UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Vai ai mais um capitulo... COmentem ... bjs



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Elisa acordou sobressaltada com o som de e-mail recebido que saiu do notebook que estava sobre a escrivaninha do quarto, com certeza Antonio o deixara ali no dia anterior.
Depois que deixara Antonio na varanda na noite anterior, Elisa foi diretamente para o quarto onde estava dormindo desde que chegara na mansão. Ao passar pela sala, Rúbia estava conversando com Pieter, porém a moça estava tão entretida ao que ouvia que nem percebeu o estado em que estava Elisa. Ela apenas desejou boa noite aos dois e subiu para o quarto; ao chegar no aposento Elisa se jogou na cama sem ao menos tirar o vestido e deixou as lágrimas correrem soltas pelo seu rosto, pensando em tudo que vivera naquela noite. Não deveria nutrir sentimentos por Antonio, ele nunca teria motivos para amá-la... pensava ela.
Elisa levantou-se da cama e aproximou-se do computador, havia o desenho de um envelope na tela do notebook, ela tocou na tela sensível ao toque e o e-mail abriu; estava nesses termos:

“Ansiosa para vê-lo Antonio. Ass.: KATE.”

Elisa leu a mensagem umas três vezes; não deveria estar com o coração apertado pelo fato de Antonio receber mensagens como aquela... Porém aquela mensagem a incomodara. Onde ouvira aquele nome antes?
—Já está acordada Elisa? _perguntou Rúbia do outro lado da porta tirando-a de seus pensamentos.
—Sim Rúbia. Vou tomar um rápido banho. _respondeu Elisa desligando rapidamente o notebook.
—Tudo bem. Estamos te esperando na copa para tomar café. _disse Rúbia indo embora.
Elisa olhou no relógio e viu que já passava das seis e meia da manhã; Antonio deveria estar chateado, pois marcara a viagem para as seis horas... Porém pensando bem, Elisa já não sabia se o príncipe merecia tanto a sua consideração. Seria por causa dessa Kate que ele estivera tão estranho na noite anterior?
Elisa fez a higiene matinal, tomou um rápido banho e foi procurar uma roupa dentro de uma das malas que já estavam ar-rumadas nos pés da cama; optou por um lindo macacão bege de malha fria, já que Rúbia dissera que o clima de Monsália era quente na maior parte do ano. Elisa penteou os cabelos, deixando-os caírem soltos pelas costas; ao descer as escadas veio-lhe novamente à memória as emoções da noite anterior, porém Elisa suprimiu-as ao entrar na copa.
Pieter estava conversando com Pablo, enquanto Antonio trocava ideias com um senhor de meia idade sentado ao lado dele. Jácomo e Rúbia tomavam o café em silêncio.
—Bom dia para todos! _cumprimentou Elisa.
—Bom dia! _responderam todos quase ao mesmo tempo, com exceção de Antonio que a olhava da mesma forma que a olhara na noite do jantar no hotel.
—Bom dia, querida!_ disse Antonio finalmente, puxando uma cadeira a seu lado para ela se sentar.
Elisa pensou em ignorá-lo e sentar-se em uma cadeira vazia perto de Rúbia, mas sabia que isso daria o que pensar ao filho de Júlio e ao outro homem inglês.
—Desculpem-me por atrasar a viagem. _disse ela ao se sentar a mesa.
—Não se preocupe, querida. Uma hora ou duas de atraso não fará muita diferença. _disse Antonio oferecendo um cacho de uvas maduras a ela.
Elisa estendeu a mão para pegar o cacho de uvas, porém Antonio ao invés de entregá-lo a ela, aproximou-o dos lábios de Elisa, murmurando em seu ouvido:
—Permita-me a honra, meu anjo... É costume em Monsália, o noivo oferecer uvas à noiva logo após a noite de núpcias.
