Dive escrita por Lia


Capítulo 9
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa pessoas, sim eu sei que estou adiantada, mas eu estava muuuuuuito ansiosa para postar essa capitulo para vocês!!
Queria agradecer as minhas nenéns Klara e Jardy que sempre me incentivam na hora de escrever, dizendo se ta ficando bom e me ajudam na hora da revisão de texto. Obrigada meninas, amo vocês!!
E eu dedico esse capitulo a minha jujubinha Simone e sua baby Emilly que esta ansiosa na barriga da mamãe, fica calminha ai dentro anjinha e deixe sua mãe assistir a premiere de arrow em casa!! ♥
Então é isso galera, aproveitem o capitulo e não deixem de ler as notas finais que tem uma pergunta para vocês, beijooooos xo



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Hoje faz três meses que eu conheci a Felicity, pode parecer estranho um homem lembrar de detalhes assim, mas seria impossível me esquecer do dia que coloquei os olhos naquela mulher, talvez daqui uns anos minha memória falhe, mas eu ainda tenho a cena completamente nítida na minha mente. Nós temos passado bastante tempo juntos nas últimas semanas, depois que ela aceitou levar as coisas com calma. Nós não saímos para um encontro formal ainda, mas nós temos dividimos nosso tempo entre jantares na minha casa ou na dela, passeios no parque com o William, idas ao cinema com os nossos irmãos ou almoços na casa do Tommy.
Raramente passamos tempo sozinhos, um dos motivos é a Thea, ela ainda não conversou com minha mãe sobre o que aconteceu e nem contou para o Tommy sobre a relação de sangue que eles possuem. Thea tem encontrado conforto estando perto do Roy que consequentemente faz ela passar tempo com a Felicity, e eu aproveito esses momentos para ficar perto dela também. A verdade é que mesmo sem termos tido qualquer tipo de contato físico depois daquele abraço na QC, eu me sinto mais íntimo dela do que me senti durante todos os anos que passei com a Laurel. Eu adoro passar tempo com ela, e quando os nossos amigos estão juntos eu sinto que estou em família, os meus pais sempre tiveram problemas e eu nunca senti essa sensação boa que eu sinto agora. Eu poderia passar o resto da minha vida nessa relação platônica com Felicity se essa fosse a única forma de estar perto dela. Claro, eu ia ter que pagar o dobro na conta de agua pelo tempo que eu ia perder no banheiro cuidando das minhas bolas azuis.
A gente tem conversado todos os dias a noite no telefone por pelo menos uma hora, é o momento que eu mais gosto no dia pois é onde podemos realmente falar de tudo e nos conhecer melhor. Ela me contou sobre sua infância em Las Vegas, sobre como sua mãe mudou bastante depois que seu pai deixou ela por outra mulher, e eu contei como foi crescer com o Tommy, como minha família por fora era perfeita, mas por dentro era cheia de brigas. Durante uma dessas conversas voltamos ao assunto Laurel e ela me convenceu a procurar minha ex-noiva e conversar com ela, Felicity disse que o mínimo que eu podia fazer era explicar tudo o que aconteceu para ela e pedir desculpas. E foi o que eu fiz na semana passada, como eu poderia contrariar aquela mulher? Felicity tem aquela carinha de anjo e a aparência pequena, porem ela tem uma força incrível, senti pena do Roy pelos tapas que eu presenciei ele levar dela.
Conversei com a Laurel e ela me disse que me perdoava, ela contou que desde que tínhamos nos separado ela teve tempo para pensar e percebeu que ela também não estava feliz no relacionamento, só estava acomodada com a situação, de certa forma a descoberta do William nos impediu de cometer um grande erro. Laurel me confidenciou que também tinha voltado a sair com o Chase e eles estavam encaminhando para formalizar o casamento. Hoje eu daria uma pequena festa de aniversário no meu apartamento e convidei ela e o Chase para selar nosso acordo de paz.
A festa de hoje seria no mínimo interessante, convidei meus amigos mais próximos e meu primo Ronnie que tinha se mudado para a cidade com sua noiva. Thea também iria usar a oportunidade para contar ao Tommy sobre compartilharem o mesmo pai, por isso agora estou aqui sentado no meu sofá, segurando a mão de uma Thea chorosa encarando um Tommy totalmente atônito.
— Eu sabia que meu pai virou um filho da puta depois que minha mãe morreu, mas não pensei que ele fosse tão longe assim.
— A culpa não foi dele Tommy, mamãe assumiu tudo dizendo que ele estava bêbado demais para perceber. Eu estou tão brava, ela não tinha o direito de esconder isso de mim a vida toda, eu vivi uma mentira até agora!!
