UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Aí vamos nós... Mais um capitulo ...



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—Elisa, Elisa! Você está me ouvindo?
Elisa abriu os olhos, ainda confusa ao ouvir a voz de Antonio. Onde ela estava? O que acontecera? _se perguntava ela. Quando abriu os olhos deparou-se com Antonio a olhando entre ansioso e preocupado.
—Antonio, o que aconteceu? Onde estou?_ perguntou Elisa não reconhecendo a enorme cama e nem o sofisticado quarto em que se encontrava.
—Você está em meu quarto. Você não se lembra do que aconteceu Elisa? _perguntou ele se sentando perto dela na grande cama.
Então como em um passe de mágica, Elisa lembrou-se de tudo desde que acordara com aquele estranho em seu quarto.
—Antonio! _exclamou ela jogando os braços ao redor do pescoço de Antonio e o abraçando. _Era um assassino, um louco! Você está bem? Ele te machucou?
—Acalme-se, Elisa! Você está preocupada comigo? _perguntou Antonio rindo, beijando os cabelos de Elisa. _Você quase me matou de preocupação, meu anjo! Eu havia chegado há pouco tempo de Kalebi, quando Samara veio-me dizer que ouviu um barulho estranho e vozes em seu quarto, eu fiquei desesperado naquela hora com medo de que chegássemos tarde e quem quer que fosse machucasse você. Conte-me em detalhes o que aconteceu. O que esse maldito queria em seu quarto, Elisa?
—Eu não sei Antonio... Eu acordei com um barulho estranho no quarto e me levantei para ver o que era, foi quando aquele estranho me abraçou e colocou uma lâmina em minha garganta...
— Esse infeliz ousou tocar em você, Elisa? _perguntou Antonio sentindo a ira se apoderar dele ao ver o estado da camisola de Elisa. _Foi ele quem fez isso?
—Sim Antonio. Mas, acalme-se, pois não aconteceu nada demais.
—Claro que aconteceu Elisa! O problema deste miserável é comigo, ele não tinha o direito de encostar um dedo sequer em você.
—Você o conhece? _perguntou Elisa.
—Não pessoalmente, mas sei que ele tem infernizado minha vida e a vida de minha família desde que voltei para Monsália. Mas, agora, ele foi longe demais Elisa, esse infeliz assinou a própria sentença de morte ao ousar entrar em seu quarto.
Elisa sentiu-se congelar ao ouvir as ameaçadoras palavras de Antonio. Nunca o vira tão enfurecido como naquele momento.
—Antonio, por favor, se acalme. Esse homem é muito perigoso, ele me disse uma coisa horrível...
—Que coisa Elisa?
—Eu não me lembro bem as palavras que ele usou, porém, tudo leva a crer que o príncipe Enrico não sofreu um mero acidente; ele disse que se você não tomasse cuidado o teu fim seria como o do teu falecido irmão.
—Você tem certeza do que está me dizendo, Elisa? _perguntou Antonio abalado pelo que ouvira.
—Absoluta, Antonio!
—Jácomo tinha razão, Elisa, há uma grande conspiração para acabar com a família real de Monsália e eu não vou descansar enquanto não descobrir quem está por trás disso. Quem quer que seja irá pagar pela morte de Enrico._ disse Antonio se colocando de pé.
—Aonde você vai? _perguntou Elisa.
—Vou me encontrar com Jácomo, Estevan e os outros que estão à procura do maldito que conseguiu fugir enquanto tentávamos arrombar a porta do seu quarto.
—Por favor, Antonio, não vá atrás dele! _pediu ela o detendo.
—Não me peça isso Elisa! Como você quer que eu deixe esse infeliz à solta depois do que ele disse sobre Enrico, depois de ele ter tido a audácia de entrar em seu quarto? Elisa o meu desejo neste momento é de matá-lo com minhas próprias mãos cada vez que eu imagino você desprotegida naquele quarto com ele! Elisa, se ele tivesse ousado... Eu nem gosto de pensar nesta possibilidade.
—Ainda que ele tivesse me matado, Antonio, nada justificaria o fato de você arriscar a sua vida para me defender. _disse Elisa sentindo as primeiras lágrimas surgirem. _Como você fez quando nos conhecemos.
