UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 18
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

Estou muuuito feliz com os comentários recebidos! A opinião de vcs é super importante para mim... Aí vai mais um capítulo... Bjs!



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Elisa cheirou as flores mais uma vez e leu novamente o bilhete, sentindo seu coração acelerar de acordo que lia o que estava escrito:

Meu anjo...Não me despedi de você ,pois tive que me encontrar com Alfonso sem perder nenhum minuto para tratar de assuntos de extrema importância, com os quais eu não quero que você se preocupe. Elisa, tenho um convite para lhe fazer: Aceita passar o final de semana comigo na minha casa de praia em Jersey? Lembre-se, não é uma intimação, Elisa, é um simples convite que você não é obrigada a aceitar a menos que queira tanto quanto eu. Para ter certeza de que não tive influência em sua decisão, não irei te ligar, deixarei que você me ligue quando receber esse bilhete; aguardarei ansiosamente sua resposta.
Seu esposo, Antonio de Castelamontes.”

Passar um final de semana inteiro apenas com Antonio? Como recusar ao que ela tanto desejava também? _se perguntava Elisa ao discar o número de Antonio antes que perdesse a coragem:
—Elisa! _atendeu ele como se tivesse esperado aquela ligação durante toda sua vida.
—Oi, Antonio! _respondeu ela já se arrependendo de ter ligado. O que dizer em seguida?
—Que bom ouvir sua voz, meu anjo. _disse ele fazendo o coração de Elisa disparar novamente. _Jácomo lhe entregou o que eu lhe pedi?
—Sim; os chocolates são deliciosos e as flores têm um perfume extraordinário.
—E o que me diz do meu convite? _perguntou ele sorrindo e diante do momentâneo silencio de Elisa ele completou: _Elisa, caso não queira, não se preocupe...
—Sim! _respondeu ela antes que perdesse a coragem e voltasse atrás. _Eu quero ir para Jersey com você Antonio.
—Você tem certeza, Elisa? _perguntou ele tentando não pensar no quanto desejara ouvir aquela resposta e no quanto desejava e que-ria a mulher que naquele momento era sua esposa. _Quero lembrar que você ficará sozinha comigo durante dois dias e duas noites Elisa. Já pensou nisso?
—Claro que eu sei disso, Antonio... Eu quero mesmo passar o final de semana com você em Jersey longe dos problemas de Monsália.
—Não sabe o quanto eu desejo o mesmo, meu anjo. Eu te prometo que serão dias inesquecíveis, Elisa.
—A que horas iremos? _perguntou Elisa não querendo pensar muito nos momentos inesquecíveis aos quais Antonio deveria estar referindo.
—Acredito que amanhã a tarde. Devo chegar em Monsália amanhã logo depois do almoço, Alfonso irá comigo, porém antes de irmos ele quer que eu me encontre com alguns peritos que têm provas de que o acidente de Enrico foi proposital e criminoso. Enquanto eu e ele resolveremos algumas coisas em Londres você poderá passar o tempo com o seu pai como você me disse e logo depois iremos para Jersey.
—Só há um problema, Antonio, meu pai deseja que eu almoce com ele e não dará tempo e isso o magoará muito. _argumentou Elisa.
—Eu sei, Elisa, mas acredito que ele entenderá. Se Estevan não estivesse comigo, eu pediria para que ele te levasse logo de manhã a Londres, porém não tem ninguém para acompanhá-la.
—Talvez eu possa ir com Pablo. _disse ela.
—Com quem? _trovejou Antonio.
—Pablo. Jácomo disse que ele irá para Londres amanhã de manhã. _ disse ela já se arrependendo do que sugerira pela aparente irritação de Antonio. _Você se incomodaria?
—Se eu me incomodaria? _ironizou ele tentando disfarçar a irritação pelo comentário de Elisa. _Elisa, eu nem irei te responder por que eu acredito que Pablo tenha amor suficiente a vida dele para não concordar com essa sua ideia.
—Mas, Antonio, eu prometi ao meu pai... _insistiu ela,
—Tudo bem, Elisa, voltarei hoje mesmo para Monsália então e viajaremos amanhã logo cedo.
