Hero escrita por spyair


Capítulo 15
Agarre a Licença Provisória!


Notas iniciais do capítulo

Yo, minna!
Surpresa! Combo duplo pra vocês!
Um aviso, quando tiver uma aspa dessas ' na frente de uma palavra em japonês, significa que o significado dela estará nas notas finais.



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Após aquele dia, eu ainda havia ido encher o saco da Hatsume sete vezes. Além das luvas, eu também havia mudado o comprimento do uniforme, estendendo-o do joelho até que cobrisse meus pés, como o macacão da Mount Lady, e também tinha adicionado um cinto de utilidades branco com uma logo que eu desenhei outro dia. Fora isso foram apenas mais alguns acessórios que Hatsume construiu pra mim.

Durante o tempo que eu fiquei sem meu uniforme, tive que usar o da escola, que se tornou um problema muito grande pra mim. Como as mangas do uniforme tinham sido destruídas por Dabi, a escola me deu um novo uniforme que não foi feito com o tecido especial de Yaoyorozu, então sempre que eu estava lutando e me liquefazia, acabava nua. Razão pela qual a Midnight assumiu o lugar do Ectoplasm no meu treinamento. Por quatro dias eu foquei em aprimorar minhas habilidades corpo a corpo combinadas com minha Individualidade enquanto meu uniforme não ficava pronto, até que esse dia chegou.

Saí do Development Studi saltitando de alegria com a maleta do uniforme em mãos, adentrando o banheiro mais próximo para poder me trocar. Desfilando pelos corredores, encontrei um serzinho irritante que certamente veio para atormentar minha vida.

— O QUÊ?! Seu uniforme novo ficou pronto?! — exclamou Mineta, rios de lágrimas brotando de seus olhos. — Por quê, deus?! — bradou, jogando-se dramaticamente no chão.

Revirei os olhos, retornando meu caminho de volta ao Ginásio Gamma. Ao chegar lá, tive a infeliz surpresa de encontrar a classe B inteira no Ginásio. Ah, havia me esquecido que á tarde o Ginásio era reservado para eles. Suspirei tristemente, não teria tempo de testar meu movimento especial com meu uniforme.

— Hanae, ficou ótimo! — elogiou Izuku, que surgiu do nada ao meu lado. Sorri, analisando seu uniforme.

— É, o seu também não está nada mau... Esses solados são pra diminuir a carga nas pernas, né? A Hatsume é mesmo bem criativa...

Izuku concordou comigo, e nos reunimos á Uraraka e Iida para voltarmos juntos aos dormitórios. Hoje Satou contou que iria cozinhar o jantar junto com Yaoyorozu, então todos ficamos rodeados de muita expectativa até a hora chegar. Cada um em sua respectiva cadeira na cozinha, talheres na mão e os olhos brilhando. Satou era simplesmente um gênio quando se tratava de cozinha, então os dias em que ele cozinhava eram sempre os mais esperados.

— Droga, esse cara sabe mesmo como chantagear as garotas... — Kaminari reclamou ao meu lado. — Mas não posso reclamar, afinal...  — colocou a própria mão sobre a barriga antes que ela roncasse alto.

Ri baixo, sentindo o cheiro inebriante da comida saindo do forno. Ao ver um belo prato com Okonomiyaki’ acompanhado por Takoyaki’ sendo posto á minha frente, eu quase babei. Aquilo estava com um cheiro fenomenal, e ao pôr um pedaço na boca, eu achei que seria capaz de comer aquilo pelo resto da minha vida e não enjoaria.

— Satou-kun, isso está incrível! — elogiei, soltando um gemido baixo ao saborear os Takoyaki. Após acabar minha refeição, fiquei observando o prato da pessoa ao meu lado. Satou havia cozinhado apenas a porção de cada um, então não havia repetição. Fitei Kaminari com meu melhor olhar pidão, até ele sentir pena de mim e suspirar.

— Ah, o que eu não faço por você? — revirou os olhos, pegando um de seus bolinhos de polvo e estendendo para mim entre os hashis. Abocanhei aquilo antes que ele mudasse de ideia, fechando os olhos e quase derretendo na cadeira.

— Não se esqueça que você só passou de semestre por minha causa, então me deve — alfinetei.

— Pessoal, tem sobremesa! — anunciou Yaoyorozu, retirando um belo bolo de veludo vermelho coberto com creme de baunilha da geladeira industrial. Posso afirmar que ao ouvir isso eu quase tive um ataque cardíaco.