Elisa teve vontade de lembrar a Antonio de que não estavam em Monsália, e além do mais não estavam vivendo nenhuma lua-de-mel; porém ao invés disso ela se viu mordendo duas uvas do cacho que ainda estava na mão de Antonio. O príncipe sorriu para ela, mordendo algumas uvas do cacho também e voltou a conversar com o agrônomo inglês.
Elisa virou o rosto depressa, envergonhada da rápida cena que se passara entre ela e Antonio, porém felizmente os outros pareciam estar entretidos em outros assuntos, exceto Rúbia que olhou para ela e sorriu, fazendo-a corar mais ainda.
O resto do café da manhã passou rapidamente. Antonio e os demais homens já estavam conversando perto dos carros que os levariam ao aeroporto, enquanto Elisa e Rúbia permaneciam na varanda.
—Rúbia..._começou Elisa. _ Quem é Kate?
—Kate? _perguntou Rúbia sem entender a pergunta de Elisa. _ Kate é minha prima e iria se casar com meu falecido irmão Enrico. Por que pergunta Elisa?
—Apenas curiosidade Rúbia. Antonio mencionou-a certa vez. _ disse Elisa não querendo falar sobre o e-mail que lera aquela manhã.
—Antonio falou com você sobre Kate? _perguntou Rúbia estranhando mais ainda.
—Ele falou sobre quase todo mundo Rúbia. _mentiu ela. _Para que eu me familiarizasse quando chegasse a Monsália.
—Tem certeza que foi apenas por isso que perguntou Elisa? _insistiu Rúbia.
—Claro Rúbia. Por que mais seria?
Para alívio de Elisa Antonio chamou-as para irem para o aeroporto.
Quando chegaram ao enorme aeroporto de Londres logo avistaram Estevan que os aguardava ao lado do helicóptero de Antonio; o estômago de Elisa revirou apenas de pensar em entrar naquilo. Pieter iria acompanhar Rúbia até Monsália e voltaria no dia seguinte.
O interior do helicóptero parecia uma pequena e aconchegante sala, com oito poltronas, além de um pequeno frigobar ao fundo. Pieter sentou-se em uma poltrona ao lado de Rúbia, Elisa sentou-se junto a uma das janelas ao lado de Antonio, enquanto Pablo ocupava duas cadeiras próximas junto com o agrônomo de meia idade. Jácomo preferiu viajar na cabine com Estevan.
—Está tudo bem com você Elisa?_ perguntou Antonio olhando-a pela primeira vez desde que o helicóptero decolou.
—Mais ou menos... Mas não se preocupe, pois não irei vomitar. _disse Elisa com os olhos fechados para tentar controlar as voltas que seu estômago parecia estar dando.
—Você está passando mal? _perguntou Antonio preocupado.
—Não... é apenas o efeito... de toda primeira vez.... Eu não me dou muito bem com altitude._ murmurou Elisa com medo de abrir a boca e o café da manhã voltar todo para fora.
—Tudo bem com ela? _perguntou Pablo solícito.
Antonio teve vontade de dar-lhe uma má resposta. Por que motivos Pablo tinha que se preocupar com Elisa?
—Não se preocupe Pablo. _respondeu Antonio contido. _ É apenas o efeito de uma noite mal dormida.
Elisa corou ao entender o duplo sentido da resposta de Antonio. O que Pablo estaria pensando que eles fizeram durante toda a noite que Elisa não tivera tempo nem mesmo para dormir?
Pablo não quis perguntar mais nada, e Antonio levantou-se, voltando em seguida com uma garrafinha de água e um comprimido na mão.
—Beba Elisa; isto vai aliviar o enjoo e a vertigem. _disse ele sentando-se ao lado dela novamente.
Elisa tomou o remédio e logo sentiu os enjoos passarem e seu corpo começou a relaxar; com certeza Antonio lhe dera um eficiente calmante para que ela não o incomodasse durante a viagem, pensou Elisa. A última coisa que ouviu foi Antonio iniciando uma conversa com Pablo:
—Estaremos ao dispor de vocês para o que precisarem, Pablo...
