Romântico Anônimo escrita por Only Stark


Capítulo 2
Bônus I - Dia Intenso


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi. Leiam as Notas Finais. Boa leitura. ❤



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POV Alec Volturi

O barulho irritante continua apitando ao meu lado, desisto de ficar mais um pouco embaixo da coberta e desligo o despertador.

Hoje é domingo, o primeiro como namorado de Ness, e fui convidado/intimidado a almoçar com os Cullen. Papai também foi chamado, mas ele disse que marcou de sair com uma velha amiga. Eu sei onde vai acabar.

Depois de tomar banho eu vou para a cozinha tomar café e vejo papai lendo um jornal, o café à frente estava intocado.

— Até que enfim, Margarida, estou te esperando à tempos para tomar café.

— Por que, pai? Você não é disso.

— Filho, você vai conhecer seu sogro que trabalha com facas, essa pode ser a nossa última refeição juntos. – Bateu em meus ombros solidário. 

— Para com isso, pai.

— Temos que encarar a realidade. – Apenas rolei os olhos e tomamos nosso café. – Que horas você vai?

— Umas onze horas, quando o senhor vai pro seu encontro?

— Não é um encontro, vou apenas vou me encontrar com uma velha amiga. – Resmungou mexendo seu copo.

— Desembucha.

— O quê?

— Quem é ela?

— Já falei, uma velha amiga.

— Você está meio esquisito, diz logo, eu conheço o senhor.

— Reirri. – Sussurrou tão baixo que foi o que eu escutei.

— O quê?

— Heidi, ela voltou de Florença e me convidou para almoçar com ela, satisfeito?

— Agora sim, mas por que não me falou logo?

— Você lembra do desastre no baile, quase eu não aceito. Mas decidi ir. – Bufei rolando os olhos.

— Vá, quem sabe ela não tenha algo a contar.

— Sim, sim. Eu te amo, filho. Sei que sentiu falta de uma mãe desde que Sulpícia se foi, mas eu não podia colocar outra mulher no lugar dela.

— Tudo bem, você deu o seu melhor como pai, eu amo você. Olha onde estou, indo para NYU.

— E para a casa de um cara que usa facas, não se esqueça.

Rolo os olhos, ele é uma pessoa extremamente apoiadora.

(...)

Estaciono o carro em frente à casa dos Cullen e respiro fundo e começo a repetir o meu mantra. Ele não vai usar as facas em mim, ele não vai usar as facas em mim.

Coragem, Volturi. Você é um homem ou um rato?

Balanço a cabeça pra mim mesmo, saio do carro e aperto a campainha da casa, que é muito bela em seus dois andares.

A porta é aberta por um pequeno ser loiro* de olhos castanhos avaliativos, que vira a cabeça pro lado me olhando confuso.

— Quem é você? – Perguntou logo de cara me encarando mortalmente.

— Eu sou Alec, o...

— Ah, o namorado da Renesmee. Eu estou de olho em você, cara. Se você ao menos imaginar machucar ela, quando você estiver no quarto, eu vou estar lá. Quando você estiver no carro, eu vou estar lá. Se estiver na sala, eu vou estar lá. Quando você estiver banheiro, também estarei lá.

— Lorenzo! – Renesmee chegou indignada olhando o pequeno garoto que fez um gesto de “estou de olho em você” pra mim e entrou. – Desculpe pelo Lorenzo. Ele está com ciúmes.

— Tudo bem, fiquei em choque ao saber da existência dele, conhecer ele foi emocionante. – Brinquei e ela rolou os olhos me dando um selinho. – Senti sua falta.

— Eu também. 

Ouvimos um pigarro atrás dela e vejo um homem e uma mulher nos olhando, o que só poderiam ser pais dela, as semelhanças dela com o senhor Cullen são imensas, assim como algumas de Lorenzo com a senhora Cullen.

— Prazer, senhor e senhora Cullen, eu sou Alec Volturi. – Me apressei em me apresentar estendendo a mão e o senhor Cullen a pegou.

— Prazer em te conhecer, rapaz. Quais as suas intenções com a minha filha?

— Pai!

— As melhores possíveis, senhor Cullen.

— Veremos, Volturi. Eu sou cozinheiro, sei muito bem utilizar uma faca, e fiz o almoço especialmente para você. – Foi impressão minha ou o “especialmente” saiu bem sarcástico?