***

Os dias restantes até o exame passaram rapidamente, e logo era chegada a hora de descer do ônibus para o estádio nacional de Takoba, onde ocorreria a prova.

Respirei fundo, encarando o estádio.

— Será que eu consigo? — murmurei para mim mesma.

— Midoriya, não tem essa de “será”. Vá lá e consiga — Aizawa-sensei apareceu do meu lado, encarando-me.

— S-Sim, sensei!

***

Muita, muita gente. É como eu posso descrever o tanto de pessoas que foram fazer aquele exame. Eu daria... 1200 pessoas. Dentro de quatro paredes como estávamos, aquilo parecia ser bem mais, então eu estava começando a ficar nervosa. Essa quantidade de gente com Individualidades desconhecidas, isso me deixava muito apreensiva. E se eu não conseguisse? Se eu colocasse tudo a perder? Ah, meu futuro como heroína estaria acabado, com toda certeza!

Pare com isso Hanae! Até parece que está fazendo exame de admissão outra vez! Você não é mais aquela garota, hoje você é uma aspirante à heroína, e quando sair desse estádio hoje, será com a licença provisória de herói!

Afirmei para mim mesma, um sorriso destemido estampando meu rosto. Prestei atenção no que um homem ao microfone falava. Eu havia perdido pelo menos metade do seu discurso motivador com meus pensamentos pessimistas, mas por sorte ainda consegui acompanhar a parte que explicava como ocorreria o exame.

“Então, vou lhes dizer as condições para serem aprovados. São essas: Cada candidato terá três alvos, vocês devem colocá-los em lugares expostos, lugares como a sola do pé ou axilas são proibidos. Cada um também terá seis bolas para carregar, se a bola acertar um alvo ele acenderá. Se todos acenderam, vocês perdem. Qualquer um com três luzes acesas receberá um nocaute, e qualquer um que tiver causado pelo menos dois nocautes será aprovado”.

Sorri, essas condições são excepcionalmente perfeitas para o treinamento que eu recebi com o Ectoplasm-sensei. Informaram também que após “a expansão”, bolas e alvos seriam distribuídos e o teste começaria. Só entendi bem o que era “a expansão” quando as paredes que nos rodeavam caíram para trás, revelando um terreno surrealmente grande, onde era possível achar diferentes relevos, desde prédios gigantescos e pequenos, até industrias com encanamentos elaborados e montanhas altíssimas.

Ainda de boca aberta com o tamanho daquele lugar, fui receber meus alvos e bolas. Colei um deles na coxa esquerda, um outro na barriga e outro na costela. Com três bolas em cada mão, parti á procura de um bom terreno para mim.

— Hanae! Venha para cá, precisamos ficar juntos! — chamou Izuku, aproximando-se de mim junto do grupo de pessoas da nossa sala.

— Eu queria muito, mas minha estratégia me obriga a trabalhar sozinha, e aliás... Isso não é uma competição entre pessoas, é uma competição entre escolas, e óbvio que a primeira que irão atacar será a U.A, então não sei se ficarmos todos juntos é uma boa ideia. De qualquer forma, boa sorte nii-san, eu estou indo nessa — dei um soquinho no braço de Izuku, virando-me para tomar distância deles.

Ao chegar numa área cercada de prédios altos, o alarme que indicava o início da prova soou. Visualizei pelo menos trinta pessoas avançando direto contra mim, com suas bolas em mãos e prontas para serem lançadas.

Puta merda!

Ergui os dois braços, projetando uma barreira de água em torno de mim mesma como um iglu, protegendo-me do bombardeio de bolinhas. Ao cessarem as bolinhas, desfiz a barreira, contando rapidamente quantas pessoas me rodeavam. Trinta e seis pessoas... Eu realmente não queria mostrar tudo o que tinha agora. Mas lutar contra trinta e seis pessoas seria dureza, eu não podia liquefazer meu corpo ou os alvos iriam cair, e ainda tinha que tomar cuidado com bolinhas vindas de todos os lados. Não havia escolha pra mim.

Bati o pé esquerdo no chão, posicionando o pé direito mais para trás como se fosse começar a correr. Cerrei as mãos em punhos e girei meu corpo absurdamente rápido, chutando o ar numa volta de 360°. Acompanhando minha perna, foi liberada uma inundação de água de proporções enormes, rodopiando ao meu redor, se espalhando cada vez mais e empurrando para longe as pessoas que estavam próximas. Bolinhas e corpos surgiam e afundavam naquela inundação sem intervalos, e eu via cada vez mais luzinhas se acenderem entre a água. Estendi o fluxo por toda aquela área, aumentando cada vez a força da água e ainda mais o número de pessoas a serem eliminadas. Aquilo me exigiu bastante esforço, mas valeria a pena no final.