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Antonio inalou mais uma vez o cheiro dos cabelos de Elisa, enquanto ela dormia com a cabeça pousada em seu ombro; ele havia passado o braço ao redor da cintura dela para que ela se sentisse mais confortável enquanto dormia. Em pensamento, Antonio reviveu toda a noite anterior: sempre fora contrário à ideia de casamento, porém na noite anterior quando vira Elisa descer as escadas da mansão vestida de noiva, ele desejou ardentemente que ela estivesse mesmo se tornando sua esposa, sua mulher, sua para sempre. Antonio tentara se envolver com outras mulheres depois que conhecera Elisa, porém fora inútil; aquela linda e meiga moça se tornara uma verdadeira obsessão, que apagava todas as mulheres que apareciam diante dele.
Antonio sorriu lembrando-se do esforço sobre humano que tivera que fazer na noite anterior para não esquecer aquele maldito contrato e invadir o quarto de Elisa e declarar a ela a motivo de toda sua frustração naquela noite: o problema era que o que ele mais queria era exatamente a única coisa que ele nunca poderia ter: ela.
Nesse momento começaram a aparecer as primeiras terras do reino de Monsália.
—Bem vinda a Monsália, meu anjo. _murmurou Antonio em seu ouvido, despertando-a.
Elisa abriu os olhos e sentou-se envergonhada ao notar que estava praticamente deitada sobre Antonio.
—Já chegamos?_ perguntou ela.
—Quase. Mas já estamos no território de Monsália.
—Posso te perguntar uma coisa? _tornou a perguntar ela.
—Claro, Elisa.
—O teu povo sabe que eu viria com você?
—Claro que sim. Por quê?
—Eles não me consideram mais ou menos como uma intrusa na vida do príncipe deles? _perguntou Elisa sinceramente preocupada.
—Não se preocupe Elisa, você será tratada como o que você é: minha esposa.
—Tudo bem... Então não correrei perigo de me atirarem ovos e tomates, por exemplo, quando eu sair às ruas?
—Elisa, o meu povo é civilizado! Além do mais você acredita realmente que eu vou permitir que alguém lhe falte com o devido respeito?
—Claro que não. Desculpe-me! _disse ela encerrando o as-sunto.
Em menos de dez minutos o helicóptero pousou suavemente no pequeno aeroporto da cidade de Kalebi. Elisa estava admirada pelo que via: era como se se deparasse com um oásis em meio a um deserto. O aeroporto tinha uma construção moderna e era mobiliado e decorado com um bom gosto invejável, construído no meio de uma paisagem arenosa, cercado por palmeiras. Havia algumas casas, prédios e comércios, porém notava-se que a pequena cidade estava em desenvolvimento.
—Diferente de Londres, não é? _perguntou Antonio se aproximando de Elisa.
—Muito... Mas eu gostei.
—Sério?_ duvidou Antonio.
—Sim. É como se eu estivesse em meio a um oásis. _respondeu Elisa.
Antonio olhou para ela admirado, nunca pensara que uma mulher nascida e criada em uma cidade como Londres, poderia gostar da paisagem arenosa de Monsália.
—Então você irá adorar quando chegarmos à capital do reino. _disse Antonio afastando uma mecha dos cabelos de Elisa do rosto dela.
—Estou ansiosa. _respondeu Elisa se esquecendo de tudo ao olhar nos olhos de Antonio.
—Acho melhor vocês pararem com esse clima de lua-de mel antes que você mate Jácomo, o papai e todo o Conselho, do coração. _gracejou Rúbia em voz baixa os interrompendo; porém Elisa notou que a moça falava sério ao notar que o ministro os olhava com desaprovação.
—Vamos, então. _disse Antonio ignorando Jácomo e se dirigindo com Elisa e Rúbia até os dois carros que estavam estacionados no estacionamento do aeroporto.