— Obrigado senhor Cullen. Bela casa.

— Obrigada, querido. Minha sogra e eu que planejamos ela. – A senhora Cullen se pronunciou pela primeira vez, animada com o elogio.

— Ficou realmente bonita, senhora Cullen.

— Nada disso, nem sou tão velha. Pode me chamar de Bella. Vamos entrar.

— Tudo bem, Bella. – Ela apenas piscou se acomodando no sofá e fez um gesto para que eu sentasse no outro. O senhor Cullen e Renesmee também sentaram.

A sala era bem ampla, com janelas de vidro e cortinas no tom de bege. Dois sofás e uma poltrona que ficam em frente a uma televisão de plasma.

— Eu tenho uma simples pergunta, Volturi. Time Homem de Ferro ou Time Capitão América? – Renesmee revirou os olhos escondendo o rosto em suas mãos enquanto eu estava confuso.

— O quê?

— Você não assistiu o filme?

— Hum, er, claro. Apesar de gostar muito do Capitão América eu gosto mais do Homem de Ferro, talvez eu tenha um pouco de inveja por ele ser um gênio da tecnologia, mas, definitivamente, Time Homem de Ferro. 

— Gostei de você, prometo não colocar veneno na sua comida hoje. Ganhou o direito de me chamar de Edward.

— Céus, Edward. Você é absurdo, querido. – Bella falou divertida.

— Hey, Volturi, você ainda está aqui. Papai, por que a Renesmee pode namorar e eu não? – Lorenzo reapareceu na sala cruzando os braços, igual como Edward estava mais cedo.

— Querido, só daqui alguns anos, dez anos não é uma idade adequada. – Lorenzo fez uma cara emburrada e sentou ao lado da mãe.

— Nem dezessete, Bella. – Edward deu uma tossida tentando disfarçar a frase.

— Pai, para com isso. O que você fez para o almoço? – Ness perguntou tentando mudar de assunto. 

Eu não estava incomodado, meu pai pode ser pior do que Edward quando quer.

— Eu fiz a minha especialidade, lasanha. Espero que goste, Alec. – Ele deu um sorrisinho presunçoso.

— Claro, Edward, eu gosto de lasanha.

— Que bom. Vamos comer. – Exclamou animado indo por um cômodo do lado direito e todos o seguimos.

Chegamos à cozinha, onde havia uma mesa de seis lugares. Edward sentou na cabeceira com Bella em seu lado direito e Lorenzo ao lado dela. Renesmee sentou no lado esquerdo de Edward e me sentei ao seu lado, de frente para Lorenzo. Logo começamos a nos servir da lasanha de frango, e devo admitir, o cara cozinha muito bem.

— Então, Alec. Você vai fazer o quê da vida?

— Bom, Edward. Eu pretendo fazer odontologia na New York University.

— Um médico, hein? E pretende voltar para Seattle?

— Sim, sempre me interessei pela profissão, odontologia é minha paixão. E quanto voltar à Seattle, acredito que sim, não quero deixar meu pai só.

— Foi muita coincidência que Renesmee também tenha escolhido a mesma faculdade, o destino é maravilhoso. – Bella parece realmente empolgada com isso.

— E uma outra grande coincidência é ela fazer engenharia, papai aprovou isso.

— Aro é uma figura. Eu não queria ir muito longe, achei que Nova York era uma boa pedida, sempre quis conhecê-la, por que não morar por algum tempo?

— Só não quero que você fique por lá, Lorenzo logo sairá de casa, deixarão seus velhos pais de lado e irão viver a vida de vocês.

— Claro que não vou deixá-los papai, eu sou o segundo homem da casa. Tenho que estar por perto de vocês. – Lorenzo falou apontando seu garfo para os dois e Bella bagunçou seus cabelos dando um beijo em sua testa.

— Pai, para de ser dramático, a gente sempre vai estar aqui por vocês, e sei muito bem que vocês não vão se incomodar quando estiverem só os dois aqui.

— Não mesmo. – Bella deu um sorriso safado pra Edward que retribuiu.

Okay, meus sogros são ativos, essa informação realmente não era importante, e pela cara de nojo de Renesmee, ela estava pensando a mesma coisa. Mas isso tem um lado bom, quer dizer que quando eu Renesmee estivermos essa idade ainda estaremos na atividade. Nem tudo está perdido.