Reverse Swirl, meu movimento especial foi um sucesso!

— Candidato, por favor, vá até a sala de espera! — uma voz robótica foi emitida dos alvos fixados em meu corpo, que eu notei estarem brilhando. — Por favor, vá! — pediu novamente.

Sorri, deixando aquele lugar aos pulos. Atravessei todos os terrenos em direção á sala de espera; por onde eu passava as pessoas fitavam meus alvos emitirem luz, perplexas por eu já ter sido aprovada em tão pouco tempo. Eu também estava, na verdade, mas foi apenas um bônus da minha situação. Meu plano inicial era me esconder, analisar os participantes e encontrar duas pessoas que eu pudesse prender com meu Confinenent, mas como várias pessoas resolveram partir pra cima de mim de uma vez, aconteceu que eu tive que usar logo o movimento mais drástico. À porta da sala de espera havia um cara altão esperando para tirar meus alvos. Após retirar o primeiro alvo, este entoou.

— Candidata Midoriya Hanae, segunda aprovada, com sessenta e sete nocautes!

Meu queixo simplesmente se liquefez e foi bater no chão.

Sessenta... e sete?! Segunda pessoa a ser aprovada?!

— Nossa, meus parabéns! Você deve ser uma aspirante a heroína fantástica! — exclamou o cara ao retirar o último alvo. Ainda estava pasma quando adentrei a sala, encontrando apenas mais uma pessoa. Era um garoto muito mais alto que eu, ele fazia eu e sentir uma anã. Se não me falha a memória, ele deve estudar na Shiketsu, a única escola no país que bate de frente com a U.A.

Não lhe falei nada, minha atenção foi totalmente tomada pelos salgadinhos e refrigerantes dispostos pelas mesas da sala. Não tardei para atacá-los sem piedade, enfiando um bocado de salgados na boca.

— Você é da U.A, não é?! Eu te vi no Festival Esportivo! — anunciou o garoto da Shiketsu — Pelo que eu vi, eu achei que você fosse uma heroína deplorável!

Hã? Ele tem problema, ou algo assim?

— Mas você foi a segunda aprovada! — arregalou os olhos, abrindo um sorriso exageradamente largo. — Então me perdoe pelo meu julgamento errado! — implorou, reverenciando-me dramaticamente até que sua cabeça colidisse com o chão.

Ele parece uma mistura bizarra de Kirishima e Iida, multiplicado por dez!

— Ahn... Okay... Perdoado, eu acho... — murmurei a última frase para mim mesma, desviando olhar. Ele é realmente alguém bem entusiasmado e estranho... Por uns cinco minutos aquele garoto tentou puxar assunto comigo sobre nossas escolas ou super heróis, até que finalmente mais alguém foi aprovado e ele esqueceu a minha existência.

Muito estranho!

Passados cerca de dez minutos eu comecei a ficar bastante preocupada que ninguém da minha classe tivesse sido aprovado ainda, nem mesmo Todoroki ou Bakugou, que se destacavam muito, ou então Izuku, que com o avanço que havia tido em sua Individualidade já deveria estar aqui. Haviam cerca de cinquenta pessoas na sala quando eu avistei um garoto com cabelos de duas cores adentrar a sala.

— Todoroki-kun! Até que enfim! — corri até ele, sentando-me ao seu lado num banquinho de pedra.

— Midoriya-san... Faz tempo que está aqui?

— Alguns minutos. Mas não importa! Fico feliz que tenha passado também, por mais que esteja preocupada com meu nii-san e os outros — suspirei.

— Mais ninguém da nossa sala passou ainda? — surpreendeu-se, e eu neguei com a cabeça. Ficamos sentados um do lado do outro, apenas aguardando algum rosto conhecido adentra a sala, sem dizermos nada. Logo isso aconteceu, Jirou, Yaoyorozu, Asui e Shoji se juntaram á nos. Passei um bom tempo conversando com as meninas, enquanto Todoroki e Shoji permaneceram calados. Nisso, mais gente da classe A chegou. Kirishima, Kaminari, Izuku, Uraraka e Sero se juntaram á nós, assim como Bakugou, por mais este tivesse vindo á contra gosto.