—Não Antonio... Pode resolver o assunto que levou você até aí, não se preocupe, o assassino de seu irmão não pode continuar impune cometendo crimes. Ligarei para a Clínica e explicarei ao meu pai que passarei a tarde com ele.
—Você ficará bem mesmo por não viajarmos pela manhã? _perguntou ele.
—Claro... Até amanhã Antonio!
—Até, meu anjo! _disse ele ao encerrar a ligação.
Depois de tomar um longo banho, Elisa resolveu pedir o jantar ali nos aposentos de Antonio mesmo, enquanto pensava se agira bem em aceitar o convite de Antonio. E se saísse ferida daquilo tudo?_ se perguntava ela. Porém ao menos não se arrependeria pelo resto de sua vida por não ter aproveitado ao máximo o tempo que a vida lhe reservara ao lado do único homem a quem amara em sua vida.

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Passavam das quatro horas da manhã quando Estevan aterrissou o helicóptero no pequeno aeroporto de Kalebi. Depois da ligação de Elisa, Antonio decidiu que resolveria tudo o que tivesse que resolver com Alfonso naquele dia mesmo para chegarem a Monsália antes do amanhecer.
—Não sei por que não esperou amanhecer o dia para viajarmos, Antonio. _resmungou Alfonso enquanto Estevan dirigia para o palácio.
—Eu já disse Afonso, Elisa precisa estar em Londres de manhã para almoçar com o pai dela. _disse Antonio rindo do stress do amigo.
—É por isso que eu nunca vou me apaixonar! _gracejou Alfonso rindo. _Onde já se viu? Viajar durante a madrugada para satisfazer os caprichos de uma mulher!
Antonio apenas sorriu ignorando seu querido amigo.
Quando chegaram ao palácio, Jácomo já os esperava na grande sala, pois Antonio havia lhe comunicado que chegaria àquela hora em Monsália e viajariam para Londres dali a duas horas.
Então Antonio resumiu ao ministro tudo o que Alfonso e alguns peritos lhe contaram sobre a tragédia que matara Enrico.
—Depois de procurar bastante, Jácomo, Alfonso descobriu o endereço de uma tal Anita Menezes que reside em Londres. Talvez seja a mesma mulher que estamos procurando.
—Tomara que seja! Esclareceria muitas coisas.
—Com certeza! Jácomo diga para Patrício providenciar para que o café da manhã seja servido, pois viajaremos daqui a no máximo duas horas. E quanto a você fique a vontade Alfonso, irei apenas acordar Elisa.
—Não se preocupe amigo, pois ficarei bem a vontade mesmo. Porque se depender da ansiedade que você está de ver sua esposa, duvido que você saia de seus aposentos tão cedo, Antonio. _gracejou ele para a irritação de Antonio, fazendo Jácomo rir também discretamente.

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Quando Antonio abriu a porta do quarto de seus aposentos ele se deu conta de que deveria ter levado a sério as palavras de Alfonso e ter apenas ligado para Elisa ou ter pedido que Patrício fosse acordá-la, teria feito isso se soubesse a cena que encontraria diante dele: Elisa estava deitada de bruços sobre sua cama, vestindo apenas uma camisola branca e transparente que deixava a mostra as pele sedosa sob a fina lingerie que ela usava.
Ao ouvir passos no quarto, Elisa sentou-se assustada; porém acalmou-se ao ver que era Antonio parado ao lado da cama observando-a.
—Antonio? _perguntou ela surpresa. _Você me assustou.
—Me desculpe; não era essa a minha intenção. _respondeu ele não conseguindo desviar os olhos do corpo perfeito de Elisa pouco coberto pela fina camisola.
—Que horas você chegou? _perguntou ela sentindo-se corar dos pés a cabeça com a intensidade com que Antonio a olhava. _Pensei que você só viria depois do almoço.
—O plano era esse. _gracejou ele se sentando na beirada da cama. _Porém eu não quis correr o risco de você negligenciar minhas ordens ir para Londres com o Pablo.