Renan estava em um dos carros e um dos motoristas do palácio em outro. Antonio, Elisa, Rúbia e Pieter se dirigiram ao carro que Renan dirigia, enquanto os outros entraram no outro carro.
—Bom dia, meu príncipe! _saudou Renan.
—Bom dia Renan! _respondeu Antonio. _Esta é Elisa, minha esposa.
Ouvir Antonio tratá-la por esposa fizera o coração de Elisa acelerar.
—Encantado senhora! Estou aqui para servi-la! _disse Renan sorrindo com uma pequena reverencia.
—Obrigada! _respondeu Elisa incomodada com o modo estranho como Renan a olhou, como se a medisse, a estudasse.
A viagem até a capital do reino de Monsália durou menos que uma hora. Elisa notou que a capital era muito diferente da pequena cidade de Kalebi: ruas asfaltadas e calçadas, além de uma enorme praça no meio da cidade com uma fonte que jorrava uma água cristalina. A casa era mesmo um palácio, constatou Elisa, olhando a mansão que ocupava todo um quarteirão, dentro de enormes e imponentes muros.
Renan deixou Antonio, Elisa e Pieter na entrada da varanda do palácio e foi deixar Rúbia em sua casa.
—Pensei que Rúbia morasse no palácio com vocês._ comentou Elisa, quando Jácomo e os outros se juntaram a eles.
—Não, ela tem sua própria casa. Rúbia é independente demais para dividir moradia com alguém. _respondeu Antonio puxando-a pela mão em direção á enorme varanda.
Antes que atravessassem a varanda, a porta foi aberta e um homem aparentando mais se sessenta anos saiu por ela para recebê-los.
—Vida longa ao nosso príncipe! _saudou o homem alegre-mente, fazendo uma reverência. _Fizeste boa viagem, meu senhor?
—Ótima, Patrício! Como estão as coisas por aqui?
—Melhores agora com sua chegada, meu príncipe! _respondeu o homem quando chegaram na ampla sala que mais parecia o saguão de um luxuoso hotel. _Vou providenciar alguém para levar a bagagem dos cavalheiros.
—Este é Patrício, Elisa, mordomo do palácio há décadas. _apresentou Antonio. _Esta é minha esposa Elisa, Patrício.
—Ah, sim meu senhor. _respondeu o mordomo indiferente, se negando a olhar diretamente para ela. _Por favor, me acompanhem cavalheiros, vou mostrar-lhe seus aposentos. _terminou ele se dirigindo a Pieter e aos dois ingleses.
Elisa notou a frieza do jovial mordomo em relação a ela, no-tara que Antonio também não gostara da forma como Patrício a tratara, pois ele ficara tenso por alguns segundos.
—Quer que eu mostre os aposentos da moça, meu senhor? _perguntou Patrício depois que Jácomo se afastou com outros para mostrar-lhe um pouco do palácio.
—Não Patrício, obrigado! Eu mesmo irei mostrar os aposentos de Elisa. _respondeu Antonio se contendo para não ser ríspido demais com o velho mordomo que ele aprendera a respeitar desde criança, mas Patrício passara dos limites. _Patrício quero que diga a todos que trabalham sob suas ordens que, enquanto estiver aqui, Elisa é tão senhora desta casa como eu e quero que a tratem com todo o respeito que dispensam a mim. Fui claro?
—Claro meu senhor! Seja bem vinda à Monsália senhora!
—Obrigada! _respondeu Elisa, pensando que se o mordomo já não gostava dela, depois da repreensão de Antonio deveria estar odiando-a.
—Ótimo! Venha Elisa? Patrício, cuide bem dos hóspedes ingleses, pois são nossos convidados de honra, além de Pieter, é claro.
—Não se preocupe meu príncipe! _disse o mordomo tentando esconder a desaprovação por Antonio subir as escadas de mãos dadas com aquela inglesinha.
—Acho que isso é desnecessário. _disse Elisa soltando sua mão da de Antonio quando chegaram ao topo da grande escada. _Teu povo já tem motivos suficientes para não gostar de mim.
