Clichês escrita por Miss A


Capítulo 3
Cozinhas industriais


Notas iniciais do capítulo

OOOOI GIRLS!
Obrigada pelos comentários do último capítulo, eles me deixaram radiante. Like o Rei Sol (Luís XIV). Só que mais bonito.
Este capítulo está curto, mas...ai, droga. Eu ia dizer que o próximo iria compensar, mas os dois próximos tem cerca de 900 palavras cada. Talvez eu junte ambos. Não sei. Sou libriana não consigo decidir.
Vocês preferem capítulos curtos ou grandes?
Tá, estou falando demais, sorry.

Boa leitura!



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Sonhei com cozinhas industriais.

Só podia ser brincadeira.

Abri os olhos e minha cabeça latejou. Fechei-os rapidamente, a mínima luz que vinha das frestas da janela já causava um efeito doloroso em mim.

Virei o rosto para o lado oposto da janela e senti algo duro. Tateei com a mão e senti um torso humano. Com quem é que eu havia transado ontem?

Minha mente era um papel em branco. Aconcheguei-me no peito de quem quer que fosse e fui sequestrada pelo sono mais uma vez. Mas ele não veio só, veio com uma dose de sonhos estranhos onde James e eu nos beijávamos. Rá. Sem chance.

 

 

Mais tarde quando abri os olhos novamente a luz havia ficado mais forte. Gemi de dor. Remexi-me na cama e senti uma respiração no meu ouvido.

— Porra, para de se mexer, Rose.

James?

Abri os olhos lentamente.

Virei-me para o corpo humano ao meu lado e arregalei os olhos quando vi James. Ele estava de olhos fechado, virado para mim, o peito nu. Merda.

— O que você está fazendo aqui? - Perguntei.

— Tentando dormir - Ele abriu os olhos - E não grite.

Eu não estava gritando.

— JAMES! - Agora eu tinha gritado. O que não foi bom porque minha cabeça latejou. James colocou a mão na cabeça.

— Qual a parte do não grite você não entendeu?

— Me responda de maneira séria e eu não precisarei gritar - Retruquei. Ele não estava entendendo a gravidade da situação? - Eu... Nós... Você sabe?

— Só vou saber se você formular uma frase coerente.

Babaca.

— Nós transamos?

Senti meu rosto ficar vermelho. Ridículo. Como posso passar a imagem de indiferença com o meu corpo me entregando?

— Você fica uma graça corando - James zombou. Dei um tapa em seu braço. E foi quando eu percebi que estava sem roupa. Droga. Droga. Droga.

— Nós íamos - James respondeu - Mas você dormiu.

— Que?

— Você resmungou algo sobre cozinha industrial antes de apagar totalmente.

QUE?

Eu estava em chocada demais para rir. Imagens sobre a noite anterior me encheram. Que humilhação.

— Não foi nada lisonjeiro. Mas se você não contar, eu não conto.

— Me desculpe - Eu disse por que não sabia o que dizer.

— Claro, claro - James fechou os olhos - Vamos dormir agora.

— Tá louco? Saia do meu quarto.

— Por quê? - Ele perguntou ainda de olhos fechados.

Ele era lerdo ou que?

— Vá antes que Fred nos veja. Ele vai entender tudo errado.

James suspirou e abriu os olhos. Ele não parecia nenhum pouco preocupado. Qual era o problema dele? Nós éramos primos e melhores amigos que quase transaram enquanto bêbados, por que é que ele estava agindo como se aquilo fosse normal?

— Tudo bem. Me dê só um minuto.

Ele voltou a fechar os olhos de novo.

— JAMES!

— Cacete. Fala baixo, mulher - James se levantou lentamente, levando metade do lençol com ele. Puxei o lençol com força, cobrindo o meu corpo. Ele se levantou para buscar suas roupas e tentei não reparar excessivamente no volume em sua cueca. Sem sucesso. Por sorte, ele não notou. Vestiu-se e me encarou.

Torci para que o meu cabelo estivesse bom. Ergui uma sobrancelha.

— O que foi?

— Nada - Ele se encaminhou para a porta, mas se virou de novo - Nós... Estamos bem, né?

— Claro. Acho que sim - Parei para pensar um segundo - Nós vamos superar.

— Ok.

E ele saiu do quarto, batendo a porta com força.

Minha cabeça pulsou. Fechei os olhos por causa da dor.

— JAMES!

— Escapou!

Bufei.

Resolvi me levantar, tomar um banho gelado e remédios para curar a ressaca.

 

 

Arrastei-me pelo apartamento me sentindo um zumbi, isto é, se zumbis tiverem ressacas. Encontrei meu livro na mesa da cozinha. Parece que Scorpius não era um ladrão afinal.

Dei um pulo quando a porta da frente se abriu.

Era Fred.

— O que você estava fazendo na rua de... - Olhei no relógio da cozinha. Eram 13hr. - Madrugada?

Fred riu.

— Fui levar... Alguém lá embaixo.

— Hum - Abri uma das portas do armário, atrás de algum remédio que curasse minha ressaca. - Você quer um?

— Não. Estou bem.

Enchi um copo de água. Água. A miserável que nos mantêm vivos por milênios. Como eu a amo. Bebi três copos e só depois ingeri o comprimido.

— Quem te deu isso? - Perguntou Fred apontando para mim.

— Isso o que?

Ele deu um sorriso malicioso.

— O chupão.

Automaticamente a minha mão voou para o pescoço. Aquele desgraçado.

— Um babaca aí - Falei. Ele riu e se sentou numa das cadeiras - Então... Qual é a do Scorpius?

— Scorpius Malfoy?

Assenti com a cabeça. Por acaso ele conhecia mais de uma pessoa com o nome Scorpius?

— Ele é um cara legal - Fred deu de ombros - Ele dá aula em uma escola lá do centro.

— James não gosta dele. Diz que ele é um pervertido.

Fred franziu o cenho.

— Não sei nada sobre isso.

— Talvez ele transe com as alunas.

— Não creio. Scorpius não é esse tipo de cara.

Dei de ombros. Bebi mais água. Abri a geladeira e peguei uma garrafa d’água.

— Vou curar a minha ressaca. Nos vemos daqui uns dias.

Segui para o meu quarto.

 

Lá estava eu deitada na cama, ouvindo new age e pensando na cueca de James. Esse definitivamente não era o objetivo da música.

Virei de um lado para o outro na cama. Realmente qual seria o problema se eu transasse com James?

Nenhum.

Nenhum relevante, pelo menos. Nenhum para se preocupar agora, ao menos.

Eu deveria ser mais hedonista.

E foi com esse pensamento que eu marchei para o quarto de James.

 


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Notas finais do capítulo

Se existe problema em transar com o primo, Rose? Claro que não.
Pessoas, decidam por mim, vocês preferem que o próximo capítulo seja curto ou grande?
Segundo, vocês têm a melhor existência desse Universo, depois de JayRose, o famoso Twitter? Se sim, me sigam @shippojayrose
Terceiro, não se inibam de comentar. Mesmo que seja para criticar.