— Thea... - Tommy faz uma pausa antes de levantar e pegar o lugar vago ao lado da Thea no sofá onde estávamos sentados — Posso ser sincero com você sobre o que eu acho disso? - Thea concorda com a cabeça e Tommy segura a cabeça dela entre as mãos e diz olhando nos seus olhos — Eu acho que sua mãe te fez um favor. Malcolm foi um pai de merda para mim, eu crescia vendo a relação de vocês com o Robert e sentia inveja disso, de ter um pai que se importava mais comigo do que com um copo de bebida. Você pode não ser filha do Robert, mas eu te garanto que nunca percebi diferença em como ele olhava para você, eu enxergava tanto amor que doía em mim por não ter isso do meu pai. - uma lagrima escorre no rosto do Tommy enquanto Thea solta um soluço — Eu estou tão feliz que você não precisou passar pelo que eu passei Thea, feliz porque você teve o amor incondicional dos seus pais. Mas eu também estou feliz em saber que você é minha irmã, saber que eu não estou mais sozinho no mundo, que além da Caitlin eu ainda tenho família. Agora eu tenho uma irmãzinha para cuidar. - Tommy puxa Thea para um abraço depois de terminar de falar.
— Obrigada Tommy, você não sabe o quanto suas palavras tiraram um peso de cima de mim.
— Irmãzinha, é mais divertido ter o peso de um homem em cima de você do que dos problemas, você tem que aproveitar.
— Tommy!!! - Thea diz em meio a risadas. É tão bom ver minha irmã feliz novamente.
— Roy ficaria feliz em ser um peso para você. - eu digo entrando na brincadeira.
— Ai meu Deus, agora eu tenho dois irmãos para me encher o saco. - Thea diz, enfiando a cabeça entre as mãos fingindo frustação. — Vocês sabem, irmão normais iam tentar me manter longe dos garotos, não me jogar em cima deles.
— Que maneira melhor de provar o nosso amor do que essa? A gente sabe o que faz uma pessoa feliz, - Tommy da uma piscada para ela.
— Caitlin e Felicity ainda vão demorar chegar? Não sei se aguento mais tempo com vocês dois. - como se tivessem ouvido a deixa, Felicity e Caitlin entram pela porta acompanhados pelo William. Elas tinham levado meu filho para tomar um sorvete, nos dando tempo para conversar a sós. — Aí graças a Deus vocês chegaram, eu sinto que se ficasse mais um minuto com esses dois eu ia enlouquecer.
— O que você aprontou? - diz Caitlin, sentando no colo do Tommy.
— Porque seria eu a aprontar alguma coisa?
— Você tem sempre essa cara de culpado. - diz Felicity, sentando ao meu lado.
— Na verdade foram os dois, - diz Thea da cozinha, onde ela tinha ido pegar um copo de agua. — eles estavam dizendo que eu tinha que substituir o peso dos meus problemas pelo peso do Roy, na cama. - ela diz essa última parte sussurrando para que William não ouvisse do quarto.
— Eu serei obrigada a concordar Thea, eu adoraria que você namorasse o meu irmão.
— Nisso nós somos iguais Felicity, eu também adoraria que você namorasse o meu. - Thea da uma piscada para Felicity e depois sai indo para o quarto do William com um sorriso nos lábios.
— Tão sutil... - diz Felicity, rindo.

Passamos um tempo conversando e arrumando as coisas para a festa, enquanto conversávamos. A festa ainda nem tinha começado e eu já estava pensando em uma maneira de me livrar do Tommy, o homem sabia como ser irritante. Sabe, eu nunca fui um cara de aniversários, achava sem sentido toda a comemoração, mas vendo todos os que eu amo em uma sala reunidos e conversando me traz uma sensação tão boa que não consigo explicar. Agora estávamos em meio a uma conversa onde Sara e Nyssa eram o assunto, tinha um tempo que eu não via as meninas e elas estavam nos contando como elas tinham fugido a duas semanas atrás e se casado em Vegas.
— Porque vocês resolveram casar assim tão rápido? A gente não merecia participar da cerimônia com vocês? - digo, realmente chateado. Lembro de quando elas resolveram assumir que estavam juntos e teve problemas com a aceitação da família, até hoje Nyssa não conversa com os pais. Já o Quentin, aceitou a relação delas depois que tive uma conversa com ele. Na escola as coisas foram complicadas também, mas eu sempre estava ao lado delas dando apoio. Me fere que elas não tenham me convidado para o casamento.
— Não é isso Ollie, é só que a gente tinha que correr contra o tempo para conseguir a nossa família. - diz Sara.
