora! Bom dia, senhor Clóvis! _cumprimentou ele.
—Bom dia, príncipe, alteza... Eu não sei como se fala essas coisas. _disse Clóvis se colocando de pé e apertando a mão de Antonio.
—Apenas Antonio, por favor.
—Como achar melhor, Antonio. Mas sente-se! Eu estava comentando que por pouco não reconheci minha Elisa, ela está tão deslumbrante.
—Tua filha é uma mulher extraordinária, senhor Clóvis; e o fato de ela ter aceitado ser minha esposa me enche de orgulho. _disse Antonio beijando uma das mãos de Elisa, deixando-a envergonhada.
—Fico feliz em ouvir isso, meu genro. Posso te chamar assim, não é?
—Claro.
—Então, como eu estava dizendo fico feliz em saber que você trata minha filha tão bem. Pois a principio, quando o conheci eu temi que você quisesse apenas se aproveitar da minha menina, como tantos outros.
—Papai, por favor, pare com isso!_ pediu Elisa quase gritando.
—Deixe seu pai falar Elisa, ele tem todo direito. _disse Antonio sorrindo.
—Acalme-se Elisa, eu só estou dizendo o que achei quando o conheci. Sabe, Antonio, existem muitos homens que acham que todas as mulheres têm um preço, mas minha Elisa não, ela sempre foi uma menina muito ajuizada e honesta.
—Papai, o senhor está me envergonhando. _gemeu Elisa.
—Que exagero Elisa! Apenas estou tentando dizer ao Antonio que fico imensamente feliz por vocês dois estarem juntos.
—E precisava de tanto rodeio para isso, papai?
—Não fiz nenhum rodeio, apenas expus o meu alívio por você estar bem e ao lado de alguém que se preocupa com você. Sabe Antonio, eu não sou o melhor pai do mundo, porém amo Elisa mais que tudo e me preocupava que por causa de minha ausência como pai algum cafajeste se aproveitasse dela.
—A preocupação do senhor é completamente justificável, senhor Clóvis.
—Ainda bem que você concorda comigo. Pois quando Elisa era solteira, muitos rapazes foram até mim pedir para namorarem com ela...
—Não me diga. _sorriu Antonio querendo dizer a Clóvis que aquele assunto não lhe agradava nenhum pouco.
—Verdade. Um deles foi o Francis, irmão de Felícia... Sempre gostei muito dele e deixei-os namorarem, até faria gosto se eles se casassem, mas logo descobri que ele era muito mulherengo e bem apressadinho, para o meu gosto, se me entende.
—Não, não entendo. _respondeu Antonio deixando claro que apenas a menção de um namoro de Elisa por mais rápido que tivesse sido, conseguira acabar com todo seu bom humor.
—Chega, papai! Isso não interessa a Antonio. _disse Elisa no-tando a sutil mudança de humor de Antonio. _Por que o senhor não vai pedir o nosso almoço?
—Claro! _disse Clóvis sem graça pelo que falara, se levantando em seguida. _Volto daqui a pouco.
—Antonio, não ligue para o que o meu pai disse, por favor. _pediu ela quando Clóvis se afastou.
—Responda-me uma coisa Elisa: aquele miserável irmão de Felícia ousou lhe faltar com o devido respeito?
—Antonio, isso é passado. O que importa isso agora?
—Para mim importa e muito; pois estou pensando seriamente em quebrar cada um dos ossos dele para ele nunca mais nem sonhar em chegar perto de você.
—Você só pode estar brincando!
—Pareço estar brincando? _perguntou ele sério. _E então, ele faltou a você com o devido respeito ou não?
—Um dia ele tentou dar uma de espertinho comigo em uma festa da escola, mas não precisa querer tirar satisfações com ele para defender minha honra não, pois eu mesma fiz isso na mesma hora: quando ele me abraçou eu dei-lhe um chute tão certeiro que ele ficou três anos sem falar comigo, sem contar que enquanto ele rolava no chão de dor eu derramei duas garrafas de refrigerante nele para ele aprender a respeitar as garotas de bem. E então sei ou não sei me defender? _perguntou ela sorrindo.