—Eu não sabia que o poderoso soberano de Monsália também sofria com os males do ciúme. _provocou ela brincando sem acreditar que ele poderia ter ciúmes dela algum dia.
—Não é apenas ciúmes, meu anjo. _disse ele pegando uma mecha dos cabelos de Elisa entre seus dedos enquanto aproximava seu rosto do dela.
—O que é então? _perguntou ela sentindo o autocontrole indo embora diante da proximidade de Antonio.
—É apenas zelo com aquilo que é meu! _e dizendo isso Antonio se esqueceu de todos os problemas, beijando-a com paixão para aplacar aquele desejo avassalador.
Elisa correspondeu ao beijo de Antonio com igual paixão, tomada pelo mesmo desejo, a mesma necessidade de pertencerem um ao outro. Antonio pensou consigo mesmo que não planejara aquilo; a única intenção que tinha ao entrar no quarto era ver Elisa e aplacar a saudade que estava sentindo por ter ficado por mais de vinte e quatro horas longe dela, porém encontra-la tão sedutora em sua cama fizera-o perder completamente o controle da situação. Então Antonio deitou-se sobre ela na grande cama sem parar de beijá-la, fazendo-a sentir todo o seu desejo, enquanto acariciava suas pernas, coxas, sua cintura... Elisa tentava acaricia-lo também, porém as sensações que descobria com cada carícia de Antonio deixavam-na quase incapaz de qualquer reação.
Quando a mão de Antonio encontrou a parte sensível de Elisa entre suas coxas, ela pensou que desmaiaria, nunca imaginara sentir sensações como aquelas.
—Antonio... _gemeu ela quando Antonio acariciou-a intimamente. _Pare...
— Por quê? Eu não vou te machucar, meu anjo, nunca... Você foi feita especialmente para mim Elisa, você me deixa simplesmente louco. Faça amor comigo, Elisa; deixe-me fazê-la minha por completo. Eu te quero tanto.
—Eu também te quero muito... _respondeu Elisa sentindo um misto de desejo e medo quando Antonio afastou o fino tecido de sua lingerie, tocando diretamente no ponto mais sensível de sua intimidade. _ Mas Antonio... Por favor, eu não estou pronta.
Nesse momento Antonio levantou-se da cama, como se ti-vesse despertado de um sono.
—Desculpe-me Elisa, essa não era a minha intenção. _desculpou-se ele passando a mão pelos cabelos. _Ou melhor, era, mas eu deveria ter me controlado.
—Não precisa se desculpar Antonio. _disse Elisa se levantando também e se colocando diante dele. _Eu gostei.
—Não diga isso apenas para me agradar, por favor, Elisa; isso me fará sentir pior ainda pelo meu comportamento. _respondeu Antonio se afastando de Elisa e se dirigindo até a janela para resistir ao desejo de toma-la nos braços novamente. _Eu acho que de-veríamos adiar a viagem para Jersey.
—Por quê?
—Como por quê? Eu não confio em mim sozinho com você Elisa. Você não viu o que quase aconteceu agora a pouco?
—Você não fez nada que eu não quisesse Antonio... E quando eu pedi para que você parasse é porque eu fui pega de surpresa. Você foi o primeiro homem que me tocou tão intimamente; eu nem sonhava que existiam sensações tão intensas. _respondeu ela corando ao se lembrar do toque de Antonio. _E então, vamos ou não para Jersey?
—Elisa, Elisa... Sinceramente, eu não acho uma boa ideia _disse Antonio desejando ser forte o bastante para simplesmente deixar que Elisa voltasse para Londres e seguisse sua vida normalmente, porém a imagem de Elisa sendo abraçada e tocada por mãos que não fossem as suas eram demais para ele. _Pense bem, pois se formos para Jersey, eu não lhe garanto que conseguirei passar uma noite, sozinho com você sem fazê-la minha por completo, Elisa. E então? _insistiu ele diante do silêncio de Elisa
—Eu quero ir com você, Antonio. _respondeu ela sorrindo, decidida, se colocando diante dele novamente. _Além do mais, você me deve uma lua de mel. Se esqueceu?