— Como assim?
— Lembra que estávamos sendo voluntarias naquele orfanato em Central City? - Nyssa pergunta e eu assinto. — A gente conheceu essa menininha morena de olhos azuis e ficamos tão apegadas a ela, quanto ela ficou com a gente. Então começamos a pensar na ideia de adotar ela, de começar a ter uma família de verdade, sabe? A Roberta se parece tanto fisicamente comigo e ao mesmo tempo ela parece a Sara na personalidade, parece que foi o destino trazendo ela direto para os nossos braços.
— A menina está disponível para a adoção, então elas tinham que se apressar se quisessem conseguir a guarda. Eu dei entrada no processo na segunda-feira. - Laurel comenta.
— Isso é tão incrível, espero que vocês consigam meninas. - Felicity diz, dando um sorriso sincero para elas. No início a conversa foi meio tensa, eu estava com medo que Laurel percebesse meu interesse na Felicity e fosse rude, mas ela foi simpática e percebi que estava feliz que eu segui em frente, assim como ela seguiu com o Chase.
— Vocês podem treinar com a baby Sara sempre que quiserem. - diz John.
— Eu ficaria imensamente feliz em emprestar minha filha a vocês por algumas horas, tem dias que eu até pagaria por isso. - diz Lyla brincando.
— Eu sou louca para ter crianças, mas sinto que não estamos preparados ainda para isso né querido? - Siobhan diz para o meu primo Ronnie.
— Eu sinto que nunca vou amadurecer o suficiente para ser pai. - diz Tommy brincando. Me surpreendeu a maturidade que ele lidou com Ronnie, dado ao passado dele com a Caitlin.
— Você é obrigado a estar preparado quando o filho cai de paraquedas em cima de você. - eu digo, fazendo com que todos rissem.
Passamos o resto da noite conversando e, depois que as pessoas foram embora, Felicity me ajudou com a arrumação da casa. Thea e Roy tinham passado quase toda a noite no quarto do William, cuidando dele e da Sara. Pouco antes da festa acabar as crianças adormeceram e os dois saíram para ir a uma festa com amigos da faculdade. Então agora estávamos sozinhos na minha casa, com o William dormindo no quarto. Primeiro momento a sós que passamos em dias. Estávamos conversando no sofá com uma garrafa de vinho depois de ter arrumado a sala.
— Me conta mais sobre a época que você estava na faculdade.
— A época que eu era presa por hackear pessoas que eu não deveria? - ela diz em meio a uma risada, acho que o álcool começou a fazer efeito nela.
— Eu sinto que você era diferente nessa época.
— Sim, eu era... eu usava um par de lentes, lápis de olho marcado e um cabelo preto com mechas roxas.
— Você está brincando, certo? - eu digo, chocado com sua descrição.
— Eu juro que queria que fosse uma brincadeira, mas é verdade. A próxima vez que você for lá em casa eu te mostro uma foto.
— Eu adoraria ver. - dou um sorriso para ela e ficamos nos olhando por um tempo, minutos talvez, sem nunca quebrar o contato visual. Até que ela desvia o olhar para os presentes que estão em cima da mesa.
— Tequila, huh. Só Tommy para te dar um presente assim, como se você fosse um solteiro que saísse para festas todo fim de semana.
— Tommy fez só para me irritar, ele tem mania de a cada aniversario ou natal me dar esses presentes inúteis. Acho que a última vez que bebi tequila meu pai ainda estava vivo.
— Eu nunca tomei tequila.
— Jura? Mesmo na sua época rebelde? - digo, fazendo um gesto ao redor da minha cabeça em referência ao cabelo roxo.
— Nem nessa época eu me atrevi a isso.
— Bom, não podemos deixar que você passe a vida sem ter essa experiência. - me levanto do sofá e vou a cozinha, volto trazendo um limão cortado, o pote de sal e dois copos de shots. — Vou te ensinar como se bebe ok?
— Okaaaay. - ela diz, arrastando a voz e soando apreensiva.
— Então, é simples: lambe, bate e chupa.
— Porque isso soou tão erótico?
—Porque você provavelmente está bêbada. - e porque é erótico mesmo, mas eu não me atrevo a dizer isso em voz alta. — Você pega o sal e coloca na mão, então você lambe, bate a bebida e chupa o limão.
— Bater?
— Sim, beber ela. Você nunca ouviu isso antes?
— Eu não devo ter frequentado as mesmas festas que você.
— Não se faça de inocente senhora hacker. - digo brincando — Vamos começar, eu vou fazer e você me acompanha.
