Dive escrita por Lia


Capítulo 8
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!! Queria dizer que estou muito animada essa semana e estou com umas ideias de one shot baseadas nas fotos que saíram essa semana das gravações. Aguardem que em breve pode ter capitulo novo em "the power of love". Eu também abri uma votação para uma nova capa lá no meu twitter, quem puder votar da uma passadinha lá (https://twitter.com/liIycornett/status/911276724821872640). A fanart foi feita pela talentosíssima @shani_art , sou completamente apaixonada pelos desenhos dela!!
Então é isso, aproveitem o capitulo e não deixem de me contar o que acharam lá nos comentários. Enjoy guys xo



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Meu cérebro entrou em guerra. O lado esquerdo está dizendo que eu não posso me deixar apaixonar pelo Oliver, eu preciso focar na minha carreira para me estabilizar profissionalmente, a relação do Oliver é complicada demais para eu conseguir lidar. Já o meu lado direito diz que pode dar certo, diz que eu preciso ouvir mais meu coração, é claro que ele diz isso, eles são amigos e ele precisa defender quem bombeia o sangue para ele, ele fica me dizendo que o Oliver é um bom pai e vai sair dessa situação, que eu vou conseguir lidar com um relacionamento com o meu chefe, que tudo vai dar certo e no final eu vou acabar em uma grande casa com cerca branca, três filhos e um cachorro chamado Fred. Eu já não sei em que acreditar e qual caminho seguir. Eu sei qual caminho Caitlin me mandaria ir, eu sei qual caminho meu irmão ia apontar e merda eu sei qual caminho minha mãe ia pegar minha mão e me arrastar até chegar ao fim. Mas eu tenho medo de seguir o caminho que eles me mandariam ir, o caminho que me levar até o Oliver. Eu já fui decepcionada por um homem muitas vezes na minha vida, eu não vou abaixar minha guarda até ter certeza que não vou me ferir novamente. Meu coração não tem mais espaço para rachaduras, preciso de alguém capaz de curar ele.
Hoje a noite foi tão bom. Foi incrível passar um tempo com ele e os meus amigos, por um momento eu me permiti fingir que estávamos em um relacionamento de verdade, me permiti pensar que o que ele falou no corredor era verdade, que nós fomos destinados a estar juntos. E eu percebi que não seria ruim de um todo, Oliver conhece todos os meus amigos mais próximos e eu conheço os dele, é natural a forma como agimos quando estamos juntos com eles. Eu adoro a Thea e eu estou completamente encantada pelo William, eu poderia facilmente amar a família dele, assim como eu poderia amar ele. Oliver não é só um executivo competente no que faz, ele é um pai e um irmão maravilhoso também. Ele se dedica demais nesses três papeis. Eu realmente preciso parar de pensar antes que meu QI diminua porque algo na minha cabeça entrou em curto.
Depois do jantar meu irmão recebeu uma ligação de uns amigos da faculdade convidando ele para um pub que todos os alunos da Star University iam. Eu fiquei assistindo uma série de TV na minha came até que eu peguei no sono. Por volta das duas da manhã eu ouvi meu celular tocar e vi que era Roy me ligando, ele já devia estar em casa se ele pretende ir a aula amanhã, assim que ele chegar eu vou ter uma conversa com ele sobre isso. Afinal eu sou a irmã mais velha, preciso fazer o papel da minha mãe já que ela não está aqui, certo?
— Deus, eu realmente preciso parar de pensar tanto, esqueci que o telefone estava tocando. - digo para mim mesma em voz alta, pegando o celular para retornar a ligação.
— Felicity, eu preciso da sua ajuda. - ouço a voz do Roy com um som abafado de música eletrônica no fundo.
— Espero que não seja dinheiro para pagar a conta de onde você está. - eu realmente vou ter que ter uma conversa de irmã mais velha com esse garoto.
— Não é isso. Eu estava aqui no pub e encontrei com a Thea na hora que eu estava saindo. Ela estava completamente bêbada sis, passei as últimas três horas tentando convencer ela a ir para casa. Ela ficou falando que não tinha mais casa e que a família dela é uma farsa. Eu ia ligar para o Oliver, mas eu acho que ela está brava com ele ou com a mãe dela, então achei melhor te ligar.
