UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 17
Capitulo 17


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a todos os que estão acompanhando a historia!!! Bjs... Comentem!!!



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Elisa acordou com o barulho da porta do quarto de Antonio que se abria; tinha a sensação que dormira por dias... Que horas seriam?
—Bom dia, minha senhora! Perdão se a acordei. _disse Samara entrando no quarto.
—Bom dia Samara, não se preocupe! Que horas são?
—Quase onze horas da manhã, senhora.
—Eu dormi tanto assim? _perguntou Elisa confusa se levantando da cama.
—É normal depois de tudo que a senhora passou. Fiquei tão angustiada, minha senhora! Que bom que não lhe aconteceu nada demais.
—Foi horrível mesmo Samara; mas felizmente tudo não passou de um grande susto. Preciso ir até o meu quarto.
—Fazer o quê lá, senhora?
—Tomar um banho, me trocar.
—Perdão, senhora, mas estes são seus aposentos a partir de agora.
—Como assim? _perguntou Elisa sem compreender nada. _Este é o quarto de Antonio, Samara.
—Exatamente, porém o príncipe ordenou que todos os pertences da senhora fossem trazidos para cá. A senhora ficará aqui de agora em diante._ disse a moça não contendo um sorriso.
Elisa corou ao pensar no que deveria estar passando pela cabeça da menina. Será que todo o palácio estava comentando o fato de ela ter passado a noite no quarto do soberano de Monsália e que passaria todas as noites com ele a partir daquele dia? Precisava conversar seriamente com Antonio sobre aquilo...
—Samara, isto não é necessário; além do mais Antonio poderá se desentender com todo o Conselho se insistir que eu fique nos aposentos dele. _argumentou Elisa se lembrando das cláusulas do contrato que fora redigido pelo Conselho que dizia que o casamento deles deveria ser puramente aparente. _Eu prefiro voltar para meus aposentos, aquele louco não voltará novamente, com certeza.
—Porém as ordens de nosso príncipe não podem ser contestadas, minha senhora.
—Então irei falar com ele. Você sabe onde ele está?
—Lamento senhora, mas nosso príncipe não se encontra no palácio.
—Como assim?
—Ele viajou hoje de manhãzinha para a casa de seu amigo, o duque Alfonso de Aguirre.
Antonio viajara sem ao menos se despedir dela? _se perguntava Elisa sentindo- se magoada. Então fora por isso que ele lhe cedera os seus aposentos? O que acontecera entre eles não significava nada para ele? Seria essa a forma que ele encontrara para dizer que não nutria nenhum sentimento a mais por ela, sem magoá-la?
—Está tudo bem senhora? _perguntou a moça percebendo a mudança em Elisa.
—Claro, querida, estou bem; deve ser a noite mal dormida. Vou tomar um banho.
Dizendo isso, Elisa se dirigiu ao amplo banheiro dos aposentos de Antonio antes que chorasse ali diante de Samara. Ao abrir a ducha deixou algumas lágrimas rolarem pelo seu rosto... O melhor a fazer seria comunicar a Antonio que voltaria para Londres. _pensou ela. Pois se Antonio nutrisse algum sentimento por ela, com certeza, ele não viajaria sem ao menos despedir-se dela.
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Ao avistar da janela do helicóptero a vasta propriedade do seu querido amigo de infância Alfonso de Aguirre, Antonio se perguntou se agira certo em viajar sem ao menos despedir-se de Elisa; porém pensando bem fora o melhor a fazer, quanto menos pensasse em Elisa e no espaço que ela estava ocupando em sua vida, mais rápido resolveria todos aqueles problemas e poderia tirar um tempo apenas para os dois longe dos muros e dos problemas de Monsália. Antonio esperava que Jácomo não esquecesse de entregar a ela a cesta de flores e chocolates que ele mandara providenciar, juntamente com o bilhete a convidando para passar o final de semana com ele em Jersey. Um final de semana com sua Elisa longe de todos os problemas do reino, era tudo o que estava precisando... _pensou ele consigo mesmo sorrindo.
—Chegamos, meu senhor! _anunciou Estevan ao terminar a aterrissagem.
Quando Antonio desceu do helicóptero, Alfonso já o aguardava com um grande sorriso:
—Antonio! Que prazer revê-lo amigo! _disse ele eufórico.
—O prazer é todo meu Alfonso! Como está?
—Bem melhor agora depois que o soberano de todo o reino resolveu visitar minha humilde propriedade. _gracejou o duque rindo.
