Hero escrita por spyair


Capítulo 2
Eu passei?


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um, não consegui me aguentar!
É continuação do capítulo anterior.
Os três primeiros capítulos serão apenas introdutórios, contando sobre o exame de admissão e o primeiro dia na U.A, depois vai ter um pequeno pulo temporal. Nos vemos nas notas finas!



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A busca de um sonho. Um objetivo a alcançar. O primeiro passo é dado aqui e agora. Diante dos portões de uma das réplicas de cidade da U.A. Atrás dessas portas está o início do meu sonho, o início de um futuro glorioso como uma super-heroína que oferece seu próprio coração para salvar as vidas das pessoas em perigo e deter o mal.

Mas quem eu quero enganar com esse discurso? Diante daqueles portões minhas pernas tremiam mais que vara verde no outono, o nervosismo havia se apossado de meu corpo completamente. As palmas de minhas mãos suavam excessivamente e calafrios corriam por minha espinha a intervalos curtos de tempo.

Controle-se, Hanae! Fique calma, não há porque ficar nervosa. É apenas o exame de admissão da melhor escola preparatória para super-heróis do país, a sua felicidade e o seu futuro que estão em jogo!

Mordi o lábio inferior, esperando por qualquer sinal de que o exame começara. Estar no meio da massa de alunos fazia eu me sentir ainda mais nervosa. Não que eu fosse claustrofóbica ou algo do tipo, mas por que estão todos sorrindo? Não estão nervosos?

Então os portões se abriram.                       

Minhas pernas se moveram sozinhas na direção da réplica de cidade, estava á frente do grupo. Não tardou para que eu avistasse o primeiro obstáculo. Os cantos dos meus lábios se curvaram em um sorriso de excitação, a adrenalina sobressaindo o nervosismo. Era um dos grandes, três pontos. Precisava apenas destruí-lo, e havia um jeito muito fácil para destruir algo eletrônico usando minha Individualidade.

Corri destemidamente até o robô que vinda direto até mim. Ao chegar perto o suficiente, tomei impulso com os pés, saltando para cima dele. No meio do salto, todo o meu corpo se fez água, penetrando por uma brecha na lataria do robô até o interior de seus circuitos. Três segundos depois eu já estava do lado de fora, partindo para o próximo robô.

Quarenta e seis...Quarenta e oito... Cinquenta e um...

Já haviam se passado sete minutos e eu percorria as ruas em busca de mais pontos quando avistei um de dois pontos perseguindo um garoto baixinho com um estranho cabelo roxo. Mudei minha rota para ajudar o garoto que parecia estar passando por sérios problemas com aquele robô. Antes que a maquina pusesse as “garras” no pequeno garoto e o estraçalhasse, agarrei-o, e corri para o lado oposto.

— Você está bem? — indaguei enquanto corria com ele nos braços.

Ao sentir algo apalpando meus seios, parei a corrida imediatamente, abaixando o olhar apenas para encontrar o garoto com suas pequenas mãos me tocando.

— Ora seu... —murmurei, arremessando-o contra a parede mais próxima com toda a força de meus braços.

— Espera, espera, espera! M-minha mão apenas e-esorregou!

—  Você tem sorte de eu estar com pressa, pirralho! Mas escute aqui, se eu encontrá-lo na saída, você vai morrer! — vociferei, dando meia volta para derrotar o robô de pouco antes.

Ah, eu vou matar esse baixinho sujo de uma figa, filho de uma mãe, descarado!

***

Ao fim do exame, foi anunciado que os resultados seriam enviados pelo correio dentro de alguns dias. Estaria mentindo se dissesse que saí da réplica de cidade sem procurar aquele baixinho, mas por sorte dele, não o encontrei. Muita, muita sorte.

Juntei-me ao Izuku na saída, e ele me parecia ridiculamente exausto. Juntos, fomos para casa aguentar os surtos de preocupação da mamãe durante uma semana inteira.

***

O correio nunca foi tão esperado por mim como ao decorrer daquela semana. Todos os dias pareciam passar a passos de tartaruga, até a noite onde comemos peixe no jantar. Não havia nada incomum no peixe, ou na louça que tive que lavar depois do jantar, ou mesmo no patético programa de televisão que passava quando me juntei ao Izuku no sofá, onde ele levantava um peso com o olhar perdido em algum ponto qualquer da parede.