—Por favor, Elisa, não se preocupe com Patrício! _disse Antonio voltando a tomar a mão de Elisa entre a sua. _Vamos ver seus aposentos.
—Pieter e os outros ficarão onde? _perguntou Elisa tentando ignorar o bem estar que sentia segurando a mão de Antonio.
—Pieter tem seu próprio quarto com vista para as áreas rurais de Monsália, já Pablo e o senhor que o acompanha ficarão na outra ala de quartos. _respondeu Antonio. _Esta é a ala real; aqui ficam os aposentos de meu pai, os meus e agora os teus.
—Apenas três quartos em uma ala tão grande?
—Na verdade, eles são um pouco espaçosos Elisa. Além do mais nesta ala, estão também os aposentos que foram de meu ir-mão Enrico.
—Ah, sim.
—Chegamos. Seus aposentos! _disse Antonio parando diante de uma grande porta._ Se não gostar reclame com Rúbia, foi ela quem o decorou.
Antonio abriu a porta e Elisa se viu entrando em um mundo que mais parecia sair de um livro de contos de fadas: havia uma pequena sala toda decorada em lilás e branco, desde os estofados e poltronas até as mais finas cortinas, ao lado da sala dividida por uma pequena parede havia uma mini cozinha com geladeira, armário e uma mesa triangular com tampo de vidro, para três pessoas.
—Não está ansiosa para ver seu quarto? _perguntou Antonio tirando-a de seus pensamentos.
Elisa iria dizendo que preferiria examinar seu quarto sozinha, porém Antonio já estava puxando-a pela mão. O quarto era o lugar mais encantador de todo o aposento: todo decorado em branco e lilás, havia uma cama de casal no meio do quarto, uma grande cômoda com espelho, um guarda-roupas enorme e uma escrivaninha com um notebook e alguns livros ingleses e sobre a história e costumes de Monsália.
—Você gostou? _perguntou Antonio tentando afastar de sua mente a imagem de Elisa dormindo naquela cama apenas de camisola, como a vira na manhã em que chegara a Londres.
—Amei. _respondeu Elisa emocionada. _Não precisava de tanto.
—Você merece Elisa. _disse Antonio afastando novamente a mecha de cabelos que teimava em brincar na face de Elisa. _Essa mecha é muito teimosa.
—Deve ser porque ela sabe que você sempre a colocará no lugar novamente... _respondeu Elisa mordendo levemente o lábio inferior que ansiava os de Antonio.
—Elisa... O que você faz comigo?_ murmurou Antonio aproximando o seu rosto do de Elisa, enquanto lutava para não beijá-la.
—Antonio! _exclamou uma voz estridente adentrando o quarto.
Elisa se afastou do príncipe a tempo de ver Kate entrando no quarto , logo seguida por sua mãe; ela nunca esqueceria aquele belo rosto que vira na tela do celular de Antonio há mais um de mês. Kate tentava disfarçar, porém Elisa percebeu que os olhos dela estavam cheios de raiva por vê-la tão perto de Antonio.
—Bom dia Kate! Tia Nancy! _disse Antonio visivelmente contrariado com a entrada tempestuosa de Kate.
—Bom dia, meu príncipe! _respondeu ela já mais composta. _Patrício disse que você estaria aqui e vim procurá-lo. Estávamos ansiosas para vê-lo, não é mamãe?
—Claro! Eu disse a Kate que deveríamos deixar vocês descansarem, porém você a conhece, ela é teimosa como uma criança. _disse a mãe de Kate e logo depois olhou para Elisa sorrindo:_ E esta linda moça deve ser Elisa, não é? Seja bem vinda a Monsália querida!
—Obrigada senhora! _respondeu Elisa sorrindo para a mulher.
—Elisa, esta é minha tia Nancy. _apresentou Antonio. _E esta é minha prima Kate, filha de tia Nancy.
—É um prazer conhecê-las! _disse Elisa.
