Clichês escrita por Miss A


Capítulo 12
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

OLÁ
Eu fiquei muito feliz com os comentários e com a LINDA recomendação da Leitora Compulsiva ♥ ♥ (EU NÃO PARO DE LER).
É tão linda que dá vontade de imprimir e colar na parede...
Amanhã é o meu aniversário e seria incrível se vocês resolvessem imitar a LC *só jogando no ar*
Se vocês sentirem vontade é claro UAHSUAHS Mas só deixar um comentário já vai me fazer feliz ♥
Leitores fantasmas, é melhor aparecerem ou vou chamar um exorcista.
Acho que acabei de chamar vocês de demônios... DESCULPA.

Tenho uma surpresa pra vocês lá embaixo ♥



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Eu estava chocada com a revelação de Dominique.

Como eu não previ isso acontecendo?

Não sabia se me sentia aliviada ou desapontada por não ser a única copulando com um primo.

Aquarianos e seu gosto por serem diferentes.

 

Quando entrei no meu quarto, encontrei James me esperando.

— Não foi para a faculdade, vagabundo? – Perguntei e jogando minha bolsa na cadeira.

— Fui, mas voltei mais cedo.

Ele se aproximou.

— Por quê?

— Porque quando começou a aula de redação criativa não saiu nada, eu só consegui pensar em escrever conto erótico – Ele me abraçou.

— Você deveria ler menos Anaïs Nin.

— Não sei se ela é a culpada.

— Isto é uma indireta?

— Claro que não, amor. Por que você acha isso?

Tentei não sorrir quando ele me chamou de amor.

Desviei o rosto quando ele tentou me beijar. Livrei-me dos seus braços e fui colocar o meu celular para carregar.

— Você se acha tão demais hein? – Comentei.

Ele abraçou minhas costas.

— Eu meio que sou, mas acho que isso você já sabe.

Ele afastou meu cabelo, beijou o meu pescoço e começou a correr suas mãos pelo meu corpo.

— James.

— Você me deixa louco, Rose – Ele sussurrou e virou meu rosto para me beijar.

Em passos lentos fomos até a cama e caímos sobre ela.

 

— Ai, devagar, James.

— Eu seria se você de fato gostasse disso.

Eu estreitei os olhos. Detestava que ele me conhecesse.

— Um pouco de gentileza não faz mal – Resmunguei.

— Se você quer gentileza, amor – Ele encostou sua boca no meu ouvido – Arrume um namorado.

— Garoto grosso.

— Obrigado – Seu sorriso foi malicioso para combinar com os seus pensamentos.

Ele me distraiu antes que eu soltasse uma réplica.

 

— Temos que ser mais cuidadosos com relação ao Fred.

Ele quase havia nos pegado juntos mais de uma vez.

— Tudo bem – James concordou antes de me beijar. Ouvimos passos do Fred ecoando no corredor.

— Acho melhor você voltar para o seu quarto.

— Está me expulsando?

— Sim.

— Assim sem gentileza nenhuma?

— Se você quer gentileza, arrume uma namorada.

Ele sorriu e vestiu a calça. Fui até a porta e pus a cabeça no corredor.

— O terreno está livre.

— Quero minha camisa de volta.

— Claro – Menti. Ele se inclinou para beijar, mas eu o empurrei.

— Melhor você ir.

 

Dias haviam se passado e minha relação com James havia atingido um novo patamar. Ela se resumia em uma palavra de quatro letras.

Cama.

— James, preste atenção no que estou falando.

— Mas eu estou – Ele deu um sorriso inocente tão falso que não deveria colar nem com a sua mãe.

— Está prestando atenção, mas não em mim.

— Tecnicamente, eu estou prestando atenção em você – Ele parou de tentar tirar minha roupa e colou seus lábios nos meus.

Era difícil manter uma linha de raciocínio desse jeito.

— James.

Ele se afastou.

— Tudo bem. Qual é o seu ponto?

— Não sei se o que estamos fazendo é saudável.

— Sexo? O Ministério da Saúde diz que sexo é vida.

Rolei os olhos.

— Não acha que estamos nos fechando dentro da nossa própria bolha?

Toda a socialização que eu tive fora da faculdade envolvia somente James. Na realidade qualquer coisa que eu tenha feito nos últimos dias o incluía.

— Você acha que estamos obcecados um pelo outro?

Eu, com certeza.

— Não – Menti, nunca admitiria aquilo em voz alta – Só que estamos muito... entende?