— Ela não disse nada sobre o porquê de estar chateada? - se ela brigou com o Oliver ele deve estar preocupado com ela — Vou ligar para o Oliver e tentar descobrir o que ouve.
— Não foi para isso que te liguei. Ela não queria ir para casa e continuou dançando, eu tentei impedir ela de beber mais, porem as vezes ela conseguia uma bebida de algum cara. Eu estava quase convencendo ela ir para casa quando ela acabou dormindo sentada em uma poltrona. Ela veio dirigindo e então eu pensei que você poderia vim aqui de taxi e levar a gente para casa no carro dela.
— Okay, me manda uma mensagem com o endereço que eu vou buscar vocês. Vou ligar para o Oliver no caminho e tentar descobrir o que aconteceu, vai ficar mais fácil para ajudar ela amanhã.
Desligo o telefone e começo a trocar de roupa para sair. Fico triste em pensar que o Roy teve que me ligar para buscar ela, porque ele não tem carteira de motorista. Quando a gente morava em Vegas a mamãe tinha um carro, era velho e vivia dando problema, mas nos ajudava muito. Ela me ensinou a dirigir e eu ensinei o Roy, mas antes dele ter idade para tirar a carteira a gente teve que vender ele para pagar umas dividas. Ele não quis tirar carteira depois disso, dizendo que não teria sentido gastar dinheiro com algo que não teria utilidade, já que não tínhamos mais o carro. Termino de colocar a roupa e chamo um taxi. Assim que eu embarco eu ligo para o Oliver, e assim como eu pensava ele atende o telefone na hora pois estava acordado preocupado com a Thea.
— Quer me falar o que aconteceu com vocês?
— Ela não está chateada comigo, o problema foi com minha mãe. - ele dá um suspiro frustrado — eu sai da casa do John e vi que tinha uma chamada dela, eu retornei a ligação e ela me disse que minha mãe queria falar comigo e resolver as coisas com o William. - ele faz uma pausa — Eu não te contei tudo sobre os meus problemas com ela, minha mãe sabia do William e não me contou, ela não aceitou ele como neto quando eu descobri. Ela queria me dizer o motivo de ter mentido e escondido meu filho. - ele da uma risada irônica — A questão era que ela já foi como eu, ela traiu o meu pai e teve um filho fora do casamento. Thea. Ela é irmã do Tommy. Ela ouviu enquanto minha mãe estava conversando comigo e saiu de casa na hora.
— Eu nem sei o que dizer Oliver. - eu também estava muito nervosa com o fato dele ter dito que traiu alguém, isso não ajudou a minha insegurança em relação a ele. — Eu estou quase chegando no pub. Eu vou levar a Thea para minha casa e amanhã quando você sair da empresa pode passar lá para conversar com ela, ok?
— Tudo bem, obrigada mesmo Felicity. Eu iria atrás dela, mas eu estou com o William na casa da minha mãe. Ela ficou muito nervosa quando a Thea saiu e eu tenho medo que algo aconteça com ela se eu não tiver aqui para ajudar. Mas se for te atrapalhar você pode passar aqui e deixar ela.
— Ei, não se preocupe com isso. Eu gosto da Thea, não será incomodo nenhum ajudar ela. Além disso eu acho que o Roy vai ganhar pontos por cuidar dela nesse momento, isso é importante já que ele quer fazer um movimento com ela. - ouço ele dar uma risada.
— Como você consegue me fazer rir em um momento assim?
— Eu tenho um talento para entreter as pessoas com o meu charme.
— Não posso discordar.
— Oliver eu tenho que desligar, eu cheguei aqui no pub. Qualquer coisa eu ligo para você. Tchau.
— Tchau.