— Vocês conseguiram! Sabia que iriam chegar! — comemorei, pulando no pescoço de Izuku.

— Vocês foram rápidos! — Kirishima apontou. — Hanae-san, eu ouvi que você foi a segunda a ser aprovada! Isso é incrível!

— Sério, Gatinha?! AH, eu sempre soube que você era a estrela da nossa sala! — Kaminaari exclamou, passando o braço pelo meu ombro. Ele ainda estava me bajulando pela prova final...

— A segunda?! H-Hanae, não sabia que você era forte assim! — admirou-se Izuku, tremendo dos pés á cabeça.  Ri sem graça, coçando a nuca. Até agora eu ainda não havia processado direito a informação de que fora a segunda aprovada, e só notei o quanto isso foi algo incrível nesse momento, por mais que tenha sido pura sorte...

***

Observando todo o desenrolar do teste pelo telão daquela sala, pudemos ver que todos os alunos da classe 1-A do Curso de Heróis da U.A foram aprovados na primeira parte do teste, o que gerou muita comemoração por nossa parte. Seria mentira dizer que não me senti superior à Shiketsu por um momentinho.

— Ei, pessoal que faz parte dos 100... — chamou uma voz saída do telão. — Olhem isso. — foi possível ver pelo telão todo o terreno do primeiro teste desmoronar inteiro, espalhando muitos destroços e pedregulhos por todos os lados. Arregalei os olhos com aquilo. Que diabos eles estavam fazendo?! — O próximo teste será o último! Vocês vão, a partir de agora, participar da prática de resgate que vai acontecer neste cenário de desastre.

Resgate?! Okay, mantenha a calma! Você já fez isso antes! Teve treinamentos, e até participou de um no seu estágio! Acalme-se!

 — Aqui vocês não serão pessoas normais, e sim pessoas que já obtiveram a licença provisória... O objetivo do teste será testar o quão bem vocês irão resgatar as pessoas.

— Pessoas? — murmurei, apertando os olhos para encontrar no telão, vários velhinhos e crianças percorrendo o local de desastre. — O que diabos eles estão fazendo?! Que perigo!

 — Eles são todos treinados como “mestres de serem resgatados”, eles são da Help Us Company, abreviado como HUC. Os membros da HUC estarão todos fantasiados de machucados, esperando no campo para serem resgatados, vocês serão responsáveis pelo resgate deles a partir desse momento. Todos os seus pontos serão marcados de acordo com seus resgates, e no final, os que ficarem acima da média serão aprovados, começando em dez minutos!

Olhei para a minha esquerda, onde Izuku estava parado olhando para o telão.

— Nii-san — chamei, atraindo sua atenção para mim — Vamos nos esforçar, e virarmos heróis... — estendi o punho para ele. — juntos.

— Juntos! — sorriu, batendo seu punho no meu.

Aguardamos durante dez minutos, especulando sobre a prova, até que um alarme tocou, seguido por uma voz num alto falante que anunciou sobre um ataque terrorista no campo e as paredes se abriram como havia acontecido mais cedo, caindo para trás. Nenhum de nós perdeu tempo em correr direto até os destroços, em busca de pessoas feridas. Logo no começo Izuku esbarrou com um garotinho ferido, então deixamos com ele a função de dar suporte ao garotinho e nos separamos, seguindo em frente na nossa busca.

Parei bruscamente ao ouvir um pedido de socorro vindo de dentro de um prédio que havia desmoronado. Era uma voz de idoso, e a única coisa em eu consegui pensar foi “como ele foi para ali?!”. O espaço entre os destroços era apertado e instável demais para simplesmente abrir caminho quebrando tudo.

— Pessoal, tem alguém lá dentro! Eu vou entrar e avaliar a situação do ferido e do lugar, então vocês levantam isso — apontei para um grande pedregulho que impedia a passagem e que sustentava um resto de parede. Recebi uma confirmação dos meus colegas. Subi no pedregulho e liquefiz meu corpo pela pequena brecha que dava passagem ao interior escuro e úmido do local. Haviam ainda muitas vigas e pedras até eu conseguir chegar no idoso, que possuía um ferimento grave na cabeça e uma mulher também idosa ao seu lado, desmaiada. — Está tudo bem, eu vim ajudá-los! — informei, expressando um sorriso acolhedor.

— Minha mulher está desacordada, por favor nos ajude! — implorou, agarrando a mão de sua falsa esposa.