Alfonso de Aguirre era um belo homem de trinta anos de idade, olhos castanhos e cabelos claros, jovial e cheio de vida; ficara viúvo há dois anos e a morte da jovem esposa de saúde frágil resultou também na perda do primeiro filho de ambos, do qual ela estava grávida. Depois de passado os primeiros meses de sofrimento pela perda do filho e da esposa, Alfonso resolvera dedicar sua vida e sua fortuna a viagens pelo mundo e diversões, para esquecer o trauma que vivera.
—Mas, Antonio não me diga que você não trouxe sua bela esposa! _brincou ele.
—Ah, então foi por isso que você veio me esperar na porta do helicóptero, não é? _devolveu Antonio rindo.
—Mas, claro! Se eu soubesse que viria apenas você nem teria me dado o trabalho de vir te receber! Mas, venha aqui, Antonio me dê um abraço! Eu gostaria de apertar a mão da mulher que finalmente conseguiu te arrastar para o altar.
—Você não muda mesmo, não é duque de Aguirre? _perguntou Antonio alegre recebendo o abraço do amigo.
—E estou muito feliz assim, amigo. Mudanças trazem responsabilidades, e responsabilidades é algo que eu não estou precisando no momento. Mas, vamos entrar, pelo que me disse no telefonema sua visita não é meramente um passeio. _disse ele ficando sério.
—Infelizmente não Alfonso.
—Eu tencionava mesmo ir até Monsália este final de semana para te comunicar algumas descobertas que fiz sobre o carro que Enrico estava dirigindo quando sofreu o acidente.
— Que descobertas?
—Vamos entrar e te explicarei melhor.
—Claro.
O trajeto de carro da pista de aterrissagem até a sede da fazenda de Alfonso durou menos que dez minutos; a imponente mansão que não sofrera mudanças desde a época em que seus pais eram vivos ainda mostrava sinais de uma época melhor.
—Não repare a aparente desordem Antonio; há tempos tenciono fazer uma reforma na casa, mas quase nunca recebo visitas e o pouco tempo que passo aqui não me faz falta o luxo.
—Não se preocupe Alfonso, você sabe que não há essas formalidades entre nós.
—Claro que sei Antonio. Mas, vamos entrar. Eu havia me esquecido de dizer, Andreza se divorciou do marido novamente e está passando alguns dias comigo.
—Andreza está aqui? Ficarei feliz em revê-la.
Andreza era única irmã de Alfonso e também a melhor amiga de Rúbia e grande amiga de Antonio. Ela fora apaixonada por Enrico durante muitos anos, ficando decepcionada quando ele resolvera se casar com Kate.
A sala da mansão era ampla e decorada com bom gosto, porém notava-se que o dono da propriedade não tinha grande interesse em manter nada daquilo em ordem.
—Venha, Antonio! Vamos até o meu escritório, vou explicar-lhe o que descobri.
O único lugar realmente organizado ali e que se notava organização e ordem era o escritório de Alfonso: livros de anotações colocados em ordem alfabética ou cronológica, enciclopédias, livros empilhados em estantes e um moderno computador. Após selecionar alguns arquivos no computador, ele chamou a atenção de Antonio.
—Olhe Antonio, estas são as fotos que foram tiradas no dia do acidente de Enrico. Como você sabe, segundo a perícia, Enrico não fez a curva e o carro passou diretamente para o penhasco, caindo diretamente no mar; segundo eles também isso aconteceu por que os cabos do freio arrebentaram; não é?
—Isso mesmo, Alfonso! Porém isso seria impossível, porque este carro foi um presente de casamento que eu dei ao Enrico quinze dias antes do acidente; eu mesmo fiz a revisão desse carro, Alfonso, ele era o melhor modelo que nós tínhamos na época. Esse fato me deixou muito mal na época da morte de meu irmão, pois o meu pai chegou a dizer que o carro tinha vindo com defeito de fábrica, ou em outras palavras: ele estava me acusando de ter dado um carro com defeito ao Enrico de propósito.
—Não acredito que seu pai pensou isso realmente Antonio, mas para tirar qualquer dúvida, você permitiu que eu tentasse descobrir alguma coisa, e eu descobri!
—O que você descobriu Alfonso?
—Depois de examinar o carro com alguns especialistas, de examinar as fotos, encontrar impressões e todo um minucioso processo, descobrimos que o cabo do freio não arrebentou, Antonio, como a perícia sugeriu.