Nesse momento, Antonio relaxou e começou a rir não acreditando no que ouvia... Aquela era a sua Elisa que o surpreendia a cada dia.
—Como eu poderia me esquecer minha esposa, se eu sonho todos os dias com esse momento?. _perguntou ele sorrindo enquanto a beijava novamente. _Eu te quero tanto, meu anjo, que ás vezes tenho até medo da intensidade com que te desejo, porem eu prometo que nunca farei nada que você não queira.
—Eu confio em você... _respondeu Elisa sentindo seu coração aos saltos e mudando de assunto em seguida para disfarçar a emoção: _ E seu amigo duque, veio?
— Sim... Você vai conhecê-lo daqui a pouco. Não se preocupe, ele é um pouco, como eu posso dizer, inconveniente ás vezes. _brincou Antonio.
—Esse é o mal de todos os seus amigos? _gracejou ela rindo se referindo a Pieter.
—Eles são mesmo insuportáveis! _devolveu Antonio rindo tomando-a em seus braços novamente. _Você vai gostar muito dele, tenho certeza. Agora irei descer e deixa-la a vontade antes que eu decida cancelar essa viagem e siga o conselho de Alfonso de não sair de nossos aposentos tão cedo; além do mais preciso providenciar algumas coisas para a viagem.
—Teve notícias de seu pai _perguntou Elisa.
—Sim falei com o médico ontem, ele garantiu que ele está passando muito bem.
—Que bom! _respondeu Elisa.
—Quando voltarmos irei apresentá-los. Tudo bem? Agora preciso ir organizar algumas coisas.
—Tudo bem. Não vou demorar. Estou louca para ver meu pai também; obrigada mais uma vez Antonio!
—Minha satisfação é fazer-lhe feliz, meu anjo.
E beijando-a mais uma vez, Antonio saiu do quarto se dirigindo a copa.
Depois que ele saiu do quarto, Elisa ainda ficou por alguns minutos sentada na grande cama se lembrando dos momentos que vivera nos braços de Antonio minutos atrás e pensando no que poderia acontecer nos dois dias que passariam em Jersey. Será que agira certo ao concordar com aquela viagem? _se perguntava Elisa se lembrando do medo do desconhecido que a invadira quando Antonio a tocara tão intimamente e de como ele parecia conseguir deixa-la sem ação quando estava nos braços dele. Elisa pensou consigo mesma que enquanto Antonio praticamente conhecia cada parte do seu corpo, ela praticamente não conhecia nada dele. E se eu me comportar como uma idiota? _ se perguntava Elisa ao se lembrar do que Felícia lhe dissera um dia antes de se casarem: “...Mas amiga eu me preocupo porque o príncipe Antonio é um homem experiente, que já viveu tantas aventuras e você Elisa é uma moça linda, responsável, porém ingênua...” De que Antonio era um homem experiente, Elisa não tinha dúvidas, talvez o melhor fosse cancelar a viagem, como ele sugerira, mesmo que que isso significasse, se negar a chance de tentar ser feliz ao lado de seu grande amor. Não! _decidiu Elisa se levantando e se dirigindo ao banheiro para tomar banho: Precisava esclarecer tudo com Antonio; e que momento seria melhor do que aqueles dois dias longe de Kate, de Monsália e de tudo que deixava nítido o quanto era impossível a felicidade entre eles?
Quando Elisa chegou a copa, todos já estavam tomando café, Antonio conversava animadamente com um belo e elegante homem sentado ao lado dele à mesa, ela concluiu que aquele só poderia ser o outro grande amigo de Antonio, além de Pieter: o duque Alfonso de Aguirre. Elisa estacou por um momento sem saber como se comportar em seguida; quando a Antonio a viu, se levantou para recebê-la e a conduziu para apresenta-la a Aguirre que também se colocara de pé quando ela chegara.
—Elisa, este é meu querido amigo Alfonso de Aguirre! E esta é minha linda esposa Elisa de Castelamontes, Alfonso.
—Ah, então você é a tão famosa Elisa? _perguntou Alfonso beijando-lhe a mão
—Famosa? _perguntou Elisa sorrindo, olhando para Antonio.