— Certo, preciso que se acalme! Deixe-me enfaixar a sua cabeça primeiro — aproximei-me dele, lavando o ferimento na cabeça e puxando um rolo de ataduras que eu possuía guardado no cinto de utilidades. — Vou tirá-los daqui num instante, então preciso que não saia desse lugar, okay? — o velhinho concordou e eu saí dali, voltando para onde os outros estavam. — Tem dois deles! — avisei, já explicando para Satou, Yaoyorozu e Tokoyami a situação do prédio. Logo eles levantaram a parede caída em segurança e eu pude voltar até os velhinhos, para levá-los a uma área de tratamento temporária que havia sido instalada ali.

Retornei para o caos para buscar mais feridos. Levei dois garotinho até a área de tratamento, informei o caminho para um velhinho que não estava ferido, apenas angustiado, enquanto o consolava e carregava um garoto desmaiado nas costas.

— Não se preocupe, senhor! Estamos cuidando de tudo, então está tudo bem! — aliviei-o, caminhando ao seu lado, atenta para mais pessoas feridas. Porém, uma grande explosão bem atrás de mim me fez parar e levantar uma barreira de água por reflexo, protegendo a mim e aos dois funcionários da HUC do bombardeio de pedras lançadas pela explosão. Virei-me depressa, deparando-me com: — G-Gang, a Orca?!

Além do herói profissional, havia também vários outras pessoas vestidas com roupas combinando. Provavelmente eles estavam simulando vilões, o que tornava o teste bem mais difícil. Lidar com os feridos e ainda com vilões ao mesmo tempo?!

Arregalei os olhos ao ver os homens se dispersarem, e pelo menos três deles virem em minha direção.

— Cacete... — sussurrei para mim mesma, entregando o garoto desmaiado para o velhinho. Antes que os três se aproximassem muito, apontei meus dois indicadores para os dois da ponta, liquefazendo meus dedos e comprimindo a ponta para que ficasse similar a uma bala, disparando-os com a velocidade de uma — Direct Shot! — Ambos desviaram dos tiros, mas eu pude manipular a água para que ela voltasse e atravessasse uma perna de cada um dos dois oponentes, derrubando-os no chão. O oponente do meio continuou a se aproximar de mim e avançou direto com um soco, mas eu me esquivei a tempo, segurando seu braço e desferindo um chute em cheio na sua barriga, para então arremessá-lo nos outros dois que tentavam se levantar. — Vamos! — chamei, tomando o garoto desmaiado de volta para mim e voltando a correr com o velhinho. Vi os heróis tentarem levantar, mas serem derrubados por Izuku com um Full Cowl.

— Pode ir, Hanae! Eu cuido desses!

— Boa sorte, nii-san! — desejei, continuando a correr. Certamente eu deveria esquecer de tentar ajudar contra Gang, a Orca, já que ele possuía Individualidade de Orca, então combinar isso com a minha Hidrificação seria uma péssima ideia.

— Bônus por saber quando não usar sua Individualidade num momento crítico! — avisou o velhinho enquanto nos aproximamos da área de treinamento. Entreguei-os na triagem, e junto com uns garotos de outra escola ajudei a manter os vilões longe dali. Logo o número de feridos diminuía, e o teste estava mais próximo de acabar. Precisávamos apenas manter os vilões longe da área de treinamento, já que Todoroki estava cuidando de Gang, a Orca, junto do cara que terminou o teste anterior em primeiro lugar. Presenciei uma grande rajada de fogo e vento combinados subir a partir do ponto em que os vilões saíam, o que provavelmente significada que eles haviam conseguido pegá-lo.

— Ótimo! Como uma orca, ele deve ter problemas com fogo! Só precisamos manter vocês, baratas infernais, longe dos feridos! — declarei, desferindo uma joelhada direto na mandíbula de um dos vilões.

— Err, sua atenção, por favor — uma voz sonolenta soou nos auto falantes — Todos os membros da HUC foram resgatados da área de crise. Isso pode parecer egoísta da minha parte, mas eu preciso terminar o exame de licença provisória!! Depois de calcularmos as notas, iremos mostrar os resultados a todos. Aqueles que se machucaram, por favor de dirijam ao departamento médico. O restante pode pôr suas roupas normais e esperar por novas informações, obrigado.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?! Comentem!
* Okonomiyaki é uma espécie de panqueca contendo uma variedade de ingredientes.
* Takoyaki é um bolinho frito de polvo cortado em pedaços ou inteiro se for pequeno, envolto em uma massa bem líquida e depois frito em uma chapa especial para Takoyaki
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