—Como não? Então Enrico jogou o carro no mar de propósito?
—Não, Antonio... Os fios não arrebentaram sozinhos, porque eles foram cortados minutos antes do acidente.
Antonio sentou-se em uma poltrona abalado, sem saber o que dizer... Pensara que iria resolver um grande problema e descobriu que os problemas pareciam estar só começando.
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Já passava das duas horas da tarde, Elisa estava tentando ler um livro, porém sua atenção não saía do telefone que estava ao seu lado sobre a poltrona. Era melhor aceitar os fatos: Antonio não iria ligar para ela.
Elisa estava pensando essas coisas quando ouviu uma batida na porta, talvez fosse o ministro com algum recado de Antonio. Abriu a porta sorrindo, porém seu sorriso morreu ao deparar-se com Kate com um sorriso superior estampado no rosto perfeito.
—Boa tarde Elisa! _cumprimentou ela com o mesmo sorriso.
—Boa tarde, Kate. O que deseja? _perguntou Elisa desejando se livrar da indesejável visita o mais rápido possível.
—Que maus modos, Elisa! Não me convida para entrar? _perguntou ela passando por Elisa. _Além do mais, eu nunca precisei de motivos para entrar no quarto de Antonio. _ terminou ela irritando ainda mais Elisa com o comentário.
—Talvez você nunca tenha precisado mesmo, Kate. _respondeu Elisa sem se intimidar cruzando os braços diante dela. _Mas, agora, Antonio é um homem casado, caso se esqueceu.
—Casado? _perguntou Kate rindo. _Só por que você se jogou na cama dele, acha que isso já faz o casamento fajuto de vocês ser legítimo?
—Olha, Kate eu não vou permitir que você me ofenda! _disse Elisa.
—Quem é você para permitir ou não alguma coisa aqui em Monsália, Elisa? Mas, eu não quero perder muito do meu precioso tempo com você. Vim aqui apenas para dar-lhe um aviso: fique longe do Antonio, é a mim que ele ama.
—Ah, finalmente a máscara de viúva inconsolável caiu, não é Kate?_ ironizou Elisa._ Mas, acho melhor você dizer isso ao próprio Antonio, pois tenho certeza que ele não concorda com isso.
—Oh, eu tenho pena de você Elisa se pensa que pode conquistar Antonio. Ele pode estar deslumbrado com você, com o que você pode proporcionar a ele momentaneamente, mas é só isso. Ele já se envolveu com várias mulheres tentando me esquecer, em vão e com você não será diferente. O único lugar que mulheres como você têm na vida de um homem como Antonio é de um mero passatempo.
—Saia daqui Kate! _disse Elisa abrindo a porta do aposento. _Eu não preciso ficar ouvindo isso!
—Claro, querida, priminha. _ ironizou Kate._ Apenas por curiosidade, você sabia que Antonio viajou para a casa do duque Alfonso de Aguirre?
—Claro que sei!
—Mas, o que você não deve saber é que Andreza de Aguirre, a bela irmã do duque, que se divorciou recentemente também se encontra lá, e ela e Antonio já viveram muitas coisas juntos. _disse ela distorcendo a verdade.
—Kate, eu já disse, vá embora! _tornou a dizer Elisa sentindo-se arrasada depois do que Kate dissera. Seria por causa dessa mulher que Antonio viajara tão rapidamente?
—Pobre Elisa... _ironizou ela antes de sair do quarto. _Eu não queria decepcioná-la, mas assim é Antonio, querida. Tenha um bom dia, Elisa!
Depois que Kate saiu, Elisa trancou a porta dos aposentos de Antonio deitou-se na grande cama e deixou as lágrimas rolarem soltas pelo seu rosto... Como pudera ser tão boba a ponto de se apaixonar por Antonio, a ponto de quase se entregar por completo a ele? _ se perguntava ela, sentindo-se humilhada ao pensar que praticamente oferecera todo o seu amor a Antonio na noite anterior e ele sem nenhuma consideração simplesmente procurava outra mulher sem se preocupar com os sentimentos dela.
—Já decidi! Não ficarei mais um dia aqui em Monsália sendo mais um passatempo para Antonio.
Elisa pegou o celular e discou o número de Felícia, enxugando as lágrimas e tentando controlar a emoção para que a amiga não percebesse o seu estado:
—Alô, irmãzinha! Que bom que você me ligou! _atendeu Felícia feliz ao atender a chamada.