O que eu queria dizer era que toda aquela aproximação era muito intensa e que ser tocada por ele o tempo todo me deixava destruída, que ele me deixava ansiosa e era ele que consumia todos os meus pensamentos. Que estar com ele, mas saber que ele não era meu me corroía e que eu estava apaixonada e detestava isso.

Mas é claro que eu não diria nada disso.

— Um pouco, eu acho.

— Estamos envolvidos demais e deixando o resto do mundo – Admiti por fim.

— Se é isso que está te preocupando, não precisa mais. Vou para uma feira de comunicações sexta, volto no domingo.

A ideia de ficar longe dele mexeu comigo.

— Nesse caso, ignore tudo o que eu disse.

Ele riu antes que eu o beijasse.

Ultimamente eu não me sentia nenhum um pouco como Rose Weasley.

 

Mais tarde eu o voltei a importuná-lo. Parte de mim desejava saber se ele sentia algo semelhante a mim, a outra sentia medo só de pensar na possibilidade.

— Qual foi à última vez que você viu o Sol?

— Provavelmente nunca, já que nós humanos não conseguimos olhar para o Sol.

— Você está insuportavelmente insuportável hoje.

— São os seus olhos.

— E sua vida social?

— Vida social em excesso pode te deixar fútil e dependente.

— Claro, vida social em excesso é com certeza um problema.

— Sim e o melhor remédio é se isolar, talvez só manter contato com uma pessoa. Você deveria tentar.

— No caso essa pessoa seria você?

— Já que você insiste.

Por que é que eu tinha queda por caras engraçadinhos?

— James...

Algo estava me importunando há alguns dias.

— O que?

— Por que você pediu um acordo de exclusividade?

Ele se remexeu, desconfortável.

— Não gosto de dividir.

Avaliei sua resposta. Aquilo combinava com a sua personalidade. Leoninos eram possessivos e ciumentos.

Mas havia algo ali. Eu sentia. 

— Acredito que devemos ter um acordo que me beneficie também.

— Exclusividade não te beneficia o suficiente?

— Em partes, mas não sou ciumenta.

— Eu também não.

Eu ri exageradamente.

— Não tem graça.

— James, você tem ciúmes até do Albus e ainda tenta negar.

Ele bufou.

— Vocês sempre foram próximos, especialmente depois daquela viagem a Bath. Todo mundo achou que vocês estavam namorando.

— Eu não estava falando de Albus e eu, mas você admitir só confirma a minha afirmação.

— Por que qual outro motivo eu teria ciúmes do Albus?

— Seus pais. Sua família. Você gosta de ser o favorito.

— E eu sou, portanto, não tenho motivo para ter ciúmes.

— Você é tão arrogante.

— Confiante.

— Pedante.

— Estonteante

— Irritante.

— Participante

— Que?

— Era o que rimava.

Revirei os olhos.

— Podemos focar no meu acordo?

— O que você quer?

— Ir a uma boate gay.

— Você encanou com isso.

— Eu encano com muitas coisas.

— Você é um pouco obsessiva.

Escorpião no mapa astral, lembra?

— Acordo fechado?

— Fechado.

 

— Você já ouviu falar sobre o paradoxo do mentiroso? – Perguntei para Fred.

— Lá vem você com isso de novo – Reclamou James.

— Calado.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Pelo jeito deixou a educação na cama hoje.

— Impressão sua, querido.

Ele imitou minha última frase num tom de voz fino e irritante.

— Sua maturidade me impressiona.

— Essa não foi uma das melhores cantadas que eu já ganhei, mas obrigado.

James e sua conotações sexuais deturpadas.

— Vocês estão transando? – Fred perguntou.

Quase tive uma AVC.

— Que?

Não tive coragem de olhar para James.  

— Não adianta negar porque eu vi os dois juntos.

Se ele sabia por que estava perguntando?

— Bem – Eu comecei, mas não sabia o que dizer. Eu tinha sido pega de surpresa.

— Nós estamos. Algum problema? – Perguntou James.

Fred deu de ombros.

— Só gostaria que vocês fossem mais silenciosos – Ele deu um sorriso malicioso – E ficassem sabendo que não precisam mais andar escondidos pelo apartamento, vocês não são bons nisso mesmo.

Eu corei e ri nervosamente.

— Só não espalhe, por favor.

— Eu sei guardar segredo.

— Eu sei disso.