—Você não sabe o que diz Elisa. _disse Antonio. Será que era tão difícil para ela compreender o quanto ela era importante para ele? _Se tivesse acontecido alguma coisa com você Elisa, minha vida perderia todo o sentido, pois eu nunca me perdoaria.
—E se acontecesse alguma coisa com você, Antonio, eu morreria. _disse Elisa se aproximando dele. _Por mim, não vá.
Elisa não soube o que a motivou: se foi a adrenalina por tudo o que passara, ou o medo de Antonio confrontar aquele assassino ou apenas a necessidade de mostrar que o amava, Elisa abraçou-o pelo pescoço e o beijou.
E se um raio caísse ao seu lado, Antonio não ficaria tão surpreso como ficou com o inesperado beijo de Elisa; aquela moça a cada dia o surpreendia, os lábios dela eram tímidos e cautelosos contra os seus, porém a inexperiência de Elisa o excitava ainda mais.
—Desculpe-me... _disse ela envergonhada pelo que fizera. _Eu sinto muito.
—Se for para sentir, meu anjo, sinta isto. _respondeu Antonio abraçando-a pela cintura e a beijando com paixão, esquecendo todos os conflitos e problemas que estavam enfrentando naquele momento.
Elisa esqueceu-se também de todas as preocupações correspondendo com igual paixão ao beijo de Antonio, abraçando-se mais a ele. Era como se depois de ter escapado da morte, ela encontrasse novamente o fôlego de vida.
—Se a cada susto que eu passar, eu for recompensado com um prêmio desses, que caiam sobre mim todas as desventuras do mundo! _murmurou Antonio mordendo de leve o queixo, o pescoço e a orelha de Elisa.
—Não diga uma coisa dessas Antonio! _riu ela.
—Mas é a mais pura verdade, meu anjo. Eu tenho até medo do quanto eu te quero, do quanto eu te desejo, do quanto eu anseio fazê-la minha por completo, Elisa. _disse ele fazendo arrepios percorrerem todo o corpo de Elisa._ Mas, por mais que eu deseje isso, eu não posso me aproveitar do fato de você estar muito abalada. Não quero que você se arrependa e me odeie depois.
—Por que diz isso?
—Elisa, há dois dias você disse que não queria que houvesse nada entre nós dois; e eu não quero que você mude de ideia apenas para que eu não saia à procura daquele infeliz.
—Antonio... _começou ela não querendo confessar a Antonio a angústia pela qual passara ao imaginá-lo ainda apaixonado por Kate.. _ Não foi por esse motivo que eu te beijei. Eu sei que te magoei aquele dia, mas é que na minha primeira noite em Monsália ouvi alguns comentários sobre você.
—Sobre mim?_ estranhou Antonio.
—E sobre Kate... _terminou ela envergonhada.
Antonio olhou Elisa por um momento, como se processasse o que ouvira e logo depois começou a rir.
—Quer dizer que a senhorita me castigou, me obrigando a ficar longe de você por causa de uma fofoca caluniosa?
—Mas, o que você queria que eu pensasse?
—O que está diante dos seus olhos, meu anjo! Que a única mulher que eu quero, que eu sonho todas as noites ter em minha cama, é você Elisa! A única mulher que me deixa insano de desejo é você, apenas você. É por isso que tenho vontade de matar aquele miserável, pelo simples fato de ele ter tocado no único algo que eu não permito que nenhum outro homem além de mim toque: você Elisa!
Dizendo isso, Antonio a beijou novamente e dessa vez sem dúvidas e preocupações, enquanto Elisa sentia arrepios percorrerem todo o seu corpo de acordo que as mãos experientes de Antonio a acariciavam como se ela fosse argila em suas mãos. Elisa pensou consigo mesma que por mais que fosse difícil um futuro entre eles, não desperdiçaria os preciosos momentos que a vida estava lhes proporcionando.