—Oi, Felícia! Como está? _perguntou Elisa tentando pare-cer o mais calma possível.
—O que está acontecendo Elisa? _perguntou Felícia preocupada.
—Não está acontecendo nada, Felícia...
—Não minta para mim, Elisa, eu te conheço melhor do que o seu próprio pai. Por isso não tente me dizer que está tudo bem. Me diga, o que o príncipe Antonio fez para te deixar assim?
—Ele não fez nada, Felícia, eu que fui uma idiota de vir para cá. Eu estarei voltando para Londres amanhã mesmo.
—Acalme Elisa e me explique direitinho o que aconteceu, eu já estou ficando preocupada.
—Tudo bem!
Então Elisa, começou a contar a Felícia tudo o que havia acontecido desde que ela chegara a Monsália: as provocações de Kate, os comentários de Pablo, a frieza com que a maioria dos membros do Conselho a tratavam, o medo que passara quando um desconhecido entrara em seu quarto e até onde fora o seu relacionamento com Antonio.
—É por isso que eu disse que não posso ficar nenhum dia sequer mais em Monsália Felícia... _continuou Elisa. _ Amo Antonio com todas minhas forças, mas não serei mais um passatempo nas mãos dele.
—Elisa, você não pode tomar uma decisão desta apenas baseada nas intrigas dessa megera chamada Kate. _repreendeu-a Felícia.
—E quem garante que são apenas intrigas Felícia?
—E quem garante que não são, Elisa? _devolveu Felícia.
—Mas, Felícia, Antonio viajou sem ao menos se despedir de mim...
—Talvez ele tenha tido seus motivos, Elisa
—Motivos... _ironizou Elisa magoada se lembrando das palavras de Kate. _Só se esse motivo chamar-se Andreza de Aguirre.
—Sabe o que está acontecendo Elisa? Você está tão cega de ciúmes e tão magoada com o que essa mulher disse que não percebeu que a única coisa que ela quer é te afastar do príncipe Antonio! _disse Felícia.
—Felícia, você está do meu lado ou do lado dele?
—Estou do lado da sua felicidade, Elisa. Pense comigo irmãzinha: O príncipe Antonio já deixou claro mais de mil vezes o quanto deseja que aconteça algo entre vocês e você mesmo me disse que ontem ele teve essa oportunidade e mesmo assim ele não te pressionou a nada Elisa; isso quer dizer que você é especial para ele. Outro no lugar dele, com certeza nem ao menos se preocuparia com o susto pelo qual você passou e pensaria apenas nos anseios masculinos porque a maioria dos homens é assim, porém ele mostrou que é diferente da maioria. Responda-me com sinceridade irmãzinha: Depois de tudo o que vocês viveram você acredita realmente que ele seria capaz de magoar você dessa forma?
Elisa iria respondendo, porém calou-se ao ponderar as palavras da amiga. Sinceramente, por mais que Kate tentasse convencê-la a isso ela não iria fugir de Monsália como uma menininha ingênua e amedrontada...
—E então Elisa? _insistiu Elisa. _Vai mesmo voltar para Londres ou vai esclarecer tudo com o príncipe Antonio?
—Você tem razão Felícia! É exatamente isso que eu vou fazer. _respondeu Elisa decidida; iria ligar para Antonio e esclarecer de uma vez por todas a situação entre eles. _Caso Antonio confirme o que Kate disse eu voltarei para Londres hoje mesmo. Tudo bem?
—Tudo bem irmãzinha. Apenas não tome nenhuma decisão precipitada. Te amo amiga!
—Também te amo, Felícia. _respondeu Elisa encerrando a ligação.
Estava discando o número do celular de Antonio quando ou-viu baterem na porta principal dos aposentos reais do príncipe.
‘Espero que não seja Kate novamente... ‘ _pensou Elisa indo abrir a porta, já preparada para mandar a moça embora naquele momento mesmo. Porém quando abriu a porta deparou-se com Jácomo não parecendo muito confortável com uma linda cesta com chocolates e um lindo buquê de rosas.
—Boa tarde, ministro! _cumprimentou Elisa surpresa e confusa.
—Boa tarde Elisa! Desculpe-me incomodá-la... Posso entrar? _perguntou ele com um meio sorriso.
—Claro, entre, por favor, senhor!
—Você já falou com Antonio hoje? _perguntou ele.
—Não... Ele não me ligou desde que viajou.