—Sim. Digo isso porque Antonio não parou de falar seu nome desde que pisou em minha casa.
—Alfonso é um completo exagerado Elisa _gracejou Antonio.
—Você sabe que estou falando sério, Antonio. Mas eu não o culpo, porque poucos têm a sorte de se casarem com uma mulher tão bela.
—Muito ousado de sua parte elogiar minha esposa, Alfonso. _brincou Antonio.
—Ora, Antonio não sou imune à tão grande beleza. _respondeu ele fingindo-se de ofendido. _ Mas, se não te agrada não irei elogiá-la novamente. Mas, Elisa, só por curiosidade: você não teria uma irmã gêmea para me apresentar? _terminou ele fazendo Elisa rir, enquanto Antonio balançava a cabeça.
Sinceramente, Inconveniente deveria ser o sobrenome do tão querido amigo de Antonio. _pensou Elisa sorrindo, enquanto se sentava na cadeira que Antonio indicara para ela ao seu lado. Passado o momento da apresentação, Elisa sentiu-se mais a vontade ao perceber que o duque apesar da posição e da riqueza não era uma pessoa esnobe e arrogante como a maioria dos nobres de Monsália. Além de Antonio e Alfonso, também Jácomo se encontrava a mesa, porém para Elisa o simples fato de Antonio estar ali e a lembrança do que viveram minutos atrás ofuscavam todos os outros que estavam a mesa.                              Depois que ela se sentou, Jácomo deu continuidade ao assunto em que estavam quando ela chegou.
—E então, meu príncipe, o que você dizia que está pensando em fazer? _perguntou o ministro.
—É o seguinte, Jácomo: estive visitando alguns vilarejos mais pobres de Monsália e vi que há famílias que estão vivendo em grandes dificuldades; ofereci trabalho a muitos pais de família nas plantações que iremos iniciar no próximo mês, porém isto não re-solve o problema deles no momento. Então pensei em organizar um evento na praça central de Monsália na próxima segunda- feira com distribuição de cestas básicas a todas as famílias mais carentes até que comecem as plantações. O que acha?
—É uma ótima ideia, meu príncipe _concordou o ministro. _Porém isso não afetaria ainda mais os fundos de Monsália?
—Não, Jácomo. Pois este dinheiro não sairá dos cofres do reino; eu, Pieter e Alfonso concordamos de fazermos essas doações de nosso próprio capital.
—Tudo para uma boa causa, caro Jácomo. _concordou Alfonso sorrindo.
—Sendo assim, também ficarei honrado em contribuir. _disse Jácomo. _Mesmo achando que você já está dando muito de si in-vestindo nesse projeto de fertilização, Antonio.
—Eu sei Jácomo; porém não estou fazendo mais que minha obrigação. Sim, eu quero que Monsália volte a ser um reino prós-pero; mas do que me adiantará isso se isso for conseguido às custas da miséria do povo que eu tanto amo e que minha mãe tanto amou um dia? _perguntou Antonio preferindo mudar de assunto ao começar se emocionar, fato que acontecia todas as vezes que pensava em sua mãe e em seu querido povo. _Falando nisso, onde está Renan que não o vejo desde ontem? Ele é o secretário do Conselho e eu preciso que ele organize esse evento na praça para no mais tardar até terça feira.
—Fui procura-lo na casa de sua tia Nancy ontem, Antonio e Kate me disse que ele precisou viajar às pressas. _disse Jácomo.
—Renan viajou sem a minha permissão e sem ao menos comunicar-me, Jácomo?
—É o que parece, meu príncipe. _disse Jácomo deixando claro que o fato lhe parecia muito estranho. _Segundo Kate, a mãe dele ou irmã está à beira da morte.
—Tudo bem! Conversarei com ele quando ele voltar.
—Se ele voltar... _comentou Jácomo.
—Por que diz isso, Jácomo? _estranhou Antonio.
—Não se preocupe, meu príncipe, por nada. E não se preocupe, eu mesmo organizarei o evento na praça para terça feira se assim deseja.