Antonio pensou consigo mesmo que não planejara aquilo; desejara sim, porém não havia premeditado. Estivera lutando durante os últimos dois dias para esquecer Elisa e a forte atração que sentia por ela, porém ao primeiro beijo que trocaram todas as barreiras que acumulara caíram em um momento. Elisa era diferente de todas as mulheres que conhecera; aquela linda e meiga moça estava ocupando um espaço enorme em sua vida, em sua mente e por mais que Antonio quisesse negar, em seu coração também. Não poderia estar apaixonado por Elisa! _pensou Antonio; jurara a si mesmo, nunca mais amar outra mulher desde que fora enganado por Kate. Sofrera muito naquela época e era isso que o preocupava, pois se se decepcionasse com Elisa, não sabia se suportaria, pois o que sentira um dia por Kate não chegava nem aos pés do que estava sentindo por ela.
—O que você está fazendo comigo, Elisa? _murmurou ele em seu ouvido acariciando uma de suas coxas sob a camisola.
—Como assim? _perguntou Elisa entre um gemido e outro sentindo seu sangue em chamas.
—Você ainda pergunta? _riu ele sedutoramente, pegando-a nos braços e deitando-a em sua cama, deitando-se sobre ela em seguida, fazendo-a sentir todo o seu desejo. _Olhe a situação em que você me deixa, meu anjo! Como pode ainda pensar que eu desejo outra mulher a não ser você? _terminou ele a beijando e logo depois descendo os lábios pela curva entre os seios de Elisa expostos pela camisola.
Elisa nunca imaginara que poderia dividir tanta intimidade com alguém, como estava dividindo com Antonio; ela nunca permitira que nenhum de seus namorados ousasse mais que um beijo e alguns carinhos, pois sempre fora insegura em relação a seus relacionamentos; porém com Antonio era diferente, ele a fazia sentir-se mulher. Quando Antonio deitara sobre ela, fazendo-a sentir o que era o desejo de um homem, Elisa começou a entender tudo o que Felícia sempre tentara lhe explicar sobre o ato de amor entre duas pessoas. Mas estaria ela preparada para aquele momento? _se perguntou Elisa sentindo um misto de medo e desejo, no momento em que Antonio abriu sua camisola até sua cintura, olhando-a como se ela fosse a mulher mais linda do universo.
—Você é perfeita, Elisa. _murmurou ele beijando o pescoço de Elisa, enquanto, afastava o seu sutiã para acariciar um de seus seios. _Feita especialmente para mim.
—Antonio... pare... _pediu Elisa entre gemidos, quando ele tocou um de seus mamilos que estavam intumescidos pelo desejo, fazendo-a quase gritar pela sensação maravilhosa nunca imaginada que a ousada carícia lhe causou.
—Não me peça isso, meu anjo, por favor. É o que nós dois mais queremos. Ou você vai dizer que não deseja isso tanto quanto eu?_ perguntou ele parando de acaricia-la por um momento.
—Não é por isso Antonio, é que eu não posso...
—Você diz isso por causa daquele bendito contrato nupcial Elisa? Esqueça aquilo, por favor.
—Não é por causa do contrato, Antonio.
—Então, por que não Elisa? Não me torture mais, meu anjo. Ou você não me deseja também?
—É claro que eu desejo, como nunca desejei ninguém em toda minha vida.
—Então, faz amor comigo, Elisa. _ pediu ele acariciando uma de suas pernas até a parte interna e sensível entre suas coxas, fazendo o corpo de Elisa estremecer com a carícia. _Ou então me dê um motivo válido para interromper o que eu tenho desejado bem mais do que comida e bebida.
—É que... _começou ela procurando as palavras certas... _eu nunca fiz isso antes.
—O que você quer dizer exatamente com 'nunca fiz isso antes'? _perguntou ele tentando processar o que ouvira.
—Eu quero dizer que nunca estive com um homem em toda minha vida, Antonio. _disse ela sentindo o rosto queimar pela revelação.
—Você está me dizendo que é virgem Elisa? _perguntou Antonio se levantando da cama, sem ainda acreditar no que acabara de ouvir.

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—Responda-me, Elisa! _insistiu ele diante do silêncio de Elisa.
—Sim. _respondeu ela envergonhada tentando abotoar o mais rápido possível os botões da camisola.
—E você me diz isso só agora? _perguntou Antonio vendo-a fechar a camisola, como se aquele gesto fosse capaz de apagar a imagem dela seminua sobre sua cama, que estava tão viva em sua memória. _Elisa, você já analisou os riscos que você correu ao vir para Monsália comigo?