—Que bom! _disse o ministro rindo aliviado deixando Elisa mais confusa ainda. _Se ele tivesse ligado e você dissesse que eu ainda não havia lhe entregado o que ele pediu, com certeza ele ficaria uma fera comigo.
—Antonio mandou entregar essas flores para mim? _perguntou Elisa sentindo o coração acelerar involuntariamente, ainda sem compreender o que o ministro dizia.
Será que ele se decepcionara com a irmã de seu amigo e resolvera brincar com os sentimentos dela novamente? _ se perguntava Elisa não entendendo o comportamento de Antonio.
— A que horas o senhor falou com ele, ministro? Ele nem ao menos se despediu de mim... Por que agora pediu que o senhor me mandasse flores?
—Ora, Elisa, antes que Antonio viajasse ele já havia pedido para que eu lhe entregasse a cesta; o problema é que eu estive muito atarefado durante o dia e me esqueci, me lembrando apenas agora. Foi um descuido meu, não dele. Mas, alguma coisa está te preocupando? _perguntou Jácomo notando a mudança de Elisa e sua relutância em pegar a esta com as flores. _Antonio fez alguma coisa que te ofendeu antes de viajar?
—Claro que não! _respondeu Elisa prontamente. O ministro estaria pensando que toda sua mágoa é por que Antonio lhe faltara com o devido respeito? _Antonio sempre foi muito correto comigo, senhor Jácomo.
—Que bom. Pois seria difícil acreditar se você me dissesse o contrário, pois fui eu quem o eduquei da forma mais correta possível e sei que ele nunca seria capaz de fazer alguma coisa que a magoasse... Mas, então se não foi alguma atitude de Antonio, com certeza foi alguma coisa que Kate lhe disse.
—Kate? _perguntou Elisa querendo mudar de assunto.
—Sim, Elisa. Um dos guardas me disse que ela veio visita-la. O que ela te disse? Seja sincera comigo, por favor. Estão acontecendo coisas muito estranhas aqui em Monsália e eu quero descobrir a fundo o que realmente é e quem está por trás de tudo isso, mas para isso, Elisa, eu preciso saber de tudo que acontece envolvendo Antonio, o rei Alfredo e você também, já que atentaram contra sua vida também.
—O senhor acha que Kate... _começou Elisa.
—Eu não estou dizendo isso, Elisa. _a interrompeu Jácomo. _Como eu disse, apenas quero que você confie em mim e me conte exatamente o que Kate queria com você hoje de manhã; porque vejo que ela, com certeza disse algo que a perturbou, e eu poderia lhe esclarecer se são verdades ou não.
—Tudo bem! _respondeu Elisa, decidida a se abrir com o ministro, além do mais precisava desabafar com alguém. Então por que não abrir seu coração para o homem a quem Antonio confiaria sua própria vida? _Ministro é verdade que Antonio já foi muito apaixonado por Kate?
—Então foi isso que ela veio lhe dizer? _riu Jácomo, ficando sério novamente. _Essa menina é mais perigosa do que eu pensava... Pobre Nancy... _murmurou ele quase para si mesmo. _Olhe Elisa, Antonio poderá lhe contar toda essa história como realmente aconteceu; mas de uma coisa eu tenho certeza, se um dia ele sentiu alguma coisa por Kate foi sepultado há muitos anos. O único objetivo dela é infernizar a vida de todos pelo fato da trágica morte do pobre Enrico ter frustrado os seus planos de ser rainha de Monsália. Não acredite em nada do que Kate diz, Elisa. E Antonio apenas viajou sem despedir-se de você porque ele precisa descobrir quem está por trás de todos esses atentados e apenas o seu amigo, o duque Alfonso de Aguirre pode ajuda-lo, sem que Monsália seja envolvido em um grande escândalo envolvendo as autoridades.
—Mas isso não será perigoso para ele ministro? _perguntou Elisa preocupada, já nem se lembrando das intrigas de Kate. _Antonio não pode querer bater de frente com essas pessoas sem escrúpulos! O senhor precisa impedi-lo, ministro! E se acontecer alguma coisa com ele como aconteceu com o príncipe Enrico?
—Acalme-se Elisa. Nem eu e nem a guarda nunca permitiríamos que acontecesse alguma coisa a Antonio. E mesmo que eu pedisse que ele deixasse essas investigações como estão, meu príncipe nunca descansará enquanto a justiça não for feita. _disse Jácomo com um orgulho paternal. _Assim é Antonio, Elisa.