— Cri-cri-cri-cri-crianças! Chegou, chegou, está aqui! — a voz desesperada e nervosa de mamãe preencheu a sala de estar, quando ela rastejou até o sofá onde estávamos, trazendo duas cartas endereçadas á Midoriya Izuku e Midoriya Hanae.

Izuku simplesmente agarrou sua carta e correu para seu quarto, trancando a porta. Troquei um olhar de preocupação com mamãe. Minha carta realmente não me importava naquele momento. Izuku colocava muita expectativa naquela escola, e se ele não passasse ele iria ficar na fossa o resto da vida, se culpando por ser um fracassado idiota. Segui minha mãe até a porta do quarto de Izuku, onde aguardamos ansiosamente algum sinal. Encostei o ouvido na porta para tentar ouvir algo, e alguns ruídos eram audíveis. A ansiedade durou por dez minutos, mais ou menos até que a porta foi aberta. Meu irmão carregava um semblante calmo no rosto, então eu soube que deveria abrir a minha carta.

...Você foi aceita... foi a primeira coisa que eu li. Cinquenta e três pontos de vilão... Doze pontos de resgate...

— Passamos... —Izuku murmurou.

— Nii-san! Passamos! — gritei, um sorriso de orelha a orelha tomando conta da minha face — Vamos ser heróis!

Atirei meus braços em torno de seu pescoço, lágrimas ameaçando cair de meus olhos. Meu gesto foi prontamente retribuído por meu irmão, que passou seus próprios braços ao redor de meu corpo. Os gritos exagerados da mamãe e as lágrimas escorrendo livremente de seu olhos, formando duas cachoeiras, nos arrancaram de nossa alegria. Ambos fomos puxados pela Individualidade da mamãe até ela, que nos embalou em um abraço apertado que impedia até que nossos pulmões funcionassem normalmente.

— Okaa-chan! Não consigo respirar!

***

—  Nii-san! Vamos logo ou vamos nos atrasar — ralhei com meu irmão ao pé da porta, esperando que ele acabasse de amarrar seus cadarços.

— Não estão esquecendo nada? Pegaram os lenços? — mamãe indagou, nervosa.

Concordamos juntos, e quando Izuku finalmente terminou de amarrar os cadarços abri a porta.

—Ah... Vocês... — ouvimos mamãe murmurar e viramo-nos para ela. — Vocês estão muito legais!

Sentindo minhas bochechas esquentarem, sorri, balançando a cabeça afirmativamente.

Deixamos a casa, caminhando apressados até a estação de trem que nos levaria para a escola. Ao chegar lá, Izuku e eu buscamos desesperadamente a nossa sala. Demos sorte de ficar na mesma, a sala 1-A.

— Lá está, nii-san. Sala 1-A, é aqui — apontei para uma porta enorme com um “1” e um “A” pintados de vermelho.

— Você acha? — pude sentir uma pitada de irônia em sua voz.

Exagerado, bastava uma plaquinha.

— Ei, nii-san, tomara que não fiquemos na sala do Bakugou — ri — Odiaria ter que passar mais um ano da minha vida com aquele idi... — minha voz morreu ao abrir a porta, quando a primeira pessoa que eu vi foi exatamente Bakugou Katsuki, arrumando briga com o garoto que me dera informação no dia da prova. — Okay, eu vou pular da janela para dar fim ao meu sofrimento — cruzei a sala, passando direto pela carteira de Katsuki e escancarando a janela. Levantei uma das pernas para cima do parapeito, porém estanquei ao sentir um olhar intruso abaixo de minha saia.

Abaixei lentamente o olhar, encontrando o mesmo garoto de estranhos cabelos roxos ao qual eu havia jurado a morte.

— Você... — sussurrei, rangendo os dentes.

— É-é você...  E-eu estava apenas me certificando! — ele tentou argumentar, correndo rapidamente para longe de mim. Para o tamanho de suas pernas, ele é bem rápido.

— H-Hanae, acalme-se! — Izuku agarrou meu braço. Encarei-o com meu olhar mais assassino, meus olhos brilhando em pura fúria.

— Me solte, Izuku, ou eu vou matá-lo junto com ele!


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?! Comentem, please!
Não dói, não leva muito tempo e faz a autorinha muito feliz!
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