—A que riscos você se refere? _perguntou ela se levantando também.
—Ora, Elisa. Você ainda pergunta? E se tivéssemos feito amor sem que você me revelasse isso? Talvez para vocês ingleses, a pureza de uma moça não faz diferença alguma, mas aqui em Monsália é algo quase sagrado.
—Como assim?
—Elisa, é lei em Monsália que se um homem tiver alguma relação com uma moça virgem, ele deve casar-se com ela imediatamente e ela pertencerá a ele por toda a vida..
—Mesmo se não estiverem apaixonados? _indagou Elisa.
— Um homem que conhece as leis monsálicas, Elisa, nunca faria amor com uma moça virgem, caso não estivesse apaixonado por ela. Você por acaso, se entregaria a um homem por quem não estivesse apaixonada, Elisa?
—Acredito que não. _respondeu Elisa corando ao constatar que praticamente confessara que estava apaixonada por ele. _Mas, perdoe-me Antonio, minha intenção não era enganá-lo. Eu sinto muito, por não ter lhe dito isto antes de nos casarmos. Se você preferir, eu volto para Londres amanhã mesmo.
Antonio ficou por um pequeno momento apenas olhando Elisa, como se não tivesse entendido o que ela acabara de dizer. Elisa estava sugerindo ir embora de Monsália? Deixá-lo? Apenas a cogitação de tal ideia fizera um vazio invadir o seu coração. 
—Você quer ir embora? _perguntou ele finalmente, temendo que ela dissesse que sim.
—Não... Porém talvez fosse a melhor coisa a fazer. Eu não o culpo por você estar tão irritado comigo.
—Eu não estou irritado com você, Elisa; eu estou frustrado e talvez esteja irritado comigo mesmo por ser tão fraco, por ainda desejar o que eu não posso e nem tenho o direito de ter. Boa noite, Elisa!
Quando Elisa conseguiu controlar as batidas aceleradas de seu coração, Antonio já havia saído do quarto, deixando-a só no aposento. Elisa nunca se sentiu tão confusa e desamparada como naquele momento. Por que Antonio saíra daquela forma deixando-a sozinha depois de tudo o que partilharam? _se perguntava ela.
—Apenas uma idiota como eu para pensar que o príncipe Antonio Braga de Castelamontes poderia sentir alguma coisa além de um mero desejo por mim algum dia! _murmurou ela para si mesma deitando-se na grande cama de Antonio e deixando as lágrimas inundarem seu travesseiro.
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Depois de praticamente fugir do quarto para não ceder ao desejo de fazer amor com Elisa ali mesmo sem se preocupar com o contrato ou com as leis monsálicas , Antonio dirigiu-se até a grande sacada da ala real, que ficava no final do corredor; precisava respirar um pouco de ar fresco e receber um pouco do ar frio da madrugada para tentar apagar de sua memória a imagem de Elisa seminua deitada sobre sua cama, murmurando o seu nome enquanto ele a tocava e a beijava. Virgem... Como não percebera isso antes? _se perguntava Antonio. Pelas vezes que estiveram juntos, percebera que Elisa deveria ter pouca experiência sexual; mas imaginá-la virgem ,aos vinte e um anos, morando sozinha e ainda trabalhando em uma boate, seria querer demais. Quando Elisa lhe revelara que ainda era virgem, Antonio pensou que o seu desejo por ela seria sufocado, porém a revelação ao contrário serviu apenas para fazê-lo deseja-la mais. Lembrando-se de tudo o que viveram nos últimos minutos, Antonio sorriu ao pensar que ele fora o primeiro homem que despertara aquelas sensações em Elisa; porém ao mesmo tempo ele pensava consigo mesmo que não tinha o direito de deseja-la tanto. O melhor a fazer seria deixar que ela voltasse para Londres... Já que ele não poderia oferecer-lhe um futuro digno como sua esposa, Elisa tinha o direito de encontrar alguém que pudesse realmente fazê-la feliz...
—Como se eu pudesse aceitar isso! _murmurou Antonio para si mesmo, se irritando somente de imaginar qualquer outro homem que não fosse ele beijando Elisa, a acariciando, ensinando-lhe a arte de fazer amor.
