Clichês escrita por Miss A


Capítulo 13
Girafas são emo góticas


Notas iniciais do capítulo

Oi
Deixo aqui minhas sinceras desculpas pelo atraso. Eu deveria ter postado no domingo, mas acabei escrevendo ao invés de revisar e... bem, atrasei, já que de semana meu tempo é bem reduzido.
Agradeço pelos comentários e pela recomendação da Fremioneforever ♥
Foi sua recomendação que me inspirou pegar Clichês e decidir a merda do final logo kk
Mas aí ao invés de reescrever o capítulo 16, eu peguei o 15. AAAAAAAAAAARGH. Um mal necessário.
Seus comentários e suas recomendações sempre fazem o meu dia mais feliz ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/740114/chapter/13

Jogados na sala.

Comendo pizza.

Conversando besteiras.

Quase não parecia que não tinha pessoas que se odiavam ali.

Talvez não houvesse.

— Sabem o que mais está ameaçado de extinção?

— Dinossauros?

— Minha vontade de viver?

Dominique revirou os olhos para nós.

— As girafas e isso é tão triste. Elas são tão fofas com as suas línguas pretas.

— Línguas pretas?

— É.

— As girafas são mais emo góticas do que você, Rose – Fred debochou.

— Você está desatualizado, já passei dessa fase faz tempo.

— Como assim você traiu o movimento? Eles te impuseram algum ritual num cemitério?

— O único ritual que vai ser imposto aqui vai ser o do seu exorcismo.

Ele riu.

— Não sei o que é pior, o Fred sóbrio ou o Fred bêbado.

— Dá quase na mesma, Jay – Dominique observou.

— Concordo. Sou legal dos dois jeitos.

— Acho que tem algo na criação dessa família que torna jovens superconfiantes e arrogantes.

— Está falando por experiência própria, amor?

— Claro, eu convivo com Fred e você todos os dias.

Dominique riu.

— Quanta hipocrisia, Rose Weasley.

Só sorri para ele. Levantei-me e estendia a mão para Dominique

— Vamos para o meu quarto.

— Que convite lascivo – Fred comentou.

— Ah é, não se incomodem com os ruídos – Brinquei.

Fomos para o quarto. Fechei a porta.

— Como eu detesto aquele ser.

— Pensei que estivesse apaixonada por ele.

— Isso só me faz detestá-lo ainda mais.

Sentei-me na cama, ela me seguiu.

— Vocês estão brigados?

— Não. Eu só... Dei um tempo.

— Ele sabe disso?

— Ele já percebeu que eu o estou evitando, se isso responde sua pergunta.

— Por que você está o evitando?

Ela começou a brincar com o anel que usava.

— Eu quase falei “eu te amo” enquanto estávamos transando, acho que ele percebeu.

Deu ruim.

Tentei não parecer terrivelmente chocada.

— Como assim “quase”?

— Eu soltei “eu te a...adoro, sabia?”

— Talvez ele não tenha percebido.

— Não sei não. Mas agora estou morrendo de vergonha e preferia não vê-lo, o que não aconteceu não é mesmo? – Dominique olhou como se eu fosse a culpada por isso.

— Você vem na casa dele e espera não o ver?

— Você disse que ele não estava!

— Mas é a casa dele! Ele tinha que voltar em algum momento, certo?

Ela olhou para as paredes, não querendo concordar.

— Talvez seu subconsciente quisesse exatamente isso: vê-lo.

— E como isso pode ser melhor?

— Eu não disse que era melhor, só dei uma explicação.

— Detesto como fico toda impulsiva e não penso direito nas coisas por causa dele.

Afaguei seu ombro.

Como é que uma paixão pode causar tanta dor?

— Eu posso conversar com ele, se quiser. Descobrir suas intenções, o que ele de fato quer.

— Só transar e curtir, é claro. É o Fred.

— Você nunca sabe.

Ela deu de ombros e colocou um sorriso no rosto.

— Mas e você? Porque não falamos de você?

Droga.

— Eu?

— É! Como está a faculdade? Alguém legal lá que fez o seu coração balançar?

— Meu coração? – Debochei.

— Seu quadril então.

— Não, não tem ninguém lá que valha a pena.

— E fora de lá?

— Tenho que te contar uma coisa.

Ela se mostrou animada.

— O que?

— Você não é a única copulando com um primo.

— O QUE?

— James e eu estamos tendo... uma coisa.

Dominique aparentou estar choque.

— Como? Quando? Onde?

— Começou na última festa do Fred.

— Continue!

Ergui as sobrancelhas para a sua empolgação, mas continuei.

— Nós estávamos bêbados, fomos para o meu quarto e eu o beijei, então começamos a nos agarrar, mas eu dormi.

Ela riu.

— Fica pior. No outro dia eu o expulsei da minha cama, mas – Eu olhei ao redor, lembrando-me daquela manhã – James é bonito demais para sanidade de qualquer um.

Foi a vez dela de erguer uma sobrancelha.