—O prazer é nosso, não é Kate? _ disse Nancy se dirigindo à filha.
—Claro! _respondeu Kate, dando um sorriso para Elisa que dizia completamente o contrário.
—Já vamos indo embora, Antonio.
—Fiquem para o almoço, tia Nancy. _convidou Antonio.
—Obrigada filho, mas hoje não ficaremos; passamos aqui apenas para vê-lo e conhecer Elisa.
—Então venham jantar conosco hoje a noite.
—Não rejeitaríamos este convite por nada. _respondeu Kate. _Faça-nos uma visita Antonio.
—E leve Elisa também. _completou Nancy, contrariando Kate. _Vamos filha? Elisa precisa descansar da viagem, assim como Antonio.
—Claro, mamãe. Até a noite, Antonio... Tchau Elisa!
—Tchau Kate. _respondeu Elisa sem se intimidar diante de Kate.
Então aquela era Kate? _se perguntava Elisa. Sendo assim fora ela quem enviara o e-mail para ele naquela manhã dizendo que estava ansiosa para vê-lo. Mas, por qual motivo?
—Elisa você ficaria bem algum tempo sem mim? _perguntou Antonio depois que as duas foram embora, tirando Elisa de seus pensamentos.
—Não se preocupe Antonio._ respondeu Elisa ainda irritada pela pose de donzela indefesa de Kate. _Sei muito bem cuidar de mim sozinha. Não vim para Monsália pensando que você ficaria ao meu lado vinte e quatro horas por dia.
—Sei disso Elisa, mas você ainda não está familiarizada com nada aqui; por isso lhe perguntei se você não se importaria se eu me ausentasse por algum tempo. Preciso ver como está meu pai, colocá-lo a par de tudo que aconteceu e do processo de fertilização que irá iniciar amanhã.
—Pode ir tranquilo, Antonio; ficarei bem, não se preocupe.
—Tem certeza Elisa? _perguntou ele preocupado.
Se dependesse de Antonio passaria o resto do dia naquele quarto com Elisa dando continuidade ao que a chegada indesejada de Kate interrompera.
—Absoluta, Antonio.
—Tudo bem; nos veremos no almoço então.
—Antonio não leve à mal, mas não estou com fome, apenas muito cansada. Gostaria mesmo é de dormir um pouco. Se incomoda?
—Tudo bem Elisa, faça o que achar melhor. Quando acordar, me ligue.
—Tudo bem, pode ir.
—Fique bem! _disse Antonio acariciando seu rosto com a ponta dos dedos e saindo dos aposentos de Elisa.
Elisa trancou a sólida porta de seus aposentos e deitou-se no meio da grande cama, pensando nas grandes mudanças que estavam acontecendo em sua vida: de uma moça simples e insegura tornara-se a esposa de um dos homens mais importantes e desejados de todo o continente. Antonio de Castelamontes... de todos os homens do mundo Elisa tinha que se apaixonar justamente por ele? Nunca tivera sorte com relacionamentos; o fato da mãe tê-la abandonado somado a algumas decepções que tivera na adolescência com os raros namorados que tivera tornaram-na uma moça independente e cautelosa em relação aos rapazes que cer-cavam a ela e Felícia, porém com Antonio fora diferente, ele simplesmente a deixava vulnerável com sua beleza, seu carisma, sua mania de controle em relação a tudo que o cercava, inclusive a ela. De uma coisa Elisa estava certa: o amor que sentia pelo príncipe de Monsália a cada dia aumentava, mas não se iludiria de que ele poderia correspondê-la... seria sonhar demais.
Sendo assim, não deveria doer tanto imaginá-lo pensando na bela e falsa Kate_ que não escondia seu interesse por ele_, mas doía e muito.
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Notas finais do capítulo

E então o que estão achando? De agora para frente as emoções irão só aumentar, assim como a paixão que une Antonio e Elisa. Dificuldades e intrigas tb surgirão. E aí, estão ansiosos? Comentem!



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