Antonio estava pensando essas coisas quando seu celular vibrou em seu bolso, ao pegá-lo reconheceu a chamada de Jácomo.
—Diga Jácomo! _atendeu ele.
—Antonio, como está Elisa?
—Felizmente ela está bem, Jácomo. _respondeu Antonio ainda irritado pelo fato da guarda real não ter visto o intruso entrar e sair dos aposentos de Elisa. _Conseguiram pegar o infeliz pelo menos?
—Não fale assim, Antonio; você sabe que nunca foi minha intenção negligenciar a segurança de Elisa. Acho melhor conversarmos pessoalmente. Você está em seus aposentos?
—Não... Estou na sacada no fim do corredor. Me espere na biblioteca, por favor, Jácomo.
—Tudo bem, meu príncipe!
Antonio encerrou a ligação e após aspirar mais alguns minutos o ar da noite, decidiu ir ao encontro de Jácomo para saber o que o ministro tinha a dizer; porém antes de descer para a biblioteca, resolveu passar novamente em seu quarto para ver como Elisa estava depois que deixara-a sozinha sem mais explicações, já haviam se passado mais de meia hora , por sorte, talvez ela já estaria dormindo. Quando abriu a porta do seu quarto, porém viu Elisa de pé diante da janela, olhando a noite através da janela envidraçada, a luz do luar da madrugada que entrava pelas janelas da sacada iluminava cada parte do corpo da moça evidenciado pela quase transparente camisola. Antonio precisou fazer um esforço sobre humano para não abraçá-la e amá-la até que não tivesse mais consciência de nenhum dos problemas que estava enfrentando.
—Antonio? Você me assustou _disse ela se virando ao ouvir os passos de Antonio no quarto.
—Não era essa minha intenção, acredite _disse ele se aproximando dela. _Não queria incomodá-la.
—Você não me incomoda, Antonio, ao contrário, sou eu quem está lhe incomodando tirando-o de seu quarto, de sua cama. _disse Elisa sentindo o coração acelerar pela proximidade de Antonio e pela lembrança do que acontecera entre eles minutos atrás.
—Você não me incomodaria nem que quisesse Elisa.
—Como não, Antonio? Você poderia estar dormindo em sua cama neste momento. Ou melhor, se você não quiser dormir aqui comigo, eu posso muito bem voltar para o meu quarto. _sugeriu fazendo menção de sair do quarto.
—Onde você pensa que vai? _perguntou Antonio sorrindo fazendo-a sentar-se na cama. _Não é que eu não queira dormir com você; o problema é que eu não sei se conseguiria apenas dormir tendo você ao meu lado, Elisa.
—Como assim? _perguntou Elisa sentindo a pulsação acelerar.
—Elisa, como eu poderia conseguir dormir sentindo o calor do seu corpo no meu durante toda a noite sem poder fazê-la minha? Explica-me! _disse ele se contendo para não dar vazão a todo o desejo que estava acumulado nos últimos dias. _Por que você acha que eu tive que sair do quarto tão repentinamente agora há pouco?
—Achei que você quisesse que eu fosse embora. Eu estava pensando que você já não me queria mais depois do que eu te disse. _respondeu ela corando, porém amava tanto Antonio que não queira que restasse nenhuma dúvida entre eles.
—Então, você pensa que eu não te quero mais? _perguntou ele rindo enquanto acariciava carinhosamente o rosto de Elisa.
—E não é verdade? _perguntou ela.
Porém ao invés de responder, Antonio abraçou-a pela cintura e a beijou deitando-se com ela na enorme cama novamente; naquele momento Antonio se esqueceu de tudo o que estava o preocupando nos últimos dias, beijando Elisa com uma paixão que nunca pensara ser possível dividir com alguém. Os gemidos de Elisa aos seus toques e o pensamento de que ela estava prestes a pertencer apenas a ele estavam a ponto de roubar-lhe todo o resquício de autocontrole em relação a ela. Naquele momento, Elisa teve plena certeza do que queria quando Antonio traçou um caminho de beijos urgentes dos seus lábios, passando pelo seu pescoço até a curva entre seus seios exposta pelo decote da camisola, enquanto suas mãos acariciavam suas pernas, coxas e quadril como se a conhecesse desde que ela nasceu. Quando Antonio afastou o sutiã de Elisa e tomou um dos seus mamilos entre os seus dedos, Elisa enlaçou o quadril de Antonio com suas pernas, fazendo-o soltar um gemido abafado enquanto mordia de leve o seu pescoço.