Desço do taxi e entro na boate. Essas luzes coloridas e o som alto é definitivamente algo que eu não sinto falta da época da faculdade. Eu gosto de dançar, mas não levo o menor jeito para isso. Então eu realmente não faço muita questão de sair para lugares assim, quando eu sinto vontade de dançar eu coloco uma música no meu quarto e me deixo ser embalada por ela. Encontro Roy sentado numa poltrona com a Thea em seu colo, ele ta fazendo carinho enquanto ela dorme. Eles são tão adoráveis juntos. Será que eu e Oliver seriamos assim também? Foco Felicity, você veio ajudar a Thea, não pensar no irmão dela. Vou até onde eles estão e ajudo Roy a levar Thea até estacionamento. Passamos quinze minutos tentando achar qual era o carro dela, eu fiquei apertando o controle e tentado descobrir de onde vinha o barulho do carro sendo destravado. Roy foi no banco de trás com a Thea, segurando ela apertado enquanto eu dirigia. Foi bom ele ter ficado com ela, pois eu quase bati o carro quatro vezes. Coloco a culpa no carro que eu não estou acostumada a dirigir, a lata velha da minha mãe era muito mais fácil de conduzir. Ajudo Roy a por ela em sua cama e vou para o meu quarto. Mando uma mensagem ao Oliver avisando que chegamos em casa e que amanhã o Roy ia buscar o William na escola, Thea vai estar com uma ressaca muito grande para conseguir fazer isso. e então eu finalmente volto a dormir, exausta depois de tudo o que aconteceu no meu dia.

Hoje eu fiz algumas entrevistas para contratar uma secretária. A demanda no meu departamento tem ficado muito grande devido ao grande crescimento da QC nos últimos meses. Eu gostei bastante de uma bela mulher de cabelos e olhos castanhos chamada Siobhan, ela disse que o seu noivo tinha recebido uma oportunidade de emprego em Star e estava esperando que ela conseguisse um empreso na cidade para poderem se mudar. Ela tem ótimas referencias em seu currículo como secretaria na revista Catco, que fica em National City. Se tudo der certo e meu supervisor aprovar, ela será a mais nova contratada da QC e poderá se mudar junto com o seu noivo. Vai ser bom ter alguém para conversar, não aguento mais conversar sozinha. O dia está demorando a passar e tudo o que eu quero é chegar em casa e deitar na minha cama. Eu mal dormi na noite passada ouvindo o Roy levar a Thea ao banheiro para vomitar. Antes de sair para vim a empresa eu passei em seu quarto e encontrei os dois dormindo, Roy estava segurando um balde com algo que não cheirava bem, devia ser vomito, mas não arrisquei chegar perto para descobrir. Perto da hora de sair eu ouço uma batida na porta do escritório e encontro Oliver sorrindo para mim.
— Como você esta? - eu pergunto, assim que ele entra na sala indo para a cadeira em frente a minha mesa.
— Exausto. Eu não consegui pegar no sono preocupado com a Thea.
— Eu também, digo, eu não estava preocupada eu sabia como ela estava, ela estava no quarto ao lado. O que eu quero dizer é que não dormi porque fiquei ouvindo ela vomitar a cada vinte minutos. Se meu irmão ainda quiser ela depois do cheiro que ela deixou no seu quarto, ele realmente gosta dela.
— Ela ficou tão mal assim? - eu balanço minha cabeça concordando e ele solta um suspiro.
— Quer me explicar direito o que aconteceu? - ele fica me olhando por um tempo antes de finalmente falar.
— Eu cresci com o Tommy e mais alguns amigos. A Laurel, minha ex-noiva, era um desses amigos. Eu nunca fui um cara responsável, eu só queria saber de festas e mulheres. A Laurel era namorada do Chase e eu não me importei com isso quando a beijei pela primeira vez. Até hoje ele me odeia por isso. Eu não levava ela a sério, eu continuei saindo com várias mulheres sem que ela soubesse, e foi em uma dessas vezes que eu dormi com a mãe do William. Ela me disse que tinha perdido a criança e eu acreditei, mas a verdade era que a minha mãe mandou ela para longe junto com o meu menino. - ele tem um olhar tão triste no rosto, eu queria fazer algo para essa dor desaparecer. — Ontem ela me disse que fez isso por causa do casamento dela, a traição com o Malcolm fez com que tudo desmoronasse e ela não queria que isso acontecesse comigo e com a Laurel.
— Eu não posso acreditar que você faria isso Oliver, você é tão protetor com sua irmã e seu filho, você é responsável com a empresa... não acredito que você é capaz de magoar alguém dessa forma.