— Eu fui procurá-lo e nós... consumamos nosso caso e continuamos até agora.

É claro que eu não ia mencionar os surtos.

Nick riu de novo.

— Em outras palavras: você o seduziu.

— Não é como se James fosse um jovem inocente.

— Definitivamente não.

— E como é?

Eu mexi no meu cabelo e não consegui desfazer do estúpido sorriso.

— Eu não sei. James me desconstrói.

— Eu falava dos detalhes sórdidos, mas já que você está se mostrando tão apaixonadinha, talvez devêssemos falar isso.

— Eu não estou apaixonada – Menti. Não ia admitir os meus sentimentos em voz alta nem que me oferecessem um unicórnio. E um panda.

— Tem certeza?

— Dominique, eu não tenho um coração mole como você.

Ela rolou os olhos, não se ofendendo.

— Não tem problema nenhum se você estiver apaixonada, Rose.

— Não tem problemas? Como não?

— É óbvio que James também tem sentimentos por você.

— Óbvio? Também? Dominique você andou lendo aqueles romances de época¹ de novo?

— Sim, mas...

— Está explicado.

— Isso não tem nada a ver e pare de mudar de assunto.

— Não estou mudando de assunto. É você que está, não quer ouvir a verdade sobre este tipo de livro idealista.

— Eu não sou uma garota ingênua, Rose. Não vou ficar esperando por um cavalheiro de cavalo branco. Você já viu o Fred? No máximo ele seria o cavalo.

 

Não pude discordar.  

— Mas voltando aos seus sentimentos...

— Que sentimentos? Eu não tenho nenhum sentimento, muito menos no plural.

Ela apertou os olhos, encarando-me, depois suavizou o rosto.

— Vocês formariam um belo casal.

Eu iria estapear aquela cabeça loira.

— Dominique, mesmo que, hipoteticamente, houvesse sentimentos envolvidos de ambas as partes, eu nunca, nunca, arriscaria minha amizade com James por algo romântico e incerto.

Ela abriu a boca para falar, mas eu não deixei.

— Mas isso não é algo para se preocupar, porque não existem sentimentos da parte dele e nem da minha. Estamos só transando. É algo casual.

— Não dá para ter algo casual com o seu primo e melhor amigo.

— Claro que dá. James e eu temos.

— Veremos até quando.

— Por que você não vai fazer as pazes com o seu cavalo, hein?

— De jeito nenhum. Prefiro ficar aqui e imaginar como serão seus filhos com James.

— Você está superando Lily.

Ela franziu o nariz.

— Só estou te provocando.

— Sério? Não tinha percebido.

Ela jogou um travesseiro em mim.

— Por que você não começa a desembuchar sobre os seus dilemas de amor?

— Dilemas de amor? Nem Lily conseguiria ser tão piegas.

Joguei o travesseiro de volta. Ela o pegou e começou a discursar sobre Fred e metáforas estranhas com teias de aranhas.  

 

Quando já estava tarde, Dominique levantou-se para ir embora. Os dois garotos ainda estavam na sala, ela abraçou rapidamente cada um, mas quando foi à vez de James ela o chamou de “safado”. James olhou para mim e ergueu uma sobrancelha. Eu só balancei a cabeça.

— Eu te levo até lá embaixo – Fred se ofereceu.

— Fred eu acho que consigo tomar um elevador e sair do prédio sem precisar de ajuda.

— A questão é que você acha, não tem certeza – Disse ele, caminhando para fora do apartamento. Dominique abraçou-me e saiu retrucando com Fred.

De alguma forma, Dominique e eu éramos muito parecidas. Mas isso era outra coisa que eu nunca admitiria em voz alta.

— E nós?

— Nós o que? – Eu perguntei.

— Posso te acompanhar até o meu quarto? – James estendeu a mão e deu um sorriso que de tão obsceno deveria ser considerado crime.

Segurei sua mão.

Paixão era uma droga.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1. Não pensem que eu estou falando da Austen, TÁ? PELO AMOR DOS UNICÓRNIOS. Estou falando de certos romances de épocas que mais parecem romances do século XXI só que com outras roupas e maneiras de falar. Nada contra, eu gosto deles (de alguns), mas que eles são completamente inverossímeis (e piegas) temos que admitir.

GENTE
FALTAM 3 CAPÍTULOS PARA A HISTÓRIA ACABAR (OU NÃO).
Eu espero que vocês continuem presentes comigo até o fim dessa jornada, deixando um comentário ou recomendação, mesmo que esta autora que vos fala seja piegas (quem usa a palavra jornada?).
Eu sei que as coisas estão meio bostas agora, mas espero que pelo menos vocês consigam rir das piadas. Se sim, deixem um comentário ♥


Mapa astral de James Sirius Potter:
Sol em Leão, casa 5
Mercúrio em Virgem, casa 7
Lua em Libra, casa 8
Vênus em Libra, casa 8
Marte em Sagitário, casa 9
ASC em Peixes
MC em Sagitário.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Clichês" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.