—Acho que agora você já tem sua resposta, meu anjo. _murmurou ele com voz rouca em seu ouvido fazendo menção de se levantar.
—Por favor, Antonio, não pare... _pediu ela impedindo-o de se levantar.
—Elisa, meu anjo, você não sabe o que está me pedindo. _respondeu ele beijando a marca que seus dentes levemente haviam deixado no pescoço de Elisa.
—Eu confio em você, Antonio. _respondeu ela tomada pelo desejo avassalador que sentia pelo homem que era seu marido. _Além do mais eu não sou mais criança, eu sei o que eu quero... Eu quero você, Antonio.
Antonio sentiu uma emoção diferente ao ouvir as palavras de Elisa ditas de forma tão sincera e natural... Pieter tinha razão: Não apenas desejava Elisa com todas as suas forças, mas estava realmente se apaixonando por aquela linda e encantadora moça! E era por essa razão que não poderia ceder ao desejo avassalador de fazer amor com Elisa naquele momento, por mais que ele quisesse... Antonio queria que ela decidisse se entregar a ele consciente de que ela realmente o queria assim como ele a queria também, e não por uma emoção do momento.
—Acho melhor deixar você dormir, Elisa. _respondeu ele se sentando na cama.
—Claro... Desculpe-me. _disse Elisa envergonhada, sentando-se na cama também, enrolando o lençol em seu corpo sobre a camisola e sentindo os olhos se umedecerem ao pensar que Antonio a rejeitara.
—Elisa, o que foi? _perguntou ele levantando o queixo dela para que ela olhasse em seus olhos. _Você está chorando?
—Claro que não! Não se preocupe, Antonio.
—Eu te magoei, não é isso?
—Eu que sou uma boba.
—Claro que é, por pensar que eu não a deseje, Elisa. _disse ele carinhosamente beijando os lábios dela de leve. _É claro que eu te desejo, como nunca desejei nenhuma outra mulher em toda minha vida... Você não imagina o sacrifício que está sendo para mim não rasgar essa sua camisola com minhas próprias mãos e fazer amor com você até que a única consciência que você tenha é que você pertence somente a mim. Você não tem a mínima ideia do quanto eu te desejo, pois se tivesse, eu tenho certeza que você não estaria sozinha neste quarto comigo. Se você me quer, você me terá, Elisa, pois eu te quero muito mais. E ainda que você não me quisesse, meu anjo, mesmo assim eu iria persuadi-la até que você fosse minha por completo, pois por mais que seja o mais correto a fazer, eu sou egoísta o bastante para não abrir mão de você. Você será minha Elisa, disso tenha certeza; mas não hoje e não aqui ,por três motivos: 1º Você precisa descansar depois de tudo o que passou, 2º Eu tenho que me encontrar com Jácomo neste momento e 3º e mais importante que todos, eu quero que seja perfeito, Elisa._ terminou ele sorrindo ao ver Elisa morder levemente o lábio inferior. _Você vai acabar me deixando louco, mocinha! Agora trate de dormir e não se preocupe, pois há guardas vigiando todo o palácio. Tente dormir, meu anjo, por favor.
—Promete que voltará para mim? _brincou Elisa quando Antonio se encaminhou para a porta.
—Sempre. _respondeu Antonio saindo do quarto e fechando a porta atrás de si com a sensação de que seu coração já não pertencia mais a ele.
######

Quando Antonio chegou à biblioteca, Jácomo estava andando de um lado para o outro com uma expressão entre estressado e preocupado.
—Desculpe a demora, Jácomo; eu estava resolvendo alguns assuntos particulares. _respondeu Antonio tentando pensar o mínimo possível em Elisa para focar no que o ministro tinha para falar.
—Não se preocupe, meu príncipe. _ disse o ministro parando e passando a mão pelos cabelos. _Como está Elisa?