Ele ergueu a sobrancelha. Balancei a cabeça. Eu não iria falar sobre o seu caso com Dominique na frente de James. Ela não havia me pedido segredo, mas a situação parecia o requerer.

— Ótimo, porque não está em meus planos ser dilacerado por Rony Weasley – James comentou. Meu pai era do tipo ciumento.

— Amigos de verdade estão dispostos a morrer pelo outro.

— Não quando a ira de um Weasley está envolvida. É a pior maneira de morrer.

— A fúria de Zeus não é nada comparada a fúria de um Weasley ciumento – Fred concordou.

— Ou de um Weasley faminto – James completou.

— Sorte nossa que eles não vão descobrir então.

— Porém, não posso deixar de pensar que seria um ótimo almoço de família – Fred olhou para o alto, provavelmente imaginando alguma cena bizarra.

— Com ótimo você quer dizer meu pai correndo atrás de James com um machado?

— E Lily fazendo perguntas indecentes – James continuou.

— Minha mãe dando sermão sobre sexo.

— Tia Ginny planejando o casamento e vovó pedindo bisnetos – Fred brincou.

— Seria o pior almoço da minha vida.

— Poderia ser pior – James comentou.

— Como?

— Você poderia estar numa ilha deserta só com cinquenta tons de cinza para ler.

Sempre tem como ficar pior.

 

— Sonhei com um coelho assassino hoje.

James me olhou.

— Você só tem sonhos bizarros.

— Na verdade todos os sonhos são bizarros.

— Os meus não.

— Isso porque você não se lembra deles.

— Bom ponto.

— James?

— Oi?

— Quero contar para Dominique sobre nós – Falei e me preparei para argumentar, mas ele me impediu.

— Tudo bem.

— Fácil assim?

— Eu já estou na sua cama, fica complicado ser difícil nesse caso.

— Parvo – eu disse – Você entendeu o que eu quis dizer.

— Bem, eu não faço objeção para que alguém saiba.

— Espera aí, amigo. Alguém? Só a Dominique e o Fred vão saber.

— Tudo bem pra mim também.

Franzi o cenho.

— Tudo bem se eu roubar um panda?

— Que?

— Já que você está sendo tão bonzinho assim você poderia me ajudar.

— Onde você colocaria um panda?

— No apartamento, é claro.

Norwegian Wood¹ começou a soar meu quarto. Corri atrás do meu celular.

Norwegian Wood? Sério?

Ignorei-o e atendi a ligação. Era Dominique.

— Alô?

— Você está no seu apartamento?

— Sim.

— Fred está aí?

— Não.

— Estou indo aí.

— Ok.

— Tchau.

— Nick, espera!

— O que?

— Compre chocolate no caminho.

Ela riu do outro lado.

— Tudo bem.

Desliguei o celular.

— Dominique está vindo pra cá – Eu o avisei.

— Quer que eu me esconda no armário ou...

Revirei os olhos.

— Basta sair do meu quarto, James.

— Você está me expulsando com muita frequência, não sei se gosto disso.

— Infelizmente, você não pode fazer nada contra isso.

— Eu poderia tentar – Disse ele, se levantando da cama.

— E posso saber o que você faria?

— Talvez eu sequestrasse seus livros ou usasse um panda como refém.

Eu ri enquanto o empurrava para fora do quarto.

 

— Trouxe o que eu te pedi? – Perguntei assim que abri a porta.

— Oi também.

— É, isso também.

Dominique entrou no apartamento e entregou-me a sacola de chocolates.

— Chocolate light, Dominique?!

— Esse é o meu. Tem outros de alto valor calórico aí dentro – Ela falou – Oi James.

James estava jogado no sofá.

Suspirei com alívio ao ver os outros chocolates na sacola.

— Pelo menos os meus chocolates têm gosto de chocolate.

Dominique sentou-se no sofá e eu sentei-me no meio dos dois.

— Quero só ver se você vai continuando pensando dessa maneira quando sua calça tamanho 36 não entrar.

— Vai ser difícil disso acontecer, Rose está fazendo bastante exercícios ultimamente.

— Está indo para a academia, Rô?

Fuzilei James com os olhos.

— Não, só estou fazendo caminhadas – Menti. Eu iria contar para ela sobre nós, mas não seria na sua frente e nem nessas circunstâncias.

Comecei a devorar os chocolates.

— Veio até aqui por algum motivo especial?

Ela olhou rapidamente para James e depois para mim.

— Não, só estava entediada em casa.