Pego minha mão e dou uma pequena lambida para o sal grudar e não cair e vejo Felicity fazendo a mesma coisa, por um momento imagino que seja algo diferente que ela está lambendo e o objeto do meu pensamento dá um sinal de vida dentro da minha calça. Ok, talvez eu esteja bêbado também, caso contrário eu não teria sugerido isso. Dando continuidade, eu passo um shot de tequila para ela e deixo uma fatia de limão ao seu alcance. Então novamente eu lambo minha mão, dessa vez tirado o sal que está nela, olhando fixamente para Felicity imitando meus movimentos. Bato o shot de tequila na boca e depois chupo o limão. Felicity faz uma cara engraçada quando termina e depois fica ali me olhando, seus lábios molhados com o limão e o cantinho da sua boca com resquícios de sal, me implorando para limpa-los com a língua.
Em um minuto eu estou firme na minha posição de levar as coisas com calma e no outro eu já mandei tudo para o espaço. Fecho a distância entre nós e seguro sua cabeça entre minhas mãos, primeiro eu passo a língua no sal, depois sigo o caminho dos seus lábios sentindo o azedo do limão, e então finalmente encosto minha boca em seus lábios macios. Sinto a eletricidade correr por todo o meu corpo enquanto coloco minha língua para fora para sentir seu gosto novamente, então Felicity separa os lábios me dando abertura para beija-la da maneira que eu quero, explorando cada pedacinho da sua boca com a minha língua. Então eu beijo ela como se minha vida dependesse disso, eu beijo ela tentando mostrar o quanto ela é importante para mim ao mesmo tempo que eu a beijo mostrando toda a fome que eu sinto por ela. Felicity solta um gemido dentro da minha boca que quase me faz perder o controle, ela passa a mão pelos meus braços, explorando, e vai subindo pelos meus ombros até parar no meu cabelo, onde suas mãos ficam presas me puxando para mais perto dela, mostrando que ela quer esse beijo tanto quanto eu.
Continuamos nos beijando até que devido a necessidade de respirar nos separamos para buscar ar. Ficamos olhando um para o outro, respirando pesadamente, até que ela me dá um sorriso e eu retribuo, ela chega mais perto de mim e puxa minha cabeça para mais um beijo, me surpreendendo com sua iniciativa. Eu não sei ao certo como ela veio parar sentada no meu colo, ou como começamos a tirar nossas roupas e paramos na minha cama com ela só de roupas intimas e eu na minha calça jeans. Só sei que em nenhum momento paramos de nos beijar, mesmo quando eu trouxe ela para o meu quarto. Felicity me puxa mais perto e começa a abrir minha calça, quando eu coloco minhas mãos em cima dela e impeço.
— Eu sei que posso me arrepender disso mais tarde, mas hoje não vai acontecer, mas nada que já tenha acontecido até agora.
— Mas eu pensei que você queria. - ela me da um olhar confuso.
— Eu quero isso mais que tudo, baby. Mas eu quero que você e eu estejamos lúcidos para lembrar de cada detalhe, não quero que você acorde amanhã arrependida e culpando a bebida pelo que aconteceu. Quero que seja especial.
— Eu quero isso, Oliver. Eu nunca iria me arrepender, mesmo se você quebrasse o meu coração.
— A gente ainda está levando as coisas com calma, lembra? - levanto da cama e vou até o armário, pego uma camisa branca e jogo para ela. — Hoje a gente pode continuar a explorar nossas bocas, o que você acha?
— Não seria minha primeira opção, mas deve servir. - ela diz brincando, mas com um fundo de decepção em sua voz. Acho que Felicity fica com tesão quando está sobe efeito de álcool. Ela coloca minha camisa e eu vou para o banheiro, voltando com um short de pijama. Continuamos nossa sessão de amassos até que eu percebo que ela está lutando para ficar com os olhos abertos. Puxo ela para os meus braços e ficamos abraçados até eu sentir que ela adormeceu. Então eu passo um tempo olhando para seu rosto angelical e pensando na sorte grande que eu tive ao conhecer essa mulher e em como eu sou abençoado, porque mesmo sabendo do cretino que eu fui com a Laurel, ela me deu uma chance.


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Notas finais do capítulo

Então, finalmente rolou o primeiro beijo do nosso casal!! Espero que vocês tenham gostado da cena e entendam o Oliver, ele quer ir com calma porque ela é especial para ele ;) porem uma hora essa calma chega ao fim e eu lhes pergunto: vocês querem a primeira vez no pov do Oliver ou no da Felicity? Deixem ai nos comentários a preferencia de vocês, o mais pedido será o que eu vou escrever. Até semana que vem xo



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