—Muito bem. Felizmente tudo não passou de um grande susto para ela. Mas, me diga, vocês conseguiram capturar o infeliz?
—Infelizmente não.
—Como não, Jácomo? _perguntou Antonio visivelmente irritado. _ Que tipo de guarda é essa? Me explica como meia dúzia de homens treinados e armados não conseguiram capturar apenas um homem?
—Acalme-se Antonio, por favor!
—Como você quer que eu me acalme, Jácomo? Um homem entrou nos aposentos da minha esposa e nenhum dos guardas viu nada. E se ele fizesse alguma coisa com ela? Você já imaginou isso?
—Claro que eu imaginei Antonio e estou péssimo pelo que aconteceu! _alterou-se Jácomo também. _Mas se você não percebeu você já está me ofendendo com tantas acusações!
—Tudo bem. _disse Antonio depois de um tempo. _Desculpe-me, Jácomo, eu não quis ofendê-lo. Porém eu fico indignado cada vez que imagino esse infeliz no quarto de Elisa.
—Entendo Antonio. Eu não quero defender os guardas, mas acredito que eu descobri o motivo de ninguém ter visto ou ouvido nada.
—O que você dizer com isso, Jácomo?
—Antonio, eu acredito que a pessoa que entrou no quarto de Elisa, só pode ser alguém de dentro do palácio ou que o conheça bem.
—Por que acha isso, Jácomo?
—Descobrimos Antonio que o intruso não entrou e nem saiu pela porta principal e sim pelos corredores internos, outro fato curioso é que os cachorros não deram alarme, por isso deduzi que só pode ser alguém de confiança do palácio.
—Isso é muito sério, Jácomo, mas tem lógica! Mas quem poderia ser?
—Não tenho a menor ideia filho.
—Anita Menezes... _comentou Antonio pensativo.
—O que você disse? Quem é essa tal de Anita, Antonio?
—Anita Menezes pode ser a resposta Jácomo! _disse Antonio tirando a folha do bolso. _Olhe o que o meu pai encontrou nos aposentos de Enrico.
—Filho, isso pode ser uma grande pista ._animou-se Jácomo . _Mas, talvez fosse apenas uma amiga de Enrico a quem ele prestou esse favor.
—Uma amiga a quem ela dá presentes aos milhares quase todas as semanas Jácomo? Acho muito difícil. Além do mais pelo que Elisa me contou, Enrico não sofreu um mero acidente.
—O que você está dizendo, Antonio?
—Você tinha razão sobre a suspeita de que a morte de meu irmão poderia ter sido provocada Jácomo... _disse Antonio narrando tudo o que Elisa lhe contara sobre as ameaças do invasor. _Este homem Jácomo, com certeza sabe que eu peguei quase todos os documentos pessoais de Enrico e ele deve estar atrás desse papel.
—Faz sentido, filho. Mas como descobriremos esta mulher?
—Eu já sei Jácomo! _disse Antonio depois de certo tempo. _Alfonso de Aguirre.
—Aquele seu amigo duque mais maluco do que Pieter e você juntos?
—Exatamente, Jácomo. _riu Antonio. _Aguirre é a única pessoa que pode encontrar essa mulher esteja onde estiver; ele tem ótimos contatos tanto aqui como na Inglaterra.
—Devemos ligar para ele então.
—Não, Jácomo. Prefiro falar com Alfonso pessoalmente. Estarei viajando para lá dentro de uma hora. Avise Estevan e Sebastian para mim, por favor.
—Claro. Irei com você.
—Eu prefiro que você fique. Não permita que nada disso chegue aos ouvidos de meu pai; além do mais preciso de você aqui para proteger Elisa. Cuide dela, por favor, Jácomo.
—Não se preocupe, meu príncipe. Nunca o vi tão preocupado com uma mulher antes. _ironizou o ministro sorrindo.
—Talvez porque eu nunca tenha conhecido uma mulher como Elisa. _respondeu Antonio saindo da biblioteca antes que Jácomo tivesse tempo de pedir mais esclarecimentos.


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Notas finais do capítulo

Não sei se vcs gostaram desse capitulo, mas eu amei escrevê-lo... Bjs. Até o proximo capitulo!



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