—Você não existe, Elisa! _riu Antonio relaxando e puxando o rosto de Elisa para beijá-la rapidamente nos lábios. _ Porém a vontade de quebrar os ossos daquele idiota ainda não passou.
—Não sei porquê tanta raiva do pobre do Francis, se eu ainda nem sonhava em ser sua esposa. _gracejou Elisa rindo.
—Você é minha desde que nasceu Elisa. _murmurou ele em seu ouvido, beijando-a abaixo da orelha, sorrindo ao vê-la estremecer.
Para alívio de Elisa, Alfonso e Felícia se aproximaram da mesa, quebrando o clima entre ela e Antonio:
—Vejo que já se conheceram! _comentou Elisa ao ver os dois se aproximando conversando animadamente.
—Felizmente, cara Elisa... E como se não bastasse, Felícia se prontificou a me apresentar a noite londrina. _disse Alfonso se sentando.
—Fico feliz por vocês. _respondeu Elisa torcendo para que Alfonso não magoasse o coração de Felícia como Estevan e tantos outros fizeram.
Nesse momento Clóvis voltou a mesa seguido por alguns garçons contratados pela Clínica que traziam várias bandejas com: carne assada, massas, sucos, saladas, cereais, patês, purês; logo depois seguida de deliciosas sobremesas.

Depois do comentário de Clóvis sobre os namoros de Elisa, ele não tocara mais no assunto ao notar que Antonio não gostara. Então os assuntos passaram a ser todos agradáveis, Elisa contava ao pai e Felícia as belezas de Monsália, Aguirre mantinha a conversa animada contando de suas várias viagens pelo mundo quando não estava flertando com Felícia. Antonio logo conquistou a simpatia de Clóvis novamente e logo os dois já estavam discutindo animadamente sobre o processo de fertilização e cultivo do solo.
Depois do almoço o dia passou rapidamente; Antonio até aceitou participar de algumas gincanas com Clóvis. Vendo-o tão a vontade com todos ali e fazendo de tudo para que o dia dela e de seu pai fosse perfeito, Elisa se lembrou novamente das palavras de Felícia: ...”você é quem tem que decidir amiga se acredita no que as pessoas dizem dele ou se confia no homem com quem você se casou e que por quem está perdidamente apaixonada.”

Já passavam das cinco horas da tarde quando se despediram de Clóvis na recepção da Clínica:
—Obrigado por cuidar tão bem de minha menina, Antonio. _disse Clóvis apertando a mão de Antonio.
—O prazer é todo meu, senhor Clóvis. Além do mais o agraciado fui eu por ter Elisa ao meu lado. _respondeu Antonio.
—Fico feliz ao ouvir isso. Mas espero que da próxima vez que vocês vierem, já possam me trazer uma boa notícia._ comentou Clóvis.
—Boa notícia? _perguntou Antonio sem entender o comentário.
—Claro. A notícia de que irão me dar um neto!
Elisa sentiu o rosto em chamas: Como o pai pudera dizer uma coisa daquelas diante de Antonio?! Antonio sorriu sem saber o que dizer. Pela primeira vez em sua vida alguém conseguira deixa-lo sem palavras.
—Muito boa pergunta, senhor Clóvis. _disse Alfonso desa-tando a rir. _ Esses dois estão muito devagar.
—Que pergunta, papai! Ainda estamos praticamente nos conhecendo! _ argumentou Elisa.
—Não se preocupe, senhor Clóvis. _disse Antonio finalmente, piscando para Elisa e a abraçando. _Prometo que a partir de hoje começaremos a providenciar um time de futebol para presenteá-lo.
—Antonio! _repreendeu-o Elisa saindo dos braços dele e indo dar um abraço no pai. _Vamos encerrar esse assunto, por favor. Nada de netos, por enquanto, papai e muito menos um time de futebol. Te amo muito, senhor Clóvis. Se cuida! Voltarei em breve.