—Tudo bem, Jácomo, ficarei mais tranquilo sabendo que você estará tomando conta de tudo em minha ausência. _disse Antonio se colocando de pé para organizar os últimos detalhes da viagem.
—Sabe que o meu desejo era acompanha-lo, meu príncipe, mas eu já instruí Estevan e toda a guarda sobre a segurança de vocês.
—Não se preocupe, Jácomo, ficaremos bem. Apenas cuide de meu pai e de Monsália.
—Com minha própria vida se preciso... Por favor, filho se cuide. _disse o ministro emocionado, esquecendo o protocolo e abraçando seu tão querido príncipe.
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Pela janela do helicóptero Elisa olhava deslumbrada a exótica paisagem que se desenrolava abaixo deles através da extensa mata sobre a qual sobrevoavam. Antonio ao seu lado conversava com Alfonso sobre um assunto que Elisa não sabia perfeitamente do que se tratava, porém pela seriedade com que falavam tudo indicava que era algo de extrema importância. Por um momento, Elisa desligou-se do que eles falavam e começou a se preocupar novamente com o que aconteceria quando chegassem em Jersey. E se Kate tivesse razão sobre o que dissera sobre ele? E se saísse ferida e magoada daquilo tudo, como a humilde inglesa mãe de Enrico que ousara um dia se apaixonar e se entregar ao amor do insensível rei de Monsália? Talvez ainda pudesse mudar de ideia... _pensou ela.
—Dou-lhe a metade de todo reino de Monsália pelos seus pensamentos! _brincou Antonio tirando-a de seus pensamentos.
—Acredite, não valem tanto! _respondeu ela sorrindo.
—Para mim valem. Em que pensava?
—Eu já disse, não era nada demais..._disse ela mudando de assunto: _Eu queria dizer que estou muito orgulhosa de você.
—De mim? Por quê? _perguntou ele sorrindo.
—Pelo que está fazendo pelo povo carente de Monsália. _respondeu Elisa.
—Ah, por isso? _perguntou Antonio dando um sorriso que não demostrava nenhuma alegria. _ Não estou fazendo mais que minha obrigação, Elisa e acredite, eu me envergonho por estar fazendo tão pouco. Todo aquele povo, confiou em Enrico, pagaram devidamente seus impostos e meu irmão envergonhou todo o reino traindo o povo dessa forma, e sinceramente eu não consigo entender como ele pôde fazer isso.
—Mas, você não pode se culpar pelos erros do seu irmão, Antonio.
—Eu sei, meu anjo. Mas o fato de não me culpar não me livra da obrigação de me responsabilizar. Se foi um erro de um dos membros da família real de Monsália é justo que seja um dos membros da família real a se responsabilizar por isso. Mas agora que tal esquecermos os problemas de Monsália? Acredito que foi para isso que fizemos essa viagem; estou enganado? _perguntou Antonio ignorando a presença de Alfonso e beijando-a fazendo esquecer todas as preocupações. _ Você não imagina o quanto você é especial para mim, Elisa e o quanto você me fez feliz ao aceitar fazer essa viagem comigo.
—Eu também estou muito feliz pela viagem e também pelo fato de poder ver meu pai e Felícia. _disse Elisa tentando disfarçar a emoção ao ouvir Antonio dizer que ela era especial para ele.
—Gosta muito dela, não é? _perguntou Antonio. Nunca se interessara pelo passado e nem pelo que as mulheres com que saía pensavam ou se interessavam, mas com Elisa era diferente, cada pensamento dela, cada particularidade de sua vida parecia interessar a ele.
—Muito. Felícia é uma irmã para mim.
—Elisa, e sua mãe? Você nunca me falou sobre ela.
—Talvez porque não houvesse nada para ser falado. _respondeu ela desviando o olhar para a janela do helicóptero.
—O que foi Elisa? _perguntou Antonio estranhando a mudança de comportamento de Elisa com a pergunta. _Perguntei algo que não deveria?