(...)

O nosso almoço foi tranquilo, Edward aparentemente gosta um pouco de mim, o que considero uma conquista, ele falou que eu e papai poderíamos aparecer no Twilight** qualquer dia desses para conhecer. Lorenzo parece me suportar, até conversamos sobre histórias em quadrinhos. Bella também parece gostar de mim, me chamou para visitá-los mais vezes.

Depois de algum tempo eu chamei Ness para maratonar alguma série e ter um tempo de qualidade juntos em casa, antes de ter que ir pra faculdade e sofrer todas as dificuldades que só ela pode oferecer. Depois quem sabe a gente possa seguir a nossa vida, casar, e tudo o que temos direito, seria muito cedo para imaginar uma pequena garotinha igual ela?

— O que você tanto pensa? Está tão calado.

— Apenas estou pensando no futuro.

— Espero que eu esteja nele.

— Com certeza, e seu nome é senhora Volturi. – Ela riu corando um pouco, ficando adoravelmente fofa.

— Você é muito bobo.

— É a paixão, você me faz ficar assim, Ness. – Tiro uma mão rapidamente do volante para entrelaçar nossas mãos.

— Eu também fico assim, senhor Volturi.

— Que bom, senhorita Cullen. – Solto sua mão para manobrar o carro para a garagem de casa.

O carro de papai está estacionado em seu lugar, então o encontro dele já acabou. Saímos do carro e novamente entrelaçamos nossas mãos.

— Você irá encontrar a ilustre pessoa que é o velho Volturi. 

— Estou ansiosa para ser apresentada oficialmente como namorada.

Ao abrir a porta vejo a cena que jamais imaginei ver. Eu fui traumatizado de milhares de formas possíveis com essa imagem. Papai está somente de cueca, em cima de uma mulher loira que está apenas de sutiã e calcinha, em altos níveis de amassos.

— PAI. – Guinchei virando de costas e tampando os olhos de Renesmee que está quase engasgando de tanto rir. Ouço um baque e xingamentos vindos de trás.

— Você não avisou que ia chegar tão cedo, filho. Pode virar agora.

Quando virei ambos estavam recompostos, mas isso não apagou a imagem da minha cabeça.

— E você não avisou que iria trazer gente pra casa, eu nunca mais sento nesse sofá. Nunca. – Como meu pai pôde fazer isso comigo? Renesmee pigarra chamando a atenção para si.

— Olá senhor Volturi, eu sou Renesmee Cullen. Prazer em conhecê-lo. 

— Hum, prazer, pode me chamar de Aro. E essa é Heidi, hum, uma amiga. Esse é meu filho Alec e minha nora, Renesmee. Como ela disse.

— Prazer, bem, eu tenho um, er, compromisso agora. Até mais. – Heidi parecia realmente muito envergonhada de ter sido pega nessa situação, não mais que eu, que flagrei esse momento íntimo, eca.

— Deixa que eu te levo. – Papai se adiantou pegando as chaves do seu carro.

— Não precisa.

— Precisa sim. Já volto, Alec.

— Tá, tchau Heidi.

— Tchau.

Então eles se foram rapidamente.

— Bem, eu conheci o velho Volturi em plena ação, não? – Perguntou divertida e rolei os olhos e me sentei no sofá oposto ao qual eles estavam, nem ferrando que eu ia sentar nele de novo.

— Estou traumatizado pelo resto da minha vida!

— Pelo resto da vida, você disse? – Ela perguntou próxima. – Talvez eu deva tentar reverter isso.

— E como você pretende fazer isso? – Mal terminei de falar e ela me atacou, literalmente. Mãos e bocas trabalhando ansiosas.

Talvez eu não fique traumatizado pela vida toda, afinal.

(...)

Eu e Renesmee ficamos até dez horas assistindo Lúcifer, Renesmee ficou com medo de ser terror, mas quando começou o primeiro episódio ela viu que era  meio que uma comédia e ela gostou. O que eu não gostei foi dela ficar o tempo todo babando no ator, ele nem é essas coisas todas.

Edward apareceu em minha porta com Lorenzo, dizendo que estavam por perto e vieram pegá-la. Papai chegou e foi para o seu quarto um pouco antes, decido falar com ele sobre mais cedo, agora que estamos só nós dois.