— Eu era imaturo, achava que tinha o mundo aos meus pés, que eu era invencível e nada poderia me parar. Tudo mudou quando meu pai faleceu e eu tive que virar homem de verdade. Eu juro para você que depois disso eu nunca mais toquei outra mulher além da Laurel. Eu até pedi ela em casamento, mesmo sem amar ela... eu sabia que precisava de alguém para passar o resto da minha vida e ela seria essa pessoa. A gente se dava bem, o que mais eu poderia querer em um relacionamento?
— Amor?? - eu digo exasperada. Ele realmente acredita que pode se casar com alguém sem amar a pessoa?
— Eu não sabia que o amor existia, Felicity. - ele me da um olhar profundo, daqueles que faz você se arrepiar em todas as partes do corpo. — Agora eu acho que eu estou bem perto de encontrar.
— Como você pode saber isso?
— Eu sinto. Sinto coisas que eu nunca senti antes, sentimentos profundos que eu pensava ser só invenção de pessoas para vender livros. Talvez seja isso, o amor por uma mulher crescendo dentro de mim. - ele continua me olhando e eu tenho quase certeza que a mulher que ele esta falando sou eu, isso faz o meu coração dar cambalhotas e compartilhar uma bebida com o lado direito do meu cérebro, felizes que eles podem estar certos.
— Eu tenho medo Oliver, ja fui muito magoada na minha vida por confiar como a Laurel confiou.
— Que tal você deixar o passado para trás e me julgar pelo que você conhece a partir de agora? Eu mudei, não acha que mereço uma chance? - eu balanço minha cabeça para cima e para baixo, concordando com a sua pergunta. — Então vamos devagar, ok?
— Eu posso lidar com isso. - dou um sorriso tímido em sua direção. Eu não faço ideia do que eu to fazendo, mas estou cansada de ir contra isso.
— Bom. Vamos começar indo para a sua casa e ver como minha irmãzinha está. Tenho medo de chegar lá e ver que o William que esta tomando conta deles.
— Não fala assim, o Roy é bem responsável. - digo, fingindo irritação.
Levanto da minha cadeira e pego minha bolsa. Ele segue meu movimento e antes de chegar na porta ele puxa meu braço me trazendo para perto dele. Estou tão perto dele que consigo sentir sua respiração. Ele passa a mão no meu rosto, me olhando com aqueles olhos azuis cheios de fogo e esperança, desce a mão pelo meu ombro e deixa ela na base da minha coluna me puxando para mais perto dele. Estou tão nervosa. Acho que ele vai me beijar, mas não sei se estou preparada para isso. Ele passa o nariz pelo meu rosto e coloca a outra mão na minha nuca. Ele sente o meu nervosismo e da um suspiro frustrado. Ele passa o nariz pelo meu pescoço, inalando meu cheiro tão profundamente, como se estivesse a horas sem respirar. Ele me puxa mais perto e me da o abraço mais apertado que já tive na vida, ele me abraça como se eu fosse desaparecer a qualquer momento. Nossos corpos se encaixam com perfeição, como se fossem feitos um para o outro. Sinto seu calor passando para mim e penso que não tem lugar no mundo que já me senti tão completa como aqui. Dentro dos seus braços. Ele passa o nariz pelo me pescoço de novo e leva sua boca até a minha orelha.
— Obrigada, Felicity. Por me escutar e por me ajudar com William e Thea. E principalmente obrigada por me dar uma chance, uma chance para nós. - ele se afasta e me da um beijo na bochecha, saindo da sala em direção ao elevador.
Tudo o que eu queria era que ele voltasse e me beijasse como se precisasse disso para viver porem eu fico aqui, parada na porta da minha sala, totalmente atordoada por esse homem, enquanto ele me espera na porta do elevador. Agora que eu já tomei uma decisão eu só preciso me preocupar com os resultados, eu posso ser muito feliz com ele ou eu posso quebrar meu coração de uma maneira que não terá como reverter.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, gostaram? Felicity resolveu finalmente dar uma chance ao Oliver, será que as coisas vão finalmente acontecer agora? Semana que vem vocês irão descobrir, até lá... beijos xo



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