Mentira deslavada.

— Nós somos uma atração mais interessante do que a Netflix? Estou lisonjeado.

— Na verdade, ela veio me ver.

— Vocês são quase a mesma pessoa então...

— Não precisa ofender, Dominique – Zombei.

— Ei!

— Desculpa, James. Nada pessoal.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Quer um chocolate?

Ele pegou a sacola da minha mão.

— Nem encoste nos da embalagem azul.

É claro que ele ignorou o meu pedido e foi exatamente no bombom azul.

Estreitei os olhos.

James abriu a embalagem e comeu lentamente o chocolate, enquanto me observava. Seus olhos desafiavam-me.

— Espero que sua calça 36 não sirva mais.

Era bem óbvio que ele já não usava número 36, mas isso não fazia muita diferença. Afinal, tamanho 36 era uma imposição somente para mulheres.

— Vocês dois são impossíveis.

— Impossível é a cultura machista. Impõe tamanho 36 para as mulheres e não permite que James chore ao assistir Bob & Marley.

— Você vai contar isso para todo mundo?

— Não. Relaxa, ninguém sabe. Só nós três e os seguidores do meu Twitter.

James revirou os olhos.

— Não tem problema nenhum você ter chorado, James. Teria problema se você tivesse dormido no cinema assistindo Os Vingadores – Dominique falou, olhando diretamente para mim.

— Em minha defesa, lutas são chatas.

— Só você para conseguir dormir enquanto Scarlett Johansson e Chris Evans estão na tela.

— Todo mundo tem defeitos.

— E nós achamos o seu – James falou, incrédulo.

Comi mais chocolates e ignorei os dois, enquanto eles conversavam sobre o filme.

 

Quando Fred chegou Dominique estava nos contando da vez que escreveu uma redação e colocou no topo a palavra “título” para que não se esquecesse do mesmo. Acontece que ela esqueceu e entregou uma redação chamada “Título”².

Nós gargalhamos com a sua história.

— Típico de Dominique Wesley – Fred zombou ao entrar no apartamento.

— Como se você me conhecesse o bastante para saber o que é típico ou não – Dominique replicou.

Fred sentou-se na poltrona, sorrindo.

— Eu sei que você chora toda vez que assiste alguma reportagem sobre refugiados, que é obcecada por boatos da monarquia e que tem mais medo de barata do que de envelhecer... E que você sempre estreita os olhos antes de mandar alguém se foder. Igual você está fazendo agora.

Não consegui reprimir o sorriso, olhei para Dominique e estava claro que ela tentava se controlar para não fazer o que o primo acabara de insinuar.

— Você está errado.

Fred ergueu uma sobrancelha.

— Eu não tenho medo de baratas, eu tenho nojo, algo muito semelhante com o que você me causa.

Ela deu um sorriso de desprezo. Fred não se abalou e continuou com o seu ar de presunção.

— Você sabe o que dizem sobre o ódio, não sabe, Nick? – Ele perguntou.

— O que?

— Entre o amor e o ódio a linha é tênue – Ele sorriu para ela. Ela o encarou, sua expressão não sugeriria absolutamente nada. Eu nunca desconfiaria que ela estava apaixonada, se a mesma não tivesse contado.

— O que vocês acham de pedir uma pizza? – Sugeriu James. Ele e sua estratégia de diplomacia através de comida.

— Ótima ideia. Estou faminto.

— Quando é que você não está? – Zombei.

— Quando estou dormindo.

Nós rimos, mas Dominique fez o possível para conter o sorriso.

 


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Notas finais do capítulo

1. Norwegian Wood, música maravilhosa dos Beatles.
2. Vocês já devem ter visto essa história no Twitter ♥ Infelizmente não tenho o user da pessoa :/

Surpresa: MAPA ASTRAL DA ROSE LIBERADO MINHA GENTE.
Sol em Aquário, casa 9.
Mercúrio em Peixes, casa 9.
Lua em Câncer, casa 3.
Vênus em sagitário, casa 8.
Marte em escorpião, casa 5.
ASC em Gêmeos.
MC em Peixes.

Eu não sei se vocês entendem de astrologia, mas se quem quiser, é só pedir que eu comento o mapa da Rose por MP ♥
E se quiser aprender sobre astrologia, estamos aí também.
Sobre o capítulo, pegaram a piada do título? UASHUAHSUAHS
Só eu amo essas cenas JayRose? ♥

Espero ver vocês em breve.



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