—Também te amo filhinha. _disse ele beijando a testa de Elisa. _Se cuida também. Você é minha vida filha. Até mais Antonio! Tchau Felicia! E prazer em conhecê-lo, senhor Alfonso de Aguirre.
—O prazer foi todo meu, senhor Clóvis. Nunca imaginei que esse passeio seria tão prazeroso. _respondeu Alfonso sorrindo para Felícia.
—O prazer foi meu de poder passar um dia tão agradável com vocês. E então, Antonio, conto com sua promessa, não aceito nada menos que um time de futebol de netos. _terminou Clóvis rindo.
—Pode contar, senhor Clóvis. _devolveu Antonio retribuindo o aperto de mão de Clóvis.
—Agora vamos Antonio! _disse Elisa antes que Antonio fizesse mais promessas ao seu pai, que com certeza não tinha a intenção de cumprir. Filhos...
Depois que Clóvis e os demais internos se dirigiram para o interior da Clínica, os quatro se dirigiram até o estacionamento, onde Estevan já os aguardava em um dos carros.
—Está tudo bem, Elisa? _perguntou Antonio notando-lhe os olhos marejados de lágrimas.
—Claro. Estou apenas muito feliz por ver meu pai tão bem. Obrigada Antonio! Eu nunca poderei lhe pagar por tudo que fez por ele ao trazê-lo para cá.
—Você não me deve nada, meu anjo. Desejaria dar-lhe muito mais Elisa e você sabe disso. _disse Antonio se referindo ao fato de ela sentir-se constrangida toda vez que ele fazia menção de presenteá-la com alguma coisa.
—Já conversamos sobre isso Antonio.
—E então? Estamos todos convidados para o final de semana em Jersey?_ provocou Alfonso se aproximando de onde eles estavam
—Absolutamente não, caro amigo. _respondeu Antonio sorrindo. _ Você poderia deixar Felícia em casa? Deixarei o meu carro com você, Estevan nos levará a Jersey.
—Será um prazer! _respondeu Alfonso abrindo a porta do carro para que Felícia entrasse. _Vamos, minha bela dama?
Antes de entrar no carro Felícia foi até a amiga e sussurrou em seu ouvido:
—Apenas seja você, Elisa e vai dar tudo certo. Tudo de bom irmãzinha!
—Obrigada Felícia! _respondeu Elisa observando o enlevo da amiga pelas atenção de Alfonso no momento em que ela entrava no carro com ele e saíam do estacionamento da Clínica.
—Vamos? _perguntou Antonio tirando-a de seus pensamentos. _Ou prefere que fiquemos aqui em Londres? O que você decidir está ótimo para mim.
—Vamos para Jersey! _respondeu Elisa prontamente, antes que se arrependesse do que já decidira.
—Então, vamos para Jersey! _concordou Antonio sorrindo, enquanto abria a porta do carro para ela entrar.
A viagem de Londres até a casa de praia em Jersey durava quase duas horas. Vencida pelo cansaço da correria do dia, Elisa pegou no sono tão logo saíram de Londres; enquanto Antonio conversava com Estevan sobre assuntos que Elisa desconhecia. “Com certeza ele está dizendo a Antonio que eu negligenciei as ordens dele..”._ pensou Elisa antes de ser dominada pelo sono.
—Meu anjo, chegamos!
Elisa abriu os olhos assustada como se tivesse dormido por dias e deparou-se com Antonio olhando-a com um sorriso que fez o coração dela bater mais acelerado.
—Eu dormi durante toda a viagem! _exclamou ela fazendo menção de sair do carro, porém Antonio pegou-a nos braços antes que ela sequer colocasse os pés na areia clara. _Me coloque no chão Antonio! O que Estevan vai pensar?
—Nada. Já que ele voltou para Londres há alguns minutos.
—Isso quer dizer que... _começou Elisa sentindo arrepios percorrem seu corpo por sentir o calor do corpo de Antonio contra o seu.
—Finalmente estamos apenas você e eu! Seja bem vinda ao paraíso, meu anjo!
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Notas finais do capítulo

Bem vindos ao paraíso...rsrs... Amando escrever esses capítulos .. O que estão achando? bjs!



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