—Esqueça, Antonio! _respondeu ela olhando para ele sorrindo como se lutasse para afastar um pensamento que a incomodava. _Apenas não quero falar de nada que não se relacione a nós dois. Acredito que foi para isso que fizemos essa viagem. Estou enganada? _ terminou ela rindo repetindo a mesma coisa que ele lhe dissera minutos atrás.
—Não. Você está correta, meu anjo. _respondeu Antonio rindo também tomando uma mecha dos cabelos de Elisa entre seus dedos, porém pensando por que a menção à mãe de Elisa a afetara tanto. _Mas, conte-me quais são seus planos para hoje.
—Liguei para Felícia e disse que a pegaríamos na casa dela. Ela irá passar o dia comigo e meu pai na Clínica.
—Que bom. Acredito que seu pai ficará muito feliz de rever você.
—Eu também estou louca para revê-lo, não sabe o quanto.
—Imagino... _disse Antonio passando passando o braço pelos ombros de Elisa e apoiando-a em seu peito, enquanto pensava na conturbada relação que sempre tivera com seu pai.

######

Já passava um pouco das oito horas da manhã quando o pequeno helicóptero pousou no grande aeroporto de Londres. Um dos motoristas responsável pela mansão em Londres já os aguardava no aeroporto.
—Nem parece que se passou apenas uma semana que saí daqui. _comentou Elisa.
—E espero que já não esteja pensando em voltar. _disse Antonio.
—Gosto de Monsália. _respondeu ela sorrindo.
—Fico feliz em ouvir isso. Elisa, eu preciso resolver alguns as-suntos importantes com Alfonso; por isso Estevan levará você até a casa de Felícia e de lá ele as deixará na Clínica com o seu pai.
—Tudo bem. _respondeu Elisa a contragosto. _Não pensei que você vinha a negócios também.
—Eu sei que prometi um final de semana inesquecível para você Elisa e eu vou cumprir, mas antes tenho apenas que resolver essa questão que é crucial para esclarecer tudo de estranho que tem acontecido desde a morte de Enrico.
—Você não está pensando em procurar o suposto assassino de seu irmão sozinho, não é Antonio?
—Não irei sozinho Elisa e além do mais não estou procurando nenhum assassino, caso exista um será trabalho da polícia captura-lo e prendê-lo.
—Mas, Antonio...
—Não se preocupe, Elisa. _disse ele abrindo a porta do carro para que ela entrasse. _Confie em mim. Antes do meio dia estarei na Clínica, prometo.
—Tudo bem! Se cuida, por favor. _pediu ela preocupada.
—É claro que vou me cuidar. _murmurou ele beijando-a rapidamente nos lábios. _ Você acha que eu colocaria minha vida em risco sabendo que tenho uma lua-de-mel para comparecer?
—Você é louco._ murmurou Elisa corando, não querendo pensar muito no que poderia acontecer ao ficarem sozinhos na casa de praia em Jersey.
—Por você eu acredito que eu seja mesmo. Agora, é melhor eu deixar você ir, porque depois eu não quero que você reclame que eu não lhe dei tempo para ficar com o seu pai.
—Tudo bem._ gracejou ela sorrindo. _Como se eu não soubesse que você está louco para se livrar de mim também.
—Eu não quero me livrar de você. O que eu quero realmente é que o seu compromisso com o seu pai termine logo para que eu possa ter você apenas para mim. _Murmurou ele em seu ouvido. _Não sabe o quanto estou ansioso para isso, meu anjo.
—Então acho que já vou indo. _disse Elisa entrando no carro para tentar se livrar do magnetismo que Antonio parecia exercer sobre ele.
—Elisa... _chamou-a Antonio antes de fechar a porta do carro. _Lembre-se, não é uma obrigação, caso não queira ir...
—Eu já decidi Antonio... Além do mais também estou ansiosa para conhecer sua famosa casa de praia em Jersey.
—E tenho certeza que você não vai se decepcionar. _disse Antonio sorrindo fazendo o coração de Elisa acelerar com a expec-tativa.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, por favor... kkk... EU prometo que o gran momento não vai demorar. Aguardem só mais um pouquinho... Tchau, bjs... Até o próximo capitulo!



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