—Eu sei. _respondeu Elisa sorrindo, cheirando as delicadas rosas pela primeira vez.
Assim era Antonio... Não como Kate lhe dissera.
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Antonio estava sentando diante do computador de Alfonso analisando as fotografias que o duque lhe mostrara dos fios de freio cortados do carro de seu irmão Enrico quando sentiu alguém abraçando-o pelas costas:
—Antonio! Que bom te ver! _exclamou Andreza de Aguirre, irmã de Alfonso.
—Andreza? Que prazer revê-la também. _respondeu Antonio se colocando de pé para cumprimenta-la. _Continua tão linda como da última vez que nos vimos.
—E você galanteador como sempre, príncipe Antonio! _riu ela. _Mas estou muito magoada com você!
—Não me diga! _ brincou Antonio. _Qual o motivo?
—Aliás, estou magoada com você, com Pieter e principalmente com Rúbia: Eu me divorciei para voltarmos a viver a vida, as nossas aventuras de quando éramos jovens e vocês resolvem se casar!? _gracejou ela fingindo-se de magoada.
—Que acusação injusta, cara Andreza! _devolveu Antonio feliz por rever a amiga._ Rúbia ficará imensamente feliz ao saber que você voltou.
—Eu também estou louca para vê-la. Desculpe minha expressão Antonio, mas fiquei felicíssima quando soube que aquele velho conde sovina marido de Rúbia morreu. Sinceramente, minha amiga não merecia um estorvo daquele! _disse a linda irmã de Alfonso sentando-se em uma poltrona. _Mas conte-me de seu casamento! Fiquei surpresa e muito feliz quando soube que você se casou. Sinceramente eu temia que você se casasse com a megera da Kate.
—Quanto veneno, Andreza de Aguirre! _ironizou Antonio rindo.
—Desculpe-me Antonio, mas sabe que não a suporto! Por culpa dela Enrico e eu não nos casamos e eu tenho certeza que foi por culpa dela que ele se afundou em tantas dívidas.
—Alfonso lhe contou?
—Claro que não! Meu irmão não comenta essas coisas comigo. Foi o próprio Enrico que me disse um mês antes do acidente na última vez em que nos vimos.
—Não sabia que você e Enrico se viam com frequência. _comentou Antonio.
—Meu ex marido e Kate também não! _riu ela. _Mas o que você queria? Enrico nunca foi feliz com aquela mulher, Antonio.
—Você está me dizendo que Enrico saiu com você um mês antes da data do casamento dele com Kate, Andreza?
—Sim, Antonio... Lembrando-me bem do que ele me disse, sinceramente eu nem sei se teria mesmo esse casamento. _respondeu ela ficando absorta em seus pensamentos por quase dois minutos. _Mas, não falemos disso! Você sabe que falar da morte do homem que eu mais amei em minha vida me deixa deprimida... Mas, agora, fale-me de sua Elisa!
—Minha Elisa? _sorriu ele.
—Sim. Ou ela não é sua Elisa? _devolveu ela rindo. _Desde que eu entrei pela porta da sala e encontrei Alfonso ele não parou de falar dessa mulher que finalmente conseguiu prender o seu coração.
—Também não é assim, Andreza... _tentou argumentar Antonio.
—Ah, não? Então me responda com toda sinceridade: você vai mesmo anular o casamento de vocês depois que terminarem os benditos três meses? Você vai conseguir abrir mão de sua tão querida Elisa?
Antonio apenas sorriu para a amiga, sem saber o que responder, ou melhor, sem querer responder o que o seu coração já havia decidido desde que se separara de Elisa na noite anterior.
—E então? _insistiu ela sorrindo.
Antonio iria respondendo quando seu celular vibrou em seu bolso.
—Quem é? _perguntou Andreza sorrindo curiosa, quando Alfonso também entrou no escritório.
—Como você disse agora há pouco: 'minha Elisa'. _ respondeu Antonio sorrindo. _Se me dão um minuto...
Dizendo isso, Antonio saiu do escritório a fim de atender a ligação de Elisa, porém antes de se afastar pôde ouvir Andreza dizer ao irmão rindo:
—Você perdeu aposta e terá que pagar Alfonso! Eu e Rúbia acertamos: finalmente uma mulher conseguiu prender o leviano coração de Antonio.
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Notas finais do capítulo

Como saberei a opinião de vcs? Comentem..... bjs



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