— Toc, toc. – Abro a porta e o vejo sentado, encostado na cabeceira da cama.

— Quem é? – Ele continua a brincadeira.

— Seu filho traumatizado.

— Você não vai esquecer disso, não é?

— Espero que sim. – Faço uma cara de nojo e ele ri.

— Senta aqui. – Bateu no seu lado e me joguei lá. – Aquilo foi só...

— Pai, você sabe que eu só estou brincando com você, sim? Eu não me importo tanto, apenas com a sua imagem de cueca na minha mente, é triste ver essa imagem. – Brinco batendo em sua costa e nós rimos. – Mas se você quiser Heidi, eu não vou me opor, você já está velho, tem que amarrar o seu burro logo.

— Acho que ser incentivador faz parte do sangue Volturi, e eu ainda dou um bom caldo. – Ele brincou dando um tapa em minha testa. – Nós apenas nos deixamos levar pelo calor do momento, marcamos de nos rever na sexta-feira. Estamos apenas nos reconhecendo.

— Sei, mas qualquer coisa eu estou aqui pra apoiar. – Me sento na cama, me encostando na cabeceira também. – Independentemente da decisão, não gosto muito da ideia de deixá-lo sozinho aqui.

— Ora, rapaz. Eu tenho uma lista de séries que eu passarei uns vinte anos para assistir, e eu sempre posso aparecer no restaurante do Cullen para puxar conversa e esconder as facas.

— Claro, é um bom plano. Mas agora é a hora que digo que ele não quer mais me matar?

— Como conseguiu esse feito? Precisei de meses para o velho Caius me deixar ficar perto da Sulpícia.

— Eu só disse que sou Time Homem de Ferro.

— Que ultraje, todos sabem que o Time Capitão América é muito melhor.

— Nos seus sonhos, velho.

— Não vou discutir sobre isso. – Falou ajeitando a gola da camisa imaginária para dar um ar teatral e eu rolei os olhos. – Mas me fale de Renesmee, é sério mesmo, hein?

— Claro que sim, seríssimo.

— Ela é a garota das tulipas?

— Sim, nunca pensei que ela gostasse de mim.

— Alec, você é meu filho, as mulheres estendem tapetes para nós.

— Claro, vi seu poder hoje na sala. – Zombei dele e acabamos rindo.

Não sei se ele e Heidi vão dar certo, nem se a faculdade vai ser uma coisa muito difícil, não sei se Edward ainda vai estar gostando de mim amanhã.

Mas uma coisa eu sei, eu sempre amarei Renesmee, mesmo agindo feito um stalker*** durante algum tempo.

 


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Notas finais do capítulo

*Ele é loiro por causa da genética do vovô Carlisle :3

**Twilight é o restaurante do Edward. Em primeiro lugar, por falta de criatividade, confesso. Em segundo, eu estava fazendo um off mental da história do Edward com a Bella e deu nesse nome também, ficamos todos satisfeitos.

***Umas duas ou três pessoas chamaram o pobre Alexander assim, aderi o apelido também.

Oiiiiiii pessoas. :3

Voltei com o bônus afinal. o/

Quem acertou nos spoilers quem era o Lorenzo? Quem acertou que o Alec é Time HdF? Diz aí se acertou ou não.
Eu já disse que amo o Aro? :3

Como eu falei no grupo, eu planejava postar domingo, mas pela perda do meu avô uma semana antes eu estava totalmente destruída. Mais ou menos dez anos com ele nesse dia e ele não estar aqui foi dose. Eu dei o prazo pra terça, mas eu faltei a primeira semana de aula pra cuidar da minha mãe que ficou doente desde a internação do meu avô. Então tive que copiar matéria e correr atrás do tempo perdido.

Esse não é o bônus que planejei primeiramente, mas algumas pessoas comentaram sobre e olha ele aqui. Kkkkk. Ainda mais que surgiu #UmMozãoParaOVolturi. Kkkk. O bônus que planejei eu já comecei a escrever, mas não faço ideia de quando ele vem. Mas vem. o/

Obrigada à todas que comentaram, espero que tenham gostado do capítulo. :3

Aquela caixa ali embaixo é indolor, fale com ela sobre o bônus. Quem quiser participar do grupo de fics é só dar o número que posso aderir. Beijinhos.